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História Deixe que nosso amor os mate! - Atenção! Metrô de Gotham City!


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 3 - Atenção! Metrô de Gotham City!


Fanfic / Fanfiction Deixe que nosso amor os mate! - Atenção! Metrô de Gotham City!

“Perdoe-me, Deixe-me viver
Deixe meu espírito livre.”

 

 

O Sr. C não quis pilotar sua lamborghini púrpura, ele disse que pegaríamos algo público, algo mais visível, dissera que começara a gostar de se mostrar a todos o que, possivelmente, eram seus fãs.

Jonny Frost, que fora apelidado carinhosamente por Johnny Johnny pelo meu pudinzinho, dirigiu em sua BMW preta, até nos deixar em frente a grande entrada do metrô.

Assim que descemos do carro e parte dos viajantes ali presentes nos viram, uma parcela se dispersou, correndo para longe, ainda mais, quando, descendo de furgões verdes, dez capangas do meu amor, começaram a atirar com suas metralhadoras, contra os civis, tentando arrumar as novas cabeças de pelúcia que Mr. J os ordenara usar, eram máscaras de personagens cômicos do Looney Toones, o que eu achei super fofo.

Agarrei o braço do Sr. C, sentindo a brisa fria enquanto, com a mão desocupada, girava o taco de baseball.

“Atenção! Metrô de Gotham City!”, estava escrito em uma placa preta com letras brancas. Num impulso, amassei-a com o meu taco, deixando o seu aviso modificado para “Atenção Gotham City!”.

Rindo, desci as escadas com o Sr. C. Johnny Johnny caminhou ao nosso lado, segurando um fuzil. Os capangas corriam a nossa frente, atirando sem parar.

- Isso vai ser uma viagem, não é docinho? - perguntei.

A locomotiva estava parada, com todas as portas escancaradas, sem ninguém dentro.

O interior do metrô se mostrava cada vez mais vazio e repleto de mortos.

Que saco!

Onde estava a diversão?

- Qual é o plano, benzinho? - indaguei, apoiando minhas mãos na cintura, ficando de frente para o Sr. C - Chamar a atenção do Comissário e assim trazer o Harvey com ele?

Ele sorriu, o mesmo sorriso metálico que se abria todos os dias para mim. Seus lábios se esticaram e os olhos verdes me prenderam, assim como sua mão, que agarrou meu maxilar, chacoalhando a minha cabeça.

- Não, querida, você vai chamar a atenção enquanto eu vou para a casa do Harvey, mas vou estar te esperando lá, então quero que chegue no horário - puxando-me em sua direção, colou seus lábios nos meus e o soltou no mesmo instante, enfiando as mãos repletas de anéis no paletó cinza, voltando a subir as escadas.

- Então você só veio me trazer?

Ele afirmou.

- Que atencioso! - suspirei de amores, vendo seus capangas o seguirem, assim como Johnny Johnny.

Quando me vi sozinha dentro de um metrô, que logo iria ser cercado pelo GCPD, comecei a andar por entre os cadáveres, arrastando a base do taco no chão, vez ou outra pressionando-o em algum membro alheio que se esticava e estalava.

Soprei a mecha do meu cabelo, e quase que no mesmo instante, virei-me para a locomotiva. Um estrondo me assustou.

- Ah! - consegui respirar normalmente, afundando minha mão no peito - É você Canário, pensei que fosse alguém como a Zatanna, a Zatanna me dá medo - ou seja, ela não.

A Canário Negro desceu do topo do trem e caiu no chão, se erguendo rapidamente. Seus cabelos loiros, caídos em ondas até metade de suas costas, quase tapava a visão da jaqueta de couro e o maiô preto, com sua meia rastão e bota da mesma cor.

- Você não deveria estar com o Atirador Verde? - perguntei.

- É Arqueiro Verde - corrigiu, vindo em minha direção - Parece que não aprendeu da última vez.

- Está dizendo daquele dia em que a Herinha e eu assaltamos um banco e você apareceu? Pelo que eu saiba, eu escapei - revirei os olhos, mostrando a língua para ela.

