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História Demon - Darling


Escrita por: xitsuh

Notas do Autor


GENTE, há 500 anos eu não posto nada, me perdoem!!!!
A faculdade está acabando comigo ;-;
Obrigada mesmo pelos comentários <3 Espero que gostem!!

Capítulo 5 - Darling


Fanfic / Fanfiction Demon - Darling

Quando acordou, Kim Ji Hye se lembrou dos homens de terno e se desesperou, esperando estar amarrada em uma prisão suja, como nos filmes e séries, até notar que não era isso. Ela estava deitada em uma cama confortável, com lençóis de seda e travesseiros de penas, em um quarto amplo e normal para qualquer garota rica.

Tentou se levantar, mas cambaleou e caiu no chão de madeira polida, fazendo um estrondo. Imediatamente, a grande porta do cômodo se abriu e um homem entrou, apressado. Ji Hye o reconheceu:

- Ji Hoon?! Ji Hoon! - O homem a ajudou a se levantar, e ela o abraçou forte.

- Calma, irmãzinha. Está tudo bem. - Ele retribuiu o abraço.

- O que aconteceu? Por que nunca mais deu notícias? Kwon Hyuk me disse que você havia decidido me deixar viver por minha conta, mas eu jamais acreditaria em algo assim. - Ji Hye questionou.

- Vamos nos sentar primeiro. - Disse Kim Ji Hoon, ajudando-a a se sentar na cama. - Eu estava cuidando de alguns problemas, por isso não pude deixar você se aproximar de mim.

- Que problemas? Por favor, me diga.

- Se eu lhe contar o que tem acontecido, você se tornará uma vítima. Não posso.

- Eu já sou uma vítima, afinal, seu empregado me deu um Mata-leão.

- Isso foi para lhe proteger. Eu queria lhe ver um pouco para matar a saudade e só podemos nos encontrar secretamente, senão... - Ji Hoon cortou a frase.

- Continue, Ji Hoon. Eu quero saber, eu tenho esse direito. Você é meu irmão, meu sangue, aquele que me criou. O que tem a ver com você, tem a ver comigo também. - Ji Hye recostou a cabeça no ombro do irmão.

- Mais tarde, tudo bem? Mais tarde eu lhe contarei tudo. Por enquanto, por favor, segure sua curiosidade.

- Você pode me prometer uma coisa?

- O quê?

Ji Hye segurou as mãos de Ji Hoon e o encarou ternamente:

- Não morra, nem seja pego por ninguém. - Ela pediu.

Ji Hoon apenas beijou a testa da irmã:

- Vou chamar o Hyuk para lhe levar para casa.

- Já? Mal nos vimos! - Reclamou Ji Hye. - E estou de saco cheio desse Kwon Hyuk.

