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História Dependence (Em revisão) - In the next time, remember me to leave SeokJin at house.


Escrita por: kaisooisreal

Notas do Autor


Aloha o/ (me ignorem, eu vi Lilo&Stich hoje)
Entaum...adivinhem quem escreveu todo o capítulo de última hora de novo?....Isso, mesmo, a retardada aqui \o/
O capítulo de hoje tem -alaluia- capa, porque a Eleph arranjou um tempinho e fez pra mim :3 espero que os próximos sejam assim também, não é, Yasmin???~~~~~

Enfim, espero que gostem (espero mesmo, foi muito irritante escrever esse capítulo, não ficava bom de jeito nenhum).

Até lá embaixo '3'

Capítulo 8 - In the next time, remember me to leave SeokJin at house.


Fanfic / Fanfiction Dependence (Em revisão) - In the next time, remember me to leave SeokJin at house.

Observei o garoto de cabelos negros se afastar na multidão. Ele, ao contrário do que pensei, não hesitou em nenhum momento ao adentrar no mar de gente que se erguia e movia em volta de JiMin, passando por todos sem grande dificuldade, mas sendo parado de vez em quando por mãos curiosas e trombões bêbados.
 

Desviei por um momento o olhar do percurso de JungKook e mirei o centro do problema, que agora dançava sem camisa na pista, exibindo o abdômen absurdamente definido e suado, atraindo ainda mais atenções do que nunca.
 

As mãos que passavam pelo corpo de Park JiMin pareciam infinitas, pessoas mais atrevidas já haviam deixado marcas em seu pescoço e braços, mas agora o corpo baixinho de meu amigo era monopolizado por um gigante loiro, que sorria como bobo enquanto quase transava com JiMin ali. A fricção dos corpos era tão intensa que eu sentia o calor de onde estava, os dois corpos suados se acompanhavam no ritmo da música, e eu por um instante pensei no quão bêbado JiMin estava para se deixar tocar daquele jeito por alguém que não fosse JungKook.
 

O mais novo, por sua vez, parecia estar notando as exatas mesmas coisas que eu, e eu via sua mandíbula cerrada em puro ódio mesmo no meio daquela poluição luminosa, mesmo estando longe de si.
 

Ver a megera daquele jeito me fazia entender o que JiMin queria dizer com "orgulhoso, mas extremamente possessivo" quando, a dois anos lhe perguntei como era a personalidade de JungKook. Na época, eles estavam apenas se conhecendo e eu nem em sonhos imaginava que JiMin iria nos largar por causa de um garoto.
Mas agora eu entendia porque a personalidade de JungKook era tão problemática de se lidar: ele poderia afirmar tudo o que quisesse: que sua vida era uma merda, que todos o haviam largado e que não perdoaria ninguém. Mas ele havia esquecido completamente o que significava seu orgulho por causa de sua possessividade quase que doentia, e o olhar que seus orbes refletiam pareciam o de um psicopata numa festa infantil, prestes a matar quem havia roubado seu doce.
 

Eu não conhecia Jeon o suficiente para saber do que ele era capaz, mas senti realmente medo de ter que ir prestar depoimento na delegacia por tentativa de homicídio naquele momento.
 

Nem eu, nem Jack, e muito menos SeokJin, que não prestava atenção no que acontecia, falávamos algo. Eu, perdido em meus pensamentos, quando voltei a prestar atenção em JungKook, notei que o mesmo estava perigosamente perto de seu objetivo, e segurei a respiração quando notei-o parado ao lado dos dois que dançavam sem notar sua presença.
 

Prendi a respiração quando Jeon se aproximou dos dois, mas o mais novo não separou-os a gritos como achei que faria, apenas esbarrou propositalmente em JiMin e seguiu em frente, até encontrar TaeHyung, que estava a poucos metros dali. O esbarrão, ao invés do que eu pensei, chamou a atenção de Park, que tirou o foco por um momento da dança de acasalamento com o loiro e fitou JungKook com cara de quem acabou de ver uma assombração. Seguiu o menor com os olhos enquanto ele falava ao ouvido de Tae, que mirou JiMin por um segundo e logo acenou com a cabeça, sua expressão séria de transformando num sorriso sapeca.
 

