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História Demons Second Season(EM HIATUS) - Confissões


Escrita por: tialasanha

Notas do Autor


AEEEEEEEE CARAIOOOOO
BOA LEITURA E


NOTAS FINAIS

Capítulo 16 - Confissões


Fanfic / Fanfiction Demons Second Season(EM HIATUS) - Confissões


 

P.O.V Ravenna Sykes

 

2 semanas depois...

Duas semanas bem duras foram essas. Duras porque eu contei à minha mãe sobre toda essa confusão e ela brigou severamente comigo, duras porque Chad me evita de todas as formas possíveis e quando me olha me faz sentir ainda mais culpada por ter terminado com ele. Quando Bridget soube o que eu fiz ela ficou surpresa e apavorada, também brigou comigo pelos mesmos motivos que minha mãe, o fato de eu ser uma idiota inconsequente. Mas o pior de tudo é que eu não me arrependia de nada, não sei se isso me faz um ser desprezível, mas eu estava me sentindo dessa forma.

Eu e Scott não temos nos falado muito, pois ele tem treinando bastante por causa do jogo desse fim de semana. Nossa relação ficou um pouco estranha depois de toda aquela cena. As vezes eu tenho vontade de nunca ter dito aquelas coisas para ele. Além de receber uma resposta contrária a que eu queria, eu deixei nossa amizade num tremendo desconforto.

 

 

Nova Orleans - Sexta-feira, 12h09min PM

 

Virei mais uma página do meu livro e percebi que eu não estava prestando nem um pouco de atenção no que eu estava lendo. Eu estava morrendo de sono, eu não conseguia dormir direito havia uns quatro dias, mas só agora fui reparar o efeito que aquilo estava me causando. Fechei o livro e o coloquei na mesa, do lado da minha bandeja.

- Quais são os seus planos para hoje a noite? - perguntei para Bridget.

- Nós vamos assistir o jogo hoje.

- Nós?

- Sim, eu e você.

Fiz um biquinho e ela negou com a cabeça.

- Nem pense na possibilidade de não ir. - ela disse começando a se irritar.

- Eu não sei se vou... o que eu vou fazer lá?

- Me acompanhar, ora. - Bridget disse óbvia. - Além do mais, o Scott vai jogar também. - me deu um olhar sugestivo. Revirei os olhos e me encostei na cadeira.

- E que diferença faz ele jogar ou não?

- Vocês são amigos.

- Isso não muda nada.

Ela bufou.

- Espero você em frente à minha casa às 18h00min em ponto. - Bridget disse se levantando.

- Tudo bem. - disse evitando discussões.

Bridget saiu do refeitório e eu afundei na cadeira, tentando pensar em uma maneira nova de não ir ao jogo hoje com ela. Eu pretendia alugar vários filmes e ficar assistindo-os até tarde, ou talvez só dormir mesmo, mas sendo amiga da Bridget é praticamente impossível ficar sem fazer nada durante um fim de semana inteiro. Esse jogo não seria legal por dois motivos, eu não gosto nem um pouco de futebol americano e eu realmente não estava a fim de ir. Scott havia me dito que o time que jogaria era bem fraco e a vitória era quase certa, então para que ir? Simples, porque Bridget está tendo um caso secreto não tão secreto assim com o Jack, e acha que para isso não ficar tão na cara - por mais que já esteja - eu preciso acompanhá-la.

 

[...]

 

- Será que você consegue passar cinco minutos sem reclamar? - Bridget perguntou irritada enquanto nós nos dirigíamos ao nosso lugar na arquibancada.

- Não. Você me obrigou a vir, então vai me aguentar.

Ela revirou os olhos percebendo que eu estava certa.

Como eu imaginava, as arquibancadas estavam lotadas de pessoas gritando várias coisas diferentes. O jogo já tinha começado havia uns dez minutos, Bridget estava brava por não termos chegado antes, e ainda mais brava porque o motivo de não estar lá antes de o time entrar era a minha preguiça, nada de imprevistos, só a má vontade mesmo.

