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História Demons - 2009. Até nunca mais Miami.


Escrita por: foryougirl

Notas do Autor


o cap tem duas musicas.
vou postar nas notas.. boas leitura

Capítulo 2 - 2009. Até nunca mais Miami.


Fanfic / Fanfiction Demons - 2009. Até nunca mais Miami.

- Isso vai ser a maior loucura que você vai fazer na vida. – Lucy disse olhando para Lauren que filmava o trajeto até a clínica sorridente. A garota estava feliz, com algo errado mas estava feliz.

- “Então pessoal, parece que nossa amiga Lucy está começando a ficar fraca, logo agora que vamos para nova liga.“ – zoou a amiga olhando para a câmera.  – “ Quero que vocês desafiem mais essa covarde, vocês sabem ela precisa de um empurrãozinho igual carro velho.”

- Chegamos senhora coragem, vá la ter um filho. – A garota tentou provocar a morena que apenas gargalhou. – Pronta? Me dê a câmera.

- Eu achei que isso deveria ser mais complicado. – Lauren agora parecia estar receosa com a sua escolha. – Como eu vou chegar e eles vão simplesmente retirar meus óvulos?

- Você não vai morrer. O tempo está acabando Lauren. Você sabe o poder da liga. Siga as coordenadas.

Lauren tomou toda a coragem que tinha dentro de si e foi. A garota era determinada em ter tudo que queria e naquele momento a garota queria passar o amigo e tomar o lugar e Justin como número um na liga américa. A garota achou que seu desafio era o mais louco da noite, que depois daquilo ela iria para a enação do acidente e depois a grande festa de despedida.  Apenas se iludiu, mal sabia que havia caído na maior pegadinha interna daquele jogo. Tão interna que talvez ela nunca iria saber.

 

(...)

 

Play -  who you are

Don't lose who you are in the blur of the stars
Seeing is deceiving, dreaming is believing
It's okay not to be okay
Sometimes, it's hard to follow your heart
Tears don't mean you're losing
Everybody's bruising
Just be true to who you are

Não perca quem você é no borrão das estrelas
Ver é enganar, sonhar é acreditar
Tudo bem não estar bem
Às vezes, é difícil de seguir seu coração
Lágrimas não significam que você está perdendo
Qualquer um se machuca
Só seja verdadeiro com quem você é

- Fiquei sabendo que aceitou. – Karla falou assim que adentrou o quarto da sua irmã.

- Sim, agora tudo é seu. – Camila queria passar segurança no seu sorriso de vitoriosa. – toda a família é sua. Tudinho. Mas você sempre vai saber o que eu faço.  Não tente me atrapalhar na minha nova vida, não quero ser a sombra da karla mesmo a distancia.

(Who you are, who you are, who you are)
(Who you are, who you are, who you are)


(Quem você é, quem você é, quem você é)
(Quem você é, quem você é, quem você é)

- Eu nunca quis que fosse assim. – a gêmea mais velha agora estava com a cabeça baixa. Era verdade. Ela não sabia onde as duas garotas havias se perdido. E começaram essa maldita guerra. – Nova York vai fazer bem para você. Te desejo sorte.

Brushing my hair, do I look perfect?
I forgot what to do to fit the mold
The more I try, the less it's working
'Cause everything inside me screams
"No, no, no, no, no, no, no!"

Escovando meu cabelo, pareço perfeita?
Esqueci o que fazer pra encaixar no molde
Quanto mais eu tento, menos isso funciona
Porque tudo dentro de mim grita
"Não, não, não, não, não, não, não!"

- Faça eles me esquecerem. Sei que você consegue em partes, mas não quero que sofram por mim. – seu tom saiu magoado. Camila só queria atenção mas nunca recebia, mesmo seus pais negando sempre deram regalias para a garota mais velha. – Cuide de Sofi, eu sei que você ama ela.

Seeing is deceiving, dreaming is believing
It's okay not to be okay
Sometimes, it's hard to follow your heart
Tears don't mean you're losing
Everybody's bruising
There's nothing wrong with who you are

Ver é enganar, sonhar é acreditar
Tudo bem não estar bem
Às vezes, é difícil de seguir seu coração
Lágrimas não significam que você está perdendo
Qualquer um se machuca
Não há nada errado com quem você é

- Eu te amo. – Aquilo não devia ter saído, Karla praguejou mentalmente pelo que havia dito. – Eu vou cuidar deles. Eu vou cuidar de todos. Me prometa uma coisa Camila. – a garota segurou o rosto da mais nova com as duas mãos obrigando a olhar para cima e se surpreendeu em ver lagrimas ali. – Me prometa que vai se cuidar. Que nunca vai deixar o jogo consumir quem você é. Eu vou cuidar de todos, mas eu quero que você se cuide, você não vai ficar junto com os outros jogadores.

