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História Delírio - Adeus.


Escrita por: hereisduda

Capítulo 7 - Adeus.


Fanfic / Fanfiction Delírio - Adeus.

Adeus.

A praça de alimentação do shopping estava cheia como de costume, Úrsula observava Valentina e Fred permanecerem em silêncio. Bufou e começou a olhar em volta quando uma menina de estatura baixa e longos cabelos loiros lhe chamaram a atenção. Ela franziu a testa, era Amélia. Úrsula se levantou e caminhou em direção a menina. Chegando perto dela, a menina se virou dando de cara com Úrsula.

- Ah, me desculpe. - A menina parou e arregalou os olhos. - Úrsula?
- Amélia. - Ela sorriu. Amélia sorriu e envolveu Úrsula em um abraço apertado.
- Você ta tão… - A menina olhou preocupada para a ruiva.
- Diferente? Eu sei.
- Foi meu irmão? - Úrsula franziu a testa. - Foi ele que deixou você nesse estado?
- Meio que sim. - Olhar para Amélia era como olhar para Arthur, os mesmo olhos, o mesmo rosto fino e o mesmo sorriso. Amélia era a irmã mais nova de Arthur, ele cuidava dela como se fosse sua própria filha. - Você viu seu irmão?
- Não, ele sumiu depois de tudo aquilo. - Amélia suspirou triste e olhou para Úrsula. - Já faz 5 anos. - Amélia nunca acreditou que Arthur pudesse ter feito aquelas coisas, o fato de nunca acharem nada contra ele só aumentou a crença na inocência dele. - Sabe Ursa, eu nunca acreditei que você pudesse ficar contra meu irmão. Eu pensei que você fosse apoiar ele. Foi por isso que ele foi embora.
- Tudo apontava pra ele, Mia.
- Tudo o que? Nunca foi provado que foi ele mesmo. Você foi a pessoa que mais decepcionou ele. - Úrsula olhou chocada pra ela.
- Eu o decepcionei? Há! Foi o contrário. Ele fugiu porque claramente tem culpa no cartório.
- Ele fugiu porque não havia mais sentido permanecer num lugar onde a pessoa que ele mais amava o via como um assassino. - Os olhos da ruiva permaneciam na pequena. - Eu não vejo meu irmão há cinco anos. Sabe o quão angustiante é isso? Não saber se ele está vivo ou morto, se ele est.. - Úrsula parou de escutar, seu coração se apertava cada vez que Mia falava ver alguém tão parecido e tão próximo de Arthur não fazia bem a sua saúde mental. - Úrsula? Você ta bem?
- Olha Mia, eu queria poder dizer que eu acredito na inocência do seu irmão, mas não dá, desculpa.
- Eu não posso dizer que entendo, porque estaria mentindo, mas tudo bem, respeito sua opinião. - A menina piscou algumas vezes os brilhantes olhos cinza, tão iguais ao do irmão. - Agora, eu tenho que ir. A gente se vê. - Ela acenou e saiu andando cabisbaixa.
Amélia era, junto com Fred, uma das poucas pessoas que acreditavam em Arthur. Não era justo ela dizer essas coisas, pensava Úrsula, ela lutou e sofreu para não acreditar em tudo isso, mas Arthur era culpado, ela sabia.  
Voltando a vida real, ela olhou em volta procurando Valentina e Fred, e os encontrou discutindo.

- Não dá mais, não dá mais viver desse jeito, esse namoro já acabou há muito tempo e você sabe disso. - Fred olhava perplexo para a namorada - ou ex -
- Vamos resolver isso em casa, vida. - Dizia ele desesperado, enquanto Valentina arregalou os olhos e sorriu debochada.
- Vida?! Agora eu sou vida? Hahaha. Vamos aos fatos, você nunca gostou de mim, talvez no começo, ou você tem uma maneira bem sádica de gostar. Eu tentei, tentei, deixava as coisas passarem, mas uma hora as pessoas cansam, e eu, bom, eu cansei. Você nunca levantou um dedo para ajudar esse namoro falido. Chega, eu posso e quero ser feliz. - Uma coisa que Úrsula pensou que nunca veria, na verdade duas. Valentina dando o fora em Fred e ele chorando. – Adeus. - Úrsula era uma mera espectadora daquela cena, Fred parado olhando Valentina ir embora.
- Ursa, ela foi pra sempre né? Eu perdi minha Valentina para sempre. - Úrsula olhou para Fred e se assustou com a imagem que viu, o menino sorridente tinha sumido. - O que eu fiz? - Ele balbuciou pra si mesmo com as mãos no rosto.
- Vamos. - Ela botou as mãos nas costas dele. - Me dá suas chaves. - Parte dela sentia pena, parte não.
- Não precisa, eu vou sozinho. Não precisa se preocupar. - Ele tentou sorrir, em vão.
- Vem, não tem condição de você ir assim e também, eu to sendo boazinha, aproveita. - Ela sorriu e deu um cutucão no menino.
- Ta bom. - Ele pegou as chaves do carro no bolso e colocou nas mãos dela.
O caminho foi silencioso, exceto por algumas fungadas de Fred, Úrsula estava um pouco nervosa, afinal, fazia dois anos que ela não dirigia e também Fred chorando ao seu lado estava a desconcentrando.
Fred de repente parou e arregalou os olhos.

- Ursa? - A voz dele estava abafada.
- Oi. - Ela deu uma olhada rápida nele.
- É, pode me deixar na frente do prédio? - Ela estranhou.
- Eu posso te levar até o apartamento, ué.
- Não, não, precisa não.
- Mas por que não? - Ela perguntou desconfiada.
- Pelo simples fato que eu quero ficar sozinho.
- Até no estacionamento?

Conforme se aproximavam da casa dele, Úrsula ficava mais desconfiada. Será que ele estava traindo Valentina e ela descobriu e finalmente teve coragem de terminar tudo?

- Você tem outra família? - Fred engasgou e começou a tossir.
- Claro que não! Você ta louca? Meu deus, eu tenho só 23 anos!
- 24. - Fred semicerrou os olhos.
- Tanto faz, eu não to escondendo nada, só quero ficar sozinho. Tudo bem pra você? - Úrsula não se deu por vencida, mas deixou pra lá. - Pode me deixar aqui. Obrigada Ursa. - Fred foi saindo do carro quando ela lembrou.
- Perai, como eu vou embora?
- De carro né.
- Esse carro é seu idiota. - Fred abriu a boca, mas não falou nada. - Esquece, vou de ônibus.
- Não, não, pode levar depois eu busco o carro. Quando a Valentina não estiver.  - Ele bateu a porta e saiu andando.

Úrsula olhou desconfiada até ele entrar no prédio, depois seguiu em direção de casa



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