Eu não fazia idéia do que estava acontecendo, mas se JungKook queria a atenção de JiMin, havia conseguido. Meu amigo parecia estar beirando o desespero enquanto tentava ver o rosto de Jeon, como se precisasse apenas de uma confirmação de suas suspeitas. Seu pânico era compreensível, afinal, seu "amor verdadeiro" o havia visto dançando como uma puta no meio de, bem, outras putas, então JiMin tinha o direito e o dever de ficar em desespero. Mas aquela coisa gorda parecia tão bêbado que por alguns segundos me questionei se ele estava vendo JungKook ou o Godzila.
 

Tenho sérias dúvidas de quem é o mais assustador.
 

Olhei para Jeon novamente, e meu queixo caiu quando vi que ele estava rodeado de garotas e garotos, todos eles fazendo as mesmas coisas que eram feitas com JiMin antes do monopólio estrangeiro. Virei minha cabeça para olhar Park de novo, e vi que ele tinha a mesma expressão que eu. Teria sido engraçado, se não fosse tão perturbador.

Mirei JungKook novamente, e notei Tae ao seu lado, sorrindo sacana enquanto encarava JiMin, de braços cruzados. Curvei as sobrancelhas e o vi se virar para mim, soltando um meio sorriso e um balançar de ombros quando o olhei duramente.

No que aqueles idiotas estavam pensando?

Olhei para Jack, que me encarou de volta, emitindo um ‘xiiii’ silenciosamente, com os olhos arregalados e todos os dentes aparentes, numa careta que definia minha situação no momento: “fodeu”.

- O que pensa fazer? – Ouvi Jackson me perguntar quando levantei do banco em que estava.

- Esses idiotas estão apenas piorando as coisas, alguém tem que colocar juízo naquelas cabeças. – Vi meu amigo esboçar o começo de um sorriso, como se fosse tirar alguma piadinha, mas se limitou a acenar com a cabeça. – Cuide dele. – Disse, apontando para SeokJin, que estava com a cabeça recostada sobre a bancada, com os olhos fechados e murmurando algo pelo pequeno bico que havia se formado em seus lábios.

- Claro. – Jackson sorriu mais do que deveria naquela situação, mas dei de ombros e me virei para a pista, não antes de mirar o garoto alcoolizado com preocupação mais uma vez.

Mergulhei na multidão com o desconforto estampado em meu rosto, tentava ao máximo evitar as mãos descontroladas e os quadris que se moviam loucamente atrás de contato com tudo e todos. Eu normalmente não me importava com esse tipo de coisa, mas minha paciência já estava baixa, não ia ficar agüentando aquele monte de pervertidos bêbados e carentes de sexo.

Me aproximei de forma calma -que não refletia meu estado de espírito- de JungKook, logo sentindo alguém segurar meu braço. Olhei para a pessoa dona da mão e não me surpreendi ao ver Tae me encarando sem expressão no rosto fino.

- Não interfira. – A voz de TaeHyung era baixa quando ele se aproximou de meu ouvido para se fazer ouvir. – Você já fez o bastante.

- No que diabos você está pensando? – O encarei irritado. – Não vejo como cada um comendo meio mundo enquanto o outro olha pode ajudar.

- Tenha paciência. – Tae deu um sorrisinho, colocando a franja comprida atrás da coisa gigante que atende por orelha dele. – Fique quieto e note os efeitos colaterais, você vai entender.

Bufei, desviando o olhar para JiMin, que ignorava as tentativas de sua companhia de conseguir atenção enquanto mirava JungKook com assombro, que parecia completamente perdido em luxúria e euforia. Arranjara sabe-se onde um copo com bebida, e o virava de uma vez garganta abaixo todas as vezes que era enchido novamente.

