História Deixe-me entrar - Bata antes de entrar

Eram 19:00 da noite e eu estava voltando do trabalho. Eu estava cansada  e doida para chegar em casa, queria sair daquele trânsito infernal.
Eu não estava nem na metade do caminho quando decidi parar num posto de gasolina e comprar algo para comer, afinal, eu estava longe de casa, voltando de um dia cansativo e com muita fome.
Estacionei o carro e entrei na loja de conveniências; pedi um salgado e comprei um refrigerante, sentei para comer e descansar um pouco quando vi um homem no canto da loja com um capuz cobrindo seu rosto. Ele bebia um café lentamente enquanto me observava. Terminei de comer e fui para o carro quando de repente vi que o homem começou a me seguir, apressei o passo e entrei no carro correndo. Quando fui dar partida no carro ele colocou a mão na porta e ficou ali, parado, me olhando fixamente - apesar de eu não enxergar o seu rosto eu sabia que ele estava me olhando - e então ele deu uma risadinha baixa e saiu.
- Ei!  O que você quer? Por que me seguiu?
Ele continuou caminhando com suas mãos cravadas no bolso.
Eu fiquei assustada, mas precisava esquecer aquilo, afinal, devia ser só mais um bêbado numa sexta-feira querendo fazer graça.
Fui para casa e estacionei o carro na garagem, quando passei pela corredor que dá de frente para a porta de entrada que estava aberta.
- Jhenny? Jhenny, você está ai? Olha se for mais uma de suas brincadeirinhas eu juro que vou matar você!
O silêncio tomava o lugar.
Peguei o celular e enviei uma mensagem para ela escrita "Para de brincadeira! Onde você está?"
Ela respondeu que estava em casa e eu comecei a me preocupar.
Peguei um bastão que eu costumava deixar atrás da porta e subi as escadas lentamente.
- Quem está ai?  Eu vou chamar a Polícia se você não aparecer!
Então eu vi a porta do meu quarto aberta. Era aquele homem da loja de conveniências, ele estava segurando uma fotografia minha e da minha mãe quando eu era criança.
- Quem é você?
Ele me olha e volta o olhar para a foto.
-  Olha, você tem duas opções: 1- você sai daqui e eu esqueço que você entrou na minha casa. 2 - Eu chamo a polícia e você se da mal.
- Sabe, eu achei que você fosse mais esperta. Não sabe mesmo quem sou eu?
Ele finalmente abre a boca.
- Não, eu não te conheço e com esse capuz não vejo nada de você.
- È uma pena que não possa me ver, afinal o que sua mãe fez comigo me deixou lindo.
- Minha mãe? Você conhece minha mãe?
- Se eu a conheço?
Ele gargalha com sarcasmo.
- Ela destruiu minha vida. E agora que ela já está morta eu estragarei a sua.
Ele pulou a janela e saiu correndo antes que eu pudesse dizer algo ou apenas chamar a polícia.