Bridget estava concentrada no jogo e às vezes gritava xingamentos ou ofensas aos jogadores do outro time. Eu estava concentrada em meu cachorro quente e refrigerante, eu não entendia absolutamente nada de futebol americano, só algumas pequenas coisas que não faziam diferença, pois Scott me falava sobre os treinos e mencionava suas táticas de jogo e coisas chatas que o treinador os mandava fazer. Falando no Scott, ele estava jogando muito bem, mas parecia irritado com seus parceiros de time, que apesar de estarem fazendo várias coisas erradas, estavam jogando bem e o time estava na frente, e eu estava feliz por isso, feliz por Scott. Por outro lado, eu olhava para Chad também, pois ele tinha uma das posições mais importantes - não que eu saiba o nome, só sei que é importante - e isso me fazia ficar acompanhando-o com os olhos, e por menos que eu entenda sobre esse esporte, ele parecia estar jogando bem também, eu também estava feliz por ele.

Depois de um tempo consideravelmente grande, o jogo acabou e, como esperado, "nós" ganhamos, o que foi legal, mas deixou de ser legal no momento em que Bridget decidiu por nós duas que iríamos para uma festa da vitória que aconteceria na casa de Jack. Eu sinceramente não entendia o porquê de ela insistir em me levar nesses lugares, ela podia muito bem ir com Jack e me deixar ir embora, mas não, ela prefere me deixar lá avulsa na festa enquanto comemora com Jack. Eu já nem me estressava mais por causa disso, só aceitava.

Fomos para a bendita festa e quase toda a escola e mais algumas pessoas desconhecidas estavam lá. As pessoas já estavam bêbadas e eu já estava avulsa naquele lugar. Eu não estava a fim de beber nem de dançar, então fui me isolar em algum lugar do lado de fora da casa. Atrás da casa tinha uma piscina, algumas cadeiras de sol dispostas em volta da mesma, nas quais estavam ocupadas por casais se pegando, e uns dois banquinhos parecidos com os que têm em praças, me sentei em um deles e comecei a mexer em coisas aleatórias no meu celular.

- Não esperava te encontrar aqui.

Olhei para o lado e vi Chad parado tentando se equilibrar e segurando uma garrafa de alguma coisa que parecia ser vodka. Ele estava bêbado, e eu nunca tinha o visto bêbado desse jeito, no máximo alegre.

- Pois é, encontrou.

Chad deu um gole em sua bebida e depois deu uma risada desconexa.

- Veio por causa do seu namoradinho, não é? - perguntou num tom debochado.

- Se você estiver falando do Scott, ele não é o meu namoradinho, e eu não vim por causa dele.

- Então tem outro cara na jogada?

Respirei fundo tentando me controlar e levantei.

- Você está bêbado, então vou ignorar a sua pergunta e ir embora.

Passei por ele mas ele segurou meu braço.

- Chad... me solta. - mantive a voz calma.

- Eu preciso falar com você, preciso que você me escute. - ele pediu com uma voz calma.

Suspirei e me coloquei na frente dele.

- O que você quer?

- Você...

Olhei para ele um pouco surpresa e esperei uma risada, mas ele não o fez.

- Chad...

- Eu sei que você gosta daquele babaca, mas ele não serve para você. - ele disse com desdém. Cruzei os braços.

- Eu não terminei com você para ficar com ele. - admiti.

- Mas tinha essa intenção, não tinha?

Encarei meus pés, esse tipo de pergunta me deixava sem resposta e sem conseguir sustentar o olhar dele. Chad riu sem humor e se aproximou de mim.

- Ravenna, eu sei que eu posso te fazer mais feliz do que ele.

- Isso não é uma competição para ver quem consegue me fazer mais feliz. - falei começando a me irritar. Odiava ser tratada como um troféu.

- Não é isso que estou dizendo... eu gosto de você Rav - ele colocou a mão no meu cabelo e depois no meu rosto. - sei que você também gosta de mim. - Chad aproximou seu rosto do meu e eu senti aquele bafo de bebida horroroso.

