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História Dependence (Em revisão) - I did the prince jump the wall, literally.


Escrita por: kaisooisreal

Notas do Autor


Olha quem chegou um dia antes! ^3^
Tudo bem seus pervertidos amantes de yaoi?
Eu estava super animada hoje fazendo vários nadas, então comecei a escrever que nem uma louco, por isso o capítulo está maior que o normal.
Eu escrevi esse capítulo com Rhythm Ta do IKON e Hero de Monsta X na cabeça ^^ (não que tenha influenciado na história, só achei que seria legal compartilhar como fica boa ~~e irritante~~ a mistura dos dois refrões dessas músicas)
Espero que gostem ^^ até lá embaixo.

Capítulo 6 - I did the prince jump the wall, literally.


— Então essa é sua idéia brilhante? — A expressão de Suga estava entre o "foda-se" e o "sério isso?", enquanto olhava para mim e para Jimin que explicávamos juntos minha ideia brilhante da "Operação Fora Megera" (não fui eu que dei esse nome, foi Jimin). Acenei com a cabeça, pouco me importando com o tom de desprezo na voz de meu amigo. — Joon, desculpe por destruir seus sonhos, mas isso é piração sua. Não tem como dar certo.

— Claro que dá! — Eu reclamei, resmungando internamente por ter que convencer mais um cabeça dura. Já havia gasto várias horas preciosas da minha vida tentando fazer Jimin ceder à minha ideia e, quando eu finalmente consegui, vem esse mané projeto de gente pra destruir meus sonhos.

— Não, não dá. — Ele balançou a cabeça e olhou para Jimin, que parecia à beira de um ataque de lágrimas. Só parecia mesmo, eu sabia bem o que aquela criatura faria pra conseguir o que queria. — Aish, não adianta me olhar assim, Chim, não tem como essa ideia dar certo. Isso não pode sequer ser chamado de pla... no. — Ele parou de falar ao avistar algo atrás de nós e deu um sorriso que, devo admitir, deu um pouco de medo, mas que me animou também, porque eu conhecia bem aquela expressão: Suga havia tido uma idéia e as idéias de Min Yoongi são as melhores. — A não ser que a transformemos num plano.

— Hã? — Perguntamos em uníssono.

Suga deu um sorriso travesso, fazendo um sinal para trás de nós, como se pedisse para alguém se aproximar. Jimin e eu nos viramos para ver quem vinha em nossa direção a pedido de Yoongi. Suspirei impaciente ao ver Tae correr até nós, com seu sorriso sempre presente brilhando em seu rosto.

— Que ótimo. Taehyung. — Me virei para Yoongi, que mantinha a cara de "acabei de ter uma idéia para a dominação mundial", pouco se importando com o que eu falava. — Sua ideia brilhante envolve essa criança? Depois sou eu que sou sem noção.

— Eu ouvi isso, hyung. — Tae falou, mas não parecia magoado quando se juntou a nós, que estávamos numa espécie de círculo com Suga sentado de pernas cruzadas no corrimão de cimento da escada frontal da escola, comigo e Jimin à sua frente, de pé. — Qual é a boa, Suga hyung?

— Esses dois querem trazer Jeon Jungkook para o lado divertido da vida. — Suga apontou com o indicador e o dedo médio para mim e Jimin ao mesmo tempo. — Mas não sabiam como fazer isso, então eu tive uma ideia.

— Ei! Nós tínhamos uma ideia também! — Exclamei.

— Joon, sua ideia é menos elaborada que a de uma criança de cinco anos, então, cale a boca. — Yoongi falou, olhando para mim com tédio.

Eu ia ensinar quem ali era a criança para aquele cuzão, mas Taehyung me interrompeu, animado.

— Então, qual é a idéia, hyung? — Seus olhos brilhavam e ele parecia muito mais animado que o necessário, visto que não sabia de quase nada do que estava acontecendo.

— Espere — Suga sorriu para Tae. — Vocês dois — apontou para mim e para Jimin. — Vão dar uma volta. Depois eu falo com você, Joon. — Ele me olhou profundamente e eu entendi a mensagem: "não o deixe sozinho".

— Mas e eu? — Jimin choramingou.

— Você pode ficar esperando seu milagre quietinho. — Suga deu um sorriso sacana, dispensando-nos com um aceno de mão. — Saiam daqui, vão comer alguma coisa, vão.

Ignorei a forma como Yoongi nos tratou, aquilo era normal. Preocupei-me em levar Jimin para longe dali.

 

[...]

 

— Será que vai dar certo, hyung? — Jimin me perguntou enquanto estávamos sentados na cafeteria da escola, ele com um milk-shake e um pacote de batatas fritas, e eu com um refrigerante.

— Vai dar tudo certo, até parece que você não conhece o Yoongi. — Comentei, sem me importar com sua preocupação. Ele provavelmente seria tirado de todo o plano de Suga, já que Yoongi havia feito questão de me fazer tirá-lo de lá. — A propósito, não coma rápido assim.

