-Não deve ser nada além de reclamações, ele disse. Até que eu estava gostando de importunar a Debrah, mas, isso já está começando a me importunar, acho que se eu continuar dando trela para tudo que ela faz e fala isso nunca vai acabar.
-Acho que já deve está começando a aula, falei.
-Porque não me faz companhia? Propôs-me. Sei que ele faz de tudo para fugir das aulas, nunca consegui uma explicação para matar tanta aula, sendo que está no colégio.
-Porque você não me faz companhia e vem assistir aula também? Propus.
-Aqui é bem mais legal do que lá, disse-me. Segundo meus cálculos a professor Faraize já deveria estar na sala de aula, era capaz de nem me deixar entrar, se eu continuar aqui.
-Estou indo, me virei e fui em direção à porta. Queria saber se ele me deixaria ir assim sem nem insistir mais um pouco. Ela apenas pegou a guitarra novamente e começou a tocar algumas notas. A melodia era incrível.
-Espere... Ele parou por alguns instantes, - Quando você for embora, venha aqui antes no porão, completou.
-Porque eu deveria passar aqui? Questionei curiosa.
-Para ter a ilustre oportunidade de ir embora com a minha ilustre companhia, disse-me.
-Nossa que grande coisa! Falei fingindo seriedade.
-É sério, eu quero falar com você, ele voltou a tocar algumas notas, eu achava engraçado o fato dele dizer algo e logo em seguida procurar fazer outra coisa, menos olhar para ver qual a minha reação.
-Tudo bem, falei sem pensar duas vezes. Nem assisti o primeiro horário, pois já tinha passado um bom tempo e não valeria nada entrar na sala. Não custava nada eu ter ficado lá no porão. Se arrependimento matasse? Com certeza não estaria viva.
-Garota olhe por onde anda! Perdida entre os meus pensamentos, acabei esbarrando na Ambre, irmã do representante, e para minha alegria ela não vai om a minha cara.
-Desculpe, não te vi, falei, mas pareceu meio que não adiantar, ela começou a fazer umas caras feias para mim e tudo começou a piorar, do nada o escândalo já estava feito.
-Como você não me viu? Gritou. Mas era verdade, de maneira alguma eu iria provoca-la, já basta a Debrah que não larga do meu pé, arrumar mais problemas não estava nos meus planos.
-Não foi isso que eu quis dizer... É só que... Sinceramente eu não te vi mesmo e não pense que foi por mal, porque não foi. Eu estava distraída.
-Você precisa de óculos garota, e eu não quis saber se foi por mal ou não, ela continuava a gritar.
-Ambre, não precisa gritar eu já pedi desculpas, você quer o que? Que eu me ajoelhe? Se for isso espere sentada, tenho mais o que fazer do que ficar aqui no meio do corredor com você fazendo escândalo, se quiser pode ir contar tudo para o Nathaniel, eu não ligo, nem se ele fosse o presidente da República.
-Olhe como você fala, ele pode muito bem te expulsar desta escola, ela falou tentando mostrar superioridade.
-Não exagere! Ele nem tem esse poder todo, o Colégio nem dele é, e eu pago para estudar aqui, garanto que a diretora não me deixaria ir embora assim tão facilmente, falei.
-Meu pai colabora isso tenho certeza que pesaria mais na hora de te expulsar, a Ambre começou a rir.
-Eu também, aliás, todo mundo que estuda aqui, me poupe da sua conversa, o Nathaniel só representa nossa classe, o que tem de mais, que grande coisa você ver nisso? Ele só é o representante porque ninguém mais quis, e você acha que isso te favorece, sinceramente que pena de você, falei.
-Espere só, ela disse.
-Tudo bem, agora eu vou embora porque meu tempo é muito precioso para perder com você, e da próxima vez não se meta no meu caminho se não quiser levar outro esbarrão e eu garanto que será proposital, até mais. Disse-lhe, acabei me irritando com ela.
A aula de química estava chata, a professora só falava, isso já estava desgastando-me que não via a hora do intervalo chegar e logo a hora de ir embora, mas isso estava meio distante de acontecer, ainda faltava mais uma aula para o intervalo.
Acabei sendo acertada por uma bolinha de papel, olhei para o lado e acabei encontrando o Alexy fazendo mimicas para que eu abrisse. No papel estava escrito:
“Precisamos falar com você urgentemente no intervalo”
“Ass: Alexy e Rosa”
Olhei na direção dos dois e confirmei com a cabeça, era até bom conversar com eles, precisava saber a que custo eles foram embora e me deixaram sozinha no final do show.
O relógio parecia não andar que, quando chegou a hora do intervalo, esperei que a sala toda se esvaziasse.
-O que houve? Alexy perguntou.
-Eu que pergunto isso a vocês, porque me deixaram sozinha? Fingi estar brava.
-Porque achamos melhor te deixar lá, para você conversar com o Castiel, Rosa tentou explicar.
-Nem um “tchau”, poderia ter me avisado, e vocês fizeram muito mal, que amigos são estes, comecei a fazer drama.
-Você que não quis entrar no camarim, Rosa tentou se explicar.
-Nem inventa, vocês foram embora sem mim, falei.
-Calculamos que era melhor te deixar lá, afinal todos estavam indo embora e o Castiel sempre fica por último, Alexy disse-me.
-Alexy você nem gosta de matemática e um chiclete chamado Debrah estava lá, disse-lhes.
-Nossa nem pensamos nela, Rosa ficou pensativa.
-Mais o que aconteceu depois? Alexy perguntou-me.
-Discuti um pouco com ela e o Castiel se ofereceu para me levar embora, como vocês tinham ido acabei aceitando, mas ele iria levar Debrah primeiro, o pneu da moto furou, ele não conseguiu me avisar e eu fui embora tarde da noite sozinha, só isso. Expliquei.
-E o Castiel veio se explicar depois? Perguntaram, estavam interessados na história, mas, só por terem me deixado não iria contar.
-Sim, mas vocês não merecem que eu fale, Disse.
-Conta! Rosa insistiu, mas o sinal tocou.
-Não posso acabou de tocar, quem sabe numa próxima, disse sorrindo.
Eles passaram a aula de geografia toda fazendo mimicas, mas eu fingia não olhar, só para deixa-los mais curiosos, como ficamos sabendo que a professora de inglês havia faltado iriamos sair mais cedo, eu só precisava avisar ao Castiel. Quando o sinal soou apenas sai rapidamente, sem que a Rosa nem o Alexy conseguissem me seguir.
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