- A gente pode conversar quando você estiver sóbrio. - disse tirando a mão dele do meu rosto.

- Mas eu sei exatamente o que estou falando.

- Não, não sabe. - tentei me afastar dele mas ele me puxou para perto pela cintura com um pouco de força.

- Se eu te deixar ir embora você vai fugir de mim. - ele disse tentando parecer charmoso, mas estava soando como um bêbado idiota.

- Chad, me solta. Acabou, eu não vou voltar com você.

- Eu sei que vai. - ele aproximou seu rosto do meu e tentou me beijar, mas eu desviei.

- Me solta. - tentei me desvencilhar dele, mas parecia que quanto mais eu tentava me soltar, mais forte ele me apertava.

De súbito as mãos dele, ou melhor, ele, foi tirado de perto de mim, eu dei uma leve cambaleada para trás por causa da violência que ele foi puxado.

- Ela mandou você soltar, você não ouviu? - Scott disse com raiva.

- Fica fora disso, babaca. - Chad disse um pouco enrolado.

Eu apenas observava aquilo um pouco surpresa por Scott chegar na hora em que eu "precisava" dele, não dele, e sim de alguém que tirasse Chad de cima de mim. Os dois se encaravam com ódio, os dois estavam bêbados e prontos para brigar. Eu não sabia se impedia a briga que estava prestes a acabar ou se apenas observava como as pessoas que estavam por ali.

- Você estava agarrando ela a força, então nem fodendo que eu vou ficar fora disso. - Scott disse.

- Nós estávamos apenas conversando. - Chad retrucou.

- Acho que você não é tão bom de conversa então. - Scott disse com o deboche de sempre.

Chad se irritou com o que Scott disse e deu um soco com um pouco de força, considerando que ele estava bêbado, no Scott, que cambaleou um pouco para trás, mas não chegou a cair no chão. Aquilo não acabaria nada bem. Scott colocou a mão no rosto que estava começando a ficar inchado e olhou para Chad, que o encarava com um sorriso divertido no rosto. Como já era de se esperar, Scott devolveu o soco bem mais forte, Chad caiu no chão com o impacto e foi a vez de Scott ficar com um sorriso no rosto.

Me coloquei no meio dos dois quando Chad se levantou pronto para o combate.

- Parem agora vocês dois. - falei irritada e mandona.

Eles apenas se encaravam com ódio, parecendo aqueles lutadores de MMA quando estão se apresentando. Eu só me coloquei no meio deles porque eu odiava brigas e não me sentiria muito bem sabendo que eu era o motivo daquela briga e da possível morte de um dos dois.

- Ele começou. - soltou Scott.

- Foda-se quem começou! Acabou agora. Vocês estão parecendo dois moleques.

Todas as pessoas que estavam ali por perto nos encaravam. Ninguém se aproximava para separar os dois, eles apenas queriam ver o circo pegar fogo. A nossa escola tinha uma "regra", separar apenas brigas de meninas e deixar os meninos se matarem, então acho que estavam levando essa regra a sério demais.

- Esse cara merece levar uma surra por roubar a mulher dos outros. - Chad falou irritado.

Olhei para ele incrédula.

- Eu não sou nem nunca fui mulher de ninguém! - comecei a me alterar.

- Não posso fazer nada se você não dá conta. - Scott disse despreocupado e ignorando o que eu disse.

Naquele momento eu senti o início de um enorme ódio se propagar dentro de mim.

- Eu já estou cansado de você roubar tudo que é meu. Estou farto de você. - Chad disse.

- Eu não roubei nada que é seu, você que é um merda e deixa as coisas soltas por aí. - Scott retrucou. - Acha que eu também não estou cansado de você? Estou louco pra te encher de porrada já faz um tempo.

Foi nesse momento que eu percebi o que estava acontecendo. Eles estavam querendo brigar por rixas pessoais, não por minha causa. Scott apenas viu ali uma brecha para brigar com Chad, ele não estava se importando comigo nem com a minha integridade.