Yes, no's, ego's
Fake shows like, woah
Just go and leave me alone
Real talk, real life, good luck, good night

Sim, nãos, egos
Falsos se mostram como, uau
Apenas vá embora e me deixe sozinha
Conversas verdadeiras, vida real, boa sorte, boa noite

- Como você sabe? – Camila a interrompeu, aquela informação ninguém sabia além de ela e os comandantes da liga. – Quem te falou isso Karla.

- Apenas me deixe continuar. – falou dando um meio sorriso, a garota apenas concordou. – Eu tenho muitas fontes dentro da liga, você sabe. Regalias que esse corpinho me deu. – a mais nova girou os olhos em forma de tedio enquanto a mais velha ria. – Por favor. Me prometa que vai se cuidar Camila. Eu nunca vou me perdoar se eu deixar você ir embora e você não se cuidar. – Camila respirou fundo tentando espantar as lagrimas que continuava a cair.

- Eu vou me cuidar Karla, acredite. Você me fez aprender a fazer isso. – Aquelas palavras estavam a atingindo como pedras. A tanto tempo as duas não tinham uma conversa sincera e sem ironias. – Mas eu não te odeio, eu tentei te odiar por muito tempo. Sinto que se te odiasse eu estaria odiando um pedaço de mim. Karla eu não posso mentir também. Você me machucou, acho que essa conversa precisasse acontecer antes, talvez isso não seria uma conversa para um adeus né. – Um pequeno sorriso escapou de Camila sendo acompanhando por uma concordância de Karla. – Eu preciso desse novo começo, preciso me encontrar. Saber verdadeiramente quem é Camila Cabello, não posso ser para sempre a irmã da Karla.  Agora eu preciso ir para minha aparição final em Miami e depois a festa. Estou um pouco enjoada do meu desafio.

Everybody's bruising
Just be true to who you are

Qualquer um se machuca
Só seja fiel de quem você é

- Você jogou hoje? – Karla perguntou com as sobrancelhas arqueadas. Não foi informada que a irmã seria desafiada pela equipe. – Qual foi o desafio?

- Você não me assistiu? – Karla negou com a cabeça e Camila gargalho.  – Acho que você perdeu o desafio mais assistido do ano.  Você vai querer me matar mesmo de longe. Mas não vai acontecer nada. Relaxa nada vai acontecer. Cuide dos nossos pais, você que precisa ir reconhecer meu “corpo”. – A garota assentiu, ela sabia tudo que iria acontecer, já que a mesma teve a ideia da explosão, já que iria dar menos trabalho.

- lembre-se, não perca sua essência, continue a sonhar e acreditar, é normal sofrer e sentir saudades, as lagrimas nunca vão simbolizar derrotas. Você vai renascer sem ter uma gêmea para atrapalhar seu crescimento.

Foi ali que as duas se entregaram as lagrimas dentro de um abraço apertado e silencioso, não precisava ser dito mais  nada, as duas sabiam, aquilo além de um adeus era um recomeço para ambas, Karla não queria tirar Camila de seu caminho, só queria que a garota pudesse cursar a faculdade que sempre sonhou, seguir seu caminho sem tanta pressão dos pais. O coração de Camila estava mais leve depois da conversa, ela se sentia completa com aquele adeus, ela sabia que poderia contar com a irmã mais uma vez. As duas se soltaram e ficaram se encarando até encostarem suas testas como faziam na infância. Ficaram ali por mais alguns segundo até que Camila respirou fundo e se separou. Karla não conseguiu olhar para irmã, ela iria se desesperar e impedir a garota de ir. Camila pegou a pequena mochila que havia separado suas coisas mais importantes que queria do seu passado e saiu do quarto. Deixando enfim Karla se jogar no chão no meio daquele choro silencioso. A garota não podia gritar, seus pais estavam em casa.

