História Deixar De Amar Você - Imagine Jeon Jungkook - Eu Te Amo

Jeon JungKook 

Março 2018 – 20:13 PM

Elevador

Praticamente um mês se passou desde o início do "Jogo Emocional". Foi como estar no inferno e no paraíso ao meus tempo, pois os deslizes que ______ cometia ao deixar claro seu ciúme faziam-me sentir um orgulho crescer, porém, a sua intimidade com Kim Taehyung me fazia ter a subita voltando de espancá-lo até a morte. Foram inúmeras vezes que os vi juntos, próximos demais, trocando toques desnecessários, tendo encontros estranhos para apenas dois colegas de trabalho e, muitas vezes, escondidos em algum canto da empresa. Aquilo me fazia querer vomitar. Todavia, todos esses sentimentos ruins iam embora assim que eu me encontrava na companhia de Bomi, que tornou-se o meu refúgio depois de tudo que me aconteceu. 

No começo eu me sentia mal, achando que estava apenas usando ela, mas depois de um tempo passei realmente a gostar dela e toda a minha Insegurança tornou-se irrelevante, o que contribuiu bastante para eu perder o medo de machucá-la e me machucar. Afinal, Bomi notara que o que tínhamos era bem... Uma forma de nos satisfazer, eu não a dava falsas esperanças, assim que ela não tinha motivos para tê-las, mas acredito que cedo ou tarde esse "caso" vai se tornar um namoro... Estou sentindo isso. 

Assim que a porta do elevador se abriu, fomos surpreendidos por ________ que estava do lado de fora. Pela feição dá mesma, também não contava com o nosso encontra inusitado. 

— Bem, eu tenho que ir, tchau. – Bomi tentou cortar o clima tenso que pairou sobre o cubículo quando _______ entrou, mas foi em vão. 

Despediu-se de mim com um selar rápido nos lábios e um aceno para _______, deixando-me a sós com a brasileira. O elevador parecia muito menor com a presença dela alí, como se o espaço fosse totalmente ocupado por fantasmas. A observei com a visão periférica e notei sua inquietação por estar a sós comigo, já que esse evento nunca mais aconteceu depois dos últimos ocorridos. 

Os dedos dela brincavam cm a barra da blusa e seus olhos não sabiam aonde parar, ela abria a boca sutilmente de vez em quando, como se quisesse falar algo mas estivesse reunindo coragem para tal ato. Mas eu estava tão curioso e como ela parecia que realmente não estava com coragem para dizer, decidi dar um empurrãozinho. 

— Você é rápida, né? 

— Hã? – olhou-me confusa e surpresa, provavelmente por eu ter iniciado a conversa. 

— O que? Acha que eu não vejo você com aquele seu amiguinho? – ela franziu o cenho. – Kim Taehyung, não é esse o nome dele? 

— Ah, o TaeTae. – fez um "O" com a boca, entretanto, isso não durou muito tempo, já que sua expressão foi de confusa para irritadiça. – Como assim? Eu e o Tae somos apenas amigos mesmo! 

— Aham, sei, e eu sou o mágico de Oz. 

Mesmo estando feliz por ela negar que os dois têm um caso, continuei provocando tamanho era a minha desconfiança por vê-los sempre juntos e com tanta intimidade. Até os outros funcionários comentavam vez ou outra do suposto caso dos dois. 

— Que droga, Jeongguk, – parecia cansada dizendo aquilo — Taehyung é só amigo, não que eu deva explicações a você. – alfinetou e eu comprimi os lábios. 

— Pode até ser, mas está na cara que ele quer bem mais que uma amizade. – por algum motivo, lembrei dá primeira vez que os vi juntos e como aquilo me fez queimar de raiva, como agora. 

— Quer saber? Ele quer mesmo mais que uma amizade, só que não comigo! Ele quer entrar sim na minha família! – meu coração disparou, não prestei muita atenção no que dissera depois do "ele quer mesmo mais que uma amizade". – Ele quer namorar o meu irmão, seu imbecil, o Hoseok!

_________ esbravejou como se estivesse irritada por ter que me contar aquilo, todavia, eu mal conseguia racionar sua fala anterior. 