— É que eu estou ansioso. — Ele disse, suspirando triste e comendo as batatas mais devagar. — Estou me segurando para não sair correndo atrás de Kookie agora mesmo.

— Ok, então foque na comida. — Acenei fazendo descaso e ele riu. — O que foi?

— Nada. — Ele tomou um gole do milk shake. — É apenas estranho... Até ontem você nem olhava na minha cara e agora está me ajudando a reconquistar alguém que você odeia. Parece que o mundo dá mesmo muitas voltas.

Acenei com a cabeça, pensativo.

— Sim, e você não é a primeira pessoa que eu nem olhava na cara mas que ajudei nesta semana. — Comentei sem pensar, lembrando das bochechas coradas e das lágrimas de Seokjin. Cerrei os punhos na mesa, eu precisava me acalmar, não tinha como ter um ataque de raiva todas as vezes que pensava no que aconteceu.

— Ah, é! — Jimin exclamou, um pouquinho mais alto que o necessário, atraindo olhares de todo o refeitório. — Você não me contou o que rolou com o Kim Seokjin! — Ele bateu as palmas das mãos e apontou com o indicador esquerdo pra mim, escandaloso por algum motivo.

— Não rolou nada. — Suspirei irritado, apoiando a cabeça sobre meu braço e mirando um lugar aleatório do refeitório. — Coma sua comida, eu estou de saco cheio deste lugar.

Depois disso, Jimin se calou. Ele sabia bem quando eu estava de mau humor, e eu pedia internamente que ele não ficasse mais me enchendo o saco com aquele assunto. Nem ele, nem ninguém.

Suspirei fechando os olhos ao sentir a brisa fraca que entrava pelas grandes janelas de vidro do lugar. Entrei num estado de quase dormência onde eu ignorava tudo do mundo exterior. Era algo que eu conseguira desenvolver exatamente por não gostar de dormir pelos pesadelos e, também, querer um momento em que não seria incomodado nem que me chamassem. Minha mente ficava completamente vazia.

No silêncio de minha cabeça, acabei, infelizmente, dormindo. Não me lembro quais foram os sonhos que tive, mas tenho a sensação de que não foram tão desconfortáveis quanto como normalmente eram. Incomodaram, claro, mas pareciam tão leves e pacíficos que de forma alguma interromperam meu sono.

 

[...]

 

Eu estava com os olhos fechados, o vento gentil me embalando a um quase sono. Havia acabado de acordar e não via nada, não pensava em nada quando senti uma aproximação de mim. Continuei com os olhos fechados, mesmo sabendo que havia alguém bem próximo, eu sentia seu calor pela proximidade. Percebi que a pessoa se abaixou, ficando frente a frente de mim, pois senti sua respiração delicada próxima de meu rosto e seu perfume doce e conhecido entrando por minhas narinas.

Abri os olhos quando liguei aquele perfume ao rosto já tão presente em meus pensamentos, encontrando um Seokjin que me encarava assustado.

— Desculpe… eu não queria te acordar, mas não sabia como falar com você. — Ele disse sem olhar para mim, envergonhado.

— Não sabia como falar comigo então decidiu me beijar? — Não me movi, apenas olhei para ele sem expressão. Por dentro, eu ria de expressão envergonhada ao ouvir minha acusação, mas não estragaria a brincadeira.

— E-e-eu não... — Ele tentou falar, mirando meus olhos, mas logo abaixando a cabeça. Suas coxas pareciam uma boa visão na hora. Bom, elas eram sim uma boa visão, mas isso não vinha ao caso agora. — Não estava tentando te beijar. — Ele soprou baixinho, mexendo os dedos de forma distraída.

— Sei. — Levantei a sobrancelha, como se não tivesse me convencido. — Não precisa ter vergonha, eu sei que sou irresistível. — Comentei olhando-o como se sentisse pena de sua posição, mas o compreendesse. Mas, na realidade, todos os meus esforços estavam focados em não rir da forma como minhas provocações o alteravam.

— Eu já disse que não...! — Ele começou a falar, muito mais alto que seu tom de voz normal, mas se interrompeu quando eu comecei a rir de si, apoiando a testa na mesa e sacudindo os ombros, numa risada daquelas que não fazem muito barulho (ou sentido), mas que nos deixam com dor na barriga e sem ar nos pulmões.

Continuei rindo por mais ou menos dois ou três minutos, porque, quando estava quase parando, virava-me para olhar Seokjin e dava de cara com sua face emburrada e braços cruzados, voltando a rir em seguida.

— Ai minha barriga. — Segurei a mesma, ainda parando de rir.

— Se está até com a barriga doendo, por que riu desse jeito? — Ele comentou, mais para si mesmo, olhando para as janelas do refeitório com os braços ainda cruzados.

Soltei uma risadinha e encarei seu rosto, notando o bico que se formava em seus lábios emburrados.

Puta que pariu, como ele conseguia ser tão fofo?

