História Deixe-me entrar - Me ajude?!

Eu desci do barco e corri em direção a casa de frente ao lago.
Minha perna estava sangrando pois os pontos se abriram e eu estava perdendo muito sangue.
"TOC-TOC-TOC" Eu bati na porta com muita pressa enquanto vigiava o local a volta para ver se ele estava por perto.
- Pois não?
- Por favor!  Por favor me ajude!  Por favor.
A moça ruiva que abriu a porta notou que minha perna estava sangrando e me deixou entrar.
Eu sentei eu uma cadeira da sala que estava iluminada apenas com a lareira, era uma cadeira de couro linda e bem grande.
- Eu posso ficar em pé ou me sentar em outro lugar para não sujar sua cadeira de couro!
- Não, tudo bem. Essa cadeira é velha, só fique parada e deixe eu cuidar desse ferimento.
- Muito obrigado!  Se você quiser eu te dou uma quantia em dinheiro, eu moro ali na frente e...
- Tá bom! Agora me senti ofendida. Estou te ajudando porque quero e não porque imaginei que fosse me dar algo!
- Me desculpa, não foi isso que eu quis dizer, eu só...
- Eu estou te zoando!  Calma, só pra descontrair.
Eu ri, e fiquei olhando uma paisagem em um quadro meio bizarro mas bonito.
Era um cavalo negro, com chamas azuis nos olhos e com uma nuvem gigantesca cinza em cima dele.
- Que lindo o quadro!
- Ganhei em uma aposta.
- Sério?  Aposta de que?
- Apstei com um amigo que eu mataria um corvo e não me daria má sorte.
- E você conseguiu, legal, cadê o corvo?
- Eu empalhei ele! Está na garagem, depois que sua perna melhorar eu te mostro, aliás, acho melhor você ir descansar.
- Não, eu posso ir para casa, não quero que se incomode comigo!
- Tenho um quarto reserva para você.
Então ela me levou até o quarto, lindo e grande, com uma cama antiga e um armário grande também.
- Que quarto lindo.
- Obrigado! Qualquer coisa que precisar me avise!
Eu balancei a cabeça em sinal de sim.
Deitei e comecei a pensar  no que fazer quando chegar em casa. Pensei em me mudar, porém ele iria me caçar.
Eu estava quase dormindo quando de repente eu ou umas batidinhas na janela do quarto.
Eu levantei e fui mancando até a janela e abri uma parte da cortina lentamente e ele segurava uma placa dizendo "Você não me obedeceu!  Alguém terá que pagar, não acha?"