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História Deixe que nosso amor os mate! - A Filha da Perdição


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 24 - A Filha da Perdição


Fanfic / Fanfiction Deixe que nosso amor os mate! - A Filha da Perdição

“Eu devo ser a filha do diabo

Tal pai da escuridão habita em mim

Filha bastarda que eu sou

Pode ver isso em minha arrogância

Nas linhas quiromante das minhas mãos

E em meus lábios que são como punhais“

 

 

Quando se tem algo que te pertence, o que fizerem com ele, você deve cuidar, deve dar um jeito, deve tomar conta e tratar da maneira que bem entender, porque afinal, é seu. Mas quando se tem algo que te pertence e mesmo assim você não pode controlar, você deve fazer algo a respeito. E eu fiz.

A ouço choramingar todas as noites e é como um canto, ela fica nessa transição de sentimentos atordoantes durante quinze minutos e logo depois cessa, aquieta-se por dez e volta tudo novamente, como um alarme que você espera que nunca desperte, pois te irrita ouvir. O choro dela me irritava, era baixo e frígido, fungando enquanto eu tentava pensar. Eu precisava fazer algo a respeito da minha falta de criatividade, tudo parecia mais escasso e menos poderoso. Eu precisava me por de frente a alguém majestoso demais, alguém que eu pudesse quebrar sua humanidade facilmente.

- Sr... C…? - podia ouvi-la.

Nem ao menos a porta de aço parecia estancar a sua voz. Ignorando, me sentei na poltrona, ligando a televisão. Deixei o noticiário em áudio baixo, esperando ouvir os intervalos de seus choros para conseguir ouvir em paz. O maldito Batsy pegou o Stein no ar assim que o joguei do prédio, era isso o que dizia a matéria. Maldito! Aquele Pasteleiro ainda está vivo!

- Sr. C, por favor… Me tire daqui!

Bati a bengala contra o chão com força, sentindo minha paciência se esgotar.

- E-Eu não vou fazer isso de novo, e-eu juro.

Aquilo me fez sorrir, não pelas suas palavras, mas porque eu sabia que aquela maldita voltaria a fazer, ainda pior, com alguém próximo demais dela, alguém próximo demais de mim. Erguendo-me, andei pelos sinalizadores, como se fossem cordas bambas, ao menos isso era mais divertido do que me frustrar por pouca coisa.

- Sr. C…

Resmunguei.

- Cale a boca ARLEQUINA! - gritei.

Ela voltou a choramingar, desta vez mais alto, pois sabia que eu a estava ouvindo. Era intrigante como sua esperteza chegava a ser um tanto patética. Pulei dos sinalizadores para o chão de terra batido e subi as escadas, jogando a bengala para longe.

Soquei a porta, ouvindo o choro parar instantaneamente.

- Melhor assim. - disse para mim mesmo, dando meia volta.

- Aqui é meio assustador, sabe? - perguntou ela do outro lado - É divertido!

Resmunguei mais uma vez. Como eu odiava quando ela fazia joguinhos comigo! Mudando de ideia, abri a porta de aço, vendo-a me encarar rapidamente com um olhar assustado, mas um sorriso acanhado estampado no rosto. Ela parecia um animal indefeso, um cachorro que havia acabado de cair da mudança. Sua maquiagem estava borrada, ao menos os choros eram verdadeiros. Os cabelos estavam despenteados e os pulsos cortados, vermelhos e sangrando, do jeito que deveria ser. A roupa, que imundície! Mas isso não diminuía o modo como sua pele leitosa parecia cada vez mais macia. Ela faria um belo travesseiro, isso eu tenho certeza. Seus pés tentavam se ajeitar no chão, nas pontas, para não encostar nos cadáveres a sua volta. Ela continuou sorrindo, mexendo a cabeça para tirar os fios rebeldes, como ela, do seu rosto.

- Eu deveria te matar por isso! - falei, me aproximando - Qual as chances de você agonizar de dor se você só vai sair ganhando com isso? Tortura me parece muito pouco para o que deveria acontecer com você.

- Eu já estou cansada para fazer qualquer coisa mesmo. - ela revirou os olhos - Eu posso viver da luz do sol.

- Talvez, se aqui dentro entrasse sol.

Ela riu.

- Você é um amor, mesmo quando está prestes a me matar.

Harley me olhou da cabeça aos pés, mordendo o lábio, inferior.

- Eu estou muito entediada, Sr. C. Brinca comigo? - perguntou, esticando as pernas o bastante para que me mostrasse aonde ela queria que eu brincasse - Talvez não seja tão ruim assim!

Jogando-me contra ela, a ouvi rir, erguendo o queixo, esperando minhas mordidas. Meus dentes arranhavam sua pele e as mastigava. Havia um gosto, um desejo intenso no modo como eu o fazia, era um cheiro de perfume barato, mas um gosto de açúcar queimado, por isso eu mordia, queria poder engolir esse doce. Ela gemeu alto, enquanto minhas mãos passavam pela sua costela e repousavam em seus seios, eles eram bons de apertar, como se eu pudesse arrancá-los a qualquer hora. Assim que seu rosto se abaixou para mim, beijei a sua boca, puxando sua língua para mim como se eu pudesse tomá-la, como se eu pudesse usá-la como meu troféu. Suas pernas se enroscavam em minha cintura e isso me fez lembrar da foto. Quis recuar. Mas quem recuaria num momento desses? Eu precisava mostrar que eu era melhor do que ele, eu precisava mostrar que o que quer que ele pudesse fazer, eu faria melhor. E como se ela soubesse disso, ela me puxou para mais perto com seus pés e eu puxei sua calcinha, passando dois dos meus dedos por todo o seu âmago, vendo como estava úmido e como ela esperava por mim e sempre esperaria. Brinquei com o seu clitóris, porque era isso o que ela queria. Eu pressionava e entrava, saía e pressionava de novo com mais força, não queria dar a ela prazer, queria dar dor, mas ela sempre gostou da combinação dos dois, e por mais que eu não quisesse, ela sempre sentia ambos perto de mim. O modo como ela gritava de dor, mas gemia de prazer, era uma clemência, ela me pedia por isso. Então, sem avisos, estanquei dentro dela, sentindo a quentura do seu interior por todo o meu corpo. Harley começava a suar, beijando o meu pescoço enquanto se apertava cada vez mais para mim. Eu a pressionava com mais força, para dentro, podendo ver seus gemidos se tornarem cada vez mais alto e eu ria por isso. Sua pele era tão gostosa de apertar e a artéria de sua traqueia eram tão macias que as apertei com os dedos, enforcando-a, procurando ali o meu desejo. Ela ria mesmo assim, porque eu não apertava do jeito que deveria, nem ao menos isso eu queria, eu queria deixar a minha marca nela e quando comecei a sugar os seus seios e deixar ali o púrpura que viria, foi como se eu estivesse plantando novamente uma bandeira na lua.

- Deus…! - ela gemia - Sr. C!

Senti-a explodir em mim, e me apertar com mais força ainda, mas eu não terminaria ali. Eu queria que ela implorasse para que eu parasse, para que eu saísse dali. Eu queria que ela me negasse, só para que eu me tornasse a sua tortura, mas ao invés disso, conforme eu continuava dentro dela, apertando e arranhando a sua pele, via-a fechar os olhos, mordendo o lábio inferior, esperando paciente para que tudo acabasse, para que o meu tempo chegasse ao fim. Mas não chegava, eu não encontrava prazer algum ali, porém continuei cada vez mais rápido e com mais violência, sentindo sua espinha bater contra a parede e os suspiros de raiva saírem da minha boca.



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