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História Dependence (Em revisão) - SPECIAL Sorry, I know I'm annoying


Escrita por: kaisooisreal

Notas do Autor


Eu não disse que o universo me odiava?
Gente linda, DESCUUUUUUUUUUUUUULPA, EU SEI QUE VOCÊS DEVEM ESTAR QUERENDO ME MATAR, MAS EU SINTO MUITO.
Mas eu tenho motivos, então antes de tentar me matar, tentem matar minha mãe. Foi ela que chegou do além na sexta passada e disse "A gente vai pra praia, e você não pode levar o computador". Aí já viu né, eu estava faltando morrer, porque o próximo capítulo já estava em andamento, e eu tava morrendo de vontade de escrever, mas o que eu fazia? Virava um camarão todo dia.
Na terça a noite eu voltei pra Curitiba, e dormi no segundo que pisei em casa, na quarta eu fiquei o FUCKING DIA TODO na escola, então escrevi bem pouco de noite. Quando eu notei que ia ter que publicar no prazo normal, decidi fazer um presentinho pra vocês, e acho que vocês vão entender quando lerem.

É isso, vão ler lá seus vagabundos, até lá embaixo '3'

Capítulo 12 - SPECIAL Sorry, I know I'm annoying


Aquele estava sendo, sem dúvidas, um dos piores dias da minha vida.

                As pessoas podem chegar e dizer “para de drama, você não sabe o que é dia ruim”, mas foda-se, eu era um adolescente de desesseis anos, cheio de hormônios querendo se soltar e fazer merda, e ainda tinha um pequeno...complexo de atenção.

                Ok, não era tão pequeno assim.

                Mas quem pode me culpar? Sou filho único, meu pai e minha mãe ficam mais no trabalho que em sua própria casa, meus amigos de infância não tinham mais paciência pra mim e meu namorado me achava um chato e nunca mais ia olhar na minha cara.

                Ok, talvez eu estivesse sendo um pouco dramático.

                Mas, veja bem, não fora minha culpa: eu estava errado em culpar JiMin? Não. Eu estava errado em achar estranho que todos tivessem ignorado os últimos dois anos e recebido JiMin hyung de braços abertos? Não.  Eu estava errado quando gritei com Hobi e disse que ele não me entendia e que não se importava comigo? Talvez.

                Mas a coisa toda não tinha nada a ver com HoSeok. Tudo o que eu queria era ficar com os garotos, sair com eles, me divertir como nos velhos tempos. Claro que agora havia JungKook, e, bem, Mon hyung não iria a lugar nenhum sem SeokJin hyung, eu sabia, mas ninguém me impediu quando eu trouxe meu namorado para o círculo, mesmo que fosse um dos ex-peguetes de Suga hyung, então eu não tinha do que reclamar. Além do mais, eu gostava de JungKook, apesar dele ser meio fechado, e sentia que, se certa pessoa deixasse eu chegar perto, iria me apegar facilmente a SeokJin hyung também.

                Bufei, bloqueando o celular e jogando-o com raiva na cama, logo me tocando do que havia feito e pegando o objeto com cuidado, sussurrando pedidos de desculpas ao aparelho. Desbloqueei o telefone de novo, apenas por costume, e porque, bem, eu estava esperando mais mensagens de HoSeok. Ele tentara me ligar por um longo tempo desde o dia anterior, e eu perdera a conta de quantas mensagens suas eu havia ignorado, mas desde as nove da manhã que não havia novas notificações, e eu estaria mentindo se dissesse que não estava desapontado.

                Está bem, está bem, tinha tudo a ver com HoSeok.

                Cara, eu sempre precisei de atenção, sempre gostei de tê-la, e, mesmo que eu a tivesse dos garotos, principalmente de JiMin e Mon hyung (que se faz de durão, mas é uma boa pessoa), com Hobi fora totalmente diferente: era como se ele estivesse disposto a usar todo o seu tempo, disponível e indisponível, para estar comigo, então podemos dizer que eu era bastante mimado por meu namorado retardado, e também podemos dizer que quando brigávamos (isso era um pouco freqüente demais, mesmo que Hobi nunca brigasse comigo, a não ser que eu estivesse sendo muito extremo), eu ficava bastante...insuportável.

                Bloqueei o telefone novamente, me jogando de costas na cama, cuja qual eu estivera sentado antes, mirando o teto enquanto suspirava. Era domingo, estava chovendo, e eu sentia uma vontade súbita de ir a uma piscina.

                Peguei meu celular de novo, conectando os fones de ouvido e ligando o music player no aleatório, logo entrando no grupo e chamando qualquer ser vivo que estivesse online.

                VTaeTae – “Polvo”

                Tive que esperar alguns segundos até ser respondido.

                Suga hyung <3 – “Fala”

                VTaeTae – “Vamos sair?”

                JiMin hyung :3 – “Aff”

                JiMin hyung :3 – “Tava demorando”

                JiMin hyung :3 – “Eu não disse, Kookie?”

                Kook ^~^ - “Disse, hyung”

                VTaeTae – “Disse o que?”

                JiMin hyung :3 – “Que você ia vir encher o saco mesmo com essa chuva”

                Suga hyung <3 – “Bem, isso era óbvio”

                Suga hyung <3 – “Estamos falando do V, afinal”

                Suga hyung <3 – “Ele sempre enche o saco, faça chuva ou faça sol”

                VTaeTae – “Ei, eu ainda estou aqui

                Suga hyung </3 – “Nós sabemos”

                Suga hyung _l_ - “’3’”

                Fiz uma careta. Eu estava meio que acostumado com a insensibilidade de Suga hyung, mas ainda sim me incomodava. Viu?  Ninguém gosta de mim.