Observei, já não tão pasmo com a situação, uma garota, linda, diga-se de passagem, se aproximando do mais novo e sorrir para si. Ela aproximou a boca do ouvido de JungKook e falou-lhe algo, recebendo um sorriso de canto do mesmo. O moreno continuou dançando como se não houvesse amanhã, e veja só, não é que a criatura tinha jeito pra coisa? Se treinasse um pouco conseguiria ótimos resultados facilmente. A garota, que usava um short de blue jeans e uma blusa simples branca, não parecia o tipo de puta que normalmente se encontraria nessas situações, e seu rosto não me era estranho. Forcei um pouco a memória, e lembrei de tê-la visto várias vezes entre os skatistas durante o dia. Olhei para Tae ao fazer a ligação, perguntando sem palavras se tinha dedo seu ali.

Meu amigo soltou uma risadinha, e se limitou a acenar com a cabeça.

- Hea pode não gostar desse tipo de coisa, mas foi a garota mais bonita que eu tinha à disposição no momento para fazer esse tipo de coisa sem se aproveitar da situação, e o melhor de tudo: JiMin não a conhece. – Meu amigo curvou os lábios finos num sorriso, que lhe deixava com mais cara de elfo ainda, parecendo infinitamente satisfeito com sua vida.

Olhei para Hea e JungKook, que dançavam animadamente, o garoto parecia verdadeiramente feliz ali, e perceber isso me fez olhar imediatamente para JiMin, que, por algum motivo ainda não tinha mandado aquele estrangeiro tomar no cu e se limitava a olhar sofrido para o maior enquanto sua companhia dançava ao seu lado.

Eu não entendia como Tae achava que aquilo ia ajudar em algo, mas preferi não me intrometer no momento, não ia resolver nada mesmo.

Em algum momento me deixei devanear ao invés de ficar olhando aquela troca de ciúmes entre as crianças que não sabiam ter uma conversa civilizada, e minha atenção foi diretamente para trás de mim, para o bar do lugar, suspirando cansado ao ver que ele ainda estava onde o havia deixado, mas brincava de girar no banco do bar, sobre o olhar divertido de Jack, que conversava com ele. Sorri e voltei à minha situação.

A música, que havia se acalmado um pouco, voltou com toda a batida, fazendo tremer o lugar, animando todos novamente, que pegaram JungKook e o elevaram do chão enquanto o garoto dava um grito pelo susto, logo parecendo rir e se segurando às pessoas. O mar de gente continuou elevando-o, fazendo-o se mover sobre as mãos. As semelhantes de JungKook tentava desesperadamente se segurar em algo, mas as pessoas o moviam rapidamente, os solavancos evitando que ele fosse ao chão. Algo estava errado.

Não pensei em nada quando fui correndo até o garoto, notando com o canto do olho que JiMin já não estava com o estrangeiro, não estava em lugar nenhum. Tentei me colocar em meio à massa humana que escandalizava com a brincadeira, elevando outras pessoas aos poucos, que sorriam e se divertiam enquanto eram carregadas. Olhei por cima das outras pessoas, o que não era difícil, considerando minha altura, e notei que cada vez mais afastavam JungKook de mim no mar de gente. A pista de dança, e toda a área em volta dela estava absurda e exageradamente cheia de pessoas, fazendo com que o destino da descida do garoto provavelmente fosse ser bem mais à frente, onde já não houvesse pessoas para segurá-lo.