- Aguente mais um pouco por mim. Por nós.

~~~

Park Jae Beom estava bravo. Via Jung Ki Seok tão feliz, sempre trocando mensagens com Kim Ji Hye e saindo com ela, seu colega parecia um bobo. Jae Beom se perguntava que tipo de promessas aquela mulher havia feito a Ki Seok, qual era o relacionamento entre aqueles dois e por que Ji Hye alvejava Ki Seok, com tantos outros homens com ainda mais dinheiro por aí.

Várias vezes, Jae Beom seguia a garota até a balada. Ji Hye nem disfarçava e flertava com muitos homens, todos ricos. Jay só via a parte do flerte, nem quis descobrir o que Ji Hye fazia depois com aquelas pessoas, nos quartos reservados dos clubes. Era fácil desmascará-la, por que Ki Seok se iludia?

Jae Beom acabou trombando com Ji Hye nas escadas do prédio da AOMG. Ainda se veriam muito até que a música que fizeram juntos fosse lançada, e isso deixava o homem ainda mais bravo com a garota. Dessa vez, ele decidira usar as escadas para não ver Ji Hye no elevador, mas ela teve a mesma ideia.

- Boa tarde, presidente Park. - Ela cumprimentou, passando direto por ele. Jay a segurou:

- O que você faz aqui? - Indagou.

- Que pergunta é essa? Eu ainda tenho trabalho a fazer. O Hep também me pediu ajuda com umas coisas. - Ji Hye explicou, soltando-se.

- Seu trabalho não tem nada a ver com o do Hep, deixe que ele se vire sozinho.

- Não me custa nada ajudar...

- Você está muito pálida. Descanse um pouco, sei que os últimos meses foram pesados, até porque você também faz faculdade. Não fique doente. - Jay disse, surpreendendo a si mesmo. Ji Hye corou e o homem voltou a descer as escadas rapidamente.

Na rua, Jae Beom suspirou pesadamente, agachando-se e se recostando em uma coluna de concreto do prédio. Odiava aquela mulher. Apesar disso, as palavras de preocupação saíram tão naturalmente de sua boca, suaves, sem que ele sequer pensasse nelas. Seria a convivência? Será que ele estava se acostumando com Ji Hye ao seu lado na AOMG, como uma funcionária? Tudo era confuso se tratando daquela mulher.

- Jay Park? - Chamou uma voz. Jay olhou e voltou a ficar mal-humorado:

- Dean. Por que está aqui? - Perguntou.

- Acabei de deixar a Kim Ji Hye aqui, não se encontrou com ela? - Respondeu Dean. - Antes de voltar para meu estúdio, resolvi parar para um lanche. - Ele apontou para o cigarro em sua mão.

- Qual é a sua relação com ela? - Jay se levantou.

- Nós somos amigos. Melhores amigos, digamos, há muito tempo. Eu a conheci porque sou melhor amigo do irmão dela também. - Dean contou, tragando seu cigarro.

- Mas você gosta dela. - Concluiu Jay. O outro apenas sorriu. - Por que todos gostam dela?

- Boa pergunta. Ela é linda, tem um bom corpo, é elegante, tem uma personalidade legal, é inteligente, etc. Talvez seja por isso? - Dean riu. - E ela é pura.

- Pura?! Você tem noção de quantos caras ela seduz para transar, só por serem ricos?

- Transar? Você está louco?

- Não há outro motivo para ela entrar em quartos com esses caras.

- Ela só bebe e se diverte, não transa com caras estranhos, tenho 100% de certeza disso. Eu já disse: ela é pura. É errado o que ela faz? Claro. Mesmo assim, ela é um anjo.

- Por que um anjo faria isso? - Jay revirou os olhos.

- Ji Hye não sabe nada sobre esse mundo. Ela cresceu com a proteção excessiva do irmão e nunca sentiu necessidade material. Mesmo assim, o irmão dela é um criminoso, sempre em fuga e se escondendo, deixando Ji Hye sozinha. Deve ser por isso que ela criou essa ideia de se divertir controlando os homens, de fazê-los comprar presentes caros que ela não precisa e que poderia comprar com seu próprio dinheiro. Ji Hye deve querer completar o vazio emocional que a falta de pais e de um irmão presente lhe deixou. - Dean encarou o outro. - Sei lá, cara, é a minha opinião. - Riu.

~~~

- E aí, como foi a viagem para Tóquio? A Seol Hyun me mandou umas dez mil fotos de vocês. - Perguntou Ji Hye a Woo Ji Ho.

Eles estavam jantando juntos em uma das pouquíssimas vezes em que Ji Ho conseguia uma folga. Encontravam-se em um restaurante modesto, o tipo preferido deles, já que o rapper não poderia correr o risco de ser reconhecido, ainda mais com uma mulher que não era sua namorada.

- Foi legal. Descobrimos muitos lugares lá que eu ainda não tinha visto nas viagens anteriores. A Seol Hyun adorou tirar fotos, ela gosta do Japão. - Ji Ho contou. - Sinto muito se ela encheu o saco mandando as fotos para você.

- Está tudo bem. Eu também fico tirando fotos toda hora. Só não fico mandando para as pessoas. - Eles riram. - Que bom que gostaram. Vocês estão bastante apaixonados ultimamente, não é?

Ji Ho corou e bebeu seu suco de laranja de uma só vez, tímido. Ele não falava muito de amor, não estava acostumado a isso. O único amor da sua vida sempre fora a música, além da sua família, então ele não sabia o que dizer quando as pessoas citavam esse assunto. Ji Hye parecia apoiar sua relação com Seol Hyun, portanto ele não entrou em detalhes sobre a viagem, pois brigara com sua namorada na maior parte do tempo. Seol Hyun parecia estar sempre cansada e desmotivada, não ia nos lugares com ele e reclamava de tudo em Tóquio, eram poucas as vezes em que ela não estava de mau-humor. Tirara fotos e mandara para todos os amigos do casal apenas por aparência, quando, na verdade, o relacionamento deles ia de mal a pior.

- É ótimo conseguir jantar de verdade, para variar. Já que nunca consigo almoçar e só como umas bolachinhas na janta, até uma simples sopa me faria bem. - Comentou Ji Ho, tentando mudar de assunto, comendo sua refeição com muito gosto.