                JiMin hyung :3 – “Ei, eu acho que ele ficou bravo”

                JiMin  hyung :3 – “Volta aí, Tae”

                JiMin hyung <3 <3 <3 – “Nós te amamos”

                VTaetae - “Você vai sair comigo, hyung? *^*”

                JiMin hyung <3 <3 <3 – “...”

                Suga hyung _l_ - “kkkkk se fudeu”

                Suga hyung _l_ - “Você dá a mão e ele quer o braço, baleia”

                Suga hyung _l_ _l_ _l_ - “Você sabe que essa criança é assim”

                VTaeTae – “Se continuar falando de mim como se eu não estivesse no grupo eu vou te bloquear, hyung”

                Suga _l_ _l_ _l_ – “Bloqueia”

                Suga FDP </3 – “Não faz diferença”

                Suga FDP </3 – “Ficar com raiva de mim por causa da verdade não muda nada”

                Aumentei mais ainda o bico em meu rosto, mas não bloqueei Suga.

                VTaeTae – “Por favooooor”

                VTaeTae – “Vamos sair”

                VTaeTae – “Eu quero ir naquele parque com as piscinas que abriu mês passado”

                Suga FDP </3 – “Não brisa, V”

                VTaeTae – “É só um parque!”

                JiMin hyung <3 <3 <3 – “Um parque aquático -_- ”

               Kookie ^~^ – “E está chovendo”

               Monster hyung B) – “Verdade, está chovendo”

Fiquei feliz quando Mon hyung apareceu no chat, porque eu o chamara diversas vezes desde o dia anterior, mas ele não respondera nenhuma mensagem. Perguntei a ele por que não me respondia, e ele se mostrou tão chato quanto Suga sobre o assunto. Caramba, eu só queria nadar.

Continuei tentando convencer alguém a ir comigo, e mal notei quando Monster hyung sumiu da conversa. Estava ocupado tentando convencer Kookie a arrastar JiMin para irmos juntos ao parque.

Alguns segundos depois, eu estava quase desistindo e correndo para minhas cobertas com um pote de pipoca e a quinta temporada de Bleach como minha única companhia, quando o canto da tela de meu celular piscou, avisando uma nova mensagem. Desbloqueei o telefone com desânimo evidente, me perguntando quem era. Os garotos nunca me chamavam, sempre era o contrário, e, bem, desde que começara a namorar HoSeok, eu havia cortado muitos laços com amigos mais...coloridos. Maldito seja, fiz tudo isso e ele nem me procura?

Meus pensamentos super justos com Hobi foram cortados quando vi o remetente da mensagem. Abri-a meio afobado, com os olhos arregalados e o coração acelerado.

“Ninguém quer sair com baby Tae?”

Não pensei muito antes de responder. Eu devia ignorá-lo como estivera fazendo por todo aquele tempo, mas foda-se, eu consigo ser bem impulsivo às vezes.

“O que você tem a ver com isso?”

Qual é? Eu ainda estava irritado com ele, depois de tudo.

“Tenho a ver que namoro uma das pessoas mais carentes que conheço e não estou falando com ele”

O bico se formou automaticamente em minha boca quando li aquilo, havia me irritado um pouco. Com que direito ele estava me chamando de carente? Na minha falta de resposta, ele emendou:

“São palavras do Mon

Não fique bravo comigo”

“Não estou bravo”

“Sei, e eu sou a Britney Spears”

Não respondi, me limitei a franzir mais o cenho, formando a perfeita expressão de criança birrenta que os garotos sempre falavam ser meu ponto forte.

“Tae, eu sei que está irritado

Mas eu estou há quase dois dias sem falar com TaeTae, e isso vai me deixar maluco T^T”

Eu quase conseguia vê-lo fazendo manha enquanto falava aquilo. Não evitei o sorrisinho que surgiu no canto de meus lábios.

“Não posso fazer nada sobre isso”

“T^T”

“Porque meu namorado me largou sozinho em casa num domingo, sabendo que eu não gosto de ficar sozinho

Então eu estou bravo”

“Você tinha dito que não estava bravo T^T”

Soltei uma risadinha. Isso era outra coisa que eu amava em Hobi: ele sempre entrava em minhas birras e brincadeiras, e eu não lembro de alguma vez que ele tenha cortado meu barato como os outros faziam freqüentemente. Mas eu estava zangado com ele por isso, não? Porque eu havia feito um drama nem um pouco desnecessário, e ele não fizera caso.

Fiquei irritado de novo.

“Me diga por que eu não estaria”

“Porque eu não gosto que Tae fique bravo comigo, e Tae não gosta de ficar bravo com Hobi”

“Não é como se eu tivesse escolha”

“Posso te deixar menos bravo, então?”

“Como pretende fazer isso?”

“Um passarinho me contou que você queria ir na piscina”

“Quero, mas ninguém vai nadar nessa chuva”

“Eu já estou todo molhado mesmo. Não me importo de nadar”

“Espera, onde você está?”

“Esperando você tirar esses fones de ouvido e abrir a porta para mim”

Quando li isso, levantei de supetão, tirando os fones do ouvido e correndo até a frente de minha casa, que ficava no extremo oposto de meu quarto, que era o último cômodo.

Peguei as chaves na cômoda perto da portas, me atrapalhando quando fui colocá-la na fechadura. Minhas mãos tremiam pela afobação, e meu coração estava acelerado. Droga, há quanto tempo ele estava ali?

Abri a porta com certa violência assim que consegui girar a maldita chave na fechadura, meu peito subia e descia de forma um tanto acelerada. Eu devia estar parecendo muito desesperado, porque assim que me viu, HoSeok começou a rir.