Depois de encará-lo por alguns segundos, ele virou para mim para descobrir por que eu havia parado de rir, esquecendo que tinha que ficar zangado e desmanchando a expressão numa mais inocente e confusa, olhando-me interrogativo e com a cabeça levemente virada para a direita.

Balancei a cabeça.

Controle-se. Você é Kim Namjoon, RM.

E esse aqui é Kim SeokJin, a criatura irritante. 

Controle-se.

Levantei a cabeça, lembrando de perguntar o motivo dele estar ali, encarando o garoto à minha frente, que mantinha a expressão de confusão no semblante.

— O que você quer? — Saiu um pouco mais seco do que eu pretendia, mas joguei essa preocupação para o fundo de meu cérebro, eu deveria me preocupar quando não o tratava secamente… e não o contrário.

Ele arregalou os olhos, provavelmente por eu ter me manifestado do nada, e ainda por cima naquele tom. Seokjin pegou um pacote que eu nem sequer havia notado ao seu lado e me ofereceu.

— Obrigado. — Ele não me olhava. — Eu lavei o uniforme, obrigado por me emprestar.

Olhei dentro da sacola de papel, encontrando minhas roupas todas ali dobradas e cheirando a amaciante.

— Não precisava ter lavado. — Comentei.

— Era o mínimo que eu poderia fazer. — Ele sorriu fracamente, levantando-se e fazendo uma careta.

— Tudo bem? — Perguntei num tom automático, mas a preocupação já estava em meu semblante. Eu não entendia aquele sentimento superprotetor que se apoderava de mim quando se tratava de Seokjin, era algo instintivo que vinha do fundo de meu ser.

— Eu estou bem. — Ele levantou a mão, impedindo-me de sair do banco para ajudá-lo, coisa que eu já estava quase fazendo. — Foi apenas uma câimbra por ter ficado naquela posição. — O sorriso voltou ao seu rosto, um pouco fraco, mas verdadeiro. — Bom, eu vou indo. — Ele se curvou e se virou para sair, parando bruscamente quando um grito cortou o refeitório.

— KIM NAMJOON! — A voz de Suga deve ter sido ouvida em toda a escola, se não mais longe. Levantei na mesma hora automaticamente, como um modo de dizer "Presente! Aqui, senhora! Não me bata".

Yoongi andou pesadamente até mim, encarando-me irritado, sem notar Seokjin, que se mantinha ao meu lado. Não exatamente ao meu lado, estava mais pra me usando de barreira: quando ouviu o grito, deu aquele tipo de pulo que só vemos em desenho animado e se escondeu atrás de mim, mais por instinto que por qualquer outra coisa.

— Joon, eu disse pra tomar conta do Jimin, porra! — Ele me encarou de perto, levantando a cabeça para mirar meus olhos. — Nem isso você consegue fazer direito? Eu só pedi pra não deixá-lo sozinho! E onde eu encontro ele? Sozinho! Fumando aqueles malditos cigarros! E você estava onde?! Aqui fazendo nada no refeitório... — Ele falou tudo com os braços levantados, eu apenas o encarava com os olhos arregalados. Suga não era de perder a calma, na realidade, ela parecia ser a rainha de sua vida, apesar dele não ser muito pacífico. Meu amigo se interrompeu ao ver Seokjin atrás de mim, agarrado na manga de meu blazer, de novo, e olhando para ele com uma expressão que estava entre o "assustado" e o "o que está acontecendo?", virando-se para mim com a sobrancelha levantada e abrindo um sorriso sacana em seguida.

Abri a boca para negar qualquer que fosse a merda que ele estivesse pensando, mas fui interrompido por meu amigo que levantou a mão numa mensagem silenciosa de "cale a boca, eu não quero saber."

— Olha, depois falamos sobre isso. Agora, por que deixou Jimin sozinho? Eu achei que tinha sido bem claro.

— Bom… — Comecei, dando de ombros, tentando ignorar o garoto que se pendurava em mim, mas estava meio difícil. — Claro, você não foi, mas sim, eu entendi a mensagem.

— E por que deixou ele sozinho então, porra? — Suga parecia menos alterado, mas eu ainda estava na defensiva, vai que a coisinha explodia de novo.

— Ele estava me enchendo o saco e eu dormi. — Respondi, dando de ombros de novo, sem olhar meu amigo.

— Ah, que ótimo que você dormiu. — Olhei para Suga, que tinha a expressão mais irônica e cínica possível na face. — Você é estúpido? Eu mandei você cuidar dele! Você conhece aquele idiota tanto quanto eu, sabe como ele fica quando está deprimido! — Suga levantou os braços e a voz de novo, voltando a se exaltar.

— Eu não larguei ele! — Respondi um pouco mais alto do que o normal, mas sem me exaltar. — Ele estava comendo de boas e eu me irritei, não estava nos meus planos dormir!

— Fod…

— Hm, com licença? — Seokjin interrompeu meu amigo, que o mirou com a expressão irritada, enquanto eu o olhava em um entre sorriso. Ele havia interrompido Suga, isso não ia terminar bem. — Eu só ia falar que já estou indo, Namjoon-ah. — Ele desviou os olhos de Yoongi, olhando para cima para me encarar, visto que ainda estava grudado em mim.