- Por que você não come no estúdio? - Ji Hye indagou, curiosa.

- Não tenho tempo para comer.

- Então peça entrega à domicílio ou algo assim.

- Dá muito trabalho.

Ji Hye suspirou:

- Você quer que eu prepare uma marmita para você?

- Não, claro que não. Não se incomode com meus maus hábitos. - Ele respondeu, acanhado.

- Eu vou fazer para você. - Resolveu Ji Hye. - E não é um incômodo, é um prazer.

- Ji Hye, sério, não precisa.

- Eu já decidi e pronto.

Ji Ho corou. Nem mesmo Seol Hyun já havia cozinhado para ele. Ele negou por educação, mas estava feliz por Ji Hye ter decidido cozinhar para ele.

- Como vai o Ki Seok? - Perguntou Ji Ho. Ele queria que a garota dissesse que também cozinhava para Ki Seok. Ele queria que ela não o fizesse se sentir especial.

- Vai bem, por quê? - Ji Hye estranhou.

- Ah, ele me visitou esses dias e contou que vocês estavam se dando bem.

Ela riu:

- Estamos mesmo, mas somos apenas amigos. Minha cabeça está ocupada com outras coisas agora que tenho um pouco de reconhecimento como produtora, então não tenho tempo para construir uma relação maior.

- Você já tem outros projetos? Ainda quero fazer uma parceria com você, não se esqueça. - Lembrou Ji Ho.