Normani já estava na frente da grande casa dos Cabello, camila pediu para amiga a esperar alguns minutos e a negra entendeu que ela queria se despedir indiretamente de todos naquela casa. Camila passou pelo quarto da Cabello mais nova e abriu a porta lentamente, a garotinha já dormia tranquila. A mais velha se ajoelhou ao lado da cama e segurou o choro vendo que a pequena estava agarrada a uma pelúcia de banana que a mesma havia pego no quarto da irmã.  “eu te amo, espero que você não cresça com a mesma pressão que eu pequeno” Camila sussurrou antes de dar um beijo na festa da garota que agora estava se mexendo.

Passando pela sala pode ver seu pai dormir naquela poltrona que devia ser mais velha que todos naquela casa, mas mesmo assim ele não se desfazia. Camila não conseguia sentir raiva pela pressão que sentia do pai. Ela entendia que ele foi criado assim. Mas não entendia por que aquilo só acontecia com ela. A garota escutou um barulho na cozinha e deduziu que era sua mãe, rapidamente correu para o lado de fora, não podia vacilar ser pega saindo naquele estado. Camila fez um sinal para que Normani esperasse mais um pouco e assim a garota fez. Camila foi até a janela que dava para cozinha e a mesma estava entre aberta, viu sua mãe resmungar alguma coisa sozinha enquanto lia no computador e riu lembrando de todas as vezes que a mais velha pediu ajuda para a filha com as coisas tecnológicas, Camila queria guardar aquela lembrança da mãe. A garota respirou fundo e saiu dali lentamente, iria para o local que seria forjada a explosão. A mesma entrou no carro em silencio, Normani respeito e seguiu o caminho, ela não iria tentar impedir mais a garota ficasse.

 

 

Pov  Dinah

- Elas vão embora mesmo Ke. – falei segurando o choro, a alguns minutos Lauren havia saído daqui depois de quase me matar enforcada. Em mais um surto de raiva repentino. Agora estava acontecendo mais vezes, nunca estávamos preparados para quando acontecia.

- Eu vou cuidar delas aqui, não vou deixar aceitarem desafios loucos demais. – assenti.  Eu sabia que Keana faria o possível para controlar Lucy e Laur. Mas não conseguiria. – Vero esta pedindo para entrar na ligação, vou aceitar. – segundos depois Vero apareceu sorridente na tela, mas seu sorriso se desfez ao ver meu estado.

- Oi, gente aconteceu alguma coisa? – Keana suspirou indicando que eu falasse.

- Elas aceitaram. Laur e Lu vão para Nova York pela manhã. – Vi a garota estremecer do outro lado da tela.

- O que?? Dinah você não pode deixar elas saírem de Miami. Eu vou voltar daqui alguns meses, eu só preciso que converse com Lucy. Ela vai te ouvir.  Ela me ama. Fala que eu estou quase voltando e vamos enfim ficar juntas.– ela não iria me ouvir, ela mudou vero, era isso que eu queria gritar mas não conseguia. Lucy e Lauren deixaram o jogo ser maior que elas.

- Elas não vão ficar. Lauren quase matou Dinah a alguns minutos atrás. – Vi a garota arregalar os olhos. – Ela não está se tratando. As coisas não são como eram Vero. Lauren vem surtando praticamente todos os dias. E tem aprontado muito durante a noite. Lauren e Lucy estão concentradas em chegar ao todo do jogo. – Keh terminou de falar e deu um logo suspiro. Ela jogava e assistia vários desafios, mas não deixou que aquilo tomasse conta de sua vida.

- Eu tinha esperanças de voltar com ela...- a garota falou tentando segurar o choro. – Eu conheço a Lucy, ela não pode estar tão cega assim, vocês sabem. Assim que vocês me falaram sobre essa loucura eu achei que era coisa passageira que Lo não seria capaz de fazer isso com os pais.Eu parei de falar com ela quando o pai dela descobriu a meses atrás que estávamos nos comunicando. Eu me formo daqui 4 meses. Logo vou voltar para Miami, se elas não estiverem ai vou atrás delas em NY.

- Esperem. – Keana interrompeu Vero. – VOCÊS NÃO SABEM O QUE A LAUREN ESTA FAZENDO. – Praticamente gritou. – LIGUEM A MERDA DO COMPUTADOR E OLHEM AGORA, EU NÃO ACREDITO NISSO. É DEMAIS ATÉ PARA ELA. PORRA CARALHO, QUE MERDA QUE ESSA GAROTA TEM NA CABEÇA.