- Que pânico é esse, criança? – Soltou mais uma risada, e eu me segurei para não xingá-lo. – Eu não vou morrer. Não se preocupe.

Apesar do que disse, eu vi que seu lábio inferior tremia. Os cabelos e roupas molhados pareciam pesar e congelá-lo. Estremeci, o vento estava frio, e a chuva não tinha trégua. Droga, se eu estava com frio, imagine como ele estava.

Não falei nada antes de puxá-lo de forma não muito delicada para dentro da casa, fechando a porta e empurrando-o em direção do banheiro da frente de meu quarto.

- Tae. – Hope chamou, sendo ignorado por mim, que estava ocupado em tirar a jaqueta pesada de seus ombros. – Tae. – Não respondi, embolei a jaqueta molhada e coloquei as mãos na barra de sua camiseta, levantando-a sem dar chance a ele de que negasse a ação. – Tae. – Ignorei-o novamente, indo até a banheira e abrindo o registro, despejando a água quente sobre a porcelana, que começou a encher lentamente. Voltei à sua frente, com o cenho franzido em concentração. – TaeHyung. - Ele segurou minha mão, que estava indo automaticamente para sua calça. Olhei para ele com o olhar meio vazio, encontrando seu olhar naturalmente gentil me encarando com certa apreensão, como se tivesse medo de falar. – O que está fazendo?

- Não é óbvio? – Levantei a sobrancelha. – Estou tentando evitar que pegue um resfriado.

Ele pareceu meio perdido por um momento, logo rindo baixinho e abaixando minha mão.

- Ah tá, porque pareceu que você queria me estuprar.

Arregalei os olhos com aquilo, sentindo que havia corado. Droga, fazia tempo desde que eu não corava com as besteiras de Hobi, mas aquela me pegara de surpresa. Eu estava tão concentrado em fazê-lo tirar aquela roupa molhada e acabar com o frio que nem me importei com o fato de estar, bem, tirando sua roupa. Isso não seria um problema normalmente, não havia nada ali que eu já não houvesse visto, mas era suposto que estávamos brigados, não?

Exatamente por isso, abaixei a cabeça e saí do banheiro, fechando a porta e ignorando os chamados de HoSeok. Apoiei a cabeça na porta e falei, alto o bastante para que ele escutasse:

- Tome seu banho, vou pegar algo pra você vestir. – Soltei a maçaneta, andando poucos passos até meu quarto. Caminhei de forma automática até o guarda roupa, pegando uma calça de moletom que provavelmente era de Hope e um suéter leve que eu normalmente usava para ficar em casa em tardes chuvosas. Enquanto procurava uma cueca nas gavetas infinitamente bagunçadas do móvel, me peguei pensando em por que Hope estava ali. Quer dizer, eu estava ignorando-o há dias, e não o havia tratado muito bem. Mas mesmo assim, ele provavelmente estava ali para pedir desculpas, mas era certo aquilo? Sempre ele pedindo desculpas? Por um momento me senti bastante injusto. Aquele garoto não media esforços em me agradar e estar ao meu lado, e mesmo assim, sempre que brigávamos (nunca vou assumir isso em voz alta, mas sempre por culpa minha), era Hobi que estava na minha porta implorando pelas pazes, era sempre Hobi que me abraçava e me mimava, mesmo comigo gritando consigo.

Parei meus movimentos por um instante, e decidi, num momento meio impulsivo, que eu não deixaria ele pedir desculpas, não deixaria ele me abraçar. Eu faria isso.

Achei (finalmente) uma cueca na gaveta e levei as roupas até o banheiro, batendo na porta hesitantemente, toda a confiança de minha decisão se esvaindo quando ouvi a resposta de Hope.

- O que foi? – A voz de HoSeok soou abafada pela porta, e eu hesitei novamente, antes de falar:

- Trouxe roupas pra você trocar.

- Ah... – Ele pareceu pensar, mas acabou por falar, parecendo meio hesitante, como eu. – Deixa na porta, eu pego depois.

Fiz minha careta de birra, colocando a mão na maçaneta e abrindo a porta com certa revolta.

- Você ia molhar o banheiro inteiro. – Falei, diante de seu olhar surpreso. Coloquei as roupas sobre a tampa do vaso sanitário, evitando olhar para ele. A verdade era que eu estava odiando ser tratado como um estranho, alguém que não tinha intimidade o suficiente com ele para que entrasse no banheiro enquanto ele tomava banho, ou algo do tipo. – Não demora, água não dá em árvore. – Finalizei, saindo do banheiro da mesma forma que havia entrado: rápida, violenta e afobadamente.

Posso jurar que ouvi-o rindo lá dentro, mas pode ter sido meu cérebro me enganando, que já estava acostumado com ele rindo a todo minuto.

Fiquei meio sem saber o que fazer a seguir, e por um momento me permiti ficar ansioso. Não conversáramos ainda por conta das circunstâncias, mas o que eu faria quando ele saísse daquele banheiro? Não me lembrava da última que estivera tão nervoso pela presença dele, e nem sabia ao certo por que estava assim, não era como se nunca brigássemos, então por que eu sentia como se não houvesse saída? Como se eu não soubesse o que fazer, como agir? Como se todo aquele tempo que nos havia aproximado tanto a ponto de cada um saber de cada hábito e cada gosto um do outro, tivesse sumido? Eu estava nervoso, me sentia uma garotinha virgem, sem saber ao certo como acalmar minhas mãos, que torciam a barra de minha camiseta de forma nervosa.

