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História Dépaysement - Observe suas costas


Escrita por: dreamingnabi

Notas do Autor


OLÁAAAAA MARMOTINHAS
PARECE QUE NÃO POSTO HÁ 1 MÊS, SOCORRO
ESTOU CORRENDO
AAAAA
Boa leitura~

Capítulo 23 - Observe suas costas


 

_

 

 


S.

 

Sehun costumava ser uma pessoa mais rápida quando praticava esportes ativamente. Ultimamente, como andava meio parado desde que tudo que aconteceu, ele praticamente não se movia. Naquele momento, por exemplo, encontrava-se no chão de seu quarto, as costas apoiadas na cama em algo que não poderia ser chamado de postura correta e a única coisa que se movia eram seus dedos na manete do videogame.

 

Ficara naquela praticamente o dia inteiro, apesar de sua mãe ter batido na porta de seu quarto e pedido para ele fazer algo mais útil várias vezes. Mas ele já havia estudado tudo e feito todos os deveres, assim como todos os livros ainda não lidos já haviam sido terminados – no tédio, a única coisa que sobrara era jogar, e ele mergulhava facilmente na atmosfera do jogo e até conseguia esquecer os resmungos da mãe por trás da porta.

 

Então, como dito antes, Sehun não era uma pessoa muito rápida ultimamente, de modo que a velocidade com a qual ele se moveu para pausar o jogo e correr para a cama quando o telefone tocou deveria ser seriamente estudada.

 

Ele sentiu seu coração agitado no peito e o desespero subir quando notou que era um pedido de chamada de vídeo de Lu Han. Olhou para o próprio corpo embalado nas roupas sujas e o cabelo desgrenhado e quis se matar. Não dava tempo nem de não parecer um mendigo senão a chamada se encerraria.

 

Ele se jogou na cama e aceitou, levando um dedo a erguer os óculos que escorreram na cara apenas com o sorriso que surgiu do outro lado da tela.

 

Hey, baby! Eu achei que não ia me atender” fez um biquinho.

 

Sehun queria morrer. Deixou isso explícito num sorrisinho que não conseguiu reprimir.

 

“Desculpa, eu estava longe do celular.”

 

Ah, entendi.” Assentiu como que para enfatizar. Ele parecia estar deitado na cama, a câmera capturando seus olhos amendoados e os ombros nus. “Tudo bem?

 

“Sim. Eu estava jogando Bioshock. Como estão as coisas aí?”

 

Sério?” Seus olhos se iluminaram. Sehun assentiu. “Aqui tá mais ou menos. Quer dizer, não aconteceu nada, mas eu estou com saudade.” Sehun estava sorrindo novamente. “Olha isso, eu também ganhei uma queimadura de Sol!” Ele apontou para o nariz e aproximou a câmera onde só então o Oh notou a mancha vermelha. “Eu passei protetor e tudo. A vida é tão injusta.

 

“Às vezes você tirou sem querer ao coçar o nariz ou algo assim.”

 

Pode ser… agora não importa mais como isso foi acontecer… o importante é que estou parecendo o Rudolph. Aí depois isso vai descascar e eu vou morrer.

 

“Tadinha da donzela… teve seu lindo rostinho ferido.”

 

Lu Han lhe lançou um olhar travesso.

 

É pra ter pena mesmo. Como vou conquistar os crushes do hotel agora?

 

O Oh apertou os olhos para a tela e Lu Han explodiu em gargalhadas.

 

“Haha.”

 

O maior ficou em silêncio enquanto o outro se acalmava. Por fim, revirou os olhos quando ele lhe lançou uma última careta.

 

Parece que faz 100 dias, mas só um se passou.” Sehun sentiu as bochechas queimarem. “Esta é a primeira vez que isso acontece por algo bom.

 

O Oh lhe analisou e não soube dizer muito bem se queria uma resposta para aquilo… mas era melhor do que tirar as próprias conclusões.

 

“Como assim?”

 

Hum… isso já aconteceu quando meus pais iam para algum lugar e me deixavam em outro porque eu não podia ir. Eu ficava sozinho com meu tutor por dias… tudo bem que eu saía e tal, ele era um segundo pai pra mim; mas não era a mesma coisa. Depois disso, quando viemos para a Coreia” seus olhos analisaram o Oh e preferiu deixar a questão no ar. “Foi difícil. Mas você e o Tao estavam lá. Quer dizer, você nem tanto” brincou, por fim, e sorriu.

 

“Desculpa.”