— Onde você vai? — Perguntei, sem saber exatamente por que queria saber e ignorando Suga por um momento.

— Eu tenho que ajudar um amigo. — Ele abaixou o rosto depois de eu o encará-lo por algum tempo. — Ele terminou com o namorado e está mal, então eu preciso apoiá-lo.

— Que amigo? — A expressão irritada de Suga se desfez, sendo substituída por uma de curiosidade. Eu já estava ficando assustado com a quantidade de expressões que meu amigo havia feito naquele dia. Isso não era normal.

— Jeon Jeongguk. — Ele respondeu depois de mirar Suga por alguns segundos, como se considerasse se era seguro responder.

Suga bateu as duas palmas sonoramente, mordendo o lábio inferior numa expressão vitoriosa, olhando para mim em seguida. Eu o mirei e entendi a mensagem: "deixe esse cara fora do caminho".

— Mas e Jimin? — Perguntei, ainda olhando para Suga.

— Ainda temos o Hope. — Ele respondeu dando de ombros e sorrindo perversamente. Eu quase podia ver as engrenagens girando em sua cabeça.

Às vezes eu tinha um pouco medo de Suga.

 

[...]

 

— Por que me trouxe aqui? — Ele me perguntou quando chegamos ao pátio inferior da escola. O com o muro mais baixo, diga-se de passagem.

— Não é óbvio? Vamos fugir da escola. — Olhei por cima do ombro pra Seokjin, que me encarava com a boca aberta, como se não acreditasse na minha existência.

— Não vamos, não. — Ele balançou a cabeça, numa expressão severa. Segurou meu braço esquerdo pelo cotovelo, tentando me puxar para longe do muro. — Vamos voltar para a escola, Namjoon-ah, eu tenho que falar com Jeongguk.

— Não tem, não. — Soltei meu braço de suas mãos, virando-me para o muro de novo. — Eu vou te ajudar a subir e vou logo atrás.

— Eu não quero fugir da escola! É uma péssima ideia! — Ele exclamou indignado, olhando-me com uma cara sofrida de "por que você está fazendo isso comigo?".

— E eu disse em algum momento que ligo se é ou não? — Perguntei, aproximando-me dele. — Vamos lá, pô.

— O quê?... AAH! — Seokjin gritou de uma forma bem escandalosa para alguém que normalmente nem falava. Eu ri quando o ergui facilmente, colocando-o sentado em meu ombro direito e o segurando com o mesmo braço.

— Você é leve demais! Não tem ossos não? — Comentei andando até o muro, tinha uma árvore do outro lado. — Nem parece que come daquele jeito. — Suas mãos, que seguravam fracamente meus cabelos como uma forma de "segurança", desferiram um tapa singelo em minha cabeça, resultando numa risada baixinha de minha parte. — Ok, agora você tem que subir no muro.

— O quê?! — Ele olhou para baixo, mirando meu rosto com uma expressão de pânico.

Bufei impaciente.

— Isso mesmo que você ouviu. — Segurei melhor suas coxas, aproximando-me novamente do muro do qual eu tinha, afastando-me um pouco. — Vamos lá, você nunca pulou um muro em toda a vida? — Ele moveu a cabeça negativamente de forma nervosa e afobada, ação que me deixou entre um bufo e uma risada. — Vai lá, você consegue, eu te ajudo. — Dei um impulso em seu corpo, elevando-o mais alguns centímetros para facilitar sua subida.

Ele agarrou o topo do muro com as mãos com tanta força que seus dedos ficaram brancos. Deu um impulso com os braços e, com minha ajuda, apoiou os cotovelos no topo de concreto. Eu não o soltei quando seu peso saiu de cima de mim, continuei segurando suas coxas para ajudá-lo a subir completamente no muro. Ele se sentou com cada perna de um lado do muro, a esquerda dentro e a direita fora do terreno da escola, as mãos segurando o muro em meio às suas pernas.

Eu ainda tinha a mão direita em sua perna esquerda, dando uma sensação de segurança para o garoto que tremia pelo esforço e medo.

— Você foi bem. — Falei num tom calmo para tranquilizá-lo o pouco que fosse. — Agora eu vou subir, ok? Fique aí. — Disse lentamente, tirando a mão de sua coxa, ação que o fez segurar fortemente o muro com as mãos, inclinando-se um pouco mais sobre o mesmo. Ele estava tenso, mais tenso do que nunca o havia visto, mas não reclamou em momento nenhum. Na realidade, ele não falou nada, parecia incapaz disso.

Dei um pulo para alcançar o topo do muro, segurando-me neste e subindo com um pouco de esforço, até me sentar ao lado de Seokjin, mas com as duas pernas penduradas para o lado de fora do muro.