- Ir para o hospital de Gotham City é uma maneira bem honrosa de escapar.

- Ah, cala a boca!

Corri em sua direção, acertando o taco contra seu braço, jogando-a para o lado. Em instantes ela avançou contra mim, chutando meu abdômen e me jogando dentro de uma das cabines, na qual eu bati a coluna numa das cadeiras. Me recuperando, desviei do seu segundo chute, me jogando para o lado. Com a ponta do meu salto, chutei sua coxa, jogando-a no chão. Agarrei o taco caído, sem que eu notasse que o tivesse soltado no impacto. Batei com ele em sua coluna, deixando-a se contorcer.

- Você parece cansada Gralha Negra.

Seus olhos azuis caíram sobre mim, entre os chumaços de cabelos dourados, e mais uma vez, me chutou.

- É Canário Negro.

Bati contra uma das bases de suporte, sentindo minha cabeça sendo pega e atingindo o vidro de uma das portas que estavam fechadas, no canto sem seu acesso plano para os passageiros.

A dor latejou, o pouco de sangue que saiu viera do corte que se alojou pouco acima da ponte do meu nariz. Respirando fundo, virei-me, dando uma rasteira na Canário, pondo-a mais uma vez, no chão. Pressionei meu sapato contra sua panturrilha, fazendo-a gritar de dor. Bati com o taco em sua cabeça e ela o segurou na segunda tentativa de acertá-la. Queria ter rido da tentativa frustrada de me impedir, porém ela o puxou em sua direção, me levanto junto, batendo minha cabeça contra o chão de aço sujo. Segurei seu rosto enquanto minha testa estava pressionada para baixo, seus dedos borraram o meu batom. Com as pernas, enrosquei-me em seu tronco, pondo-me sobre ela. Sem qualquer reação, ela me botou abaixo dela quase que de imediatamente.

- Acabou, Harley! - gritou, erguendo o punho acima de sua cabeça, prestes a acertar o meu rosto.

Ri alto, erguendo as mãos. Minha testa estava cortada, podia sentir a ardência.

- Tudo bem, tudo bem.

Notando que eu estava realmente me entregando, ela se levantou, ficando de pé ao meu lado. Estendi a mão para que me erguesse e ela a pegou. A descarga elétrica a fez tremer por breves segundos e rapidamente a vi cair no chão, desacordada.

Rindo, me sentei.

- Não acredito que ainda caem nessa! - olhei para o anel com um sensor elétrico na divisa dos dedos, em direção a palma - Os clássicos nunca morrem, não é?- pesquei para o corpo parado.

Me arrastando, peguei o taco e me sentei frente a porta fechada, encostada na pequena divisa de vidro e ferro.

Olhei para toda a cabine vazia e fiz um bico de insatisfação, apoiando minha mão no taco.

- Foi um ótimo exercício, gralhinha - chacoalhei sua panturrilha - Mas cadê eles?

Quase que automaticamente, como um aviso, as sirenes começaram a soar. Eu continuei sentada. No entanto, assim que os passos surgiram, eu me ergui, abrindo a porta atrás de mim com um esforço que me deixou ofegante. Assim que aberta, me escorei na divisa, cruzando os braços.

O Comissário Gordon foi o primeiro a aparecer, esticando sua arma em minha direção. O sobretudo bege estava sujo, assim como o bigode e o cabelo completamente suados.

- Parada aí, Harley.

- Arruma o seu óculos, tá bem tortinho - sorri, reparando nas lentes embaçadas.

Me desencostei, ficando ao centro da porta.

- Parada Harley! - gritou assim que viu a Canário Negro caída e desacordada no chão.

- Onde está o Harvey? Saudades da impaciência dele!

- Ele não está aqui! Agora, fique onde está!

Os outros homens surgiram atrás dele, numa fila única de fardas azuis e armas negras.

- Que pena! Fica para a próxima então.

Piscando, dei uma cambalhota para trás.

Corri em meio ao túnel negro, ouvindo ao fundo, as salvas de disparos acertando um campo vazio onde eu estivera segundos atrás.



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