 

Lu Han meneou a cabeça de leve para os lados, em seguida mergulhou os dedos nos fios, arrastando-os para trás, e pareceu se lembrar de alguma coisa.

 

Isso vai ser um pouco aleatório, mas escolhe uma cor.

 

“Verde?”

 

O menor fez uma careta e negou.

 

Outra.

 

“Azul? Laranja? Rosa? Você vai me fazer falar várias até dizer a que você quer?”

 

Você não tem uma preferida?

 

“Preto.”

 

Hum, que gótica” riu. “Você está com sono? Já são quase meia-noite.

 

“Não tem como ter sono agora.” Não com você aqui.

 

Lu Han sorriu. Havia entendido a mensagem, mas provavelmente queria ouvi-la em voz alta.

 

Por quê?

 

A queimação estava de volta às bochechas do Oh.

 

“Ahn… nada. Também parece que faz muito tempo.”

 

Aish. Como que eu faço para te apertar virtualmente?” Lu Han balançou a tela, o polegar e o indicador em formato de pinça como se fosse apertar alguma coisa, a voz modificada. Sehun riu.

 

“Parece que vamos ter que esperar.”

 

O chinês fez uma arma com a mão e apontou para a têmpora direita, disparando em seguida e fazendo a cabeça se mexer e os olhos fecharem por alguns segundos.

 

Ele só podia ser louco.

 

 

 

_

 

 

 

Os passos que dava na direção da sala eram milimetrados, cuidadosos como se o chão do corredor fosse ceder com seu peso. Sua mente estava dividida entre a possibilidade de correr e a razão de que ele era o único que chegava àquela hora na escola, com exceção de mais poucos alunos que zanzavam pelos corredores, de modo que não adiantaria de nada.

 

Quando estava quase chegando à entrada da sala ele sentiu um peso extra em suas costas e o primeiro impulso que teve foi o de se inclinar para a frente no intuito de não cair para trás. Braços envoltos em uniforme enroscaram em seu pescoço e pernas se prenderam em seu quadril. Seu coração estava agitado com o susto e ele já estava pensando em começar a se debater até que sentiu os lábios em seu ouvido.

 

“Dê três passos para trás.” Era a voz doce de Lu Han, e quando a reconheceu todo o seu corpo se arrepiou, também sentindo certo alívio.

 

Mas não podia ser, porque ele provavelmente não havia chegado ainda e, se tivesse, descansaria em casa, não na escola. Será que ele estava tendo alucinações? Ou era um sonho?

 

“Lu Han?”

 

“Dê três passos para trás” repetiu a mesma voz, e Sehun obedeceu. “Agora para o lado direito.”

 

O Oh novamente obedeceu e viu que havia entrado em algum lugar. O peso escorregou de suas costas, quase levando a mochila junto, e de repente uma porta se fechava e seus ombros eram puxados, o corpo encostado na porta ao que uma figura pequena aparecia em seu campo de visão.

 

A primeira coisa que viu foi o sorriso travesso e todo o mundo sumiu.

 

“Oi.” Cumprimentou, deslizando as mãos em seu corpo e chegando à gravata, a qual puxou e se elevou alguns centímetros do chão para selar seus lábios. “Senti sua falta.”

 

“O que você está fazendo aqui? Sabia que me deu um susto enorme?” Questionou, indignado, mas o outro apenas sorriu.

 

“Foi mal. Eu queria fazer uma surpresa e você não me deixaria te tocar na frente de todo mundo.”

 

Sehun ergueu os olhos para encarar o pequeno quartinho. Parecia ser um lugar onde os faxineiros guardavam as coisas porque tinha vários produtos e diversos tipos de vassoura ali dentro.

 

“Você é louco” constatou.

 

Lu Han riu e assentiu, entrelaçando seus braços na nuca alheia e abraçando-o desajeitadamente. Sehun não demorou a lhe corresponder, abaixando-se um pouco e apertando o corpo contra si. Era tão bom sentir aquele calor novamente… era como se houvesse algo de especial saindo dele; abraçar Lu Han não era o mesmo que abraçar qualquer um.

 

Após alguns segundos Lu Han se afastou e Sehun pôde lhe analisar. Seu rosto parecia um pouco cansado mas seus olhos brilhavam e ofuscavam as suaves olheiras.

 

Só então ele pôde notar algo que deveria ter sido alarmante desde a primeira vez que o vira. Talvez por estar tão surpreso e confuso com a felicidade que lhe atingira naquele momento ele não tivesse tido tempo de reparar, mas os cabelos do menor haviam deixado o dourado e agora eram uma mistura de rosa e azul bebê.

