História Demon Sexual - Sensations

Meus olhos acompanhavam a lua pálida que parecia mais interessante no momento do que a loira tagarela que me acompanhava naquele cômodo. O vinho já fazia seu devido trabalho de me deixar um pouco embriagada, não era como se eu tivesse esquecido do meu nome, mas me deixava mais sensível a fazer coisas que no normal não faria. 

Não sei exatamente o porquê de ter aceitado aquele convite, talvez Sofia fosse mais  persuasiva do que eu imaginava, mas também não era algo ruim acompanhar minha amiga num domingo a noite. 

— Você não está se divertindo? — Pergunta a loira, se apoiando na janela assim como eu. 

Olho pra ela de relance e volto minha atenção pro céu. 

—  Não é isso, só tô cansada das aulas na faculdade, não tenho tempo pra mais nada, é um saco! — Resmungo dando de ombros. 

— Sabemos que não é só por isso, mas nem vou tocar nesse assunto agora. Vem, acho que tenho algo que possa animar você. 

— É maconha? — Pergunto dando mais um gole na bebida antes de caminhar ao seu lado. 

— Muito melhor do que isso, tenho certeza. 

A conversa se encerra ali por um momento. Enquanto acompanhava Sofi até o quarto, eu ia notando o quanto aquele ambiente tinha a cara da bruxa, com incenso espalhado por cada cômodo. Ela tinha um enorme altar na sala, com até mesmo um caldeirão pequeno. Não entendia muito bem a religião dela, mas também não julgava, porque nem mesmo eu tinha uma. Não era como se eu fosse a própria anticristo, só não me envolvia com nada. 

— Você nunca tinha entrado aqui antes, né? — Ela pergunta, me indicando com o olhar para sentar na cama.

— Sim, também faz tempo que não venho aqui também, das vezes que vim aqui a gente só bebeu na sala.

Olho em sua direção e a vejo pegando um livro de capa escura.

— O que é isso? 

— Isso? — Ela balança o livro, enquanto pega uma caixa vermelha — Você vai descobrir. 

A loira abre a janela do quarto e logo em seguida se senta à minha frente. Observo seus movimentos não entendendo muito bem o que era aquilo. Ela então abre a caixa e tira 4 velas de lá e uma caixinha com incenso, o livro que parecia não ter título estava em seu colo. 

— Vamos fazer um ritual? — Pergunto tentando descontrair a tensão que se formava no ambiente — Quer entregar minha alma pro diabo? 

— Essas coisas de entregar alma pro diabo não existe, pelo menos que eu saiba. — Rebate com firmeza, me olhando logo em seguida. — Você não acredita em nada? 

— Ah, sei lá… eu acredito que tenha céu e inferno, só não sei se acredito muito no resto, porque? 

— Teria coragem de fazer um contrato sexual com um demônio? — Indaga, parecendo realmente esperar por uma resposta. 

— E pra que eu iria fazer isso mesmo? 

— Sabe, um demônio sexual se alimenta do prazer de um humano(a). Imagine só você ter um escravo sexual que te proporciona orgasmos e mais orgasmos. Alguém que faz totalmente seu estilo, moldado unicamente pra você, já pensou em algo assim? — Ela fala entusiasmada, abrindo o livro. — Um demônio nunca se cansa até sua parceira ficar totalmente satisfeita, serve apenas pra esse propósito, e o melhor é que pra fazer um contrato com eles não precisa necessariamente trocar a alma por isso. 

— Isso parece tentador, mas ainda não vejo motivo pra "contratar" um. 

— Eve, toca no livro e fecha os olhos. — Ela parece ignorar minha fala anterior. 

Mesmo não acreditando em absolutamente nada do que a loira falará anteriormente, o álcool já surtia efeito e me deixava receptiva a conhecer o desconhecido. Então movida a isso, toquei na folha amarelada e fechei os olhos. De início só sentia minha cabeça girar, mas depois comecei a me concentrar no som à minha volta. 

O vento frio começou a entrar pela janela, parecendo me envolver. Minha pele se arrepiou automaticamente e pude sentir um perfume diferente no ar. Abri os olhos, percebendo que o cheiro de antes já não estava mais no cômodo. 

— Engraçado, senti um perfume masculino, na verdade parecia mais uma fragrância única. Foi você? —  Pergunto, mesmo sabendo da resposta. A loira não havia saído da cama em nenhum momento, não tinha como ser ela. 

Ela me olha parecendo fascinada e um sorriso malicioso começa a crescer em seus lábios. 

— Ele não perde tempo — Responde de maneira vaga — Porque você não tenta se permitir um pouco, não tem como sair perdendo com esse contrato. 

— Quem seria ele? 

— Pra descobrir tem que fazer o contrato, ele só pode se mostrar pra você se você permitir — Insisti. 

— Tudo bem, eu ainda não acredito muito nisso, mas não é como se eu fosse dar minha alma né? — Forço um sorriso, dando de ombros — E como faço isso?

— Na verdade, é mais fácil do que parece. Você só precisa deixar a mente vaga, deita na cama e relaxa, limpa a mente. 

— E essas velas aí? — Me deito na cama, focando meu olhar no teto branco. Eu não entendia muito bem a sensação estranha que começava a sentir, era um frio na barriga e uma sensação de estar sendo observada. 