— Hã? Espera – fiz um sinal com a mão e pisquei os olhos, me recuperando. – Taehyung é gay? – ela assentiu com a cabeça e eu, percebendo a burrada que cometi, apenas me encostei na parede atrás de mim e abaixei minha cabeça, percebendo o quão patético estava sendo todos esses dias. 

Ficamos em um silêncio cortante até para mim, já que a situação anterior favoreceu para os dois ficarem constrangidos com o mini confronto. 

— Aliás, para de iludir aquela garota. – olhei-a de imediato, deixando minha confusão evidente na minha testa enrugada. – A Bomi, para de iludi-la, ela não merece isso. 

Sua audácia me deixou bravo, assim como a sua afirmação que eu estava iludindo minha colega de trabalho. Quem ela pensa que é para dizer uma coisa dessas sem saber? 

— E quem disse que estou iludindo ela? – respondi ríspido, ganhando um olhar fulminante da mesma. 

— Qual é, Jeon, você está iludindo-a porque... – olhou-me e o restante dá frase parou no meio de sua garganta. Mirei seu rosto com impaciência, desafiando-a a terminar. – Porque ainda me ama! 

Eu deveria ter deixado sua frase morrer no ar. Se eu soubesse o impacto que aquilo teria em mim, não teria a incentivado a prosseguir. Ela estava certa, eu ainda a amo, sem sombra de dúvidas, eu só não queria admitir para mim mesmo. Eu fiquei dias sufocando esses sentimentos, de apreensão e insegurança, fiquei dias tentando me convencer que deixaria de amá-la o mais rápido  possível, no entanto, eu estava terrivelmente enganado. 

– Você se acha, né? Garota, eu não estou iludindo ninguém, só estou me dando a chance de ser feliz. – respondi, depois de longos segundos tomando coragem para admitir: – Eu ainda amo você, de verdade, mas isso vai passar. Achou que eu iria ficar esperando uma migalha sua para sempre? – ______ cerrou os punhos com força e me cortou com o olhar. A brasileira parecia querer me enfrentar, porém, eu terminei: – Ela pode não ser boa em tudo como você, mas pelo menos consegue amar-

— Eu também consigo amar! 

Parei de falar no mesmo instante, minha voz simplesmente travou na garganta e meus lábios secaram. A voz dela ecoava nos cantos mais profundos da minha mente, repetindo aquela frase inúmeras vezes como se fosse um gravador. Minha boca tremia, eu queria responder de algum modo, mas não conseguia pensar em nada, tampouco tinha coragem de dizer algo. Minha mente tinha se tornado um breu. 

— Eu também consigo amar. – repetiu em tom baixo, abaixando sua cabeça para que eu não visse a expressão em seu rosto. – Porque eu já te amo. 

Quase caí para trás, mas o aço gelado dá parede do elevador se chocou contra as minhas costas. Segurei nas barras de apoio do cubículo para não ir ao chão, olhando diretamente para _______ e me surpreendendo quando a mesma ergueu seu rosto e eu vi a sua pele já marcada por lágrimas. Meu ar desapareceu.

— Droga, Jeongguk, eu te amo! Você conseguiu, eu aprendi a te amar. — jogou as palavras dolorosas contra minha pessoa, fazendo um peso crescer em mim. – Eu amo tanto você, tanto... Chegar a doer. Meu coração quebra toda vez que te vejo com Bomi, eu choro todas as noites pensando em você e nos dias que passamos juntos, sinto sua falta... De tudo, das brigas, rixas, encontros. Você não sabe como foi difícil para mim continuar aqui na Coréia, olhei passagens de volta para o Brasil inúmeras vezes, no entanto, nunca consegui comprar, porque nunca consegui te deixar. Passei noites acordada lembrando de você e rolando na minha cama como se estivesse na sua, cheirando meus lençóis procurando o seu cheiro, e chorava todas as vezes que não conseguia senti-lo ali. – a brasileira já não controlava os soluços. Eu já não controlava meus batimentos cardíacos. – Eu te amo, te amo, te amo, te amo-

A garota de bochechas rosadas e olhos avermelhados ficou repetindo aquilo, até eu calá-la com a seguinte frase...