— Pronto? — Perguntei, e Seokjin me encarou assustado e confuso, como se perguntasse "ainda tem mais?". — Temos que descer ainda, príncipe. — Comentei brincalhão, rindo de sua expressão que formou um bico emburrado, mas continuou em silêncio. — Está vendo aquele galho ali? — Apontei para o galho que estava um pouco acima de mim e seguia descendo até a calçada. Ele acenou com a cabeça. — Vamos nos pendurar nele para descer, ok? — Informei, observando Seokjin olhar para o galho e logo para mim, curvando as sobrancelhas e me encarando como se tentasse decidir se eu estava mesmo falando sério.

— Impossível. — Sua voz saiu baixa, mas dura.

— Ora, vamos, não me venha com "impossível", é fácil.

— Pode ser pra você, mas eu não consigo fazer isso. — Ele me encarou seriamente e eu bufei.

— Ok. — Falei antes de me impulsionar para a frente e pular, caindo de pé na calçada e virando meu rosto para trás e pra cima, para mirar Seokjin, que me olhava boquiaberto. — Só tem outro jeito além do galho. — Uma parte bem pequenininha de minha cabeça, aquela que ficava me gritando para tratá-lo secamente e ignorá-lo, dizia que eu devia apenas mandá-lo parar de frescura e usar o galho, mas uma parte bem maior mandou essa outra ir tomar no cu, então eu apenas continuei falando. — Pule. — Disse, abrindo os braços.

— E-e-eu já te disse que não consigo fazer essas coisas. — Ele parecia verdadeiramente assustado e eu me preocupei em deixá-lo mais tempo ali em cima. — Eu não sei fazer as coisas que você faz, Namjoon-ah.

— Você não vai fazer como eu. — Encarei-o serenamente, escondendo a ansiedade que sua expressão estava me causando. — Eu tive que cair no concreto sozinho, você não.

— Não? — Ele não olhava para mim. Parecia sentir medo de olhar para baixo, então apenas mirava um lugar fixo à frente.

— Não, eu vou te segurar. — Abri mais os braços para mostrar que iria mesmo fazer o que estava falando. — Você não vai se machucar, vamos, pule daí.

Ele me encarou com os olhos arregalados, suas pupilas dilatadas pelo medo, eu conseguia vê-lo tremer mesmo lá de baixo.

— E-eu não...

— Você consegue, você não vai se machucar.

— Mas eu… eu não vou conseguir, você não vai conseguir me carregar, você vai se machucar e… — Ele tremia um pouco e falava rapidamente, olhando para os lados de forma nervosa.

— Seokjin. — Eu disse, dura e retamente, mas minha voz não tinha a grosseria que seria comum neste contexto, era suave e convincente, atraindo seus olhos temerosos. — Confie em mim. Eu não vou te deixar cair, é uma promessa.

— Namjoon-ah... — Ele me encarou com os olhos reluzentes, seu lábio inferior tremia de medo, mas ele respirou fundo e prendeu seu olhar ao meu, encarando-me com seriedade, como se sua vida dependesse disso. Talvez essa fosse a sensação dele no momento mesmo. — Você tem certeza?

— Olhe, a não ser que você queira ser largado aqui e ter que descer sozinho, eu te seguro, mas se for continuar fazendo cu doce, eu vou embora. — Forcei uma expressão zangada, mas é claro que eu não conseguiria e nem poderia largá-lo ali, naquele estado. Ele me encarou hesitante e eu sorri fraco, mas confiantemente, acenando de leve com a cabeça e abrindo os braços para segurá-lo. — Vamos.

Ele acenou com a cabeça e expirou pesadamente antes de pular em minha direção. Eu segurei seu corpo magro pelo tronco, dando alguns passos atrás pelo desequilíbrio. Qual é? Ele poderia ser leve, mas ainda tinha uns bons 1,80 de altura. Dei alguns passos atrás, mas percebi que cairia da calçada e o sobrepeso não estava nem perto de acabar, então, cairíamos os dois no asfalto. Para evitar isso, eu girei meu pé, começando a usar a força da queda para girar enquanto segurava as cintura de Seokjin. Girei algumas vezes, tentando não cair e consegui parar, forçando meus pés ao chão e encarando Seokjin, que ainda estava em meus braços, sem tocar o chão, ambos estávamos ofegantes e com os olhos arregalados.

Fiquei olhando para cima, para ele, enquanto tentava me recuperar do esforço, e ele me encarava da mesma forma, olhando para baixo. Ficamos em silêncio por alguns segundos, até ele esboçar um sorriso de lado, fazendo-me segurar uma risada que logo foi liberada junto com a dele.

— Eu podia jurar que íamos cair e morrer! — Ele exclamou, mais eufórico do que eu nunca o havia visto, nunca deixando de rir.

— Eu disse que conseguiria. — Sorri abertamente para ele, não me preocupando com mais nada além de como sua cintura era muito mais delicada do que qualquer outra que eu já houvesse segurado e como seu sorriso parecia mais lindo que qualquer outro que eu já tivesse visto. — Não consigo acreditar no quanto você é leve. — Comentei, sem colocá-lo no chão. Ele sorriu e comentou, travesso:

— Eu não pareci tão leve quando caí em seus braços. — Disse e eu sorri sacana com o duplo sentido que sua frase teve. Ele corou, olhando para o próprio peito, mas me mirou de novo quando comecei a rir novamente.

