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História Delírio - Sentiu minha falta?


Escrita por: hereisduda

Capítulo 5 - Sentiu minha falta?


Fanfic / Fanfiction Delírio - Sentiu minha falta?

Sentiu minha falta?

Quando Val finalmente dormiu, Úrsula teve tempo de juntar tudo o que aconteceu naquele dia: a carta de Arthur e o desabafo da menina. Foi um dia bem caótico. Seus pensamentos foram interrompidos por seu celular. Ela revirou os olhos quando viu quem era Fred.

- Alô? - Atendeu revirando o olhos.
- Ah, oi! Que bom que você atendeu, queria saber como você está. - Quanto mais ele falava mais raiva sentia.
- Estou bem.
- Ufa, fico aliviado de ouvir isso.
- Jura? - Ela definitivamente não estava á vontade para conversar com ele.
- Juro. - E riu.
- Que bom.
- Então…
- Quer saber? Tchau Fred.
- O que?
- Você me ouviu.
- O que ta acontecendo Ursa? - Perguntou confuso.
- Tchau. - E desligou sem pensar duas vezes.

Úrsula se sentou no sofá pensando no que acabara de acontecer, tratar o amigo daquela forma era difícil, mas necessário. Ele merecia um gelo. Suspirou triste.
Do outro lado da sala um objeto atraiu sua atenção. Era um porta-retrato já desgastado com uma foto, Arthur estava nela assim como ela, Fred e Valentina. Ela se levantou para pegar a fotografia que estava um tanto escondida na parte de baixo da estante. “Como eu nunca vi isso aqui?”. Ela pegou a foto e começou a analisar, os amigos pouco mudaram, Valentina continuava com seus inconfundíveis cabelos escorridos, Fred com os olhos fundos e seu avantajado nariz. Seus olhos miraram para os de Arthur, cinza como céu antes de uma tempestade. E era isso o que ele era pra ela, uma tempestade.

- O que você ta fazendo? - Úrsula deu um pulo e quase derrubou o porta-retrato, Valentina estava parada atrás dela.
- Que susto, parece um espírito atrás dos outros. - Ela deu uma boa olhada na amiga, rosto dela estava todo vermelho (principalmente o nariz) e o cabelo despenteado - Bem… Ta mais pra zumbi. - Valentina esboçou um sorriso e olhou para o porta-retrato.
- Da onde saiu isso? - Apontou para a foto.
- Eu achei caído debaixo da estante. Nem lembrava mais dessa foto.
- Nem eu. - Ela pegou a fotografia. - O tempo voa não?
- É, parece que sim. - Úrsula olhava com cuidado cada ação de Valentina.
- A gente tava tão feliz aqui, quem diria? Se a gente soubesse o que aconteceria depois.  - Ela parecia tão infeliz olhando aquela foto. - Quanto tempo tem essa foto?
- Não tenho ideia. Você costumava anotar atrás das fotos. - Valentina tirou a foto de dentro do retrato. - Ai ó. Maio de 2009. Uau, seis anos. - Atrás da foto estava escrito com a inconfundível letra de Valentina:

“10/05/2009

“Eu, Fred, Arthur e Úrsula”

- Você quer se livrar disso? - Valentina balançou a foto na frente de Úrsula.
- Não, coloca onde ela tava.
- No chão? - Ela riu.
- Não, no retrato. Depois a coloca na estante, não debaixo dela. - Valentina olhou confusa pra ela.
- Você tem certeza? Quer dizer, o Arthur ta na foto.
- Eu sei, mas essa foto não me trás nenhum tipo de dor. Olha. - Apontou para elas na foto. - A gente tava feliz. Eu gosto de guardar memórias felizes por mais que as pessoas nessas lembranças tenham me machucado. - Valentina olhou para Úrsula e sorriu, a menina parecia uma criança sorrindo.
- É. - Valentina suspirou olhando para a foto. - Ele ainda não tinha me feito chorar. - Sorriu debochada. - Aliás, a gente tinha começado a namorar nesse mesmo dia.
- Eu acho que a gente devia sair. - Valentina desviou os olhos da foto e olhou para Úrsula.
- Sair pra onde, doida? São dez horas da noite.
- Sair pra respirar ar puro.
- Ar poluído você quer dizer. - Úrsula fechou a cara na hora. - Haha, tudo bem. Mas vamos fazer isso amanhã, ta? Eu to cansada, vou dormir. - Ela deu um tapinha nas costas da amiga e caminhou até seu quarto.
- Cansada do que? Você dormiu o dia inteiro. - Valentina parou no meio do caminho.
- Falso. Eu chorei o dia inteiro. - Virou com um sorrisinho. - Eu estou cansada de chorar. Boa noite. - E dizendo isso, entrou no quarto. Úrsula suspirou se sentou ligando a TV e passado alguns minutos a menina já havia adormecido. Depois de adormecer em frente da TV, sentiu uma respiração perto de seu rosto.
- Oi ruiva. - Ela abriu os olhos e se deparou com um inconfundível sorriso. - Sentiu minha falta?



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