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História Deixe que nosso amor os mate! - Bud e Lou


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 9 - Bud e Lou


Fanfic / Fanfiction Deixe que nosso amor os mate! - Bud e Lou

“Não há problema

Mentindo para si mesma

Porque seu licor é de primeira

É alarmante, honestamente

O quão encantadora ela pode ser

Enganando a todos

Dizendo que está se divertindo”

 

 

Com o meu uniforme, mas sem as botas, andei descalço para fora do Túnel do Amor.

- Tem certeza disso? - perguntei - Hienas?

Johnny Johnny assentiu, me levando para além dos brinquedos mais perigosos, em direção a montanha russa quebrada, com suas cabines completamente enferrujadas e travadas. A manhã nublada deixava tudo com um ar mais gostoso. O chão poroso levantava poeira para todos os lados. Tossindo, continuei andando, vez ou outra dando pulos de alegria. Hienas! Nunca vi nenhuma em toda a minha vida. Como deveriam ser? Será que riam mesmo? E se… Meu Deus! Hienas!

Vi, em meio a um pequeno abismo de destroços, uma caixa de papelão onde risadinhas podiam ser ouvidas ao longe. Corri até elas no mesmo instante. Havia dentro daquele cubículo apertado, duas Hienas ainda filhotes. Assim que me viram, elas pularam para fora, uma atacando a outra, mordendo as orelhas em brincadeira.

- Ai meu Deus elas são tão fofas, dá vontade de apertaaaar!!! - levei os punhos fechados a boca, ficando de joelhos frente aos dois bichinhos, olhando com os olhos pedintes e brilhantes para o Johnny Johnny.

Passei as mãos pelos cabelos encrespados das duas Hienas, ouvindo-as rir alto enquanto tentavam morder minha mão, sem qualquer força na mandíbula ainda.

- Eles são perfeitos!

- Acha que o chcfe vai querer?

- Ele tem que querer! Digo… Olhe para eles! São tão lindinhos que eu poderia guardar num potinho e levar para todos os lugares… E… E elas riem! - sorri ao sentir uma lambida na palma da mão - O Sr. C ama quem ri! Nada contra você, Johnny Johnny.

Ele assentiu, abaixando-se ao meu lado, procurando identificar o que eu achava de interessante naqueles protótipos de cachorros. Revirando os olhos, toquei o focinho dos dois no meu nariz enquanto eu ria, sentindo a língua deles cobrindo minhas bochechas de saliva.

- Eles devem estar morrendo de fome, tadinhos. - fiz um biquinho de tristeza - Vamos matar um dos homens do Sr. C e dar para eles comerem, o que acha?

Johnny Johnny ergueu uma sobrancelha. Ele ia responder, mas se levantou no mesmo instante, virando-se para algo atrás de nós. Fiz o mesmo ao ver a silhueta do Sr. C surgir, apoiando-se em sua bengala, com o mesmo sobretudo roxo, vindo até nós.

- Ora, ora, pelo visto você já escontrou o que temos aqui! - sorriu.

- Meu Deus! F-fo-foi você? - perguntei em descrença, olhando para ele e para os filhotes.

Mr. J se agachou, agarrando uma das Hienas e se levantando de novo.

- Elas vão ser boas distrações.

- São machos, Sr. C.

- Cale a boca. - resmungou - De qualquer forma, você vai cuidar deles, das sugeiras, dos banhos, dos passeios diários, tudo.

- Sério?

- Eu não vou querer sentir nem um cheiro de cocô de Hiena por esse parque, me entendeu? - me olhou fundo nos olhos, quase que como me induzindo a cofirmar… Mas como eu poderia dizer não para aquelas coisas fofas?

- Sim! Claro! - sorri, rindo, passando as mãos pelos meus cabelos, colocando mechas para trás da orelha de nervosismo. Um presente para mim! - Espere! Então tudo bem ficarmos com eles? Então a gente pode ficar com eles? - peguei as duas Hienas e afundei meu rosto entre o corpo delas.

- Por que não? Podem ser os filhos que você queria ter. São mais silenciosos que bebês, mais controlados também e estão sempre rindo.

As risadinhas deles aumentaram, como se quisessem comprovar que o que o Sr. C estava falando era verdade.

- Ah, Sr. C, muito obrigado! - aproximei-me de seu rosto, beijando sua bochecha rapidamente.

- Este é um presente. Mas se não cuidar bem, vou fazer com que você os coma, literalmente. Vou cozinhar a carne e te obrigar a comer todos eles.

Assenti e continuei assentindo, podendo ouvir as risadinhas como um coro dos anjos.

- Vou chamar este de Bud e este de Lou! - visei, erguendo o braço esquerdo e depois o braço direito. Johnny Johnny, ao receber o olhar do Sr. C, pegou Bud e Lou dos meus braços - O-o que? Mas por quê?

- Está tudo bem, Harley, eu só vou carregá-los. - avisou Johnny Johnny.

Afirmei com a cabeça. Voltamos a andar em direção ao Túnel do Amor. Agarrei a cintura do Sr. C, que vez ou outra me empurrava para longe, talvez pelo ferimento no joelho que ainda doía.

- Em Belle Reve, você foi bem tratada? - perguntou o Sr. C, olhando para frente, pensativo.

- Em que sentido?

- Em que sentido! Ora em que sentido!? Ah, Harley! Que sentido você acha que é?

- Bem… O Esquadrão é meu amigo e…

- Amigos? - riu - Pare de me fazer rir em momentos sérios, Harley. Me diga, eles te trataram bem?

- Não! - fiquei emburrada de repente, cruzando os braços, vendo Bud e Lou sendo levados para dentro do Túnel do Amor, enquanto o Sr. C e eu parávamos de frente um para o outro.

- Teve algum… Em especial?

Parei para pensar um pouco. Houve tantas coisas em Belle Reve, tirando a missão, que mal pude raciocinar direito. As torturas que eles faziam não chegavam nem aos pés de todos os maltratos do Mr. J, mas eu não conseguia pensar em nada em específico agora.

- Espere! Tem sim! Ahhhhh eu disse que ia atrás dele, disse sim. Aquele desgraçado que trouxe o celular para mim… Pudinzinho eu quero ferrar com ele!

Rindo, o Sr. C começou a andar para frente do Túnel, me deixando para trás. Corri para alcançá-lo.

Seus homens carregavam pilhas grotescas de arsenais perto dos portões. Ainda podia ver o corpo de Brad e Teddy pendurados nas hastes de ferro, a carne fora comida pelos vermes, mas as caveiras continuavam ali, seguras por cartilagens e cola, o cheiro podre era camuflado por litros de cândida todos os dias, o que dava uma descoloração amarelada nos cálcios.

Ao chegarmos perto da lamborghini púrpura, o Sr. C se escorou no capô dela e eu me sentei sobre ela, ao seu lado.

- Sabia que iria dizer isso, então parei e pensei: “Porque não nos divertirmos junto com ele?”.

Seus dedos estalaram e rapidamente dois de seus homens de rostos ranzinzas, trouxeram um homem encapuzado. Ao cair de joelhos, chorando, rapidamente pude reconhecer quem era. Pulei do carro e fui até ele, arrancando o tecido cinza de sua cabeça e o jogando no chão. Ergui a cabeça dele pelos cabelos, fazendo-o olhar fundo nos meus olhos.

- Olá, Alpha 01. Vamos brincar?

 



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