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História Deixar De Amar Você - Imagine Jeon Jungkook - Jogo Emocional


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


Eu não gostei desse capítulo, sério, pra mim tá ruim.

Capítulo 8 - Jogo Emocional


Jeon JungKook

Fevereiro 2018 — 10:13 a.m

Big Hit Entertainment

Poucas semanas se passaram desde meu último diálogo de verdade com _________, lembro-me de cada coisa dita naquele elevador e isso me assombra dia e noite, pois minha pergunta não fora respondida e eu sou curioso demais para deixar passar sem ao menos me remoer de dúvida. Nós falamos as vezes, afinal, não posso deixar que esse deslize acabe com a minha carreira. Digamos que voltamos com a antiga rixa, Jimin estranhou no começo, mas entendeu tudo que aconteceu só de olhar meu convívio com a garota depois de tudo e não questionou, apenas permaneceu ao meu lado enquanto eu ainda estava me recuperando da queda.

Sim, eu me recuperei. Custou-me muita força de vontade, mas eu consegui passar por cima e seguir em frente, afinal, eu sou Jeon JungKook, sempre consigo.

Assim que entrei na recepção da empresa, vi que algo de diferente acontecia no balcão principal, digamos que _______ estava de costas para mim e com os antebraços apoiados no metal, como se esperasse algo. Isso é incomum, afinal, poucas são as vezes que sai de seu escritório para ir em um local que não seja uma das salas do café.

Mesmo de costas, ela ainda assim me provocava sensações que não gostaria de sentir com tanta força, mas ela é gostosa e isso não vai mudar.

Eu amo jogos, de todos os tipos, principalmente alguns jogos emocionais, que os jogadores são pessoas reais e o tabuleiro é a vida. Fui até o balcão, parando ao lado da garota e notando com a visão periférica que ela olhou-me de imediato, mas disfarçou a reação com uma arrumada nos cabelos. Graças aos céus, a recepcionista hoje era Bomi, que sorriu abertamente ao me ver e inflou o peito de ânimo.

— Bom dia, Bomi. – sorri de orelha a orelha e apoiei meu rosto nas costas de minha mão.

— Bom dia, Jungkook. — respondeu-me alargando ainda mais o sorriso.

— Então, você está ocupada hoje a noite?

— Não! – o desespero era evidente em sua voz, todavia fingi não perceber.

– Gostaria de comer alguma coisa comigo?

As mãos dela estavam espalmadas no balcão, então aproveitei a oportunidade para deslizar meus dedos sobre uma delas e agarra-la, entrelaçando nossos dedos. Bomi olhou nossas mãos unidas e arfou, mas não foi a única. _________, mesmo que tossindo logo em seguida para disfarçar, arfou sôfrego, o que me fez sorrir vitorioso.

– E-eu adoraria. – Bomi falou tentando transparecer calma, mas eu sabia que suas pernas, escondidas atrás do balcão de aço, estavam moles como uma gelatina.

– Nós vemos no fim do expediente, então.

Pensei em sair dali, mas uma ideia brilhou em minha cabeça. Peguei a mão de Bomi que ainda estava unida junto da minha e beijei com leveza, ouvindo um suspiro apaixonado da mesma. Lancei um olhar furtivo para ________ e vi ela se remexer desconfortável, pigarreando logo em seguida, o que foi uma deixa perfeita para eu sair com meu ego lá em cima.

Assim que sentei em minha mesa, vi ________ entrar pela porta e passar a passos fundos pelas mesas, enfim chegando na sua e se jogando na cadeira, deixando evidente seu incômodo com minhas ações anteriores. Sorri de canto e levei a mão até a boca para abafar a risada, enfim abaixando a cabeça e focando nos papéis à minha frente, os quais eu não tinha muito interesse, mas precisava para manter o emprego e subir de cargo. Virar o Sunbae daquela brasileira sem coração e a obrigar a me trazer cafézinho com creme todas as manhãs.

– O que foi? Não comeu seu chocolate matinal hoje?

Eu não me importo muito com o que as pessoas desse emprego falam ao meu redor, mas por instinto, eu lanço algumas olhadas insignificantes. Vi Kim Taehyung, um cara que trabalha aqui há um tempo mas nunca conversou comigo por mais de 5 minutos, afastar alguns papéis da mesa de _________ e sentar na mesma, recebendo um olhar mortal da brasileira irritadiça. Ao invés de recuar e sair dali, ele apenas riu alto e levou as mãos aos cabelos dela, bagunçando-os como se ela fosse uma criança. Franzi o cenho, que intimidade era aquela?

– Pelo jeito, não comeu. Quer que eu compre pra você? – Oi, tudo bom? Esse negócio de chocolate matinal é sério? Como ele sabe? Desde quando eles são tão próximos para ele sair comprando chocolatinho para ela?