— Não seja tão ingrato. Além do mais, você não sabe o que é inércia? — Levantei a sobrancelha para ele, como se o repreendesse. — Que decepção, achei que você fosse um bom aluno. — Balancei a cabeça lentamente para os lados, fazendo muxoxos, como se estivesse realmente decepcionado com ele.

— Claro que eu sei, idiota. — Ele deu um tapa em minha cabeça que estava favoravelmente (para ele) abaixo de si. — Estou impressionado que você saiba. — Comentou maldoso, destacando o “você” com os olhos apertados num sorriso.

— Ei, não me subestime só porque eu não faço os deveres. — Fingi estar chateado e ele apenas sorriu. Desgraçado, sua pessoa fria, nem se importa né? Só perdoo porque é fofo. — Eu presto atenção na aula. — Ele levantou a sobrancelha, descrente.

— Como você presta atenção se está sempre dormindo?

— Eu presto atenção no importante. — Parei de mirá-lo, fazendo um bico chateado. Ele riu nasalmente. — E se a aula está muito chata, eu não vou prestar atenção, obviamente. Melhor dormir.

— Se você diz... — Ele deu de ombros com um sorrisinho divertido nos lábios. — A propósito, pretende me carregar o resto do dia?

— Ah. — Havia esquecido que ainda estava o carregando, e liberei um pouco o aperto de meus braços, fazendo com que ele escorregasse rapidamente até ficar com o rosto frente a frente do meu. Minhas mãos ainda abraçando levemente sua cintura.

Ele me encarou por uma fração de segundo, nossas respirações se tocando, e recuou, saindo de meus braços.

— Obrigado. — Ele sorriu minimamente, envergonhado como eu, que o mirava sem ação. Meu coração batia como um louco e eu não acreditava no que teria feito se ele não tivesse saído de perto de mim.

— Ah, hm. — Soltei minhas lindas onomatopéias, acenando com a cabeça, sem olhá-lo. Seokjin me encarou curioso, como se estranhasse meu comportamento. Não tiro razão dele, eu estava definitivamente estranho. — Vamos? — Perguntei, virando-me e caminhando pela calçada sem esperar pela resposta dele.

Diferentemente da última vez em que ficamos numa situação parecida, eu não tive que me virar e chamá-lo de novo. Seus passos apressados ecoaram na rua meio vazia até que ele parasse ao meu lado, caminhando em meu ritmo. Não olhei para ele, pois sabia que me encarava. Caminhamos em silêncio por alguns minutos, comigo chutando a calçada de vez em quando, olhando para o chão e observando como ele brincava discretamente de desviar das divisões do concreto.

— Aonde vamos? — Ouvi-o perguntar depois de um tempo e olhei para ele, que observava os próprios pés distraidamente. Olhou para mim interrogativo e eu desviei o olhar para a frente. Dei de ombros.

— Não sei, estou sem idéias. Onde você quer ir?

Ele soltou uma risada.

— Você me arrastou para fora da escola, me fez pular o muro e não sabe pra onde estamos indo? — Ele abaixou a cabeça, balançando-a negativamente, ainda rindo. — Eu quero ir ajudar Jeongguk.

— Sabia que você ia dizer isso. — Ri fracamente. — Essa não está valendo.

— O que vale, então? — Ele não discutiu como achei que faria, apenas olhou para a frente e soltou uma risada nasal.

— Hm... — Apertei os lábios e pus as mãos nos bolsos, olhando para o céu limpo e azul. — Tem algum lugar que você queira ir? Que nunca tenha ido? Algo que nunca tenha feito? — Olhei para ele que mirava a frente, pensativo.

— Se eu te dissesse tudo o que eu nunca fiz e quero fazer... — Ele falou, mais para si mesmo, provavelmente. — Teria que anotar. — Deu uma risada, olhando para o chão.

— Comece sua lista, então. — Disse, olhando para ele num meio sorriso. Ele encarou surpreso, provavelmente por não ter achado que eu o levaria a sério.

— Está falando sério?

— Claro, temos que fazer alguma coisa agora que fugimos da escola, não? — Sorri de lado com as mãos ainda nos bolsos, mirando a frente.

— Você tem razão. — Ele abaixou a cabeça, segurando uma risada. Virou-se para mim de novo e levantou a cabeça. — Parque de diversões. — Ele me encarou com os olhos brilhando de animação.

— O quê? — Eu levantei as sobrancelhas, incrédulo. — Eu disse algo que você nunca tivesse feito.

— Então!

— Espera, você nunca foi num parque de diversões? — Ele negou com a cabeça. — Caralho. — Virei o rosto, suspirando. — Que tipo de criança você foi? Como que alguém pode chegar aos dezoito anos sem ter ido a um parque de diversões?

Ele encolheu os ombros.