Rapidamente larguei o celular no suporte que sempre usávamos quando estávamos em ligação e puxei o computador para meu colo. Por sorte Lauren antes de sair estava fazendo uma pesquisa no site do jogo e o deixou aberto. Corri os olhos pela tela e vi que tinha um desafio sendo assistindo por 28 mil pessoas, era aquele com certeza. Apertei play e vi Lucy sorrindo, seus olhos estavam vermelhos, indicando oque elas haviam feito antes do jogo. “Eu não acredito que você fez. Lauren você é mais louca do que eu podia imaginar, mas eu te amo mesmo assim, que venha NOVA YORKK. “ Lucy comentou batendo na mão de Lauren. “ meus queridos fãs, eu sei que sou demais né, bom agora eu quero desafios maiores, eu espero que vocês me acompanhem em Nova York, nos vemos em alguns dias bye.” notinhas de dinheiro começaram aparecer na tela em uma edição mal feita.

- Não deu para ver, o que ela fez? – Vero comentou frustrada. – Minha mulher continua tão linda.

- Ela simplesmente doou os óvulos. – meu queixo caiu ao ouvir aquelas palavras. – A melhor parte e que agora uma garota foi desafiada a fazer uma fertilização e aceitou. – Não. Que tipo de brincadeira é essa? Como as pessoas se prestam a essa droga de jogo assim? O que mais me choca é saber que eles nunca vão ser descobertos por pagarem propina para os grandes. – Isso vai da merda, a garota também esta indo para NY. Agora só o que falta Lauren com um filho para criar no meio desse caos aqui, eu não vou conseguir se isso acontecer.

 

Pov  Lauren

Play HISTORY

You've gotta help me

I'm losing my mind

Keep getting the feel

You want to leave this all behind

Thought we were going strong

I thought we were holding on

Aren't we?

Você tem que me ajudar

Eu estou perdendo a cabeça

Continuo tendo a sensação

Que você quer deixar tudo isso para trás

Pensei que estávamos indo bem

Pensei que estávamos aguentando firme

Não estamos?

 

Medo. Talvez esse fosse o sentimento que eu estava sentindo correr dentro das minhas veias fazendo todo meu corpo estremecer. Nunca fui o tipo de garota que tem medo do novo mas naquele momento isso estava me assustando de verdade. Estava com medo de deixar tudo para trás mas ao mesmo tempo eu sabia que a felicidade dos meus pais dependia disso. Desde que fui diagnosticada com TEI as coisas mudaram, meus pais vivem para me agradar e me deixar menos tensa, nunca dava certo, já que qualquer coisa sempre me fez explodir, isso não era culpa deles, nunca. Eles foram ótimos pais, o problema era comigo. Por isso eu estava ali, por isso eu precisava ficar o mais longe possível.

- Estou com medo Laur. – Lucy falou com os olhos marejados, eu sabia que ela não estava ali apenas pela família que destruiu seu namoro e sim por não queria me deixar sozinha, eu estava sendo egoísta de deixar ela ir comigo, eu não podia perder ela também. Já bastava deixar Dinah para trás.

You and me got a whole lot of history

We could be the greatest team that the world has ever seen

You and me got a whole lot of history

So don't let it go, we can make some more

We can live forever

Você e eu temos muita história

Nós poderíamos ser o melhor time que o mundo já viu

Você e eu temos muita história

Não deixe isso acabar, podemos fazer um pouco mais

Nós podemos viver para sempre

 

- Vem. Me abraça. – falei a puxando para meus braços enquanto caminhávamos para o local que iriamos “morrer” tínhamos que passar por aquele local para que as câmeras pegassem nossos movimentos e fossem provas para ninguém duvidar que era realmente nós. Já que os corpos iriam estar irreconhecíveis para não poderem reconhecer o corpo. – Eu sempre vou cuidar de você. – falei com um sorriso torto, eu iria cuidar de Lucy. Como sempre aconteceu.

- Eu vou fazer o mesmo. Sempre Lo. – ela se encolheu mais um pouco no meu abraço e  ri daquilo. Lucy conseguia ser a personificação de manha e dengo em pessoa.