Me apressei entre as pessoas, não me preocupando em precisar empurrar aqueles estorvos. Cheguei perto de JungKook, a cerca de três metros de distancia dele, e notei que o garoto tinha os olhos fortemente fechados e o rosto pálido, parecia prestes a chorar. Suas mãos ainda balançavam, tentando a falha missão de se segurar em algo fixo. Me movi para tentar ajudá-lo, agora que tinha certeza de que o garoto não estava bem, mas travei meus esforços quando notei, no meio da confusão de mãos, uma em especial entrelaçar os dedos aos semelhantes desesperados de JungKook. Tentei ver a pessoa dona da mão, apesar de já imaginar quem era, e não consegui distingui-la no meio daquela bagunça de corpos. Saí do torpor da interrupção que me fez ver tudo como se a única coisa importante do momento houvesse sido aquilo, e me empenhei em continuar seguindo o garoto, que parecia estar muito mais calmo, apesar de manter os olhos fechados.

Consegui sair da área mais lotada, contornando a mesma para chegar onde eu acreditava que JungKook seria solto, me coloquei no fim do caminho de JungKook, segurando seu tronco e o colocando no chão após isso, vendo-o se manter estático de pé, com os olhos ainda fechados. Olhei para sua mão, que ainda apertava e era apertada fortemente por outra. Olhei para JiMin sem expressão, que me encarou tristemente, acenando com a cabeça para mim, como se agradecesse e logo olhando para o mais novo, se aproximando do maior lentamente. O de cabelos negros, ao sentir a aproximação de quem ele provavelmente já sabia quem era também, apertou os lábios e soltou sua mão do aperto com certa violência, logo se virando, já com os olhos abertos, para meu amigo de infância, que mantinha o semblante triste enquanto encarava o mais alto.

JungKook cerrou a mandíbula e se virou de costas para se afastar, seus punhos fechados fortemente.

- Espere. – JiMin não teve que gritar quando segurou o punho do mais novo, e eu estranhei, olhando instintivamente para a plataforma em que Min cuidava do som, tentando entender por que o volume estava mais baixo (ainda alto, mas era possível conversar agora), arregalando os olhos ao ver Suga ali, sorrindo perversamente. Ele me deu um tchauzinho quando notou meu olhar, e eu bufei. Aquela criatura pensava mesmo em tudo. – Kookie... – JiMin tentou falar, e eu levei minha atenção novamente aos dois à minha frente. – Me escute.

- Escutar o quê? – A resposta veio seca, fazendo com que a expressão de JiMin se curvasse mais ainda em dor. – O que você quer? Estou esperando. Se não tem nada a dizer eu estou indo. – JungKook fez menção de soltar a mão de novo, sendo segurado fortemente pelo mais velho.

- Eu te pertenço, sou todo seu, por favor... – A voz de JiMin estava embargada, o desespero se refletia em seus orbes enquanto ele suplicava ao garoto.

- Todo meu? – JungKook repetiu, soltando uma risada fraca e debochada. – Não foi o que pareceu. Pare de me fazer perder tempo, eu estava me divertindo. – As palavras do garoto eram duras, mas eu, ao contrário de JiMin, podia ver o rosto de Jeon, e sabia que ele se segurava para não tropeçar nas palavras e começar a chorar.

- Eu sei que não estava. – JiMin parecia à beira de lagrimas, mas sua voz e postura pareceram ficar mais firmes ao falar. – Você não gosta desse tipo de coisa, morre de medo de altura e não gosta de pessoas lhe tocando, não venha mentir pra mim, Kook, não pra mim.

O mais novo nada disse, mas pareceu ainda mais decidido que antes em soltar o aperto da mão forte de JiMin. Notando isso, o mais baixo se aproximou de JungKook, abraçando-o por trás, dizendo com uma calma irreal:

- Pare de ser tão teimoso, vamos sair daqui.

JungKook parou por um segundo, ficando estático com o contato, logo se soltando do abraço e ficando de frente para o mais velho.

- Não! – Me assustei com o grito, mas não posso dizer que não o  esperava. – Eu não vou cair nessa de novo, saia de perto de mim! – Os olhos de JungKook brilhavam pelas lágrimas enquanto o mesmo encarava o mais velho em uma postura totalmente defensiva, como se qualquer um que tentasse tocá-lo fosse sofrer severamente.