- Vocês querem se matar? Se matem! Acho que vai ser até melhor se isso acontecer! - exclamei com raiva e saí dali como um furacão. Ouvi eles começando a brigar de novo, e isso confirmou a minha teoria. Eles não estavam nem aí para mim.

Cheguei no meu carro rapidamente e demorei um pouco para achar a chave na minha pequena bolsa e para conseguir abrir a porta do mesmo. O ódio estava sendo tanto que minhas mãos estavam trêmulas, me impedindo de realizar as coisas direito. Por fim eu consegui ligar o carro e saí de lá cantando pneu, eu dirigia com raiva e isso não era bom, alguma tragédia podia acontecer, e eu não me perdoaria nunca se atropelasse alguém. Me acalmei apenas o suficiente para chegar em casa, depois eu entrei em casa e saí pisando duro para o meu quarto.

Joguei a minha bolsa no chão e me joguei na cama, também com raiva, e enfiei a cara no travesseiro para gritar e não ser ouvida.

- Arrgh, por que esses merdas precisam ser tão idiotas?! - disse furiosa com a voz abafada.

- O que aconteceu Ravenna? - ouvi a voz da minha mãe preocupada.

- Aconteceu que eu sou apenas um pivô de brigas. - disse com o rosto ainda enfiado no travesseiro.

- Você pode me contar o que aconteceu?

Tirei o rosto do travesseiro quando percebi que ela não sairia dali até que eu contasse o que tinha acontecido. Me sentei na cama e ela fez o mesmo.

- Eu estava em uma festa na casa do Jack e o Chad estava bêbado e queria falar comigo, mas eu não queria falar com ele porque ele estava bêbado, mas ele insistiu e eu ouvi, então ele começou com aquele discurso chato e "me agarrou". - fiz aspas umas quatro vezes com as mãos para minha mãe não achar que ele me estuprou. - O Scott chegou e tirou ele de cima de mim, eles se socaram uma vez e eu decidi intervir, então eles começaram a falar mal um do outro e me colocaram no meio, o que vez parecer que eu era importante para eles, mas logo depois eles começaram a falar coisas que deixaram claro que eu não era o motivo da briga, eu era apenas uma brecha que eles arrumaram para brigar.

Minha mãe me fitou surpresa e segurou minha mão quando viu que eu não me acalmaria tão fácil.

- Garotos são imbecis assim mesmo filha. Eles já estavam com vontade de brigar sim, mas tenho certeza de que você é importante para eles sim, e que o Scott te defendeu porque ele gosta de você, eles apenas se deixaram levar pelo momento de fúria. - ela disse tentando me acalmar.

- Eu duvido muito. - disse orgulhosa.

Minha mãe riu negando com a cabeça.

- Filha, não pegue tão pesado consigo mesma. Eu acho que você deve agradecer ao Scott por ter te salvado. - olhei para ela incrédula.

- Mãe! - minha voz afinou.

- Ravenna, isso que você me disse é apenas uma teoria sua, nenhum dos dois deixou isso claro, então você pode muito bem ter se enganado. O Scott te defendeu, isso é o que importa. - ela disse séria.

Minha mãe estava certa como sempre. Eu não tinha certeza de nada, apenas estava deduzindo que eu não era nada para eles.

- Quando você encontrar com ele você vai agradecer, ouviu mocinha? - disse ela, mandona.

Revirei os olhos e assenti. Ela sorriu.

- Ótimo! - se levantou. - Amanhã preciso da sua ajuda na loja.

- Tudo bem.

- Te vejo amanhã a tarde então. - ela disse e saiu.

Fiquei sozinha com os meus pensamentos e com a minha dúvida sobre eu ser "importante" ou não para eles. Eu nem sei por que aquilo tinha tanta importância para mim. Acho que acostumei com a atenção dos dois, e quando eu não sou o foco fico brava, o que é imensamente errado. Nunca precisei da atenção de garotos, não vai ser agora que isso vai acontecer.

 

[...]

