História Delivered to your love - Um novo começo

Após longas horas de viagem as quais Emma pensou muito em como sua mãe tinha sido capaz de fazer tantas atrocidades a loira finalmente chegou a Boston.  Passou pelo seu escritório para pegar alguns documentos e seus pertences e logo se dirigiu até a mansão de seus pais.

Ela não tocou a campainha e nem esperou ser anunciada, passou feito um furacão pela porta principal e rapidamente foi até o escritório que seu pai tinha na casa, novamente entrou sem bater, o velho Swan estava sentado em uma poltrona do lado da Janela que dava vista ao jardim, lendo um livro. Ao ver sua filha entrar de tal modo ele franziu o cenho

-Já está de volta, Filha? Como foi sua palestra?

-Muito Produtiva.- Emma respirou fundo e jogou sobre a mesa do escritório do seu pai uma pasta com documentos- Demito- Foi categórica, sem deixar espaços para duvidas.

-O que?- Seu pai ficou de pé e quando a Loira ia se pronunciar novamente uma voz muito familiar adentrou a sala

-Filha! Finalmente você voltou!- Emma fechou os punhos e respirou fundo novamente antes de girar seu corpo e ficar frente a frente com aquela que tinha lhe destruído grande parte de sua vida.

-O que está acontecendo aqui?- A mais velha perguntou ao ver o semblante serio na cara da filha- Emma querida, fale comigo- Quando foi se aproximar de sua filha apenas teve tempo de sentir seu rosto arder, Emma lhe acertou um tapa na cara

-Isso é por ter me separado de Henry- Logo outro tapa- E esse é por ter me separado de Regina, Zelena e Ruby!- A loira tinha o rosto banhado em lagrimas e olhava para sua mãe que não falava nada- Você não tem nada a dizer?- Gritou-  

-Eu fiz isso para seu próprio bem, minha filha

-O que?- Ela avançou novamente para cima de sua mãe mas foi contida pelos braços de seu pai.

-Sim, você precisava crescer na vida, se tivesse ficado naquela cidade você jamais teria conseguido tudo o que tem hoje! O dinheiro, o prestigio, jamais teria assumido os negócios da família, eu precisava te tirar de lá e aquele era o momento oportuno.

-Você é um monstro! Me viu sofrer durante 5 anos e não fez absolutamente nada! Eu te odeio!

-Você deveria me agradecer, tudo o que hoje é graças ao que fiz no passado

-Eu vou sair por aquela porta e vou voltar para os braços de Regina, eu vou me casar com ela e vamos ficar juntas para sempre, tudo o que você fez para me manter longe dela foi inútil pois a vida deu um jeito de nos juntar novamente!

-Emma se você ousar cruzar aquela porta eu tiro tudo o que você conseguiu ate agora-A loira se aproximou de sua mãe e falou olhando em seus olhos- Você pode tentar tirar tudo que quiser de mim, mas JAMAIS poderá tirar o mais importante, o meu amor por Regina, porque depois de todos esses anos e todo o sofrimento que você me fez passar o amor que eu sinto por ela continua intacto.  

Dito isso a loira sai do escritório e vai direto até seu carro, ao entrar no veículo se debruçou sobre o volante e começou a chorar, o que mais desejava naquele momento era poder se aconchegar nos braços da sua morena.

Limpou suas lagrimas e ligou o carro, dirigiu por 20 minutos até chegar no consultório de Elsa, a loira de grades olhos azuis e aparência dócil estava sentada em sua mesa escrevendo em alguns papeis.

-Tem alguns minutos para mim?- Emma perguntou com um sorriso no rosto

-Emma!- Elsa gritou eufórica e caminhou rapidamente para abraçar sua paciente, agora amiga- Meus deus! Finalmente você chegou!

-Cheguei faz algumas horas, antes passei no escritório e logo na casa de meus pais.

-Oh... precisamos falar sobre isso, venha, sente

-Elsa eu não vim para uma consulta, eu só vim para me despedir.- Os olhos de Elsa se encheram de lagrimas, querendo ou não, durantes esse 5 anos tinha desenvolvido uma carinho muito grande por Emma

-Vai me abandonar?

-Não seja dramática, minha nova casa fica só algumas horinhas daqui, nada impede você me pegar seu carro e ir me visitar

-Ou vice-versa!

-Exato, o vice-versa

-Antes de ir, me conte como foi sua conversa com seus pais

-Eu bati em minha mãe- A loira falou um pouco envergonhada

-Como assim?

-Quando eu ouvi sua voz, meu sangue ferveu e lhe dei dois tapas

-Em minha opinião, como amiga, muito bem merecidos por sinal!  E agora o que vai fazer?