JiMin, dono de uma calma que parecia ter surgido do além no momento, se aproximou do maior, dando um passo hesitante, como se temesse assustar um animalzinho arisco. Encarei meu amigo com confusão, a dez segundos parecia achar que o mundo ia cair sobre sua cabeça, e agora apenas mantinha um fraco sorriso gentil e caloroso no rosto.

- Kookie... Não seja assim. – Ele deu outro passo, resultando de um igual, mas para trás, da parte de JungKook. – Eu sinto muito, por tudo, vamos conversar, vamos resolver, mas vamos sair daqui antes. – Jeon negou fortemente com a cabeça, fechando os olhos e parecendo querer desaparecer no ato. – Kookie...

- Não! – Ele negou novamente com a cabeça, levantando a mesma e encarando o mais velho com a expressão perdida entre a confusão e a raiva. – Não me encha o saco JiMin, você não manda em mim! Volte para seu namorado loiro e idiota, vá! – Apontou para o meio da bagunça de novo, a qual olhei e notei que, verdadeiramente, aquele poste estrangeiro se aproximava de nós, parecendo procurar alguém. Era só o que faltava.

- Você está sendo ridículo, Kook, não torne isso ainda mais difícil. – JiMin reclamou, parecendo perder um pouco da calma que tentava com todas as forças manter no semblante.

- Eu estou sendo ridículo?! – O mais novo gritou, olhando com um início de raiva para o ex-namorado. – Você que começou tudo isso, JiMin! Eu apenas não quero mais sofrer por causa disso!

- Eu também não quero que você sofra... – Começou JiMin, suspirando cansado antes de fixar seu olhar nos orbes do mais novo. – Mas eu lembrei de uma coisa importante, JeongGuk. – Estremeci, assim como o garoto mais alto. JiMin nunca usava aquele tom de voz, e muito menos chamava Jeon pelo verdadeiro nome. – Eu também não quero sofrer. – Ao ouvir isso, JungKook arregalou os olhos e encarou o ex-namorado, que o encarava com uma seriedade tão incomum naquele rosto que era estranho vê-la ali até mesmo para mim, que passara a vida toda com ele. – Eu agüentei muita coisa, larguei muita coisa por causa de seus caprichos, muita coisa importante. – JiMin virou o olhar para mim, sorrindo fracamente, logo mirando o mais novo, com o semblante sério voltando a sua expressão. – E percebi que, apesar de te amar muito, eu estava perdendo uma das melhores fases da minha vida porque me deixei prender pelo seu egoísmo. – O mais novo estava estático, provavelmente nunca haviam lhe jogado a verdade assim na cara, e JiMin era definitivamente a última pessoa de quem ele esperava palavras tão duras. Mas eu sabia que estava apenas começando. – Quando me toquei disso, fiquei desesperado para conseguir minha liberdade de volta, eu nunca cogitei terminar com você, porque sabia que já não era capaz de ficar sem você. – Suspirou. – E fiz o primeiro movimento. Eu acreditava verdadeiramente que conseguiria te mudar, nem que fosse um pouquinho, que eu conseguiria te apresentar um outro lado da vida. O meu lado. – Ele sorriu nostálgico. – Mas você respondeu daquele jeito, esmagando todo o carinho iminente que eu ainda tinha por você na hora. Eu estava zangado, Kook, por um momento, eu verdadeiramente te odiei. – Suspirou cansado novamente, balançando a cabeça levemente antes de continuar. – Depois que disse aquilo e você disse que tudo havia acabado, eu caí na real, e verdadeiramente cogitei voltar atrás com tudo o que havia dito, em ignorar o que meu subconsciente gritava com todas as forças e correr atrás de você. Mas um idiota veio e me deu um tapa de razão, me obrigando a não ser impulsivo e desperdiçar o que havia feito. Agradeço ao hyung por ter feito isso. – Ele sorriu, e JungKook olhou para mim, confuso. Encolhi os ombros, admitindo a culpa. – Eu fiquei ontem e hoje, os dias inteiros, pensando em você, pensando em como poderia te ter de volta. Eu estava tão melancólico que meus amigos, sabe aqueles que eu larguei pra estar com você, mas que não hesitaram em me aceitar de volta?, se irritaram e me mandaram parar de chorar e curtir um pouco a vida. – JiMin soltou uma risadinha, sem olhar para JungKook, e por isso não notando que o mais novo estava à beira de um ataque de lágrimas. – Eu tentei, verdadeiramente tentei te esquecer hoje Kookie, era meu objetivo quando passei por aquele portão lá fora. – Ele olhou tristemente para o mais alto, não se alterando ao ver os olhos úmidos do mesmo. – Mas perece que nem minha cabeça, nem o universo, e muito menos o Suga hyung pretendem deixar isso acontecer. – Segurei uma risada, JiMin não era tão tapado quanto fazia parecer. – E agora, vendo você nesse meio que sempre foi parte de minha realidade e que você não perece nem um pouco deslocado, como eu sempre temi, me fez ficar realmente feliz. Eu quero estar com você Kook, mas dessa vez do jeito certo, do jeito saudável para nós dois, numa relação de casal, não de ‘um manda e o outro obedece’ como estávamos. – Ele esticou a mão direita ao mais novo. – Se você deixar, eu te apresento mais um pouco do meu mundo, o que acha? – Finalizou sorrindo, sorrindo fortemente como fazia tempos que eu não via.