 

- Deixa que eu atendo! - gritei correndo para a porta de entrada.

Olhei pela porta e vi que tinha apenas uma caixa um pouco grande do chão, com um papel preso nela.

Quando abri a porta para pegar a caixa me deparei com Scott do outro lado da rua, ele estava estacionando sua moto, peguei e coloquei a caixa em algum canto do chão perto da porta e comecei a andar em direção a ele. Eu realmente não queria falar com ele, mas eu me sentia obrigada a agradecer pelo que ele fez na noite passada, por mais que não tenha passado de um joguinho.

- Scott? - chamei e ele se virou para mim.

Eu esperei um sorriso divertido ou qualquer coisa do tipo, mas o que ele fez foi tirar o capacete e me olhar com pura indiferença, o rosto dele estava inchado do lado direito, o olho dele estava roxo. Engoli seco pensando em sair dali, mas eu não tinha afogado meu orgulho atoa.

- Eu queria falar com você... mais precisamente te agradecer por ontem.

- Tá. - ele disse simples e seco.

Ele se virou para pendurar o capacete na moto e eu fiquei encarando ele incrédula. Desde quando ele é frio desse jeito?

- Você quer mais alguma coisa? - Scott perguntou quando percebeu que eu ainda estava ali.

Abri a boca para dizer alguma coisa, mas nada saiu. Ele me encarou com tédio e passou por mim, indo em direção à sua casa.

- Espera. - disse me virando para onde ele estava.

- O quê? - ele se virou para mim.

- Por que você está me tratando assim?

- Porque a minha paciência com você acabou. - Scott disse com desdém.

Eu fiquei sem ter o que dizer.

- O que... - ele me interrompeu.

- Eu tentei ficar próximo de você e olha o que aconteceu. - ele apontou para o olho roxo.

- A culpa não é minha. Eu não te pedi para me defender. - falei no mesmo tom de indiferença que ele.

Scott riu sem humor.

- Não aja como se você se importasse comigo.

- Eu me importo com você. - ele se aproximou de mim, ficando cara a cara comigo, e por um momento eu pude ver sinceridade em seus olhos.

- Se você se importasse não estaria me tratando dessa forma. - disse sentindo minha voz ficar trêmula.

- Eu estou cansado de precisar ficar aguentando você, aguentar as suas reclamações e as merdas que você faz e depois se faz de vítima. - ele disse irritado.

- Eu não fico me lamentando com você! Se em algum momento eu fiquei foi porque eu confio em você! - falei histérica.

Ele pareceu pensar um pouco antes de falar.

- Realmente você e o Chad se merecem. - Scott disse com desprezo.

Senti meu sangue ferver e meus olhos se encherem de ódio. Eu sabia que Scott era um idiota, mas desconhecia esse lado babaca dele.

- Eu terminei com o Chad por sua causa! - me arrependi de ter dito aquilo no segundo em que disse a última palavra.

- Isso não é problema meu. - Scott disse seco.

- Ótimo! Se você quer bancar o babaca tudo bem, não vai ser eu que vou questionar e nem ficar aqui para ouvir isso.

Me virei e saí pisando duro para casa. Maldita hora que eu inventei de escutar minha mãe.

 

[...]

 

P.O.V Scott Redd

 

Merda! Eu era mesmo um idiota.

Ontem depois da minha briga com o Chad eu fui embora e fiquei pensando no que a Ravenna disse antes de ir embora. Ela estava certa, eu realmente vi nela naquele momento um motivo para brigar com o Chad, mas eu me importava com ela, me importava muito. Percebendo tudo isso eu vi que eu era um babaca que não merecia estar com ela, me senti mal quando ela saiu de lá furiosa porque sabia que ela tinha ficado magoada, e eu odiava quando ela estava magoada, odiava ainda mais quando eu era o motivo disso.

Essas duas semanas que nós passamos um pouco afastados serviu para que eu percebesse mais uma vez que eu não conseguia parar de pensar nela e que eu sentia falta dela quando ela não estava por perto. Eu nem sabia que eu podia sentir falta de alguém. A Ravenna mudou várias coisas dentro de mim. Sentimentos que eu nem sabia que podiam existir em mim estavam começando a surgir de uma maneira intensa.

