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História Demônios do Paraiso - Guerras Internas do Demônio


Escrita por: Dark_A

Notas do Autor


O capítulo ficou um pouco grande, mas vou dar uma enxugada nos próximos. =)

Capítulo 2 - Guerras Internas do Demônio


Fanfic / Fanfiction Demônios do Paraiso - Guerras Internas do Demônio

Tom havia se atrasado, mas ninguém percebeu sua ausência. De costume, ninguém dava importância a sua presença mesmo. Naquela noite, em especial, quase cem vampiros do clã estavam apreensivos demais para se importar com ele: acumulavam-se sobre o carpete do salão sem ocupar os vários estofados do cômodo. Em pé, cercavam o pequeno grupo encapuzado que os visitava, acompanhando Selene Empalador — A própria neta do Lorde Vladimir, o Senhor dos Vampiros.

O garoto se encostava a uma coluna em frente à porta do terraço quando a importante mulher falou:

— Se eu imaginasse que você me receberia apenas de roupão, Lucius, eu teria ficado bem mais a vontade. — Selene terminou com uma gargalhada solitária. — Pena que são os negócios que me trazem aqui hoje, e não os velhos tempos.

Selene era, sem dúvidas, uma bela mulher de presas afiadas e olhos sempre faiscantes. Usava preto como os outros de seu clã, mas sua roupa economizava tecidos e deixava vazar parte do volume de seus seios redondos e carnudos. O busto se ligava ao pescoço fino e este ao queixo triangular — Uma pintura de ameaçadora beleza.

— Não estou ciente dos negócios que os fizeram viajar de tão longe para nos visitar sem aviso, milady.

Nervoso, o Barão não deixava transparecer em palavras o que seus olhos diziam. Não se intimidava. Mas isso acontecia por causa de seus modos orgulhosos e por sua impetuosidade, muito mais do que por conta da vantagem numérica de seu clã: No caso de precisarem recorrer à violência, iniciariam uma guerra. E uma guerra entre vampiros era tudo o que ele menos queria deixar como herança para o mundo que, entre todos os seus conflitos, havia aprendido a ignorar a existência de sua espécie, dando-lhe paz ao máximo que uma criatura condenada podia ousar querer.

De onde estava, Tom viu a mulher fazer sinal para um de seus acompanhantes, que deixou o salão pela porta que dava para fora, passando por Myrcela e... Lestat. O maldito Lestat mantinha seus hábitos frios e indiferentes à presença dos demais, sem deixar de exibir um sorriso maligno para Tom — Um sorriso que apenas ele pôde notar. E devolver com o dedo do meio erguido e com o cenho trincado.

O vampiro do clã Empalador retornou, arrastando sem dificuldades uma garota pelos cabelos ruivos. Tom a reconhecia de vistas: Felicity, recentemente transformada, como ele. Ela pertencia ao seu clã e, notando isso, os demais Salvatore se agitaram. O Barão ergueu a mão, forçando-os a guardar as presas.

— O que significa esse circo, Selene?

O Barão a encarava; ela devolvia o olhar com humor. Felicity estava nua. E coberta de sangue — Que, por motivos óbvios, não podia ser dela. —, sem energia para enfrentar o homem de braços fortes que a arrastava. Tom jamais notara tantas mordidas em seu corpo, e presumia que elas haviam surgido recentemente.

— Essa pobre garotinha ingênua andou caçando em nosso território, Lucius. E você sabe como se paga por essa brincadeirinha, não sabe querido? A ordem precisa ser mantida. — Selene sorriu um sorriso perturbador.

— Faça logo e pare de sujar a minha casa. É por seu avô que não acreditarei que pretende me ofender com esse espetáculo, mas não tolerarei que um dos meus continue a ser exposto desse jeito por outro clã, dentro da minha casa. — Lucius foi enfático. — Acabe logo com isso!

