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História Delirious Love (Segunda Temporada) - O primário


Escrita por: repxtation

Notas do Autor


Leiam as notas finais, por favor, é importante.

Capítulo 6 - O primário


Fanfic / Fanfiction Delirious Love (Segunda Temporada) - O primário

“E você pode ver o meu coração batendo. Dá para ver através do meu peito. Estou apavorada, mas não vou sair. Sei que preciso passar nesse teste. Então, simplesmente aperte o gatilho. Faça uma oração para você mesmo. Ele diz para fechar os olhos. Às vezes ajuda. E então eu tenho pensamentos assustadores. Já que ele está aqui, é porque ele nunca perdeu...” — Russian Roulette, Rihanna.

POINT OF VIEW BROOKE SOMERS/ROXIE HERNANDEZ

Distinguir os meus sentimentos era complicado, uma guerra de sentimentos acontecia dentro de mim e eu, parecia fraca demais para poder combater meus demônios. Justin é a dose de álcool puro que me embriaga, Jake é a paz em meio aos meus conflitos mais devastadores. Ambos conseguiam mexer com a minha mente, vira e revira. Mas era uma coisa boa. Já quem gritava com meus maus era Tomlinson. Isso não era nada bom, pelo contrário, eu tinha que me manter controlada, caso contrário cortaria o mais fundo sua garganta com uma lâmina em brasa.

Por tanto tempo lutei comigo mesma para não deixar o amor que sentia por Justin voltar, mesmo sabendo que ele havia morrido, mas cada vez que eu passava ao seu lado renascia como uma Fênix. O nosso amor mesmo incompleto, dava certo. No entanto, eu sabia que isso uma hora não iria mais ser saudável, talvez eu acabasse tendo um ataque cardíaco apenas pelo seu toque.

É insano, eu sei. Porém, é como um imã. Puxa-me cada vez mais e toda vez que tento me afastar me leva de maneira violenta ao seu encontro. Justin e eu somos como as ondas brutais do mar, navegam pelo misterioso oceano até finalmente se encontrar, e quando se encontram se colidem e destroem um ao outro.

— Tem certeza que é ele? – Pergunta Justin com o corpo encostado no balcão apenas usando uma calça de moletom grafite.

— Tenho.

— Harry comentou ontem, algo. – Levanto o olhar, interessada no que tem a dizer.

— E o que era?

— Disse que Niall esconde muito mais do que sei.

— Como o que?

— Ele não disse, apenas sorriu. E eu tive vontade de arrancar sua mandíbula. – Ri fraco balançando a cabeça, eu sabia bem como ele se sentia.

— Eu estou tão nervosa que acho que irei vomitar.

— Irá se sair bem, Niall nunca te viu pessoalmente e quem leva e busca é uma mulher desconhecida por mim.

— Obrigada.

— Pelo o que? – Caminhou até eu encaixando suas mãos em minha cintura coberta pela roupa.

— Por não desistir de mim. – E então ele sorriu, e meu coração pulsou mais forte. Ele iria acabar me matando sem saber.

— Eu jamais vou desistir de você.

— Assim espero. – Selei seus lábios, calmamente.

— Hm... – Murmuro o parando de beijar. — O que me intriga é que na chamada não estava Jake, e sim Austin.

— Austin seria o segundo nome de Jake.

Assinto.

— Tem certeza que esse Niall não me conhece? – Arqueio a sobrancelha em divertimento.

— Certeza não.

— Ótimo. – Bufei alto. — Vou ver isso quando voltar.

— E o que digo para os outros? – Perguntou assim que eu pego minha bolsa.

— Diga que estava com uma mulher, sabe como é, coisa de uma noite sem compromisso. — Riu fraco negando.

— E quando irá contar?

— Depois que eliminarmos Styles. – Justin assente, selo seus lábios mais uma vez antes de sair.

No caminho, várias vezes, eu retirava minhas mãos do volante por estarem soando. Eu nunca estive assim antes, com tanta ansiedade para chegar em um lugar ao mesmo tempo ter receio de tudo ir por água abaixo, até me lembrar dos ensinamentos de Aaron.

O sol nascia ao fundo do grande vinhedo, o céu escuro como a minha alma iluminava-se aos poucos dando adeus às estrelas a quilômetros de distância. Respirei fundo o ar gélido que brincava com os fios do meu cabelo comprido. Inquieta, permaneci apenas apreciando a vista, mas por dentro da pose de indiferente sentia desejo de acabar com Aaron por me fazer esperar tanto tempo.