- Depois que lançarmos a música que fiz com o Jay Park, você vai ver meu novo projeto. Aguarde.

~~~

Quando a música de Jay Park, "I Hate You Because I Love You", produzida por Gee Gee, foi lançada, o rapper promoveu uma sessão de autógrafos para os fãs e levou a produtora junto. Ji Hye pensou que os fãs a ignorariam e só dariam atenção a Jay, porém muitos pediram o autógrafo dela e elogiaram a música e a beleza da garota, o que a surpreendeu. Ji Hye estava construindo sua fama com sucesso.

- Você pode me dar um autógrafo? Eu adoro o seu trabalho. - Pediu um fã. Ele vestia óculos escuros, uma máscara e um moletom preto com capuz.

- Woo Ji Ho?! - Exclamou Ji Hye, ao notar quem era o suposto fã por baixo do disfarce.

- Ei, fale baixo. - Cochichou Ji Ho. - Vim aqui rapidinho para dar uma força e entregar uma coisa. - Ele colocou uma sacola de compras da Tiffany & Co em cima da mesa à qual Ji Hye estava sentada. Sorriu para ela: - Eu ainda quero meu autógrafo.

Ji Hye corou, agradecendo e assinando o papel que o outro a estendia. Quando Ji Ho se foi, ela aproveitou uma pausa que conseguiu para ver o que era o presente. Era um par de brincos de prata, delicados, em formato de coração. Ji Hye sorriu para si mesma e guardou cuidadosamente o presente.

- Por que está sorrindo como uma idiota? - Perguntou Jay Park, aparecendo repentinamente atrás dela e a assustando.

- Presidente Park! Você me assustou. - Reclamou Ji Hye. - Avise quando chegar do nada assim.

- Foi mal. Enfim, o que foi? - Jay se sentou ao lado dela, entregando-a uma garrafa d'água.

- Ganhei um presente fofo, e também estou feliz porque as pessoas gostaram de mim.

- Óbvio, você é bonita, as pessoas gostam de você.

- Você gosta de mim, presidente Park? - Ji Hye o encarou.

- Nunca. - Ele se virou para a plateia, que esperava ansiosamente pelo fim do intervalo. Ligou seu microfone e anunciou: - Vamos voltar? - Os fãs comemoraram.

Depois, quando Jay Park e Gee Gee estavam conversando com o público, a garota viu ali a oportunidade perfeita para se divulgar. Jay provavelmente ficaria zangado, todavia ela não se importava.

- Pessoal, me dão licença para anunciar algo? - Ela perguntou, fazendo-se de fofa para ganhar mais atenção. Os fãs gritaram. - Em breve, estarei lançando uma música muito especial, na qual, como sempre, coloquei muito esforço e amor. Vocês poderão ver mais informações nas minhas redes sociais. Não deixem de conferir, certo? Agradeço pelo apoio que vocês têm me dado! - O público se manifestou novamente em apoio.

No fim do encontro com os fãs, Ji Hye fora trocar de blusa no seu camarim improvisado do pequeno palco. Jay abriu a porta de repente, sem pestanejar, entrando e a trancando. A garota imediatamente cobriu seus seios seminus, apenas protegidos por um sutiã de renda vermelha, com a blusa que estava prestes a vestir.

- O que é isso?! Vou lhe denunciar por assédio! - Exclamou Ji Hye, irritada.

- Perdão, não imaginei que você estaria... assim. - Desculpou-se Jae Beom, evitando, com muito esforço, olhar para o corpo dela.

- É o meu camarim, pensei que teria privacidade. Enfim, diga logo o que quer.

- O que é essa música especial que você lançará em breve? Você está usando o nome da AOMG para se divulgar, eu mereço pelo menos ter uma ideia do que está havendo.

- Eu não estou usando o nome da AOMG. Não diretamente. - Ji Hye reclamou.

- Mas você se divulgou na minha sessão de autógrafos.

- Você que me arrastou para cá! Por que você sempre tem que achar algo em mim para falar mal?!

Jae Beom suspirou, passando a mão pelos cabelos:

- Desculpa. Acho que estou exagerando. Na verdade, acho que já tenho exagerado durante muito tempo.

- Totalmente. - Ji Hye revirou os olhos.

- Eu falei com o Dean e ele me disse que você não transa com os caras dos clubes. Pensei que você fizesse isso com qualquer um, mas o Dean negou e me falou que você tem seus motivos psicológicos para fazer o que faz. - Ele se aproximou. - Não é certo o que você faz, mas eu acho que entendo.

- Ei. E se eu transasse com qualquer um, qual seria o problema? O que isso tem a ver com você? Por que você tem que julgar o que é certo ou errado na minha vida? Se liga, sr. Park Jae Beom. Se eu quiser sair por aí transando com o mundo inteiro, eu vou, e você não tem que opinar. - Ji Hye se exaltou. - Eu sou eu e você é você, parece óbvio, mas não acho que você entenda. Não se meta nos meus assuntos!

- Achei que eu já tinha deixado bem claro que seus assuntos são meus, também, a partir do momento que você brinca com o meu amigo.

- Você é babá dele agora? Jung Ki Seok já é um adulto, pode se virar sozinho.

- Por que não paramos de brigar? Sinceramente, estou cansado. - Jae Beom disse, bufando.

- Porque você é um babaca. É sempre você que começa, por motivos ridículos.

Jae Beom andou até ficar quase colado em Ji Hye. Nervosa, ela tentou dar um passo para trás, porém Jay a segurou pelos ombros para que ficasse parada. Ele passou um dedo pelo braço despido de Ji Hye - que segurava a blusa na frente do peito dela como se fosse questão de vida ou morte -, subindo até o ombro e observando a pele dela se arrepiar com o movimento. Jae Beom, então, pegou a alça do sutiã de Ji Hye, ouvindo-a arfar, e a endireitou.

- A alça do seu sutiã estava torta. - Ele murmurou no ouvido da garota, fazendo-a sentir calafrios por todo o corpo.

- Não me toque. - Ela respondeu, brava.

- Por quê, é muita tentação pra você suportar? - Jay deu uma risadinha boba.

Ji Hye se aproximou do ouvido do rapper e sussurrou:

- Não me desafie, sr. Park Jae Beom. Você está mexendo com a pessoa errada.

Com aquela situação toda, Jae Beom não pôde deixar de se sentir excitado. Uma bela mulher, só de sutiã, cochichando em seu ouvido em tom de desafio era algo absolutamente tentador. Antes que perdesse a cabeça, ele saiu do camarim, parando para respirar fundo do lado de fora.

- Jae Beom? - Chamou Jung Ki Seok, chegando na frente da porta. Jay notou que o colega parecia nervoso e carregava um buquê de rosas vermelhas.

- Ki Seok, por que está aqui? - Indagou, mas já sabia a resposta:

- Vim ver a Ji Hye. Quero fazer uma surpresa.

Jae Beom deu um tapinha apoiador no ombro de Ki Seok e foi para o próprio camarim. Seu colega provavelmente estava em perigo com Kim Ji Hye – Jay ainda não confiava nela -, mas o que poderia dizer? Ki Seok parecia feliz daquele jeito, e tirar sua felicidade seria cruel, mesmo que ele fosse quebrar a cara mais tarde.

Pegando seu celular, Jae Beom fez uma ligação que pensou que jamais faria, porém estava se sentindo confuso demais para se importar com qualquer coisa. Chamou Go Sun Hee, uma dançarina que, há muito tempo, dançara com ele em um festival e, desde então, sempre tentava se encontrar com ele para trocar uns beijos e coisas a mais:

- Sun Hee. Você pode me encontrar?

- Claro, meu Jae Beom. Tenho esperado por isso.