— Minha mãe sempre foi doente, então não podia sair comigo. E meu pai... Ele não tinha tempo para essas bobagens. — Suspirou entre o triste e o chateado.

— Não tinha tempo para o próprio filho? — Perguntei, olhando para ele um tanto revoltado. — Parece que eu não sou o único que nunca jogou futebol com o pai. — Comentei, bufando e chamando a atenção de Seokjin, que me olhou com uma expressão interrogativa, logo de desfazendo numa mais divertida.

— Eu não iria querer mesmo que ele quisesse. — Ele segurou um sorriso. — Nunca gostei de futebol.

— Nem eu. — Olhei para ele, que me mirou confuso e logo começou a rir, sendo acompanhado por mim. — Ok. — Falei, e ele me encarou novamente. — Vamos ao parque de diversões, faz tempo que eu não vou em um.

— Sério?

— Sério. — Segurei o riso ao olhar para ele, que tinha os olhos arregalados em animação. — Mas temos que voltar para a estação de metrô de perto da escola. — Informei, divertido, rindo da careta que ele fez e não resistindo a colocar a mão sobre seus cabelos e bagunçá-los. — Vamos ver quem chega antes? Um, dois, três, já! — Saí correndo sem nem dar chance dele me responder.

— Ei! Isso não vale! — Ele começou a correr atrás de mim, reclamando. — Não trapaceie, Namjoon-ah!

— Pare de chorar e tente me alcançar, Seokjin! — Disse, gargalhando em todo o caminho até a estação.

 

 [...]

 

— Eu não quero ir nisso. — Resmunguei enquanto ele me arrastava pelo pulso até a terceira montanha russa que iríamos, mais alta que qualquer outra.

— Pare de chorar, Namjoon-ah. — Ele comentou divertido. — Não vai amarelar agora e me deixar sozinho, não é?

— Nem parece que chorou porque estava em cima de um muro de quatro metros. — Resmunguei baixinho.

— É porque lá eu estava correndo risco de vida. — Ele respondeu simplista, sem olhar para enquanto continuava me puxando até a fila. — Aqui eu sei que não vou cair. — Ele virou o rosto para mostrar a língua para mim.

— Essa merda tem mais de 10 metros de altura, como sabe que não vai cair?

— É mais confiável que você.

— Nossa, me rebaixou a um amontoado de metal. Eu estou indo embora. — Virei-me, mas tive meu pulso puxado por Seokjin, que me virou para si novamente, rindo.

— Não seja assim, vamos lá, é divertido.

— Eu não sabia que você era masoquista. — Resmunguei, mas me deixei ser puxado até a fila da morte.

 

[...]

 

— Isso foi divertido. — Seokjin ria como uma criança, ainda me puxando por aí depois de descermos da montanha russa. — Namjoon-ah, você está bem?

— Eu estou bem. E eu já disse pra não me chamar assim. — Resmunguei emburrado, tentando me livrar da sensação de enjôo que estava sentindo.

— Você não parece bem. — Ele disse voltando para perto de mim, a preocupação de suas palavras se destacando com o sorriso em seus lábios. Fiz uma careta para ele. — Você está zangado comigo? — Não respondi, apenas o olhei cinicamente. — Não fique zangado comigo. — Ele fez um bico digno de Kim Taehyung e eu bufei, ignorando-o e passando por ele. — Namjoon-ah... — Sua voz estava manhosa quando falou e eu me virei, ainda o olhando feio. — Não fique bravo comigo... — Ele se aproximou, virando a cabeça para o lado como um gatinho curioso. — Eu te deixo escolher o próximo brinquedo, sim?

Eu o olhei com as sobrancelhas ainda encurvadas numa expressão de chateação, mas a suavizei, suspirando ao ver seu lábio inferior mordido levemente e seus olhos suplicantes, numa expressão completamente fofa.

— Ok. — Olhei entediado para atrás dele, visualizando algo muuuito interessante. Sorri maliciosamente. — Eu já sei em qual vamos. — Foi a minha vez de pegar seu pulso e puxá-lo até a casa mal-assombrada.

 

[...]

 

— Por que você é uma pessoa tão cruel? — SeokJin choramingou, ainda agarrado ao meu braço por causa de nossa adorável passagem pela casa mal-assombrada, não parecendo ter planos de soltá-lo tão cedo. Eu dei uma risada de seu jeito, caminhando calmamente até a saída definitiva do brinquedo. — Não ria, seu idiota! Eu estava realmente assustado. — Ele formou um bico.

— Isso se chama vingança, bem-vindo ao mundo real.

— Não precisava ser a casa mal-assombrada! — Ele não desfez o bico e apenas continuou andando enquanto segurava o meu braço.

— Você tem que admitir que mereceu.

— Eu não vou conseguir dormir por uma semana. — Ele resmungou entre o bico, ignorando minha fala anterior.

Dei uma risada baixa, com as mãos nos bolsos, e mirei a frente, logo voltando a encará-lo.