Por míseros segundos me perguntei o que todos que amo estariam fazendo, aceitando finalmente minha morte ou negando qualquer coisa após isso. Meus maiores problemas eu estava enfrentando de pé, ao mesmo tempo, camuflada aos olhos de todos até dos que querem minha vitória.

— Seu maior desafio é controlar-se antes de tudo, ser impulsiva apenas te derruba. Acalmar seus sentidos é um passo importante, respirar fundo é o principal. Escuto a voz familiar, não me viro, mas sinto sua presença ao meu lado.

— É automático, quando vejo fiz algo.

— Isso não é um defeito, nem uma qualidade.

— Me chamou para isso? Arquei a sobrancelha cruzando os braços, finalmente o olhando.

— Quando lutamos notei o quanto não controla suas emoções.

— Como não?

— Você não as controla, as esconde.

Respirei fundo.

Um.

Dois.

Três.

Solte o ar.

Refaça.

Estacionei o carro em frente à escola, ajeitei meu cabelo olhando-me pelo espelho retrovisor. Desci do mesmo sem antes de pegar minha bolsa no banco passageiro. Ativei o alarme, entrei pelo portão grande de ferro com desenhos em arco-íris. O barulho do meu salto aberto em contato com o piso branco atraiu atenção de todos, principalmente da diretora que estava na frente. Ela sorriu satisfeita ao me ver chegar.

Eu vestia uma saia longa de couro que ia até acima dos joelhos com uma pequena abertura no canto da perna esquerda, a blusa cinza solta estava por dentro da saia que apertava minha cintura, mas não a ponto de sufocar. Meus cabelos soltos e uma maquiagem leve, natural.

— Bom dia, Srta. Hernandez.

— Bom dia. – Sorri abertamente.

— Vou leva-la até sua sala, as crianças devem chegar as oito como leu.

— Ok. – Caminhamos até a sala do primário, colorida e com diversos brinquedos guardados em armários, o tapete era de espuma, provavelmente para não se machucarem, as mesas pequenas e em círculos com grupos.

— Boa sorte. — Sorri em agradecimento, suspirei antes de colocar minha bolsa na mesa de frente para as outras. Estar em uma sala de aula era extremamente estranho para mim, muito estranho. Eu apenas sabia o básico que aprendi lendo na Internet, todos meus documentos foram criados por América. Identidade até meu currículo.

Fiquei em frente à porta dupla do primário esperando as crianças, pela chamada são 30 alunos. 17 meninas e 13 meninos. Entre de três a cinco anos. Aos poucos as crianças foram chegando e não pude evitar sorrir ao ver o quando são pequenos e fofos alguns iam largando a mochila e lancheira e outras já se sentando no tapete com seus brinquedos. Mães, e poucos pais falaram comigo para me conhecer. Jake foi um dos últimos a chegar e até isso acontecer balancei a perna em nervosismo, ele correu até a porta, mas assim que me viu tombou a cabeça para o lado me avaliando até abrir um sorriso grande revelando covinhas em suas bochechas rechonchudas.

— Crianças? – Chamei atenção de todas que olharam para mim. — A professora Rose não trabalha mais aqui, eu serei a nova professora de vocês.

Um levantou a mão.

— Sim?!

— Qual o seu nome?

— Me chamo Roxie, Roxie Hernandez. E você?

— David.

— Que tal eu fazer a chamada e vocês vão falando que idade tem e o que gostam de fazer, tudo bem? – Todos falaram sim em uníssono. Jake estava sentado um pouco atrás falando com duas crianças.

Fazer a chamada e conhecer todos foi fácil, controlar eles era difícil. Depois do intervalo aonde acontece à hora de dormir fiquei me perguntando como eles podem ter tanto energia e se seus pulmões não doíam pelos gritos agudos, mas eu não fiquei irritada.

Anna, Alicia, Alexander, Bernard, Bruno, Caroline, Carol, Christian, Christopher... Eram tantos. Alguns já me tratavam como se eu estivesse ali há anos, outros envergonhados até de me pedir para ir ao banheiro.

— Como assim você não tem família? – Perguntou uma menina de tranças e vestido rosa, acho que era a Clarice o nome, a Jake ou Austin que balançou a cabeça em negação freneticamente.