A lei dos vampiros era clara. Tom viu Felicity ser jogada no chão como, há pouco, ele mesmo havia sido atirado. Selene caminhou até seu corpo fraco e acariciou seus cabelos; suas carícias correram com leveza para seu pescoço e seu indicador desceu até o bico de um dos seios da garota; vermelho como o sangue que a marcava. A mão da vampira parou lá por um momento, até se decidir em continuar o caminho, delineando o umbigo da outra; mas foi a palma da mão que chegou primeiro à virilha e se apertou sobre a intimidade da garota.

— Você é tão bela, minha cara. Pena que escolheu roubar o caça do clã errado... Poderia ter sucesso na minha cama, como minha amante. — Terminado de consolar a garota, a vampira fez com a cabeça de Felicity girasse com a outra mão e a arrancou do pescoço e de seu belo corpo, fazendo-a voar pelos ares e cair secamente no carpete: em frente aos pés de Tom.

Um silvado rodopiou pelo salão, com vampiros furiosos soprando seu ódio entre os dentes. O garoto encarava a cabeça morta da vampira ao chão, sem notar que o corpo ainda se mexia, tentando resistir. Não demorou a que a pele enrugasse, secasse e começasse a de desintegrar. Felicity morrera uma segunda vez. E Tom não sabia se aquilo era, de fato, uma verdade triste.

— Ops. Acho que minha mira não é tão boa quanto a cem anos atrás.

Selene Empalador apareceu a sua frente num vulto rápido e se abaixou entre as pernas do garoto para apanhar o que restava da cabeça. Voltou a se erguer com o nariz fino a um centímetro do corpo de Tom.

— Ela não era sua namorada, era? — A vampira perguntou baixinho e deu uma piscadela. — Eu conheço esse cheiro... Você que é o tal herdeiro? Não pensa em se aposentar agora, Lucius? Ou pensa? — Selene se virou para o patriarca do clã.

— A imortalidade é terrível para quem não tem o que fazer dela, milady. Mas o clã é mais importante do que os meus planos pessoais. — Falou o outro em enigmas.

Os Empaladores não demoraram muito mais para partir, deixando uma sombra de dúvidas e insatisfações dentro do clã de Lucius. O Barão precisava consultar seus conselheiros para saber que implicações aquilo poderia ter — Afinal, Lucius não acreditava que a jovem recém-transformada conseguira chegar sozinha às terras de Selene, sem que ninguém percebesse. Ele ocupava seu lugar naquelas terras há séculos demais para começar agora a ser tomado por tolo.

 

Tom conseguiu escapar antes que Lestat pudesse encontrá-lo. Um dia — Ele jurava para si. —, ele mesmo o mataria! Por ora, no entanto, o melhor a fazer era se esconder dentro do quarto e fechar bem a porta reforçada. Vampiros não dormiam. Não sonhavam. Mas não fazia três anos que ele era um vampiro e, mesmo que os dias parecessem uma eternidade, ele continua a se segurar nas lembranças de sua humanidade, se jogando na cama no final de todas as noites — Pois os dias não o pertenciam.

Na cama de plumas, a voz da mulher continuava a ecoar em sua cabeça — Selene. Ele gostava de Felicity, não o suficiente, ao que parecia, para que a cena de seus últimos minutos nas mãos da poderosa vampira Empalador não retornassem à sua cabeça mais como uma devotada forma de prazer do que como uma triste recordação. Abrindo as calças com a desculpa de ficar mais confortável na cama, Tom se livrou da peça de roupa e sentiu o pênis endurecido, acariciando a cueca por cima. Sua mente brincava com a imagem da vampira com a mão sobre partes do corpo da garota que ele nunca tivera a chance de tocar. Que ele queria muito tocar... Queria muito beijar.

Tom saltou da cama e abriu a porta da varanda. Não era certo pensar aquelas coisas de quem já estava morto. Entretanto, ele mesmo se considerava assim. Totalmente diferente da bela jovem que ele acompanhava passar da varanda todas as noites e que, naquela, ele não pôde ver por causa de toda confusão. Se seu coração ainda batesse, talvez pudesse se acelerar todas as vezes que a via na depois do jardim, que agora estava vazia.