Sentei no sofá, levando o dedão à boca e mordendo a unha, tentando me acalmar. Congelei quando ouvi o estalar da porta sendo aberta, e em seguida fechada. Me mantive quieto, não me atrevi a olhar para ele. Por que eu estava tão nervoso?  Talvez porque sempre era Hope que fazia as pazes, mas eu não voltaria atrás, ele merecia ouvir minhas desculpas, não? Mas isso deveria ser tão difícil?

- Yah, você não tinha parado de roer unhas? – Senti sua mão dar um tapa leve na minha, tirando meu dedo de perto de minha boca. Fiquei meio sem ação quando virei a cabeça para trás, deparando-me com Hope apoiado sobre o encosto do sofá, seu rosto bem próximo do meu.

Arregalei levemente os olhos, mas não me afastei. Eu sentia sua respiração em meu rosto, e ele, depois de alguns instantes, pareceu notar a tensão que se apossara de mim, pois o fraco sorriso sumiu levemente de seu rosto.

Nos encaramos em silêncio por alguns segundos. Eu não sabia o que fazer, e estava definitivamente parecendo uma garotinha virgem sozinha com o crush.

- Olhe, Tae... – Ele começou, mas eu pus minha mão em sua boca, impedindo-o de continuar. Hobi me encarou de forma surpresa, e por um momento de pânico me arrependi de ter feito aquilo. Era praticamente obrigatório falar algo agora, e tudo o que eu pensava era em por que diabos eu estava tão sem controle. Credo.

Movi os lábios algumas vezes, abrindo e fechando a boca como um peixe enquanto tentava começar aquilo de alguma forma. Minha mão continuava sobre a boca de Hope, que me encarava curiosamente, como se esperasse o que eu faria a seguir.

- Hm... – Comecei, crispando os lábios. Estava com um pouco de raiva de mim mesmo por não conseguir fazer aquilo de uma vez. Eu sabia que não podíamos ficar ali para sempre, mas por um momento cogitei sair correndo e me trancar em meu quarto. Ou jogar Hope pela janela. – Eu... – Olhei para ele, que tinha os olhos gentis me encarando pacientemente. Ele parecia tentar entender o que merdas eu estava fazendo, mas não falava nada. – Você sabe... – Fechei os olhos, frustrado. Fala logo porra. Nunca mais xingo as pessoas que me chamarem de dramático. Mentira, vou xingar sim.

- Hm?

Arregalei um pouco os olhos, tirando a mão de cima de sua boca e colocando-a sobre o cabelo, assim como a outra. Abaixei a cabeça, me xingando baixinho. Por que eu não conseguia fazer isso? Soltei um grito abafado, ainda com a cabeça quase em meu colo.

O cômodo ficou por alguns instantes em silêncio, até eu ouvir o movimento de HoSeok, que se sentara ao meu lado. Não me movi, mas fiquei atento ao que ele fazia.

Me assustei quando senti sua mão em meu cabelo. Ele deve ter sentido minha tensão, mas optou por continuar o suave carinho. Não levantei minha cabeça, mas me aconcheguei levemente ao seu toque.

Ele segurou uma risada.

- Você parece um gatinho. – Notei que estava me inclinando levemente em direção a ele, e fiquei um pouco tenso de novo. Ele riu baixinho. – Muito fofo, mas meio arisco. – Não olhei para ele, mas parei de inclinar a cabeça na direção de sua mão, ficando parado na posição anterior, desejando poder me fundir ao sofá.

- Não me compare a um gato. – Resmunguei baixinho.

- Por que não? – Eu podia ver em minha cabeça ele virando o rosto levemente para a esquerda, com o sorriso divertido sempre presente na face, mas não levantei o olhar.

- Porque gatos são fracos e pequenos. – Resmunguei de novo. – E muito mimados.

Hobi soltou uma risada.

- Acho que você acabou de se descrever, Tae. – Segurei o impulso de olhá-lo feio, me contentando em formar um bico emburrado. – Ok, você não é um gato. – Anunciou, e eu esperei que ele continuasse. – É um leão mal crescido.

- Yah! Pare de falar da minha altura como se você fosse mais alto! – Não pensei quando levantei o corpo, desferindo tapas fracos em Hobi, tentando acertar seu rosto. Ele apenas ria, segurando meus pulsos. – Já provamos que eu tenho um centímetro a mais que você!

Quando dei por mim, estava sobre ele, sendo afastado de si para que não conseguisse machucá-lo, ele de costas no sofá. Parei meus esforços da brincadeira, olhando para ele por um momento. Sua expressão era de leve surpresa, talvez por minha súbita parada, mas logo se curvou num sorriso, me fazendo odiar e amar ele por ter conseguido tirar toda a tensão que eu sentia, mesmo que por um momento. Decidi que não jogaria aquela oportunidade fora, e falaria logo aquela merda, para que ficássemos bem de uma vez.

- Hãn... – Tentei começar de novo, notando que faria a mesma merda que antes. – Hope, eu... – Ele me olhava cúmplice, me incentivando a continuar com carinho na expressão. Travei de novo, francamente, eu tinha que procurar um psicólogo. Como podia ser tão difícil pedir a merda de uma desculpa? Soltei um barulho frustrado do fundo da garganta, abaixando a cabeça de novo, ainda sobre o corpo dele. Ouvi uma risadinha da parte dele, que fez com que eu levantasse a cabeça e o mirasse irritado. – O que foi? – Perguntei, malcriado.

- Nada. – O sorriso arteiro dançava em seus lábios, e eu não sabia decidir se sentia vontade de socá-lo ou de beijá-lo. – Só estou me divertindo com seus conflitos internos. – Fiz uma careta descontente, terminando apenas por ouvir sua risada contida de novo. – O que está tentando fazer, Tae?