-Vou até meu apartamento e levar de lá os coisas que couberem no carro, roupas, livros, documentos, e o resto eu vou contratar alguém para levar

-Enato é definitivo?

-Eu não consigo me imaginar em outro lugar que não seja ao lado de Regina- Os olhos verdes de Emma brilhavam de felicidade

-Eu fico tão  feliz por você!

-Obrigada, bom, eu tenho que ir, quero estar de volta o antes possível, eu posso deixar uma copia da chave da minha casa com você? Assim quando eu encontra alguém para fazer o frete você abre lá?

-Sim, claro!

Emma tirou uma pequena chave e deu para Elsa

-Muito obrigada mesmo! Agora eu tenho que ir, ainda tenho que passar pela escola de Henry.

-Bom, não vou lhe atrasar mais- Elsa ficou de pé e Emma fez o mesmo. Logo as duas se abraçaram- Faça uma boa viagem e não deixa de me ligar!

-Pode deixar!

Emma seguiu seu caminho até a escola de Henry e logo para seu apartamento, encaixotou o máximo de coisas que consegui, sempre com um sorriso no rosto e seu coração pulando de alegria, mal podia acreditar que Regina estava em sua vida novamente.  Colocou tudo em seu carro e as 18 horas daquele dia ela estava partindo para os braços da sua amada, o dia tinha sido agitado e uma correria, mas ela estava tão eufórica que nem sentiu. Antes de dar  a partida ela ligou para Zelena para falar com Henry e ficou sabendo que ele não estava em casa pois tinha saído com Regina e Roland, o sorriso na cara de Emma cresceu ainda mais só com imaginar aquela cena. Zelena insistiu para saber os detalhes da conversa da prima com os pais mas Emma só contaria quando chegasse em casa.  Logo de encerrar a ligação a loira ligou o rádio e deu partida no carro, agora ela tinha um novo  começo, uma nova chance de ser feliz.

***Storybrooke// 19 horas daquele mesmo dia***

Regina chegava a casa de Zelena com Roland em seu colo dormindo e Henry ao seu lado, tocaram a companhia  ate que a ruiva abrisse a porta.

-Pode leva-lo para o quarto- Zel sussurrou baixinho para não acordar o pequeno.

Na casa de Zelena e Ruby tinha um quarto para criança, era para Roland e Gideon filho de Mary Margaret e David ambos os meninos eram afilhados das duas.

Henry foi para a sala e se jogou no sofá

-Cansado?- Perguntou Zelena

-Sim, muito, minha mãe ligou?

-Sim, a uma hora atrás ela já estava saindo de Boston

-Queria ter falado com ela

-Calma garoto, já já sua mãe vai estar entrando por aquela porta.

-Zel...- Regina  foi ate a sala- Na mochila de Roland tem roupa, ele vai acordar daqui a pouco, se não for muito pedir

-Já sei, dou um banho nele, eu já sou uma expert cuidando de crenças, Regina.

-Bom, ele já sabe que vai dormir aqui, mas se precisar de alguma coisa é só me ligar. Eu vou indo porque Robbin já deve ter chegado em casa.

-Ta bom, toma cuidada, se precisar de ajuda é só avisar.

Regina se ajoelhou frente a Henry e deu um beijo em suas bochechas

-Se comporte rapazinho, a gente se vê amanhã. Certo?

-Certo, mãe

Regina sorriu abraçou o menino e logo foi embora, estava consciente que uma conversa nada fácil lhe esperava quando chegasse em casa.

Alguns minutos mais tarde Regina já estava entrando em sua casa e como previsto Robbin estava sentado no sofá assistindo TV

-Amor, finalmente chegou, onde estava?- O loiro perguntou enquanto caminhava em direção a morena.

-No parque com Roland

-O onde está o nosso pequeno furacão?

-Eu pedi para Zelena que ele dormisse lá hoje

-Hm.. o que tem planejado para esta noite?- Robbin a pegou pela cintura e depositou  alguns beijos em seu pescoço

Regina o afastou com as mãos

-Conversar, Robbin, precisamos conversar

O homem franziu o cenho e olhou para a mulher a sua frente

-Sobre?

-Eu acho que você sabe qual é o assunto- Ela se afastou e foi caminhado ate um dos sofás

-Diga você

- Emma, Robbin, eu ainda a amo, sempre amei

-Não-Ele foi se aproximando de Regina- Você deve estar confundida, eu entendo que a volta dela a nossas vidas mexeu com você

-Não, Robbin, eu sei o que eu quero, eu quero estar com ela, eu não te amo, tenho uma carinho muito grande por você, mas você sabe que nos só estamos juntos por Rolando.