— Isso tudo é só pra te ajudar a imaginar ele — Ela me acalma, posicionando as quatro velas no chão, duas em direção a minha cabeça e as outras duas em direção aos meus pés, cada uma de um lado diferente — Não precisa se preocupar, eu vou acender o incenso e vou ficar ali do lado da janela observando tudo. Você vai fechar os olhos e deixar que ele guie você. 

— E depois? — Pergunto confusa, parecia tão fácil. Mas a quem eu queria enganar? Eu não tava realmente acreditando naquilo, mas me sentia tão leve seguindo as ordens dela, era como se eu não tivesse escolhas.

— Tente manter seu foco só nisso por enquanto. 

— Tudo bem — Concordo antes de fechar os olhos. 

— Agora você se concentra nas minhas palavras e aos poucos você vai se sentir cansada, uma leve sonolência e talvez vertigem. Não precisa ter medo, ele não tem a intenção de machucar você. 

— Ok. 

Sofia então começou a falar em uma linguagem diferente que eu não conseguia acompanhar. Minha cabeça girava e o vento parecia ainda mais forte, mas uma ansiedade me consumia e me manter acordada parecia algo bem difícil. 

— Logo logo você entrará em um sono profundo e encontrará com ele, tudo vai ser psico então não tenha medo, mas no decorrer do seu sonho você vai poder conhecê-lo melhor e oficializar o contrato. 

Nem mesmo precisei concordar com aquela informação pois a sonolência já não me permitia lutar mais, então antes de começar a sonhar, senti um peso enorme no peito, como se algo tivesse em cima de mim e logo após, adormeci. 

                             [....] 

    Abri os olhos sentindo algo novo, como se alguém estivesse tocando meu corpo, conhecendo-o, mas não tinha ninguém ali. Eu me sentia fervendo por dentro, com uma sensação estranha que formigava meu ventre, implorando por atenção. 

O quarto já não parecia mais com o da Sofia, mas também não havia muita luz naquele local para que pudesse identificar, a pouca luz que entrava era da lua. 

— Droga? — Xinguei baixinho, notando o quanto eu estava vergonhosamente molhada — Eu tive um sonho erótico? Que bizarro, não consigo me lembrar de nada. 

Arfei ao sentir uma mão pesada obrigando minhas pernas a abrirem. 

— Relaxa. 

Ouvi uma voz masculino sussurrar em meu ouvido, aquilo de certa forma me acalmou e me deixou ainda mais molhada. 

Será que isso era o que Sofi havia falado antes? 

Um arrepio percorreu meu corpo quando a sensação de sua mão se juntou à minha e levou-a até o início de minha calcinha. 

— Apenas brinque. — Ordenou o homem desconhecido. 

Aquilo era um sonho então não faria mal algum acatar sua ordem, provavelmente tudo não passaria de um sonho erótico no dia seguinte, então porque não permitir? Aquilo era excitante demais.

Acatei sua ordem e sem pudor algum comecei a me tocar lentamente por cima da calcinha, o atrito entre a peça fina e minha intimidade era algo muito gostoso pra ser mencionado. 

Meu corpo fervia, eu sentia a necessidade de me aliviar logo, como se estivesse mergulhada em puro sexo. 

Levei uma mão até meus seios e com os dedos comecei friccionando o bico rígido, eu puxava-os sentindo-me sensível aquele local.  Mordi o lábio inferior ao ter minha mente tomada por aquele homem pela primeira vez. 

Seus olhos pareciam nublados e ao mesmo tempo uma faísca vermelha parecia se sobressair, ele não tinha forma concreta e parecia apenas me observar, me provocando a continuar. 

Gemi arrastada ao enfiar um dedo em minha intimidade, comecei a movimentar meu dedo, sentindo minhas paredes internas implorarem por algo mais. Continuei com aquela tortura, acrescentando mais um. Eu rebolava como uma vadia, sentindo o prazer me cercando. 

O suor começou a escorrer pelo meu corpo e de relance eu vi a forma daquele homem. Ele começou a induzir meus dedos, me ajudando a chegar ao prazer. Parecia saber exatamente como mexer comigo, sem nem mesmo me tocar ativamente.

Meu clitóris implorava por atenção, então ele soube exatamente como me aliviar. Seus dentes mordiscou levemente meu ponto de prazer. Era quase impossível me manter de olhos abertos, mas eu queria ver mais dele, eu o queria. 

— aaaah, não — Gemi, sentindo um turbilhão de sensações diferentes. 

Agarrei aquela cabeleira preta, sentindo os fios macios em minha mão e ele me olhou como se fosse o prato principal dele. Sua língua começou a se movimentar no ritmo certo, parecia insaciável. 

Eu rebolava em sua boca, gostando da sensação de dominação. 

— Ah Jeon… Jeon, para eu vou.. 

Afastei-o ao sentir a sensação máxima de prazer. O orgasmo avassalador pareceu durar alguns segundos, enquanto minha perna tremia e o líquido escorria por ela. 

O gemido dele junto ao meu parecia uma completa junção sexual, me fazendo querer ainda mais daquilo. 

Joguei meu corpo na cama no momento em que parei de tremer feito louca e comecei a me questionar se aquilo realmente tinha acontecido, mas eu estava exausta e aquele não era o momento de me questionar sobre isso, então apenas fechei os olhos, sentindo aquela mão novamente se unir a minha, e o corpo febril se juntou ao meu lado, acalmando meu coração e me fazendo relaxar.

       Jeon… como eu sei seu nome? 

Foi a última coisa que eu pensei, antes de me entregar aquela sensação.