— SORVETE! — Ele gritou de repente e eu quase morri de susto. Ele apontava com o braço livre (o outro estava me segurando ainda) para uma banquinha do doce a uns cinco metros de nós. — Namjoon-ah! É sorvete! — Ele me olhou com os olhos inocentes e brilhantes de animação, parecendo uma verdadeira criança, mais infantil que qualquer uma das outras que estavam na fila querendo seu amado sorvete.

Ele me puxou pelo braço até lá, entrando na fila e esperando ansiosamente as três crianças que estavam à nossa frente. Ele batia o pé e mordia o lábio, enquanto eu apenas ria de seu jeito.

Quando fomos atendidos por uma moça que quase comeu Seokjin com os olhos,  ele pediu um sorvete de morango com cobertura do mesmo sabor, lambendo animadamente o doce antes de tentar soltar seu outro braço do meu para pegar a carteira, mas eu o impedi e paguei eu mesmo. Seokjin me encarou confuso e eu apenas dei de ombros.

— Meu pagamento por ter te arrastado para a casa mal assombrada.

Ele me encarou com a boca levemente aberta por alguns segundos, logo sorrindo muito, seus olhos se fechando e sua boca carnuda se esticando de forma absurdamente perfeita.

Olhei para a garota da banca de sorvete, que nos encarava com uma espécie de tristeza e desilusão, misturada com afeição.

— Vocês formam um belo casal. — Ela disse, sorrindo. — Por que todos os garotos bonitos são gays? — Soltou uma risada e eu e Seokjin nos encaramos, logo nos afastando envergonhados.

— Nós não somos um casal. — Eu respondi, passando a mão pelo pescoço de forma constrangida e senti Seokjin negar com a cabeça timidamente ao meu lado.

— Não? — Ela levantou a sobrancelha, notando nosso desconforto. — Deveriam ser, vocês combinam. — Ela sorriu, virando-se para atender uma criança que gritava porque queria sorvete de macarrão e não se conformava com o pai e a atendente lhe dizendo que isso não existia.

Olhei para Seokjin, que olhava a cena sorrindo.

— Você vai ficar sem sorvete. — Informei, atraindo sua atenção para mim e logo para o doce que derretia em sua mão. Soltei uma risada quando ele deu um grito, lambendo a meleca rapidamente. Peguei um guardanapo no balcão da banca e ajudei-o a limpar suas mãos e sua boca. — Francamente, você parece uma criança. — Comentei, ainda com o guardanapo a passear por suas bochechas. Desviei o olhar de sua careta, com os olhos fechados e o nariz torcido enquanto sentia o papel áspero passar em sua pele branca, então vi a garota da sorveteria nos encarar calorosamente, sorrindo ainda mais quando me viu olhando-a. — Vamos. — Falei, jogando o papel na lixeira e colocando as mãos nos bolsos para me virar e andar, sendo acompanhado por Seokjin, que ainda lambia o sorvete distraidamente. — E então? Acho que já fomos em todos os brinquedos, não?

Ele me encarou por um momento com uma expressão que eu não consegui decifrar.

— Não fomos em todos, mas é o suficiente. — Ele sorriu, olhando para o sol que se punha no horizonte. — Obrigado, foi incrível.

Sorri fracamente, mesmo sabendo que ele não via minhas expressões, eu tinha medo do quanto elas podiam falar. Nos dirigimos até o portão do lugar, saindo dali e caminhando pela calçada calmamente.

— E então? Qual o próximo item?

— O quê? — Ele perguntou, olhando-me confuso.

— Sua lista, ainda temos muito tempo para gastar. Não quer fazer mais alguma coisa hoje? — A verdade era que já estava na hora da saída da escola, então, tecnicamente já tínhamos terminado. Mas eu sentia como se não pudesse deixá-lo ir agora, não parecia o suficiente.

— Hm... — Ele pôs a mão sob o queixo, parecendo pensar. — Bom, esse, eu tecnicamente já fiz, mas... Não foi a melhor das experiências. — Ele me olhou envergonhado.

— Diga.

— Eu sempre quis ir a uma festa. Dançar, beber, e tudo mais. — Ele encarava os próprios pés enquanto andava.

Eu já ia começar a rir dele quando senti meu celular vibrar em meu bolso. Tirei o aparelho e vi a notificação de uma nova mensagem.

Suga.

Estava demorando.

 

“Estamos executando o plano. Preciso de você no Lux.”

 

Preocupei-me com o que Yoongi estava tramando, mas sorri com a alegre coincidência, olhando para Seokjin, que me encarava curiosamente.

— Parece que temos uma festa para ir.


Notas Finais


MDS estou até com vergonha ^~^ quem chegou até aqui vai me entender.
Eu sei que vocês estavam esperando tretas JiKook, mas eu preferi deixar para o próximo..e vamos admitir que não ficou ruim, né, teve bastante viadagem, então eu acho (espero) que vocês gostem tanto quanto eu gostei :3
Comentários pra me deixar feliz? e.e
Qualquer coisa, estou no Twitter: @KLu1202
Até semana que vem '3'


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