~~~

Ki Seok entregou o buquê de rosas a Ji Hye. Ela achou aquilo muito clichê e, normalmente, sentiria-se enjoada só em pensar em tanto romance, mas aceitou as flores com um sorriso. O rapper vestia um terno grafite que o deixava mais maduro e tentador, com os cabelos pretos penteados para trás em um topete.

- Como foi a sessão? - Perguntou Ki Seok.

- Acho que as pessoas gostam de mim. - Ji Hye respondeu, colocando o buquê com cuidado sobre o balcão de maquiagens.

O homem ficou encarando Ji Hye com ternura, analisando cada movimento dela. O coração de Ki Seok estava acelerado como há muito tempo não ficava, nervoso com o que estava prestes a fazer. Quando Ji Hye voltou o olhar para ele e sorriu, Ki Seok notou mais uma vez, assim como fazia todos os dias, o quanto estava totalmente sob o controle daquela garota.

- Kim Ji Hye, você melhorou muito a minha vida quando lhe conheci. O mundo agora tem cor para mim, algo que pensei que nunca mais teria. - Ki Seok pegou as mãos dela. - Além disso, você está sempre ao meu lado. Sou muito grato por isso.

Ela estremeceu. Não sabia o que responder e ainda estava um pouco afetada pela situação com Jay Park, não estava preparada para o outro turbilhão de emoções que viria. Já que ela hesitou, Ki Seok continuou:

- Assuma a responsabilidade por me deixar lhe querendo tanto.

Ji Hye ficou chocada com aquelas palavras. Sabia que tinha domínio sobre Ki Seok, mas não esperava que ele fosse tão ríspido. O tom da voz dele foi possessivo e seus olhos a encaravam com ferocidade, clamando-a como sua. Ji Hye era boa em ler as pessoas e imaginava que Ki Seok fosse do tipo ingênuo e submisso, diferente do que ele estava mostrando. De qualquer forma, isso deixava as coisas mais interessantes.

- Como assim, assumir a responsabilidade? - A garota indagou, pressionando as mãos de Ki Seok.

- Seja a minha namorada. - Ele falou de uma vez.

Não era aquilo que Ji Hye esperava, nem o que ela queria. Ki Seok podia ter falado qualquer coisa, menos aquelas palavras. Era para ele ter se apaixonado por ela, sim, mas sem passar de uma brincadeira, não tão seriamente quanto ele demonstrava. Ji Hye não achou que ele se apegaria tanto, tão de repente. Os planos dela deram errado, seus cálculos foram completamente imprecisos.

- Tá... - Ela aceitou, sem pensar muito no que estava fazendo. Suas brincadeiras nunca haviam saído assim do seu controle antes.