 

Sehun levou uma mão aos fios, acariciando-os e só então voltando o olhar para o chinês.

 

“O que você fez na sua cabeça?”

 

“Pintei. Não gostou?”

 

“Parece algodão-doce.” Lu Han riu e assentiu. “Ficou legal, sério.”

 

“Que bom. Eu teria ficado triste se você tivesse rido de mim.”

 

Sehun se sentiu culpado, porque aquela era uma reação que até mesmo ele esperaria do Sehun que se esforçava para não gostar do chinês. Tentou afastar aqueles pensamentos, sorrindo fraco e correndo um dedo por cima do nariz do outro, que o franziu e encolheu os olhos.

 

“Cadê o Rudolph?”

 

“Está descansando. Passei maquiagem.”

 

“Poxa, eu queria vê-lo ao vivo…”

 

“Fica pra próxima.”

 

O dedo de Sehun desceu pela bochecha lisa, e então o polegar percorreu o queixo e o maxilar. Lu Han era tão lindo…

 

“Eu tenho uma coisa para te mostrar.” Não esperou uma resposta do maior, apenas se afastou um pouco e puxou a blusa social branca por debaixo do paletó.

 

Sehun arregalou os olhos. Por que Lu Han queria arrancar as roupas ali? Mas então ele viu algo surgir na pele, uma espécie de plástico colado cobrindo a região onde antes estava as siglas de seu ex-namorado. Agora um avião delicado estava gravado ali, alguns tracinhos a frente ligando-o a um livro aberto.

 

Sehun ergueu os olhos até os de Lu Han que o encaravam com expectativa. Não era como se sentisse aliviado por aquilo. Sentia como se seus medos idiotas o tivessem lhe pressionado a fazer algo e aquela nunca fora a sua intenção.

 

Seu dedo deslizou na pele ao redor do plástico.

 

“Desculpa” pediu baixinho. Mesmo que quisesse que o outro ouvisse, era como se, ao mesmo tempo, não conseguisse dizer aquilo.

 

“O quê? Por quê?” Lu Han parecia confuso. Sehun tirou a mão da pele alheia e a blusa desceu. Os olhos fitaram a gravata do menor.

 

“Eu não queria que se sentisse obrigado a fazer isso por minha causa. Não queria te forçar a nada para me sentir bem.”

 

Lu Han levou os dedos ao seu queixo; não precisava erguê-lo, apenas conquistar a atenção dos olhos escuros.

 

“Eu não fiz isso por você. É claro que eu vi que você ficou abalado e queria que não fosse assim… mas eu fiz por mim. Eu já queria tirar isso mas estava sem coragem, você só me lembrou que foi idiota e precisava fazer isso logo.”

 

Os olhos do Oh o examinavam como se quisesse ter certeza do que lhe era dito. Lu Han sorriu e se aproximou para selar seus lábios, querendo tranquilizá-lo. Afastou-se em seguida e ajeitou a roupa, a blusa voltando para dentro da calça.

 

“Eu acho melhor a gente entrar pra sala. Alguém pode aparecer aqui a qualquer momento.” Sehun fitou o esfregão ao seu lado.

 

O chinês concordou e o Oh abriu a porta primeiro, olhando para os dois lados e se certificando de que não vinha ninguém antes de dar uma corridinha no corredor e seguir para a sala. Minutos depois Lu Han entrava também, sentando-se a sua mesa e chamando atenção das poucas pessoas que se encontravam ali que rapidamente se amontoaram ao seu redor para comentar sobre sua loucura capilar.

 

 

 

_

 

 


L.

 

Quando bateu o intervalo,05319- 000 Lu Han se sentiu novamente como nos seus primeiros dias naquela sala com as pessoas chamando-o para comer com ele e tudo mais. Claro que, daquela vez, a maioria era as garotas da sala, mas nem por isso deixava de receber os vários olhares do princípio: era óbvio o quanto os garotos que já foram tão amigáveis com ele um dia lhe olhavam torto, não só porque repudiavam a “coisa de gay” – ele ouvira falar – que tinha na cabeça, mas por receber atenção por isso. E ele sequer ligava.

 

Recusou todos os convites educadamente, virando-se para trás e seguindo até seus amigos. Tanta falsidade lhe deixava enjoado.

 

“Parece que alguém voltou a ser popular” Sehun comentou ironicamente.

 

“Não estou te entendendo, Oh Sehun” comentou, sério. “Quando é que eu deixei de ser?” E jogou os cabelos, o que fez o outro rir.