Olhei para ele meio torto, virando levemente o rosto, para mostrar que não estava gostando daquela zoeira.

- O que você acha que eu estou tentando fazer? – Perguntei, mais por birra que por outra coisa, sem olhar para ele, que ainda estava abaixo de mim.

- Hm... – Ele fez que estava pensando, e eu olhei-o de soslaio. – Se eu não te conhecesse... – Continuou, virando a cabeça para tentar me fazer olhá-lo, conseguindo com sucesso. – Diria que está tentando fazer as pazes. – Seu sorriso cresceu, brincalhão e irritante, e eu travei por um momento, fazendo apenas com que ele risse mais. – Omo! Acertei? – Não olhei para ele quando disse isso, e eu sabia que Hope riria de mim pelo resto da vida. Neguei fortemente com a cabeça, me perguntando por que mesmo que eu ainda não havia me fundido ao sofá. Hobi ria, e eu queria socá-lo. – Eu te perdôo, mas tem que me perdoar também. – Foi a última coisa que ouvi ele dizer, com tom brincalhão, antes de pular encima de mim, me sufocando em um de seus abraços de urso.

- Yah! – Gritei, um pouco assustado ao ter meu corpo jogado sobre o sofá. O mundo girou um pouco por um momento, e eu sentia que Hope poderia me sufocar se continuasse me apertando daquele jeito. – Hyung, está me sufocando. – Murmurei, tentando tirá-lo um pouco de cima de mim. Tudo bem, eu estava dando pulinhos e fazendo a dancinha feliz do Snoopy em meu interior, mas eu realmente estava ficando com dificuldades de respirar.

Ao invés de me soltar, eu apenas senti o aperto de HoSeok ficar mais forte, sua cabeça escondida na curva de meu pescoço.

- Ne, Tae. – Ele chamou, baixinho, com uma calma que tinha apenas comigo. Hope era conhecido por sua risada exagerada e suas brincadeiras idiotas, mas fazia um tempo que eu sabia que aquele não era seu único lado. Na realidade, sozinho comigo, Hobi parecia tanto uma pessoa normal que quase me convencia.

Hehe, brincadeira. Podemos dizer que os dois éramos assim, animados e divertidos em meio social, mas ambos precisávamos de alguém para nos acalmar nos momentos mais sozinhos. Nesse sentido, nós nos completávamos de forma absurda.

- Hm?

- Vamos parar de brigar por besteira? – Sua voz estava abafada, e eu sorri fraquinho com seu pedido, que fora feito em tom um tanto infantil, como uma criança pedindo algo, e temendo ser negada, para a mãe.

- Uhum. – Disse eu, após alguns segundos de silêncio. Ficamos ali, com ele ainda encima de mim e eu mirando o teto por um momento, pensando em como, mesmo que eu tentasse evitar, era sempre Hope que fazia as pazes. – Hyung? – Ele respondeu num murmúrio. – Não é por nada não, mas você ainda está me sufocando.

Ele soltou uma risadinha, logo se levantando, apenas o suficiente para olhar pra mim.

- Se eu te matar, posso pelo menos dizer que foi de carinho, não é? – Perguntou, divertido, me abraçando com ainda mais força que antes, me fazendo rir, sendo acompanhado por ele.

- Se me matar vai se ver comigo.

- Como? Você já vai estar morto.

Mostrei a língua para ele.

- Mon hyung vai te matar depois, então. – Disse, e ele sorriu.

- Falando nisso, tenho que agradecer esse idiota. – Virei levemente o rosto, em dúvida, me perguntando sobre o que ele estava falando. – Se ele não tivesse ido brigar comigo, eu estaria com medo de vir falar com você até agora.

Não segurei uma risada.

- Você estava com medo? De falar comigo?

- Uhum. – Disse, afundando a cabeça em meu pescoço novamente, me fazendo rir de novo. – Eu estava me sentindo uma garotinha virgem. – Falou, emburrado, e eu continuei rindo baixinho. – Minhas mãos tremiam e eu não sabia como falar com você.

- Parece que nós dois estávamos com espírito de garotinha virgem hoje, então. – Falei, vendo-o me encarar confuso, mas me limitei em sorrir, sem justificar a coisa toda. Aproveitei que ele havia baixado a guarda, e, num impulso, troquei nossas posições, fazendo-o cair de costas no outro lado do sofá, comigo sobre ele. – Eu não quero continuar virgem, Hobi... – Falei manhoso, e seus olhos brilharam divertidos com toda a sugestividade que havia naquela frase.

Ele hesitou por um momento, mas forçou o pescoço para cima, tocando meus lábios de forma calma. Sorri pequeno, aproveitando a posição que estava para comandar o ósculo. Pressionei meus lábios nos seus de forma um pouco mais intensa, fazendo com que sua cabeça se jogasse novamente sobre a almofada do sofá em que estávamos. Pedi passagem com a língua, que foi cedida sem nenhum problema. Eu não gostava de selos, mesmo que fossem fofos e tal. Não precisávamos ser fofos, eram eu, HoSeok e o sofá, não havia cerimônias.

- Ne, posso ficar por cima hoje? – Perguntei quando separamos as bocas por um momento. Meus olhos estavam fechados, e a respiração um tanto ofegante de Hope abaixo de mim me deixava um pouco impaciente para aquilo tudo.