JungKook não se moveu, parecia querer segurar a mão do mais velho e resolver aquilo, eu via em seus olhos, mas antes que sua mão se movesse mais que um centímetro, JiMin foi abraçado por trás, e eu invoquei todos os demônios possíveis do universo para matar aquele gigante loiro estrangeiro retardado sem a menor noção da vida que estava claramente pedindo para morrer.

- Te achei, me deixou sozinho, assim eu fico triste. – Ele reclamou, fazendo manha (faça-me o favor, ser vivo) enquanto abraçava a cintura de JiMin.

 Meu amigo arregalou os olhos, se soltando do aperto imediatamente, olhando para o loiro com assombro, logo sorrindo envergonhadamente, como se pedisse desculpas.

Olhei para JungKook, que tinha uma expressão assustadoramente séria, me fazendo sentir medo pelo couro daquele cara. O garoto de cabelos negros deu um passo a frente, ignorando JiMin, que tentou pará-lo.

- Saia daqui.

- Do que você está falando? – O estrangeiro curvou as sobrancelhas. – Não interfira, baixinho, você não tem nada a ver com isso. – Completou, empurrando JungKook para o lado par andar até JiMin, ato que me fez soltar um assobio da falta de noção de perigo daquela criatura.

- Ei. – JungKook chamou, colocando a mão no ombro se loiro, que virou para ouvir o mais novo e se surpreendeu tanto quanto eu e JiMin ao receber um soco no queixo. Abri a boca em espanto, e admiração, ao ver o gigante recuar com a mão sobre a área machucada, mirando o mais baixo com a expressão passando de surpresa para irritação. – Saia de perto de JiMin.

O mais alto olhou para o moreno atrás de si, logo olhando para o à sua frente.

- Por que eu faria isso? – Ele deu um passo à frente, de forma alguma intimidando o mais baixo, que se manteve no lugar. Os olhos de JungKook estavam opacos, como se não tivesse mais controle do ciúme, e isso assustava, assustava mesmo.

- Porque senão eu vou ter que te ensinar a não sair tocando no que não é seu. – JungKook deu um sorrisinho de canto que me pareceu absurdamente macabro no momento. Se eu fosse aquele cara, sairia correndo dali logo.

- Qual o seu problema, pivete? – O cara pareceu se irritar mais. – Agora está me ameaçando? – O mais baixo deu de ombros, fazendo pouco caso ao que o outro dizia. – Ora... – O mais alto deu um passo à frente, encarando Jeon, que o mirava com ira.