This is not the end

This is not the end

We can make, it you know, it you know

You and me got a whole lot of history

We could be the greatest team that the world has ever seen

You and me got a whole lot of history

So don't let it go, we can make some more

We can live forever

Este não é o fim

Este não é o fim

Nós podemos fazer isso, você sabe, você sabe

Você e eu temos muita história

Nós poderíamos ser o melhor time que o mundo já viu

Você e eu temos muita história

Não deixe isso acabar, podemos fazer um pouco mais

Nós podemos viver para sempre

 

- Meninas, venham. – Um garoto alto nos chamou para entrar na van. – Prontas para um novo começo? – Assentimos com sorrisos no rosto. – Que todos nós sejamos muito felizes em nova York, vai ser um prazer estar ao lado de vocês. – Ele não parecia forçado, apenas queria novas amizades. Fiz um sinal de positivo e pisquei para ele. – Meu nome é Liam.

- Lauren, ela é a Lucy. – Falei estendendo a mão e depois apontando para a garota que estava abraçada em mim. Que lhe ofereceu um sorriso simples. Ele nos deu passagem e nós entramos na van que parecia já estar com todos os jogadores presentes.

- Sua namorada é fofa. – Falou sincero, fazendo Lucy fazer uma careta e eu abrir a boca incrédula com sua atitude.

You and me got a whole lot of history

We could be the greatest team that the world has ever seen

Nós poderíamos ser o melhor time que o mundo já viu

Você e eu temos muita história

- Ela é minha melhor amiga. Nunca rolaria, tipo nunca, nunca mesmo. – Ela falou e eu continuava a olhar incrédula sem acreditar no que ela falava. – Mas ela é meu amor, sempre vamos estar juntas. – falou e então girei os olhos. Logo o carro deu partida fazendo meu coração gelar por mais alguns minutos.

Todos estavam em silencio dentro da van, o clima era mais que tenso. Ninguém parecia mudar a respiração. Estávamos nos afastando da cidade, passamos pelas ultimas câmeras de rua que precisávamos e fomos para o norte de Miami onde haviam alguns penhascos.

Era isso que iria acontecer, o plano no começo parecia loucura, mas os organizadores da liga nos garantiram que já haviam feito isso em alguns lugares do mundo e sempre deu certo.  Lucy apertava minha mão assim que o carro parou no meio do nada, um homem abriu a porta e pediu para que todos nós descêssemos. Assim fizemos. Então de repente um carro foi aberto e vários corpos foram retirados e começaram a ser postos onde estávamos sentados. Meu estomago estava começando a embrulhar, Lucy não desgrudava do meu corpo nenhum segundo. Alguns garotos estavam rindo com aquela situação mas aquilo era bizarro. “ vai valer a pena” sussurrei e Lucy apenas assentiu.  “observem o show” um homem negro alto falou enquanto mexia em algum aparelho dentro da van que estávamos, a mesma tinha um corpo também no volante. Foi então que o carro começou a andar para o penhasco. Demorando apenas poucos segundos para começar a capotar e antes de chegar enfim no final explodir. Não conseguia descrever o que estava sentindo. Parece que ali estávamos todos renascendo.  Aquilo era um sentimento bom é incrível. O passado morreria ali. Junto com a Lauren.

  - Então esse é nosso começo Michele? – Lucy perguntou me fazendo fazer uma careta. – Vamos. Ainda temos uma festa de despedida Mimi.

- Lucy, eu vou te deixar aqui em Miami, pare de ser chata. – Ela gargalhou e eu sabia que com ela iria ficar bem.

So don't let it go, we can make some more

We can live forever

Não deixe isso acabar, podemos fazer um pouco mais

Nós podemos viver para sempre

 

 

(...)

- Lauren. – Vi Karla sorrindo assim que entramos na grande mansão. No mesmo momento Lucy resmungou algo.

- Karla. – dei um sorriso de lado, a garota latina é uma das organizadoras da liga aqui. Muita gente não sabe. Na verdade eu também não devia saber. Mas um dia acabamos na cama, não sei como e a mesma me contou que não era apenas uma jogadora. A latina tinha os olhos castanhos e os cabelos um pouco mais escuros. O corpo parecia ser moldado pelos deuses. Se eu estivesse procurando um relacionamento com certeza investia nela. Depois de nossa primeira vez muitas outras vieram no meio da bebedeira, mas nunca passou de sexo. Nenhuma ligação no dia seguinte o que me fez agradecer. – Hoje eu quero me despedir de você de uma forma bem gostosa. – a latina gargalhou e Lucy se soltou de mim, ignorando completamente Karla. Ela sempre teve ciúmes.