Ki Seok sorriu grande e beijou a nova namorada, fazendo tudo a que tinha direito. Ele puxou os cabelos dela, deixou a mão-boba passar por onde quisesse e, cheio de paixão e um desejo reprimido há tanto tempo, explorou a boca dela ao máximo. Ji Hye estava praticamente paralisada, permitindo o toque de Ki Seok, mas com a mente longe dali, pensando no que fazer dali em diante.

~~~

No seu estúdio, Woo Ji Ho estava tentando raciocinar sobre como começaria a melodia da sua próxima música. Seu colega, o produtor Pop Time, tirou-o dos devaneios ao avisar que uma moça bonita veio visitá-los. Quando Ji Hye entrou no local, Pop Time foi almoçar, deixando-a sozinha com Ji Ho.

- Oi, eu trouxe seu almoço. - Ela disse, apontando para as marmitas que carregava. - Espero que não se importe se eu almoçar com você.

- Claro que não me importo. Muito obrigado mesmo pela comida. Você é um anjo. - Ji Ho agradeceu, indicando uma cadeira para ela se sentar.

Enquanto comiam, Ji Hye permaneceu quieta, apesar dos esforços do amigo de puxar assunto. Ele elogiou a comida, falou que era tão boa quanto a comida da mãe dele, e comentou sobre diversos tópicos, mas Ji Hye só assentia ou continuava em silêncio, até que ele desistiu:

- Ei. Por que você está tão quieta? Você sempre fala sem parar, mas hoje ficou assim o tempo todo.

Ji Hye o encarou com o olhar meio triste, meio arrependido:

- Eu tranquei a faculdade. - Não era isso que ela realmente queria contar, porém foi o que saiu de sua boca.

- Por quê?! - Ji Ho colocou a marmita de lado.

- As pessoas começaram a me reconhecer.

- Ah, entendo...

A garota também colocou a marmita sobre a mesa do computador e olhou para as próprias mãos, exclamando de supetão e surpreendendo Ji Ho:

- Eu tenho um namorado agora!

- Uau... Parabéns! Quem é? - Perguntou o outro.

- Simon Dominic.

- Uau. Eu já imaginava. - Ele riu. - Agora podemos fazer encontros duplos.

- Que frescura. - Ji Hye suspirou.

- Mas... você não parece muito feliz com tudo isso. Aconteceu algo mais? - Ji Ho indagou, preocupado.

- É só que... é estranho namorar. Bem estranho.

- Ah, eu sei muito bem disso! Dividir a vida repentinamente com outra pessoa pode estranhar, mas depois de um tempo você se acostuma.

A garota prestou atenção nas mãos de Ji Ho. Uma aliança de compromisso prateada comum reluzia no dedo anelar direito dele, parecendo mostrar com orgulho que aquela pessoa estava comprometida com alguém. Ji Ho notou o olhar da amiga e cobriu a aliança com a outra mão.

- Pensei que você não tivesse tempo para namorar. Foi o que você me disse. - Ele lembrou.

- Eu não tenho tempo, nem paciência. - Ji Hye respondeu, brincando com a ponta de uma mecha de cabelo.

- Então por que você está namorando? Você ama o Ki Seok tanto assim, a ponto de mudar sua concepção sobre relacionamentos?

Ji Hye piscou várias vezes, enquanto encarava Ji Ho. Por que ela estava namorando? Nem ela sabia:

- Porque Ki Seok me pediu em namoro, então eu... simplesmente... aceitei...

Ji Ho a encarou em descrença. Soltou uma risada cínica pelo nariz e cobriu o próprio rosto com as mãos. Em que buraco Ji Hye estava se enfiando? Aquilo era ridículo.

- Porra, Kim Ji Hye. - Ji Ho a analisou, pensativo. - Se você quer ajuda para desfazer a merda que fez, eu posso ajudar, mas, por favor, não entre em um relacionamento só porque sim.

- Não entendo o que você quer dizer.

- Você não pode apenas aceitar porque o Ki Seok lhe pediu em namoro, sem nenhum motivo maior. Você tem que gostar da pessoa para começar a namorar, sabe? Isso que você fez vai gerar um problema gigante... - Ele desistiu de explicar e girou na cadeira giratória, chateado, de costas para a garota.

- Eu gosto do Ki Seok. Ele é meu amigo. - Ji Hye tentou amenizar. - Além de ser bonito e me tratar bem. - "E ele é rico e famoso", continuou em pensamento.

- Levanta. - Pediu Ji Ho, pondo-se de pé e se virando para Ji Hye.

- Por quê?... - Ela indagou, obedecendo.

O rapper foi até Ji Hye e a abraçou com força. Ela correspondeu ao abraço, sentindo o calor de Ji Ho, desejando parecer tão quente para ele quanto ele era para ela. Ambos pensavam no quão era bom ter uma amizade confiável sob quaisquer circunstâncias, em que eles podiam agir ou pensar do jeito que quisessem sem ser julgados. Aquele sentimento de confiança era algo praticamente inédito para os dois.

O abraço foi se soltando de maneira natural, ao passo que os dois, devagar, encaravam-se timidamente. Ji Ho acariciou o cabelo de Ji Hye suavemente, como se ela fosse frágil e pudesse desaparecer dali de repente, deixando-o sozinho. Ele não sentia isso antes, mas agora tinha um medo enorme e inexplicável: medo de perdê-la. Era a primeira pessoa que o entendia de verdade, não exigia nada dele e conversava sem esperar nada em troca. Era uma amizade bastante exótica.

- Se você quiser continuar com essa loucura, tudo bem, você que sabe. Só não machuque o Ki Seok e, principalmente, não se machuque. Por favor. - Ji Ho pediu.

- Tudo bem.


Notas Finais


Obrigada por não desistirem de mim ;-;
Mais tarde revisarei melhor, peço desculpa por qualquer erro de digitação.


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