- Achei que não quisesse mais ser virgem. – Ouvi-o comentar, divertido, e eu sabia que, apesar daquilo, tinha minha permissão concedida. Não é como se eu não gostasse de ficar por baixo, na realidade, gastava até demais, mas às vezes Hope me deixava ficar encima, quando eu sentia vontade, e não posso dizer que aquelas eram as piores noites. E a verdade era que eu gostava muito daquelas vezes, porque, bem, eu já havia ficado com muitas pessoas, mas a única que me deixou ficar por cima foi Hobi, então eu sentia como se fosse mais especial daquele jeito, pois era algo que eu só compartilhara com ele, e ele me entendia nesse sentido.

Ri fraquinho dele, logo juntando seus lábios aos meus, usando minha língua para o que ela faz de melhor: nunca parar quieta dentro da boca. Durante o beijo, foram naturais os movimentos sincronizados que fazíamos com o quadril, ocasionando uma fricção gostosa que me fazia esquecer o quanto estava frio lá fora. Por que estávamos de roupa mesmo?

Peguei a barra da camisa que ele usava, retirando-a com a ajuda dele, que impulsionou o corpo para cima para que o pano fosse retirado. Mirei sua barriga semi-definida, sorrindo pequeno. Eu estava com saudades daquele corpo.

Beijei sua boca por mais alguns segundos, logo quebrando o contato e descendo até seu baixo ventre, que ainda estava com muito pano pro meu gosto. Retirei sua calça, olhando para Hope com um sorrisinho travesso. Se fosse ele a fazer isso, provavelmente ainda estaria perdendo tempo (de forma muito bem perdida) com chupões e mordidas, e aquele monte de preliminares que me deixavam louco, mas que não eram minha praia quando eu estava no comando.

Sorri maldoso ao ver o volume sob sua cueca, e não fiz muita cerimônia antes de retirar o pano de meu caminho. Dei uma lambida rápida em seu membro exposto, que ainda não estava excitado a ponto de me satisfazer, e eu teria que resolver isso. Dei um sorrisinho quando ouvi seu gemido sofrido, repetindo minha ação anterior, sorrindo ainda mais, entre o divertido e o malicioso, com a facilidade que conseguia provocar Hope. Sem aviso prévio, abocanhei sua glande, me divertindo com o arfado que Hobi soltou, arqueando levemente as costas.

Soltei a glande, apenas para abocanhá-la de novo junto com o resto do membro. Brinquei com minha língua com toda a extensão que estava em minha boca, depois iniciando, de forma vagarosa, os movimentos de vai e vem. Em nenhum momento fechei os olhos; Hobi se contorcia levemente, sem olhar para mim, e eu apenas o mirava, capturando cada uma de suas expressões. Era bom saber que eu tinha esse efeito sobre ele; que eu o deixava tão louco quanto ele me deixava.

Depois de alguns instantes, quando eu me distraíra brincando com sua glande com a língua durante os intervalos que retirava seu pênis de minha boca, senti a mão de Hobi em meus cabelos, quase como um pedido desesperado de pressa. Olhei para seus olhos, que estavam um tanto febris, e ele ofegava e suava; sorri, colocando seu membro em minha boca e deixando que ele conduzisse os movimentos de sua forma por um momento. Ele acelerava a intensidade, e eu fazia o possível para deixá-la mais lenta, até porque não queria morrer sufocado.

Quando senti que Hobi estava chegando ao ápice – ele se contorcia de forma descontrolada, e o calor que emanava de seu corpo era absurdo – soltei seu membro, ouvindo um choramingo de sua parte.

- Não faça isso, Tae. – Ele pediu, choroso, e eu apenas sorri.

- Você não vai gozar sem mim, amor. – Comentei, travesso, ficando de joelhos à sua frente para desabotoar e abrir o zíper de minha calça jeans surrada que eu usava para ficar em casa, tomando cuidado em calcular cada um dos movimentos para que Hope prestasse bastante atenção. Suspirei baixinho quando senti o aperto ser aliviado ao me livrar do pesado do jeans. Retirei completamente a calça, jogando-a para fora do sofá e ficando à frente de Hobi apenas com a cueca e a camiseta cinza alguns números maior que eu, que em algum momento da vida pertencera a Monster hyung (sim, eu tinha essa mania de adotar a roupa das pessoas que eram próximas a mim, por quê?).

HoSeok mordeu o lábio inferior ao notar meu olhar sugestivo, levantando com um pouco de dificuldade e ficando sentado à minha frente, suas pernas entre minhas coxas, sem encostar-se, com as mãos em minha cintura, seus dedos acariciando levemente minha pele por sobre o pano da camiseta. Coloquei as mãos sobre seus ombros, me inclinando sobre ele para unir nossas bocas. O ósculo foi curto e calmo, contrastando completamente com o tesão que ambos sentíamos. Separei o beijo um tanto ofegante, e mirei seus olhos, que estavam perdendo um pouco da escuridão que adquiriam quando ele estava excitado.

Ele sorriu fracamente e beijou meu queixo de forma leve, segurando a barra de minha camiseta e levantando-a vagarosamente, apenas cortando o contato visual comigo quando o pano passou por minha cabeça. Lancei a peça de roupa longe, mexendo o quadril e o abdômen uma vez, de forma sugestiva, recebendo com um sorriso o arfar de meu namorado, que segurou novamente minha cintura, trazendo-me para mais perto, e beijando minha barriga, até chegar à barra de minha cueca, que me incomodava mais que o inferno no momento.

Ele aproximou o rosto de minha virilha, sem encostar em um sequer pedaço de pele, mas me arrepiando todo com sua respiração ali. Senti o baixo ventre apertar ainda mais, e arfei, fazendo-o olhar para mim com a expressão num sorriso sereno, que apenas servia para me fazer enlouquecer ainda mais. Eu o excitara, mas estava excitado também, a diferença era que eu havia o aliviado (mentira, mas vocês entenderam), e eu sequer havia me tocado ainda.

