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História Dentre os Sete Dias - II. Depois do sofrimento, vem o sonho.


Escrita por: enjoygin

Notas do Autor


Oi, não tenho muito a falar, mas eu achei esse capítulo um amorzinho, apesar de ter uns acontecimentos bem... hihi.
Amo min yoongi e boa leitura!!!

Capítulo 2 - II. Depois do sofrimento, vem o sonho.


 

 

Sete é ímpar, e eu odeio números ímpares.

 

 

Espreguiçando-se, TaeHyung sentiu falta de alguém ao seu lado, com os olhos ainda sonolentos, animou-se ao perceber quem procurava na ponta da cama com uma bandeja colorida de frutas.

Sorrindo, sentou-se na cama e engatinhou até onde HoSeok estava, ficando frente a ele e a bandeja. “Bom dia”, disse ao alheio enquanto passava a mão nos olhos ainda despertando. “Vou repetir uma frase sua..., você não cansa de ser clichê não garoto?”

“Primeiramente, bom dia”, disse Jung pegando uma uva e comendo-a. “Segundo...”, engoliu. “Eu amo uvas, mas continuando, segundo, isso é só uma gentileza”

“Você trouxe até maçã, eu não gosto de maçã”, mordeu os lábios.

“Hyung, faça um esforço, sim? Se você não quis um tratamento, deixe ao menos que eu lhe trate bem pelo menos com a comida”, pediu ao mais novo.

O Kim assentiu e pegou a maçã, dando duas mordidas. HoSeok esboçou um sorriso e beijou a testa do menor. Tae pediu para que o mais velho ajudasse-o a comer, e o mesmo o fez. Terminada a refeição matinal, o menor levantou-se da cama e tomou um banho. Enquanto isso o maior ajeitava a cozinha enquanto falava com alguém no celular.

“Céus”, engoliu seco. “Realmente não sei com darei essa notícia para ele...”.

Só o conforte-o, Seok, terei que desligar, se papai e mamãe souber que estou conversando logo com você... Nem imagino o que fariam! Cuide do meu irmão, por favor.”

“Fique despreocupada, e não chore. Eu irei cuidar de seu irmão e não...”.

“Irmão?”, TaeHyung ouvindo a palavra se aproximou de HoSeok. “Com quem está falando?”

“Hyung, fique calmo, por favor,”, Seok o pediu.

“Quem está na linha?”, indagou novamente. Sem resposta, TaeHyung agarrou o celular da mão do parceiro. “Alô?!”, entrou em desespero. “Responda, por favor!”

Tae...”, ouvindo a voz embargada da irmã, o menor não evitou que seu coração apertasse.

“Hyeri? É você? Unnie, me diga o que houve!”

O... O Gwangsu”, suspirou. “Fique calmo”, pediu-lhe.

“Diga logo!”, esperneou.

“Tae, fique calmo”, HoSeok murmurou tocando-lhe os ombros.

O Gwangsu morreu”, ouvindo aquilo, TaeHyung caiu, quase, pois HoSeok o segurava.

O pequeno não chorava, ou algo do tipo, ele simplesmente paralisou, ou melhor, ele parou e o aperto desta vez tomou o coração de HoSeok que nervoso, começou a chamar por seu amado que não respondia. Não teve escolha há não ser leva-lo para o carro às pressas em direção ao hospital.

Dando entrada no centro médico, Jung não pode entrar e o medo invadiu-o. Ele tremia e andava de um lado para o outro.

“Por favor! Deixe-me entrar! O-o... Meu TaeHyung!”, gritou empurrando a porta que não poderia passar.

Passou-se duas horas e nada. A imagem de TaeHyung caindo e parando em seus braços não saía de sua cabeça. O maior chorava, se culpava e mesmo sem ser religioso, orou. Pediu aos Deuses ou ao próprio Deus a que todos acreditavam tanto que salvassem o Kim. O seu Kim.

 

 

 

[...]

 

 

“Jung HoSeok, certo?”, um dos doutores foi em direção ao garoto que ainda se encontrava em pé frente a porta.

“Sim, sim. Como ele está? Por favor, me diga que ele está bem!”, disse nervoso e com a voz embargada.

“Fique calmo. O paciente está em uma situação delicada”, respondeu. “Mas, sim, ele está em uma situação estável. Câncer metastático renal, sim?”

“Graças aos Céus”, suspirou aliviado. “Infelizmente”, respondeu-o. “Posso vê-lo?”, indagou com um brilho nos olhos.