– Eu estou bem. – ela respondeu em um suspiro cansado. – Apenas muito trabalho.

– _________ reclamando de trabalho?! A famosa Gold Maknae?! Bem que eu achei que o mundo estava acabando, acredita que ontem à minha vizinha passou a noite inteira sem gritar com o marido e colocar aquelas músicas estranhas? – ele fez uma falsa cara de espantado.

– Você é um idiota! – riram juntos, o que me fez estranhamente cerrar o punho que estava em cima da minha mesa. – Aliás, as músicas estranhas são do gênero sertanejo, e eu gosto, cala boca.

– Ah é, ser... Serta... – ele tentava falar com a mesma facilidade que ela, porém, o idioma era muito diferente para ele conseguir de primeira.

– Sertanejo.

– Sertanejo. – Taehyung completou de uma vez, mas um pouco embolado, acredito que nem eu conseguiria falar aquela palavra com tanta facilidade. – Enfim, você precisa sair e eu não quero almoçar aqui hoje, vamos almoçar juntos?

– Eu aceito, preciso me distrair. – ________, para o meu ódio e surpresa, aceitou aquela prosposta de maneira simples e direta, mostrando que eles eram bem mais próximos do que eu imaginava. – Aliás, quero que venha jantar na minha casa hoje.

Oi, tudo bom?! O que está acontecendo? Nem eu entrei naquela casa ainda! Por que eles são tão próximos? Como eu não percebi isso? Desde quando ele vai na casa dela? Já foi mais de uma vez, ou essa será a primeira?

Alguém me responde, por favor! Estou ficando louco...

– A-ah, tudo bem. – Kim ficou nervoso de repente, atiçando ainda mais a minha curiosidade e, admito, o ciúmes. – Vou voltar ao trabalho agora, até depois, gatinha.

Aquilo, de fato, foi o cúmulo. Como eu não podia ir até lá e espancar a cara dele, eu voltei para minha mesa e espalmei as mãos com certa brutalidade, fazendo o barulho da madeira chamar a atenção de alguns funcionários.

– Me desculpem. – pedi em voz baixa, não me importando se ouviriam ou não, só queria achar um jeito de amenizar aquela raiva e controlar minhas ações. Só queria achar um jeito de não imaginar os dois aos beijos e querer chorar com aquilo. Só queria me livrar de todo aquele peso que eu nem sei por que estava sentindo.

– Tudo que vai volta. – ouvi a voz de Jimin mas não me preocupei em olha-lo, apenas permaneci de cabeça abaixa e regulando a respiração. Também não quis saber se ele estava me observando desde de manhã, pois isso me renderia uma discussão que, na boa, não estou afim.

~♠~

Assim que cruzei a porta da saída que dava no estacionamento, avistei Bomi parada em frente ao meu carro, com as mãos unidas e um olhar pensativo que pendia sobre o chão. Ela estava fofa, as bochechas rosadas, os ombros encolhidos, os olhinhos refletindo a lua... Linda.

Porém, não estávamos sozinhos. Dois carros depois do meu, a direita, estava o automóvel de _______ com a mesma dentro, todavia, estava acompanhada. Kim Taehyung estava sentado no banco do passageiro, os dois falavam sobre alguma coisa que eu não conseguia entender por leitura labial e riam abertamente, o que acabou quando ela me viu e seus olhos cruzaram com os meus. Eu paralisei, fiquei estático, mesmo que por dentro estivesse gritando de raiva e arrancando meus cabelos junto com a minha sanidade. E apesar de o vidro do carro ser escuro, eu conseguia ver em seus olhos que estava do mesmo jeito que eu, desesperada.

– Jeon! – a voz doce de Bomi soou um pouco ao longe e eu acordei dos devaneios, pendendo meu olhar sobre a pequena que me encarava curiosa. Abri a boca para falar algo, mas o barulho de um carro arrancando me interrompeu e, quando olhei para a vaga que antes estava ocupada com o automóvel de _______, a vi vazia. Instantes depois, a brasileira e Taehyung também sumiram do estacionamento.

~♣~

Quando eu e Bomi chegamos no restaurante, eu fiz questão de sentar na primeira mesa vazia que aparecesse e ela me acompanhou. Eu não estou fazendo isso para provocar _______, quer dizer, só um pouco, mas estou fazendo mais para me dar uma chance de ser feliz e esquecer por completo aquela brasileira metida a besta. Bomi sempre foi apaixonada por mim e, apesar de eu saber disso, nunca dei uma chance e isso pode ter sido um tremendo erro, então, está na hora de dar antes que eu perca ela para outro alguém.

Ela vale a pena.


Notas Finais




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