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História Deixe que nosso amor os mate! - Lembranças podem matar


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Puddins! Nessa fic eu vou fazer um cap com Harley e o Coringa proclamando o Caos em Gotham City e o outro ela como psicóloga, porque por mais que eu tivesse feito uma parcelar da Arle como Harleen na fic Para o Sr. C, ainda não pareceu tão aprofundada. Então vou mostrar pra vocês timtim, por timtim como ele persuadiu ela, tudo bem??? Espero que gostem! ^^

Capítulo 2 - Lembranças podem matar


Fanfic / Fanfiction Deixe que nosso amor os mate! - Lembranças podem matar

Você não é o tipo de pessoa que eu gostaria de conhecer

Porque você é tão cruel,querido, você é tão cruel...

 

 

Os olhos verdes me fitavam.

Estávamos divididos por uma mesa, no entanto, cada um estava sentado em uma cadeira, de modo a olharmos um para o outro. O que não facilitava o meu trabalho por completo.

Estou encarando um dos homens mais procurados do mundo, e cabe a mim fazê-lo repensar seus crimes através do meu trabalho como psiquiatra.

Ele parecia galante. Este era meu segundo dia no Arkham... E como todo esse lugar me dava arrepios! "Não, tudo bem Harleen, este é o seu trabalho, todo o reflexo do seu não tão esforçado meio de vir a ser uma médica de renome".

Meu caderno estava abaixo de minhas mãos, sobre a mesa. A caneta era pressionada entre os meus dedos, com força, tentando manter a calma que meus pés, quase perto dos dele, não tinham, ao chacoalhar, batendo a sola no chão.

O tic-tac do relógio me deixava apreensiva.

Poderia temer o que ele faria. Quem não garante que por trás daquela camisa de forças haveria uma faca ou algum outro objeto cortante?

Eu não saberia dizer, muito menos esperaria que acontecesse.

Suspirando, sorri.

- Bom, Sr. Coringa, acho que estamos aqui de novo.

- É sempre um prazer te ter por perto, Srta. Harleen.

- Isso é muito bom, significa que estamos nos entendendo.

- Escute, escute… Não - negou minuciosamente - Claro que não, desculpe… As vozes… Imagino que esteja aqui hoje para avançar em sua pesquisa.

- Ah, não, Sr. Coringa, não é nenhuma pesquisa.

- Então em seu trabalho. Me diga o que quer fazer!

- Quero que me diga o porquê das mortes.

- Ora, Srta. Harleen… Quando se vê que o mundo está morrendo, sabemos que devemos ressuscitá-lo. No entanto, o meu modo de fazê-lo foi matando aqueles que o fizeram mal.

    Anotei algo irrelevante no meu caderno.

- Você se denomina uma pessoa boa?

- Talvez.

- E porque matá-los? - arrumei o óculos

- Por que só o perdão não vale a pena.

- Sabe que o seu modo de "salvar o mundo" está levando à uma crise de medo nas pessoas?

- Diz isso como se fosse uma coisa ruim...

- E obviamente é.

- Claro que não, doce Arlequina. Você quer acreditar no que dizem que deve acreditar. O mundo insano em que vocês vivem faz com que a minha visão se torne distorcida. Vocês invertem o meu mundo para que o de vocês seja aceito… Mas as coisas não são assim, elas devem mudar.

- Mudar em que sentido?

- Mudar no sentido de que eu os farei enxergar… Imagine esta cena - pediu - A carne é fatiada sobre o balcão do açougue sucessivamente até criar pequenas riscas rubras. O homem gordo com nariz de porco ronca conforme respira e os olhos buscam uma direção sem rumo. Seus excessos de gordura chacoalham conforme a batida da faca sobre o osso do falecido animal. No entanto, as diretrizes sempre mudam o seu cotidiano quando o seu patrão reclama de fatos inexistentes e grita-o de "inútil" ou "imprestável", de modo a fazê-lo se envergonhar perante os amigos de trabalho.

“Por precisar deste emprego, o açougueiro engole cautelosamente cada insulto, tremendo entre os dedos das mãos conforme coça os cotovelos de nervosismo. E, sempre ao sair do trabalho, o açougueiro sobrecarrega-se com o álcool e volta para a casa bêbado. Separado, e em meio a um processo judicial devido à violência doméstica contra sua ex-mulher, no entanto, mantém a guarda de seu filho de dezoito anos, no qual o esmurra e agride de forma a arrancar-lhe a raiva do corpo, arrancando sangue de sua prole com socos e pontapés.

“Como resultado, o desprezo e a raiva estoura o cérebro ferido do pequeno maior de idade, pois, mesmo respeitando o pai que tem, ainda assim o odeia. Logo, encontra-se na escolha do mais fraco diante do mais forte e prefere reverter a situação levando o caso ao colégio, onde escolhe a dedo, um jovem de doze anos.

“O corpo ainda dolorido o impede de esforçar-se, obviamente pelas marcas e cicatrizes grossas e púrpuras que percorrem as suas costas, embora ainda consiga levar a pobre criança para o banheiro e afogá-la na privada enquanto o soca na nuca e a mantém detida com os braços para trás, segurando-a com apenas uma mão.

“No mesmo dia da agressão, a criança é encontrada desacordada e ligam para os seus pais. Mas, olha que ironia! O seu pai é o chefe do açougueiro."

    Engulo a seco, minhas mãos não param de tremer… O que ele está dizendo…

- Esta pessoa é…

- Sim, Arlequina, sou eu, doçura.

- E o que quer dizer com isso? - consegui perguntar, tentando manter nossa conversa o mais profissional possível.

- Ora! Não notou que conseguiu esse emprego graças a mim!? Graças as mortes? Violência, docinho… - inclinou-se sobre a mesa - Gera violência - Sussurrou.

- Quem pensa que é? Deus?

- Não! - parecendo ofendido, voltou a encostar as costas no espaldar da cadeira - Eu apenas tenho o mundo nas mãos e uma história que seria trágica, se não fosse cômica.

 



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