“Pode”, disse. “Mas antes terá que vestir uma roupa adequada, ele passou por uma pequena cirurgia, o câncer atingiu todo o pulmão dele, fazendo-o ter uma hemorragia. Pelos exames, é inevitável que o câncer não atinja o osso”, alertou-o.

HoSeok não soube responder, parecia que a cada dia que se passava a aflição acabara se tornando um sentimento normal dele. O maior apenas pediu ao Doutor para que o levasse até a TaeHyung. O mesmo deu-lhe as roupas adequadas e os procedimentos de higienização antes de entrar na salinha em que o Kim se encontrava.

“Não faça-o ter fortes emoções agora”, falou o Doutor com a mão na porta da sala em que Tae se encontrava.

HoSeok assentiu e entrou na sala. TaeHyung dormia. Ele estava tomando soro e com um aparelho no nariz ajudando-o a respirar. O garoto era bronzeado, mas naquela situação, se encontrava pálido. Jung se aproximou do parceiro e o beijou-lhe na testa. Pegando sua mão e apertando-a de leve.

“Você é tão forte”, sorriu olhando a face do alheio. “Eu te admiro tanto, nem se eu tentasse teria essa força que você tem”, passou a mão pelos cabelos do menor, acariciando-o na testa. Hesitou um pouco antes de falar e levou a mão do garoto até sua boca, beijando-a. Com os olhos marejados, continuou: “Eu prometo, TaeHyung, fazer você ter os melhores dias de sua vida, eu darei meu máximo para fazê-lo o homem mais feliz desse mundo”, deixou uma lágrima cair e encostou a testa na mão do menor. “Eu te amo”, disse por fim.

Em resposta, TaeHyung apertou a mão do alheio. Ele continuava “inconsciente”, mas entendia o que o maior falava. Jung esboçou um sorriso e apertou sua mão de volta, ficando assim por alguns minutos.

“Senhor Jung?”, ouviu a voz de uma mulher.

“Hm?”, HoSeok olhou para trás e avistou uma enfermeira. A mulher era baixinha e tinha olhos simpáticos. Carregava com si uma bandejinha com duas agulhas.

“Perdão em incomodar, mas o Senhor terá que se retirar, irei dar os medicamentos para o Senhor TaeHyung”, falou.

“Cuide bem dele, por favor,”, pediu. “Você fará um grande favor a mim”, beijou novamente a mão de TaeHyung.

“Eu não o deixarei sozinho aqui, certo?”, disse ao parceiro que o respondeu com outro aperto. Soltando a mão do menor, HoSeok saiu da sala.

Novamente sentado na recepção, Jung olhou o relógio do celular e viu que a noite havia chegado. Não se importou muito com isso, não conseguiria dormir de jeito nenhum, sua mente estava totalmente direcionada a Kim TaeHyung.

Depois de um tempo, voltou a sala que o menor se encontrava, desta vez acordado. TaeHyung sentia dores fortes de cabeça, e se incomodava um pouco com os pontos da pequena cirurgia que teve. No meio das dores, a maior de todas foi a emocional. Ao lembrar-se das palavras de sua irmã no telefone, Hyung derramou algumas lágrimas ao ver HoSeok adentrando o recinto. O maior correu até ele e o abraçou, não o apertou, mas o confortou com seus braços.

“Seok... E-ele só tinha dez anos...”, disse desajeitado. “Eu nem pude ser um irmão bom para ele”, apertou os olhos deixando cair mais algumas lágrimas.

“Ei..., não faça todo esse esforço. Você foi o melhor irmão do mundo para ele, aposto que onde quer que ele esteja agora, ele está ciente disso”, disse HoSeok com a voz terna. “E do jeitinho que aquele garoto era, sabe o que ele te diria agora? “Vamos logo, hyung saía já dessa cama branca e vamos jogar futebol””, investiu sorrindo e passou a mão na testa do alheio, colocando o cabelo do mesmo para trás.

“Chorar num momento desses dói, mas tentar sorrir e gargalhar doeria mais ainda, não fale essas coisas”, retrucou com uma gargalhada leve e logo depois com uns gemidos de dor. “Ele realmente diria isso... HoSeok, ele era um anjo, minha irmã o contou como aconteceu?”, indagou.

“Vamos conversar sobre isso quando você estiver melhor, hm?”, pediu. “Tae, você está numa situação delicada, não seria bom falar sobre isso agora”, concluiu.