Hope levou a mão direita para minha bunda, apertando levemente ali, fazendo minha pele queimar. Depois aproximou o restante que havia para aproximar seu nariz de meu volume, que estava absurdamente incômodo dentro da cueca que eu me perguntada por que infernos ainda estava ali. Assisti em deleite seu nariz roçando no pano, os olhos fechados, logo pondo a boca em ação enquanto beijava meu volume por cima da cueca.

- Ti-tira isso. – Consegui balbuciar, ofegante, segurando seus cabelos levemente. Ele sorriu para mim ao ouvir isso, parando o carinho pecaminoso e levando as duas mãos à barra de minha roupa íntima, e abaixando-a, diferente de tudo o que fazia, de forma rápida.

Fiz meu máximo para segurar o gemido de alívio que escapara de meus lábios quando meu membro foi liberto, falhando de forma épica. Levantei o rosto, apertando os olhos quando Hobi levou a mão esquerda ao meu membro, tocando levemente toda a extensão antes de segura-lá com destreza, fazendo singelos movimentos de vai e vem, me fazendo soltar arfados e gemidos nada castos.

Tudo com Hope era assim, singelo, leve, tão gentil que quase não parecia estar me tocando, mas me deixando maluco apenas com um respirar próximo de mim. Isso pode soar um pouco contraditório à personalidade de Hope, mas, como eu já disse antes, o Hope que as pessoas vêem e o meu Hope são bastante diferentes.

Me sentei devagar em seu colo, aproveitando a massagem que recebia, tanto em meu membro quanto em minha cintura, pela outra mão, que dedilhava minha pele de leve. Beijei HoSeok assim que alcancei seu rosto, mandando a calma pro fundo do tártaro e lutando com toda as minhas forças contra sua língua por um pouco de espaço. Colei mais meu peito ao seu pescoço, que estava esticado para que o ósculo acontecesse, respirando pesadamente pela queimação que senti por toda a epiderme dali. Aprofundei ainda mais – se é que isso era possível – o beijo, passando minha língua por cima da sua e enroscando as ditas cujas numa dança tão pecaminosa quanto a que meu quadril fazia sobre o dele.

- Achei que você ia ficar por cima hoje, V. – Senti-o comentar, tão próximo de minha boca que seus lábios tocavam nos meus quando falava, o tom de voz rouco entre o brincalhão e o malicioso, quando comecei a rebolar sobre seu membro. Selei mais uma vez seus lábios antes de afastar um pouco meu rosto, apenas o suficiente para que conseguisse focar em seu rosto, sorrindo levemente.

- Ah, estava tão gostoso aqui. – Choraminguei, brincando. – Mas se você está com tanta vontade de tomar no cu, posso te ajudar.  –Terminei de falar num sorriso compreensivo que me fazia querer explodir em gargalhadas, fazendo-o rir, e logo segurar minhas bochechas com as duas mãos, beijando meu nariz e depois minha boca, antes de afastar o rosto e dizer, num sorriso:

- Hoje é você que manda, my lord. – Mordi a língua fora da boca, sorrido com o apelido.

- Não sou sempre eu que mando? – Apesar do tom de brincadeira, era verdade: mesmo que eu ficasse por baixo, como acontecia muitas vezes, era sempre do meu jeito. Não que isso incomodasse Hobi, ele nunca pareceu se importar com minha personalidade problemática, e acho que esse o era ao principal motivo de ainda estarmos juntos depois de tanto tempo. Não era como se eu fosse um mandão egocêntrico, meu nome não é JungKook, mas eu já falei sobre meu complexo de atenção, não? Então, ele é o culpado disso também.

Ele torceu a boca, numa expressão que normalmente pareceria debochada, mas que ficava bastante cômica em seu rosto, logo abraçando meu tronco e acomodando a cabeça na curvatura de meu pescoço, mordendo a pulsação ali e me fazendo soltar um grito/gemido contido.

- Não acha que já conversamos muito? Eu não estou muito afim de conversar. – Disse, soltando minha pele, que provavelmente ficaria marcada por um tempo. – Não com a coisa mais deliciosa do universo sem roupa na minha frente. – Completou, me olhando sorrir com os lábios colados.

E não foram mais necessárias as conversas, verdadeiramente, até porque não se pensa muito em conversar com uma língua dentro de sua boca e mãos passeando por todo seu corpo, apertando lugares que na infância você nunca iria imaginar alguém alheio te tocando nem em seus sonhos mais obscuros.

Eu não tinha controle de meus gemidos havia um tempo, e a respiração de HoSeok em meu pescoço enquanto eu arranhava seu pescoço com as unhas curtas, friccionando meu pênis sobre o dele, não ajudava muito na tarefa de manter-me lúcido.

Ainda rebolando sobre ele, fui deitando seu corpo novamente sobre o sofá, interrompendo o beijo que trocávamos para colocar três dedos meus em sua boca. Ele os chupava da mesma forma sincronizada e sexy que usara em minha língua alguns segundos antes, mas eu estava cansado de brincar. Sentia que enlouqueceria se não me aliviasse logo, e aqueles carinhos que trocávamos estava apenas servindo para me deixar mais apertado.

Retirei os dedos de sua boca, levantando sua coxa esquerda para que eu pudesse prepará-lo de uma vez. Sorri pequeno quando vi sua entrada latejando, como se pedisse que eu andasse mais rápido com aquilo. Olhei para Hobi, que me encarou um tanto sofrido, depositei um beijo em sua virilha antes de colocar com um pouco de dificuldade o dedo indicador em sua entrada, notando seu desconforto e acariciando a área próxima ao seu pênis com a língua. Eu sabia que aquilo doía, ele também, não era como se aquela situação fosse nova para nós dois, mas ainda sim, eu sabia que incomodava.