— Não tendo. Eu moro com um tio, mas que não gosto dele.

— Mas é sua família.

— Não.

— Você é um garoto estranho. – Comentou agarrando sua boneca no meio do braço.

— Por quê?

— Não sei, apenas é. – Jake a olhou antes de se levantar e me olhar. Assustava-me o modo como ele encarava, parecia até me conhecer. Sorri para ele que retribuiu antes de correr até um grupo de meninos. Voltei minha atenção para os seus desenhos que pedi para cada um fazer, desenhos de seus sonhos. Alguns eram bonecas, carrinhos, comidas, mas o de Jake era de duas pessoas com uma letra desemedada escrito: Pais. E meus olhos marejaram.

— Srta. Hernandez? – Ouvi uma voz doce ao meu lado. Olhei observando o Matt, um menino de óculos e cabelos perfeitamente arrumados.

— Diga querido.

— Eu fiquei pensando sobre o meu desenho e queria saber se podia fazer outro. Acho que consigo fazer melhor. – Falou envergonhado.

— Oh, tudo bem. Tenho certeza que irá fazer melhor do que já está. – Sorri para ele. Dois minutos depois ele me entregou o desenho igual o outro, a diferença é um tinha borboleta voando.

— Minha mãe diz que homens não prestam. – Ouvi a conversa de Caroline e Kath.

— Toda vez que meus pais gritam, minha mãe diz a mesma coisa. – Fez um olhar triste. Seus cabelos eram cacheados e compridos.

— Meu pai diz que as mulheres são traiçoeiras e só querem... Como é o nome mesmo? – David fez uma cara confusa, buscando a palavra em sua mente.

Que tipos de pais são esses?

— Srta. Hernandez? – Olhei vendo Jonas me chamar. — Uma vez meus pais estavam gritando no quarto, aí eu perguntei o que eles faziam e minha mãe disse que era uma brincadeira. Podemos brincar disso também?

Arregalei os olhos, coloquei as mãos no rosto não acreditando. E todas as crianças animaram-se querendo brincar.

— Não Jonas, isso não é brincadeira para crianças.

— Srta. Hernandez? – Levantei mais uma vez a cabeça escutando Jake/Austin me chamar. — Como se escreve seu nome?

— R-O-X-I-E. – Soletrei para ele que prestou atenção, logo pegou um lápis de cor preto escrevendo na folha de ofício. Levantei-me da cadeira dura pegando o giz no quadro negro atrás de mim, escrevendo meu nome de maneira grande.

— Seus sapatos são lindos, professora. Quando eu crescer vou usar um desses. – Disse Anna, uma menina dos cabelos dourados e olhos azuis.

— Obrigada Anna, você terá muitos sapatos bonitos. – Ela sorriu revelando que faltava dois dentes.

— Crianças? Hora de arrumar seus materiais, eu quero que com a ajuda do responsável como dever de casa escrevam o que querem ser quando crescer, tudo bem?! – Todos assentem dizendo meu “nome” em conjunto.

— Professora Roxie? Isso é para você. – Sussurrou Jake em meu ouvido entregando uma flor do jardim, era roxa bem pequena, com várias flores juntas.

— Oh meu amor, é linda. Obrigada. – Dei um beijo em sua bochecha, ele riu de modo engraçado segurando as alças de sua mochila azul e vermelha nas costas.

— Uma flor para outra flor. — Gargalhei com isso. Meu filho era um galanteador.  Meu filho... Isso soava tão estranho, mas era tão bom. Jake é um menino inteligente, bonito e com o mundo pela frente. Já disse que em menos de 24hrs sou apaixonada pelo seu sorriso? É igual o de Justin. As semelhanças eram poucas, mas o pouco me assustava.

O tempo foi passando, apenas restaram dois alunos. Matt e Jake que esperava no banco da saída, já estava tarde, mas os pais de ambos não chegaram e era meu dever. Jake balançava as pernas curtas no banco de cabeça baixa enquanto Matt jogava freneticamente em seu vídeo game.  O menino mal piscava.

— Desculpe a demora, filho. Mamãe estava cheia no trabalho. – Chegou uma mulher de cabelos chocolates e pele clara.

— Tudo bem, já estou acostumado. – Matt murmurou sem olhar para ela, acenou para mim antes de caminhar dando as costas para a mãe. A mesma foi gritando chamando pelo filho que parecia estar em outro mundo.