Eu queria conseguir nomear o que eu sentia por ela, mas era impossível, pois eu sabia que eu a amava, mas não era só isso, eu também tinha um enorme vício por ela, e um grande sentimento de paixão. Eu poderia dizer apenas que eu estou apaixonado por ela, mas é algo muito mais forte do que isso. É uma ligação intensa e estranha, diferente da que eu tinha com a minha mãe. A Ravenna desperta o melhor de mim, mas eu não sei lidar com essas coisas, então acaba despertando o pior em mim também.

Decidi ignorá-la para tentar tirar esses sentimentos meus por ela, mas já era tarde demais, eu já não queria e nem conseguia afastá-la de mim e só de pensar que agora ela nunca mais vai querer olhar na minha cara já me bate um desespero. Ignorá-la só me deixou ainda pior quando vi decepção em seus olhos. O plano não era esse, era fazê-la se afastar para que esse sentimento não se torne maior, mas como eu já disse, era tarde demais. Eu estava apaixonado por ela e eu não podia e nem queria fazer nada para mudar aquilo.

 

[...]

 

Já tinham se passado dez minutos desde que ela foi furiosa para casa. Foi difícil dizer "Isso não é problema meu" quando ela disse que tinha terminado com o Chad por minha causa, eu tinha vontade de agarrar ela e beijá-la até que eu não pudesse mais, entretanto eu era um imbecil, então não foi possível fazer isso.

Eu estava deitado no sofá olhando para o nada e pensando na merda que eu tinha feito.

- O que você está fazendo aí? - Constance perguntou ficando parada do meu lado.

- Refletindo. - respondi desanimado.

- Você pode refletir quando quiser, mas se desculpar com aquela menina não, se você não for lá agora, ela vai te odiar para sempre.

Me sentei no sofá rapidamente e olhei para Constance surpreso. Como ela sabia da nossa briga?

- Como você sabe disso? - perguntei confuso.

Ela sorriu.

- Eu ouvi a briga de vocês e já venho percebendo vocês dois há tempos.

- Você acha que eu devo ir lá? - questionei meio inseguro.

- Claro! Vai lá e fala tudo o que você sente, eu duvido que ela não sinta nada por você. - ela disse com total e completa convicção.

Eu estava um pouco vacilante em relação a isso. A Ravenna podia ser muito má quando ela queria, e eu não sabia se estava disposto a ouvir ela me xingar.

- Se você não for, vai se arrepender, então vai logo menino! - Constance disse impaciente.

Eu assenti sem muita segurança e saí de lá correndo.

Bati na porta e Mariah me encarou com reprovação, mas indicou com a cabeça onde a Ravenna estava, no quarto. Dei um pequeno sorriso em agradecimento e subi sentindo um frio na barriga horrível me corroer. A porta do quarto estava encostada e eu bati.

- Entra! - Ravenna gritou lá de dentro.

Entrei um pouco receoso e a vi terminando de colocar uma blusa no meio do quarto. Ela se virou para a porta e quando me viu desfez sua suavidade no olhar imediatamente.

- O que você está fazendo aqui? - ela perguntou com frieza.

- Eu preciso conversar com você. - falei entrando no quarto.

- Nós não temos nada para conversar.

- Rav, eu preciso de pedir desculpa pelo modo que eu agi hoje. Eu fui um idiota. - mantive um tom de voz calmo.

- Você sempre é um idiota. - ela disse com repulsa.

- Eu sei. Eu estava só tentando me afastar de você.

- E por quê?

- Eu tenho sentido coisas, coisas muito intensas por você, e sei que isso não será bom para mim, muito menos para você. - admiti.

- E você acha que se afastar de mim vai fazer isso passar? - Ravenna começou a se desarmar. Fiquei feliz por isso.

- Eu espero que sim. - disse sem hesitar

Ela me encarou com desprezo.