Em vez disso, Tom ouviu um ruído vindo do quarto ao lado e, saltando apenas com a camisa de botões sobre a roupa íntima, caiu com leveza sobre os dois pés na varanda vizinha, de onde conseguiu ver o que acontecia dentro do quarto: alguém levara uma vítima para casa; uma vampiro de aparência bem jovem, mas que tinha mais de um século dentro do clã. Sua presa era um garoto que se encontrava amordaçado e atado à uma cadeira, bastante enfraquecido pelas três mordidas no pescoço. O cheiro do sangue... Tom não conseguia deixar a varanda.

Terminando de beber um gole a mais do fluído de vida, o vampiro de tronco despido e malhado deixou o quarto e fechou a porta. O garoto humano continuava vivo. Tom não queria fazer mal a ninguém. Matara poucas pessoas e sua fraqueza vinha das longas dietas, preferindo beber — Quando muito preciso. — o sangue engarrafado que o clã reservava. Mas algo o fez entrar. Ele estava muito faminto.

O garoto ainda gemia quando o viu parado a sua frente, com os olhos saltados de maneira alucinada. Sua camisa estava rasgada até o final e ele vestia apenas uma bermuda fina. Intocada. O verde de seus olhos eram encantadores e ele parecia aceitar que estava perto do fim; perto de ser drenado por monstros. E o sabor de seu sangue... Tom foi ao delírio ao tocar o pescoço quente com os lábios gélidos e sentir o sabor metálico da vida do outro.

Ele não podia matá-lo. Não queria! Ao mesmo tempo, estava com tanta sede... E as imagens de tudo o que acontecera naquele dia o deixavam excitado. Não havia ninguém ali que pudesse vê-lo... Mas ele tinha uma ideia.

— Eu posso te salvar. — Mentiu. Aquilo não era salvação. — Mas vou querer duas coisas. Consegue me entender?

O garoto assentiu com a cabeça. Era tão inocente... Não. Ninguém era inocente. Nem aquele garoto com a camisa de futebol estraçalhada. Nem o monstro que insistia para dominar o resistente Tom.

— Primeiro: você vai desaparecer para sempre. Se contar para alguém o que viu aqui, você também será caçado e morto. E, provavelmente, sua família e seus amigos. Tá certo? Bom. A segunda coisa é: você não vai gritar e vai entender sozinho o que tem que fazer.

Tom mordeu mais uma vez o pescoço do garoto, sentindo a intensidade de sua dor nos músculos que se contraiam. Depois, procurou no quarto algo cortante e, encontrando uma faca, cortou a palma da mão canhota, e puxou o pano que fechava a boca do outro, avisando:

— Têm mais de cem vampiros furiosos lá embaixo. Se você gritar... Não vai ter ninguém pra te salvar. Beba.

Inclinando a cabeça do outro para trás, Tom forçou o garoto a beber seu sangue morto, que descia com ácido por sua garganta. Estava selado o pacto. Em poucos dias, ele também seria um monstro como Tom.

— Agora... A segunda parte.

As mãos do garoto foram desatadas. Não havia como ele fugir: portas trancadas por fora e uma altitude grade demais para um humano. Ainda humano.

Tom desabotoou a camisa. Seu pênis continuava duro como uma rocha, agora com a cabecinha rosada aparecendo pela borda da cueca. O garoto sabia o que ele queria... Sabia o que tinha que fazer se não quisesse virar a refeição. Com vergonha, umedeceu os lábios vermelhos de sangue viscoso com a língua e se agachou para as cochas de Tom, que revirou os olhos ao sentir sua boca quente recobrir a glande, enquanto as mãos do garoto abaixavam de vez a cueca. O garoto o chupou, o envolvendo com saliva até a base do pênis e o contorno do saco escrotal. No meio de seu entusiasmo, Tom o segurou pelos cabelos e forçou todo o membro até atingir sua garganta — O garoto quase perdeu o ar.

Nesse momento, uma das pernas de Tom acertou a virilha do garoto. Por que ele estava sentindo aquilo? Num impulso, Tom girou o garoto no ar e, deitando-o no chão, arrancou sua bermuda, mostrando as presas antes de estalar a língua. Ele perdera a guerra para si. O membro do garoto endureceu dentro de sua boca e os gemidos, agora, não eram mais de dor.



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