- Eu adoro como você é direta. – falou colocando nossos lábios em um selinho. – Eu preciso te pedir uma coisa. – afastei nossas bocas e arqueei as sobrancelhas. – uma pessoa muito importante para mim vai estar em NY. Você pode me ficar de olho nela? Não precisa ser sempre, mas eu vou te ligar quando ela precisar, você pode se disponibilizar a cuidar dela qualquer hora?

- Você quer que eu cuide de um bebê? – falei rindo, o que pareceu irritar a garota. – Me explica direito o que você quer e também o que eu vou ganhar em troca.

- Não é nenhum bebê... é ... – balancei a mão para que ela prosseguisse. – Minha irmã. Ela também esta indo mudar de liga. – Wow, não sabia que Karla tinha irmãos, na verdade eu não sabia nada dela fora da liga. – Não me olhe assim. Ela não vai te incomodar. Eu sei dos seus problemas e vou respeitar, você sabe que eu sempre te ajudei aqui dentro. – falou apontando para nossa volta. Era verdade Karla sempre me colocou nos desafios que tinha mais dinheiro em jogo. – Eu só peço que ajude ela. Caso ela precise. Você tem Lucy, ela está indo sem ninguém. – Aquilo era novo para mim, de todas as vezes que vi Karla, aquela era a que a garota estava mais fragilizada com algo.

- Eu vou cuidar da piralha. – ela riu negando com a cabeça. – Vamos nos divertir. Meu desafio e deixou um pouco cansada, mas eu quero você.

- Lauren Lauren. Nunca duvide do poder dos Cabello. Você ainda não viu Camila. Vai te surpreender um pouco. – disse rindo.

- Não vai. Esse corpo na minha frente ganha de qualquer uma mulher que eu possa encontrar em nova York. – falei a puxando. Ela sussurou “você vai se surpreender” decidi não da muita atenção. Ataquei seus lábios, eu queria me despedir de karla da melhor maneira possível e eu sabia que ela queria isso.

(...)

 

- Hora de ir. – Karla falou triste enquanto vestia suas roupas e olhava o relógio. – ande. Daqui a pouco a louca ciumenta entra aqui. Eu não quero morrer hoje. – gargalhei e logo comecei buscar minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão.  – Fique bem Lauren. -  Karla me ofereceu um sorriso tímido e saiu. Respirei fundo e comecei a fechar a camisa que já estava em meu corpo. Eu sabia que ia escutar por um bom tempo assim que desse de cara com Lucy la fora.

 

Ao contrario do que eu imaginei a situação era pior do que eu imaginava, Lucy nem olhava na minha cara, parecia que éramos as ultimas que íamos sair dali. O helicóptero já nos esperava para nos levar até o aeroporto particular a algumas horas de Miami. Respirei fundo quando um dos homens que pareciam seguranças do jogo me ajudou subir naquela coisa.

Dava para desistir? Eu odeio altura, parece que essa droga vai cair a qualquer momento. Lucy por um gesto divino mesmo sem olhar no meu rosto começou segurar minha mão tentando me deixar mais tranquilo, aquilo não estava adiantando. Miami estava tão pequena daquela janela que eu insistia em olhar, tão longe e ao mesmo tempo tão perto. E necessário Lauren. É NECESSARIO. Gritei para meu subconsciente. 

Pov Narrador

Logo cedo as viaturas chegaram em sua casa o informando que sua filha havia sofrido um acidente. O seu carro foi encontrado com mais alguns carros perto de um restaurante, e dentro acharam algumas coisas que indicavam que iriam fazer uma viagem para acampar já que haviam mapas, caixas de isopor, dentre tantas outras coisas. O homem até então achava que era um acidente de carro comum e sua filha estava viva. Começou achar estranho quando começaram a lhe mostrar imagens e perguntar se ele reconhecia a filha nas imagens e mais alguma pessoa. Ele conhecia. Lauren. A garota filha dos seus amigos Clara e Mike. Com certeza Lauren ainda estava sem carro e por isso foi junto com sua filha. Quando o homem mais velho perguntou se a amiga de sua filha estava bem o baque olhe atingiu assim que o policial falou “senhor, sinto muito, ninguém sobreviveu.” O homem começou gritar desesperado. Nenhum policial tentou controlar aquilo, sabiam que ele precisava daquele momento. Depois de se acalmar um pouco e parar de gritar os policiais o pediram para ele os levar ate a casa da garota que ele conhecia no vídeo.  