 

“Você viu a cara dos seus amiguinhos? Eles queriam te fuzilar.” Zitao lembrou, também querendo rir.

 

“Eles não são meus amiguinhos. Vocês são.”

 

Sehun levou a mão ao peito.

 

“Estou tocado.”

 

Lu Han lhe lançou um olhar irônico e Zitao lhe empurrou de leve, levantando-se em seguida.

 

“Vamos lá? A comida boa vai acabar.”

 

Lu Han coçou o couro cabeludo, fazendo uma careta.

 

“Eu não vou hoje… não estou com muita fome.”

 

Zitao agarrou seu braço e começou a mexê-lo, gemendo infeliz.

 

“Não me deixe sozinho, Hannie! Você é a minha única esperança!”

 

Lu Han sorriu sem graça.

 

“Você não estará sozinho, Tao. Você sabe disso. Ao contrário de alguém…” lançou um olhar na direção do Oh que arregalou os olhos.

 

“Eu? Eu já falei isso para vocês, eu estou muito bem aqui.”

 

O Huang bufou.

 

“Não faça com que eu me sinta tão mal assim…”

 

Aquela não era a intenção do agora colorido e Zitao sabia disso. Largou do chinês e foi se arrastando para fora da sala.

 

Lu Han esperou alguns segundos ao que encarava a porta para ter certeza de que ele não a abriria novamente e então se sentou em seu lugar, o sorriso largo no rosto. Sehun tirou os olhos do livro de História apenas para lhe olhar por alguns segundos, prendendo o riso, e então voltou a encarar o papel. O objeto estava em suas mãos, as costas apoiadas na cadeira.

 

“Eu tenho uma daquelas barrinhas que seu pai deu, se quiser.”

 

“Só uma? Eu não quero te deixar sem nada.”

 

“Não, eu trouxe três.” Com a canhota, abriu a mochila e tirou uma barrinha de lá, jogando para o menor.

 

“Como sabe que eu estou com fome?” Olhou da barrinha para o Oh.

 

“Você? Sem fome? O Zitao é o único que acreditaria nisso.”

 

Lu Han riu, abrindo a embalagem e dando a primeira mordida. Aquilo não era exatamente comida, mas era melhor do que nada… e ele verdadeiramente não se importava se não era algo muito saudável. Comeu em silêncio; em seguida, deixou a embalagem na mesa de Zitao e vegetou.

 

Ele viu que Sehun comeu uma barrinha também enquanto estava distraído lendo, e depois que ele acabou Lu Han se aproximou para irritá-lo, fosse cutucando sua bochecha ou puxando sua orelha, mas Sehun tinha uma concentração – e paciência – incríveis.

 

Tudo aquilo era uma pena. Lu Han se levantou e se sentou na mesa do Oh, ficando de frente para ele e balançando as pernas de modo que encostasse de vez em quando nos joelhos do outro.

 

“Hunnie… eu quero atenção.” Fez um biquinho, batendo uma última vez no joelho dele com o pé.

 

“Nossa, se você não tivesse falado eu não teria adivinhado.”

 

“Então que bom que eu falei. Você vai olhar pra mim agora?” Sehun ergueu os olhos em sua direção. “Você já estudou isso que eu sei.”

 

O Oh suspirou. Não parecia irritado com ele nem nada disso; talvez realmente estivesse cansado de ficar relendo a mesma coisa.

 

“As provas começam em duas semanas.”

 

“Tá vendo? Tem bastante tempo ainda.” Sorriu arteiro, chamando-o com o dedo. “Vem aqui.”

 

Sehun rolou os olhos, mas fez o que ele mandou. Deixou o livro na cadeira de Zitao e se levantou, ficando entre as pernas e recebendo as mãos em seu rosto, acariciando-o ao que ele fechava os olhos.

 

No momento seguinte ele se inclinava para beijá-lo, as mãos deslizando para a nuca e acariciando os fios negros que haviam ali. Sentiu as mãos do Oh correrem para sua cintura, por debaixo do paletó aberto à medida que as línguas se tocavam com maior intensidade.

 

Fazia dias que não se beijavam de verdade, e na maior parte do tempo Lu Han se via escravizado por aqueles lábios finos e macios. Queria poder explorá-los o dia inteiro, mas, como não podia, apenas acumulava sua vontade.

 

Ele gemeu quando sua língua foi sugada, enroscando as pernas na cintura do mais novo e puxando-o para perto, assim como ficou mais na beirada da mesa. Ele sentia que já havia uma ereção crescendo entre suas pernas, e o modo como a intimidade de Sehun pressionava a sua não ajudava em nada… mas ele não estava ali para reclamar. Estava adorando a tortura.