- Não foi isso que eu quis dizer... - arregalei os olhos e me aproximei.

- Mas foi isso que eu ouvi! - ela disse com raiva.

- Eu quis dizer que eu não sou a melhor pessoa para gostar de alguém. E você não merece nem um pouco isso, não me merece.

- Scott, eu...

- Não, tudo bem. Eu demorei tempo demais para cair na real e para ver o que estava bem na minha frente.
Ela franziu o cenho.

- Aquele dia, quando você me perguntou se nós somos mais do que amigos eu não disse que sim porque ainda não tinha certeza do que eu sentia. Eu sempre soube que havia algo a mais entre nós dois... só fui idiota demais para não admitir isso.

- Scott, o que você quer dizer com isso? - perguntou ela, atônita.

- Ravenna, eu estou apaixonado por você. - falei de um jeito rápido e sincero.

Ela arregalou os olhos, me encarando surpresa.

- Você só pode estar brincando comigo. - ela riu sem humor.

- Não, eu não estou. Eu nunca te diria isso se não fosse verdade.

- E desde quando você se apaixona por alguém? - cruzou os braços.

- Desde quando eu te conheci. - disse um pouco baixo.

- Você deve estar confundindo isso com outra coisa. - ela disse negando com a cabeça. - Scott, eu e você nunca daríamos certo, você não faz o meu tipo, você não serve para se comprometer, tampouco para se apaixonar.

- Eu sei. Eu não estou pedindo para que você fique comigo, apesar de que isso seria ótimo, eu só estou falando isso para você porque eu não aguentava mais ficar com isso engasgado.

- Eu preciso trocar de roupa para ir ajudar minha mãe na loja, era só isso? - ela disse cansada.

- Sim, "só" isso. - gesticulei.

- Então vai embora por favor. - Ravenna disse apontando para a porta.

Eu não disse nada, apenas saí de lá bem frustrado. Eu sabia que não seria fácil dizer tudo aquilo para ela, mas quando ela me olhou com pura indiferença depois que eu disse que estava apaixonado, eu me senti pior do que eu imaginava que me sentiria.
 

[...]
 


Notas Finais


FAAAAAAAAAAALA FAMÍLIA, TUDO JÓIA????
EU SEI QUE EU DEMOREI PRA CRLH, MAS ISSO TEVE UM MOTIVO, DOIS NA VERDADE. O PRIMEIRO É: ESTOU EM UMA CRISE PÉSSIMA CRIATIVA, EU TENHO CRIATIVIDADE PARA AS COISAS, MAS EU SIMPLESMENTE NÃO CONSIGO ESCREVER BONITINHO DO JEITO QUE EU IMAGINO, ISSO É UMA MEEEEEEERDA, MESMO ASSIM EU POSTEI O CAP, ESTÁ BOM? NÃO ESTÁ BOM, MAS É O QUE TEMOS PRA HOJE, O SEGUNDO É: ESCOLA, SÓ ISSO MESMO QUE EU TENHO A DIZER SOBRE O SEGUNDO KKKKKKKKKKKK
FINALMEEEEEEENTE O SCODELICIA ASSUMIU O QUE SENTE PELA RAV, CHADZIN DAS QUEBRADA SEMPRE FAZENDO MERDA(NEM SEI DE ONDE SURGIU ESSE APELIDO KKKKKKKKK).
A QUESTÃO É: A RAV SENTE O MESMO QUE ELE??????????
DEIXEM AÍ NOS COMENTÁRIOS O QUE VCS ACHAM SOBRE ISSO E OQ VCS ACHARAM SOBRE O CAPÍTULO.
EU VOU TENTAR POSTAR COM A FREQUÊNCIA QUE É PARA POSTAR, MAS SE O CAP ESTIVER RUIM POR CAUSA DA MINHA CRISE EU PREFIRO NEM POSTAR.
ESPERO QUE VCS ENTENDAM ISSO <33333


BEIJÃAAAAAAAAAO E ATÉ A PRÓXIMA!!!!!


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