-Você não pode fazer isso comigo, Regina, eu estive ao seu lado todo momento durante esses 5 anos, eu te dei meu total apoio quando você descobriu a gravidez

-Você não fez mais que sua obrigação, afinal de contas eu não fiz o filho sozinha

-Você sabe o que eu quero dizer, não pode jogar tudo pro alto e ficar com uma completa estranha, afinal se passaram 5 anos Regina, assim como você mudou, ela também mudou, você não pode largar um futuro certo e seguro ao meu lado para ficar com o incerto ao lado de Emma

-Sim, Robbin, eu posso e sinto muito mais eu vou, e não a nada que você possa fazer para impedir isso. Ela mudo, eu mudei, mas o nosso amor continua o mesmo. Eu peço pelo bem de Roland que não se oponha, eu não gostaria de colocar ele no meio de uma guerra, vamos ser o mais civilizados possíveis.

-Então é isso, você vai embora e ainda leva o meu filho de mim?

-Não, eu jamais te separaria de Roland, você pode vê-lo quando quiser

-Eu não acredito que vai fazer isso, Regina

-Sinto muito, Robbin, mas ela é o amor da minha vida.

Eu vou pegar algumas roupas minhas e de Roland e depois eu vejo o que fazer com o resto.

-Para onde você vai?

-Vou ficar na casa das meninas ate conseguir um lugar para ficar.

-Isso é uma loucura, Regina, fique aqui, também é a sua casa e de Roland

-Não se preocupe, estremos bem lá com as meninas, quando quiser ver Roland é só passar lá.

Dito isso Regina subiu as escadas e foi ate seu quarto para pegar seus pertences, logo foi ate o quarto de Roland e uma hora depois ela voltou a descer as escadas, Robbin estava sentado no sofá bebendo uma dose de whisky

-Eu sinto muito- Ela sussurrou olhando para  o homem a sua frente, ela não respondeu nada e ela foi embora, mas quando deu alguns passos para fora da porta ouviu o barulho de um copo de estraçalhando supôs que era o mesmo que Robbin estava bebendo a bebida. Ela estava triste pois não queria ter provocado essa dor naquele que tinha sido seu companheiro durante os últimos anos, mas ela amava Emma e sabia que seu lugar era ao lado da loira.

Chegou em casa e Zelena e Ruby estavam aos beijos no sofá

-Oh... acho que eu nunca vou me acostumar com isso- A morena falou cobrindo seus olhos com a mão

Zelena e Ruby só sabiam rir do constrangimento da morena. Regina caminhou ate as meninas e sentou no sofá que estava de frente para elas

-Então... como foi lá?

-Bem mais tranquilo do que eu esperava

-Serio? Ele não deu chilique?- Perguntou Zelena

-Tentou me convencer de que ficasse e que tudo era uma loucura, claro

-Eu queria muito ter visto a cara dele

-Zelena você não presta! Mas em fim.. onde estão meus filhos?

-Dormindo, de banho tomado e também já jantaram

-Vocês estão me saindo umas ótimas babas!  Emma?

-Não chegou ainda

-Hm..- Regina fez um bico adorável- Estou morrendo de saudade.

-Eu espero que vocês matem essa saudade bem longe daqui- Zelena falou

-Zel!- Ruby reeprendeu a ruiva

-Ruby pense comigo, 5 anos de saudade acumulados, quando elas decidam apagar esse fogo é capaz da casa cair e eu quero privar meu sobrinhos/afilhados de ouvir suas mães gemendo atrocidades durante a madrugada

-Zelena!!!!- Dessa vez quem gritou foi Regina e logo em seguida jogou uma almofada em sua amiga- Eu vou no carro pegar algumas coisas que eu trouxe, será que vocês podem deixar os beijos para mais tarde e me ajudar com isso?

-Só se você preparar aquela sua torta de maça maravilhosa

-Amanhã pode ser?

-Fechado!

Entre muitas piadas e gargalhadas elas ajudaram Regina organizar suas coisas e uma hora mais tarde já estava tudo pronto. Regina foi tomar um banho e logo deitou em sua cama, queria esperar Emma chegar mas o cansaço do dia lhe venceu e ela acabou dormindo.

Algumas horas depois ela foi acordada com três leves batidas em sua porta acordou e ainda meio sonolenta foi abrir a porta e seu sorriso foi de orelha a orelha quando ela abriu a mesma e sua loira estava ali parada com uma rosa não mão.