O estrangeiro levantou o punho, desferindo-o em direção ao rosto delicado de JungKook, mas sendo parado pela mão de JiMin, que o encarava como se fosse esfolá-lo vivo ali mesmo.

- Você é uma boa pessoa e eu não quero que se machuque, mas se encostar um dedo em JungKook, pode ter certeza de que não vai sair daqui inteiro. – A voz de JiMin era calma e calculada, mas seu olhar poderia perfurar chumbo.

O loiro pareceu querer falar algo, mas no fim se limitou em olhar indignado para o casal e sair dali a passos duros.

Observei o mesmo se afastar, assim como os garotos à minha frente, todos vendo a figura sumir na multidão em silêncio. Que logo foi quebrado por JiMin, que se virou para o mais novo gritando:

- Por que fez aquilo?! E se ele tivesse te batido de volta?!

- Que batesse. – JungKook deu de ombros. – Eu devolveria até ele se mancar e parar de ir atrás de você. – O mais velho o encarou, incrédulo, logo balançando a cabeça e soltando uma risada soprada enquanto balançava a cabeça em negação.

- Kookie, não faça essas coisas, você não sabe brigar.

- Então não fique dando mole pra todo cara que aparecer!

- Eu não dou mole pra todo cara que aparece. Esse foi um caso especial.

- Ah é? Me desculpe então. – O mais novo cruzou os braços, formando um bico de irritação. – Vá atrás dele se é tão especial.

- Porra, você sabe que não é isso, não seja tão infantil!

- Me desculpe se eu sou tão infantil. – JungKook sorriu, cínico. – Vá atrás do adultão pra ter uma conversa de gente grande então.

- Desde quando você é tão chato?!

- E você, desde quando fala desse jeito comigo?!

- Ok, chega crianças. – Interrompi, dando um tapa em cada uma das cabeças, que foram à frente pelo impacto. – Todos já sabemos que vocês se amam, agora parem de gritar.

Os dois me miraram com uma careta no rosto, mas JiMin logo suspirou, olhando para o mais novo com o olhar carinhoso.

- Desculpe, obrigado por tentar fazer algo, eu entendo seu ciúme. – Jeon o mirou, ainda com a expressão irritada. – Mas não quero que se machuque, ok? Não faça mais esse tipo de coisa, já basta o hyung como brigão idiota na minha vida.

- Não me inclua nesse papo, e não me insulte.

- Eu nunca disse que era você esse hyung mas, bem, você acabou de se entregar. – JiMin sorria divertido, mas não me olhava, seus olhos estavam presos no garoto à sua frente.

 Bufei, fazendo com que JiMin soltasse uma risada gostosa, logo ganhando um sorriso de canto do mais alto.

- Eu deveria sair daqui? – Perguntei, sacana.

- Sim, acho que você já pode ir. – JiMin não me olhava, mas sorriu ao me mandar embora.

Sorri e me virei ao mesmo tempo que ouvia alguém me chamar.

- O que foi, Tae?

- Eu acho que você gostaria de saber quem é o centro da brincadeira agora. – Tae disse ofegante, apoiando-se nos joelhos, logo apontando para a multidão, que ainda não tinha parado com aquela retardadisse de levantar pessoas, haviam menos pessoas sendo elevadas agora, mas o que verdadeiramente me chamou a atenção foi a figura mais próxima a nós, que era levada em nossa direção, rindo como uma criança.

- Puta que pariu, Jackson, você não tinha ficado de olho nele? – Foi a única coisa que eu disse antes de mergulhar no mar de pessoas, indo em direção a SeokJin.

Não me preocupei em novamente abrir caminho aos empurrões, mas levei diversas pisadas nos pés enquanto tentava avançar no mar de gente até a criança bêbada que eu devia ter deixado dormindo em algum lugar.