— Ela não vem me buscar. – Disse Jake.

— Ela quem? – Perguntei confusa.

— Maya, namorada do meu tio.

— Como sabe?

— Ontem eu a chamei de bruxa, e hoje antes de entrar na escola ela me disse umas coisas. – Falou baixo em um tom triste, senti meu coração se apertar como se duas mãos estrangulassem-no. Era agoniante o ver nesse estado e não fazer nada. A vontade imensa de lhe abraçar e finalmente dizer que o amo me sufocava.

— Que coisas?

— Nada não.

— Ei. – Acariciei seus fios castanhos escuros com calma o fazendo levantar o olhar. — Você pode contar o que quiser para mim, prometo guardar segredo.

— Tudo bem. – Suspirou. — Disse que me deixaria aqui por que estava cansada de mim, e que se eu fosse morto seria melhor.

Minha boca se abriu em ‘O’ sem acreditar em suas palavras. 90% do meu corpo transformou-se em ódio, eu mataria aquela mulher e a faria implorar pedindo perdão. Ofeguei em surpresa ao sentir seus braços pequenos abraçarem minha cintura enquanto suas lágrimas molhavam minha saia de couro preto. Eu queria tanto o abraçar, mas não dessa maneira. Céus! Como sangrava meu coração ao ver meu menino nesse estado. Eu faria tudo apenas para por aquele sorriso em seu rosto, moveria o céu e as estrelas de lugar se pudessem.

— Não fica assim. – Eu não sabia o que dizer. — Ela não sabe o que diz. Você é incrível e tem o sorriso mais lindo que eu já vi.

— Ah isso eu sei. – Levantou a cabeça fungando. Gargalhei.

Senhor, até o modo convencido de Justin.

— Bem que quando eu a vi notei que era uma bruxa mesmo. – Fiz careta, Jake gargalhou e não pude evitar sorrir junto. Céus! Eu estou com o meu pequeno príncipe ao meu lado depois de tanto tempo de sofrimento.

— Vamos tomar sorvete? – Perguntou animado. Mordi o canto da boca, já escurecia. Jake fez aquela carinha igual ao gato de botas e claro que atendi seu pedido.

— Tudo bem, vamos. – Peguei sua mochila a segurando junto com a minha bolsa, o segurei pela mão direita enquanto caminhávamos até o meu carro. Assim que ele foi para o banco traseiro colocando o cinto disquei o número conhecido em meu celular, no segundo toque atendeu.

— Justin? O que acha de irmos à sorveteria comigo e o menino mais lindo que eu já vi?

Jake gargalhou.

 


Notas Finais


O Social Spirit excluiu mais duas Fanfics minhas, eu deveria estar surpresa? Dangerous Love e Suicidal. Pois bem, eu tomei uma decisão hoje no grupo das Leitoras, sim eu voltei, que iria migrar para o Wattpad. Por que estou cansada do Social, irei repostar as histórias, todas elas, mas a partir de hoje eu irei para outro site, ou seja, o Wattpad. Como ambas já estavam finalizadas, irei postar tudo de novo, mas a continuação de Delirious Love e possivelmente, Abstinence, será no Wattpad. Deixarei o link do grupo e link da minha conta lá no outro site. Antes disso, irei falar com o Social e não duvido que me banem do site, então é isso.

Dangerous Love foi excluída, por que eu exigia comentários aos leitores. Quando parei com isso há muito tempo ao tomar conhecimento das regras.

E Suicidal pela regra 5.2: Os títulos da fanfic e dos capítulos, bem como o texto da sinopse, não devem ser escritos totalmente em maiúsculo (exceto no caso de siglas); e, os textos da fanfic não podem estar totalmente formatados em maiúsculo, negrito, itálico, totalmente alinhado à direita ou centralizado (a centralização integral do texto é permitida em caso de poesias), sob pena da fanfic ser excluída;

LINK DO GRUPO: https://chat.whatsapp.com/8WiFKLmuvFs4YBpqky2PRI
LINK DA MINHA CONTA NO WATTPAD: https://www.wattpad.com/user/amwricangrl
Twitter: @hailsystem

Já estou me organizando para postar Dangerous Love e Suicidal aqui, e lá no Wattpad. Acho que hoje ou amanhã deixo o link das histórias com vocês. Obrigada a todos que continuaram comigo e desculpe por toda essa bagunça.

XOXO, Dangerous Mom.


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