Quando coloquei o segundo dedo e vi a expressão de Hope de contorcer incomodada, abocanhei seu membro, masturbando-o no mesmo ritmo que meus dedos, apenas para que se distraísse, e, foda-se a modéstia, eu sabia muito bem que minha língua conseguia muito bem distraí-lo do incômodo ali embaixo, deixando-o menos na dor e mais no prazer.

Movi os dígitos em tesoura, alargando-o, e logo colocando o terceiro e último dedo junto de seus semelhantes, ouvindo o arfar de Hope, beijando sua glande num pedido de desculpas, mas eu estava realmente duro, e não agüentava mais aquilo.

Depois de alguns instantes, quando vi seu incômodo pelo terceiro dedo se aliviar um pouco da expressão, retirei os três dígitos de seu interior, acariciando sua coxa e posicionando-me sobre ele. Me inclinei sobre ele, beijando-o intensamente no mesmo momento em que coloquei meu membro dentro de si aos poucos. Selei cada uma de suas bochechas, sem me mover até que ele se acostumasse com o volume, e acariciei seus cabelos, olhando seu rosto contorcido numa careta. Soltei um riso soprado, passando a língua sobre seu lábio inferior, e logo pelo superior, separando os dois com meu músculo e beijando-o de novo.

Assim que ele começou a retribuir as carícias de minha língua sobre a sua na mesma intensidade que eu, me arrisquei a começar os movimentos, lentos e calculados, assim como os que minha língua fazia em sua boca.

Numa questão de segundos, ele começou a jogar seu quadril sobre o meu, tentando com tudo o que estava ao seu alcance que aumentássemos a intensidade daquilo, ação que me fez querer beijá-lo (se já não o estivesse fazendo), porque eu mesmo estava ficando louco com aquela lentidão toda.

Aumentei o ritmo das estocadas, mordendo seu lábios inferior antes de quebrar o beijo para avançar em seu pescoço, mordendo e chupando a pele branquinha ali, que estava branca demais para meu gosto.

Os dedos de Hope apertavam cada vez mais meus cabelos, e suas pernas já estavam fazia tempo presas à minha cintura, facilitando minha ida e volta. Estávamos tão colados que não era possível masturbá-lo, mas nem era necessário; a fricção de nossos corpos provavelmente estava dando conta do recado, então nem me preocupei muito.

Eu senti quando ele ficou arrepiado, seu corpo tensionado até o último músculo, me apertando dentro de si, logo despejando seu líquido sobre nossos abdomens acompanhado de seu gemido alto e arrastado. Não fiquei zangado com aquilo, apesar de gostar particularmente de quando gozávamos juntos, eu sabia que ele provavelmente se segurara bastante, visto que havíamos começado com ele bem antes de comigo. Continuei os movimentos dentro de si, acelerando mais e mais quando senti que estava próximo de meu ápice também.

Meu corpo queimava de forma absurda quando senti que estava vindo, e não segurei o ruído de deleite sobre sua pele quando me desfiz dentro dele. Me mantive ali, sobre ele, com a cabeça escondida em seu ombro enquanto tentava acalmar minha respiração, tão acelerada quanto a dele, aproveitando a sensação de moleza pós-gozo que sentia.

Depois de alguns segundos senti sua mão sobre meus cabelos, acariciando meus fios de forma calma e leve. Levantei o rosto para olhá-lo, e os dois sorrimos antes de selar os lábios longamente, aproveitando o calor alheio.

Deitei a cabeça sobre seu ombro de novo, recebendo com um ronronado o carinho que voltou às minhas madeixas, fazendo-o rir soprado.

- Meu gatinho. – Sussurrou em meu ouvido, a voz ainda meio rouca, me fazendo arrepiar, e logo olhá-lo com uma careta de falsa irritação, mostrando-lhe alíngua antes de deitar novamente sobre si.

- Quer ir por cima agora?

 

 

 

 

- Hyung? – Perguntei, deitado ao seu lado em minha cama – Havíamos ido para lá depois da segunda rodada, porque minha mãe provavelmente não ia gostar do estado do sofá se continuássemos ali, e foi na cama que passamos quase toda a noite acordados – . Havia acabado de acordar, e olhava descontente para os raios solares que entravam no quarto pelas frestas da cortina da janela.

- Hm? – Grunhiu, mais dormindo que acordado, abraçando meus ombros e me aproximando de si, acomodando-me ali.

- Eu não quero ir para a aula hoje. – Comentei, e vi-o abrir um dos olhos com dificuldade, sorrindo antes de selar minha testa e dormir de novo.

-

 


Notas Finais


...Oi? *sai da moita* e então? Gostaram do baby Tae narrando? Eu fiz esse capítulo em homenagem a todas as criaturas maravilhosas que vem pedindo VHope há tanto tempo, e que bateram o recorde cap passado (gente 25 reviews!) :3 amo vocês.
Quero que me perdoem pelo lemon fraco, mas eu naõ estava muito afim de escrevê-lo, mas fiz essa forcinha por vocês. '3'
(AGORA VAI TER QUE CORRER ATRÁS, NAMJOON, QUE O POVO TÁ PASSANDO MUITO NA SUA FRENTE, VIADO. BEIJA AQUELE LINDO LOGO) *surto da autora revoltada com a própria história off*

Então, antes de encerrar, eu quero avisar que naõ é pra acostumarem com essa mudança de narrador, ok? Essa fic é NAMJIN, ENTÃO NAMJIN DEVE SER.

Comentários pra me fazer rir que nem uma boba? Chumchu '3'


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