TaeHyung fungou, mas assentiu. O garoto ainda chorava um pouco, porém logo parou e ficou quieto e adormeceu. HoSeok estava ao seu lado numa poltrona e segurava sua mão. O sono dos dois fora interrompido quando o Doutor e uma enfermeira adentrou a sala. Jung acordou de imediato com a claridade que invadiu o recinto novamente.

“Desculpe-me. Notamos que a respiração de Kim está ótima e resolvemos tirar o aparelho. Suponho que se ele continuar melhorando, amanhã a tarde estará liberado”

Seok se ajeitou na poltrona e sorriu de imediato ao ouvir a notícia de que TaeHyung poderia ter alta no dia seguinte. “Ele irá melhorar, meu garoto é a pessoa mais forte desse mundo”, disse olhando-o sorridente.

O Doutor tirou o aparelho do nariz do garoto com cautela e enfermeira o levou para fora da sala. O homem examinou os pontos do menino e limpou-o. Examinou sua temperatura, pressão e injetou um analgésico no garoto. Feito tudo aquilo, saudou HoSeok e saiu da sala.

Depois daquela “visita” do Doutor à sala, HoSeok não pregou mais o olho e ficou observando a madrugada inteira TaeHyung. Dormiu num intervalo das quatro à seis e foi até a lanchonete para tomar seu café.

Ele estava pensando em como iria contar a TaeHyung o modo que o irmão morreu. Só de pensar, seu coração doía. O irmão do garoto era autista, mas um doce de criança, apesar do nível de autismo não ter sido muito alto, ele tinha muitas dificuldades. Ele haveria ido a óbito quando estava na aula com uma acompanhante, tudo corria bem quando ele começou a se tremer, logo o garoto estava se debatendo no chão, ataque epilético, ele havia sido socorrido, mas a caminho do hospital morreu de derrame.

HoSeok conhecera o menino com sete anos de idade, e se apaixonou pelo garoto, comprava presentes para ele sempre que podia. De uma forma ou de outra eram próximos e Jung não pode evitar também sentir a dor de pensar em uma criança de dez anos, um anjo partir tão cedo. Seu coração torcia-se ao pensar em como explicaria para TaeHyung. Foi aí que o maior teve uma ideia, não era lá uma ideia tão boa, mas tinha certeza que nessa ideia, um dos sonhos de TaeHyung estavam incluídos nela.

Tirou o celular do bolso e discou um número conhecido, que tinha décor, conhecido até demais.

 

 

“Senhor Kim? É Jung HoSeok, marido de seu filho”

“O que um ser humano doente como você está fazendo ligando para mim? E que filho?”, respondeu com altivez.

HoSeok precisava ter paciência, não seria a hora certa para uma lição de moral.

“Eu estou muito bem, obrigado. Com todo o respeito, já que o Senhor não tem nenhum filho, não se importaria em saber que Kim TaeHyung foi diagnosticado com câncer renal metastático e está sofrendo na cama de um hospital”, respondeu com a cabeça baixa.

TaeHyung? O que houve com ele?”, a dor na voz do Senhor Kim foi sentida por HoSeok.

“O que houve com meu filho? O que houve com TaeHyung?”, HoSeok pôde ouvir na linha a voz da mãe do menor.

“Graças aos Céus o Senhor deixou essa maldita homofobia de lado. Senhor Kim, seu filho está em um estado bastante delicado, eu poderia lhe dar o endereço do hospital e podemos conversar melhor, o que acha?”, sugeriu.

Diga logo onde fica esse maldito lugar rapaz!”, pediu com a voz cheia de preocupação e HoSeok não demorou para dizer.

Apesar de TaeHyung não ter boa relação com os pais desde um tempo, HoSeok ficava feliz em tomar uma iniciativa. Sabia que um dos sonhos de seu menor estava prestes a se concluir e não queria falhar em nenhum segundo.

 

 

 

[...]

 

 

“Se arrependimento matasse, eu estaria morto há muito tempo”.

“O maior pecado que cometi nessa vida, foi ter certa repulsa contra meu próprio filho. Só pelo simples fato dele ser ele mesmo, de ter escolhido ser feliz”.

“Não peça perdão, você nasceu assim e só eu não enxerguei, e agora seremos fortes. Juntos”.

 

 

 

 


Notas Finais


Oi o que acharam queridinhos????Espero que tenham gostado!!! Obrigada pelos favoritos e comentários.
Até o próximo capítulo!!!


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