Agora na porta da imensa mansão dos Jauregui, Carlos Vives estava dentro de uma viatura da policia com as mãos tremulas. Respirou fundo e foi até a porta e batendo. Segundos depois a porta foi aberta por uma clara sorridente, assim que viu as viaturas atrás do homem o sorriso da mulher se desfez.

- Carlos. Santo Cristo. O que aconteceu??? Você está bem? Por que tantas viaturas. – a mulher estava preocupada com o homem. Que agora estava de cabeça baixa chorando compulsivamente.

- Senhora Jauregui? – um policial tomou a frente do homem, Clara assentiu. – Nos sentimos muito. – a mulher não entendia o que o policial queria falar. – Sua filha estava junto com a filha do senhor vives e alguns outros jovens de uma van. – a mulher começou a sussurrar não não. – Nenhum dos jovens que estavam no Carro sobreviveu. Não tem como reconhecer o corpo além de exames médicos. Então preciso que a senhora reconheça ela nos vídeos- Antes que o homem pudesse terminar chama se jogou no chão e um enorme NÃO ecoou por toda a vizinhança. Fazendo um Mike desesperado aparecer na porta.

- MINHA FILHA NÃAAAO. – Foi a ultima coisa que Clara fez antes de desmaiar. – Os homens colocaram a mulher para dentro e depois o policial contou tudo para Mike. O homem ficou sem reação, não chorava nem nada. Mas por dentro ele não queria acreditar que a garotinha dele havia partido sem nenhum adeus. Ela não podia morrer tão nova, é contra as leis da natureza. Primeiro os mais velhos morrem depois os jovens, assim o curso da vida devia seguir.

 

Um pouco longe dali, Karla respirava fundo pela milésima vez, uma esquina antes de casa dentro da viatura do policial que ia lhe ajudar a contar para seus pais, o jovem policial sabia de tudo que estava acontecendo e o próprio estava ajudando com as coisas dentro da delegacia. Ela indicou para que o jovem seguisse para a porta da sua casa e ele assim o fez.

- Mama. Papa. – Karla já falou entre lagrimas. Ela por algum motivo chorava verdadeiramente. Não pela falsa morte da sua gêmea mas por saber que talvez nunca mais elas fossem se ver pessoalmente. Ali Karla estava começando a se arrepender. Os olhos assustados dos seus pais entrando na sala praticamente correndo fez com que ela aumentasse seu choro. – A kaki.  – Então eles entenderam que algo sério estava acontecendo ali.

- Onde está sua irmã Karla? – Sinu falou com a voz falha. – Onde está a Camila. – então policial entrou chamando a atenção dos mais velhos na sala. Karla amoleceu seu corpo nos braços do seu pai quase caindo no chão. – Fala Karla.

- Mama. Ela ia viajar com os amigos dela não sei, todos deixaram os carros em um estacionamento esquisito e iriam para um acampamento. Mama. – Karla estava desesperada ela não sabia que aquilo iria doer tanto. Os olhos dos seus pais em expectativa olhando para si. – O carro saiu da pista mama, e explodiu. A Kaki morreu.  – sua mãe sentiu as pernas falharem e o garoto ajudou ela a ficar em pé. As lagrimas corriam pelos olhos de Ale. Sinu chorava desesperadamente enquanto o garoto a tentava acalmá-la. Ali Karla via que aquela foi a decisão mais errada e infeliz que ela fez na vida. Seus pais estavam despedaçados. – Eu devia estar com ela. Eu não devia ter deixado a cara ir. – A garota falava mais para si do que para outra pessoa naquela sala.

- Mama. Por que você está chorando? Para onde a Kaki foi? – a pequena Cabello apareceu na ponta da escada com os olhos ainda um pouco fechados mas assustados com aquela cena. A pequena nunca presenciou sua família naquele estado. Karla queria morrer naquele momento, não sabia o que fazer, só queria ir atrás da irmã, fazer a voltar e tentar ajudar a garota com a pressão que ela sofria.

 


Notas Finais




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