 

Sehun se afastou por poucos centímetros, e por sua respiração descompassada ele sabia que precisava respirar. Seus óculos embaçaram.

 

“Não… devíamos fazer isso aqui…”

 

Lu Han segurou em seu queixo, fitando a boca rosada.

 

“Estão todos no refeitório” e iniciou novamente o beijo, desta vez com mais calma e experimentando melhor o gosto de doce de feijão vermelho que compartilhavam.

 

Mas aquilo não era totalmente verdade porque ficou comprovado que sempre havia uma exceção quando a porta foi arrastada e, praticamente no mesmo momento, Lu Han ouviu seu nome ser chamado por uma voz familiar.

 

Sehun se afastou, assustado, e olhou com olhos arregalados para trás do menor; o rosto estava tão vermelho que Lu Han pensou que ele cairia do pescoço a qualquer momento. Então também se virou para trás, encontrando o rosto assustado de Yifan.

 

Lentamente o chinês desfez o aperto de suas pernas na cintura do outro, deixando-o livre para se afastar. Assim que o fez, Han afagou o rosto alheio antes de descer da mesa e seguir para a porta.

 

“Eu… eu precisava falar com você, mas… eu acho que não foi um bom momento?” Seu tom era de dúvida, como se não soubesse direito o que pensar.

 

Até Lu Han sentiu suas bochechas queimarem.

 

“Vamos lá fora.”

 

E assim saíram, caminhando pelos corredores até encontrar um deles que estivesse vazio.

 

Lu Han cruzou as mãos na frente do corpo para tapar o que sobressaía ali e Yifan se virou, coçando a cabeça e deixando claro que não sabia como abordar aquilo. E isso só deixava o menor mais nervoso.

 

“Você e Sehun… essa era uma coisa que eu não esperava. Quer dizer, ele ficou todo agressivo depois do que aconteceu, então alguém se aproximar dele…” Gesticulava, tentando se explicar. “É surpreendente. Mas vocês formam um belo casal, até.”

 

“Ele ainda é agressivo… mas também é muito amorzinho.” Ele sorriu e pôde ver no sorriso que lhe foi devolvido por Yifan que ele esperava uma série de elogios sobre o Oh, mas se controlou. Encostou-se a uma parede próxima e deslizou até encontrar o chão. “Apesar de que eu não sei exatamente se somos um casal.”

 

Yifan ergueu uma sobrancelha, sentindo-se mais confortável para falar sobre aquilo ao ver que o outro não estava surtando por ter sido descoberto. E aquilo era óbvio: eles eram amigos. Mas o Wu não estava acostumado com aquilo.

 

Tomou a liberdade de se sentar ao seu lado, também encostado à parede e, assim como o outro, manteve as pernas flexionadas próximas ao peito.

 

“Por que não seriam?”

 

“Eu não sei. Eu não entendo dessas coisas; só tive um relacionamento amoroso na vida e quando falei com minha mãe ela disse que deveria haver… sei lá, um consentimento mútuo de que estávamos namorando. Mas eu só me declarei para ele e nos beijamos.”

 

“E vocês ficam com outras pessoas?”

 

“Eu não tenho vontade de ficar com mais ninguém e eu tenho certeza de que ele não faz isso também.”

 

“Talvez vocês devessem conversar sobre isso…”

 

“É.” Então franziu as sobrancelhas, lembrando-se de algo. “Mas você me chamou aqui para falar alguma coisa, não é? O que foi?”

 

Yifan respirou fundo e foi possível ver que ele começara a suar pela umidade nas têmporas. Lu Han estranhou aquele nervosismo todo; Yifan não era assim.

 

“É… bem, é… era sobre o Zitao.”

 

Lu Han arregalou os olhos.

 

“Aconteceu algo com ele?”

 

“Não! Ele está bem lá no refeitório.” Então o sinal tocou e Yifan fechou os olhos antes de falar na expectativa de sua voz ser engolida pelo barulho mais alto. “É que eu estou apaixonado por ele.”

 

 

 

_

 


Notas Finais


Depois desse milagre gostaria de lhes desejar uma boa noite rçrçr
Ai, eu estava ansiosa para postar este capítulo porque é um dos meus favoritos;; espero que tenham gostado também... podem vir me contar aqui embaixo, viu? <3
Sinto que estou esquecendo de algo... MAS ESTOU CORRENDO, então é isso shaushau
Beijinhos nos corações de vocês e até o próximo sábado!! <333


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