Me posicionei a um metro de onde ele estava, sabendo que o trariam até mim, e levantei os braços. Quando senti a cintura de SeokJin, apertei-a e o puxei para baixo, segurando-o firmemente para que não caísse, ouvindo, mas ignorando, diversas reclamações das pessoas ao meu redor.

- Nammie! – Senti-o me abraçar animado, e suspirei cansado pelo álcool ainda estar fazendo seu trabalho.

- Vamos sair daqui. – Tentei colocá-lo no chão para que andasse, mas ele se agarrou a mim fortemente, fazendo com que eu segurasse novamente sua cintura.

- Eu não consigo andar. – Ele choramingou. – Minhas pernas não me obedecem, Nammie. – Apertou mais os braços ao redor de meu pescoço.

- Me lembre de te zoar depois por esse apelido. – Disse, sem me irritar com ele, e segurando-o de forma que passasse de meu colo para minhas costas, onde se agarrou com uma força assustadora para aqueles braços finos, colocando o rosto na dobra de meu pescoço. – Vamos lá então.

- Vamos! – Ele levantou a cabeça, animadamente olhando para todos os lados enquanto eu andava sem problemas pela multidão, ainda me assustando por seu pouco peso.

Segui pelo mesmo caminho por onde havia vindo, ouvindo e acenando a cabeça para as besteirinhas infantis que ele murmurava alegremente. Eu me sentia um pai criando uma criança. Tão estranhamente fofo.

Quando notei que não devia ter voltado para o lugar onde estava antes, pois a encheção de saco seria eterna, era tarde demais, então mandei o universo ir se foder e saí da bagunça, conversando com SeokJin sobre como a ajumma e o ajushi estavam malcriados, ignorando o fato de que eles supostamente haviam sido comidos, e passando direto por meus amigos, que riam entre o malicioso e o terno para a cena.

Rodeei a multidão ainda carregando SeokJin até o bar novamente. Colocando-o sobre um banco e me sentando ao seu lado, suspirando cansado.

- Jackie! Eu quero mais suco de morango! – Ouvi SeokJin gritar animadamente e fiz uma careta ao chinês que se aproximava de nós, me olhando sem graça.

- Posso saber por que eu encontrei essa criança sendo carregada por uma multidão bêbada no outro lado do galpão, enquanto eu tinha te pedido para cuidar dele? – Perguntei, fazendo uma carranca para Jackson. – E não dê mais disso a ele! – Falei alarmado quando vi Jack entregando mais uma batida de morango para SeokJin, que choramingou quando tirei o copo de suas mãos.

- Relaxa, isso é suco de morango mesmo, faz uma meia hora que eu não dou mais nada com álcool pra ele. – Jack suspirou, e eu devolvi o copo a SeokJin, que deu um gritinho animado. – Ele começou a perguntar de você, e eu mandei que ele ficasse aqui até você voltar, mas em algum momento eu parei de prestar atenção nele por um instante e ele deu o fora. Só o vi quando ele já estava tentando andar pela multidão, mais sendo levado que qualquer outra coisa. Quando ele foi levantado, pensei em sair e ir atrás dele, mas nunca o alcançaria, então admiti que em algum momento você o veria e o traria de volta com fogo saindo pela boca, me xingando de todos os palavrões possíveis e m=amaldiçoando até a quinta geração de meus descendentes. – Passou um pano pela madeira do balcão, por puro costume de barman. – Dito e feito. – Sorriu, me fazendo suspirar, sem ânimo para continuar a brigar com ele. – Mas, mudando de assunto, o que rolou lá?

- Aqueles dois algum dia vão se casar, guarde minha palavras. – Suspirei, bebendo o copo de cerveja que Jack me passou enquanto ria de meu comentário. – JungKook faz um cu doce do caralho, mas é só o JiMin dar uma de difícil que ele corre atrás fazendo cena.

- Eles parecem bem juntos.

- Você já os viu juntos? – Debochei, levantando a cabeça para mirá-lo com um sorriso sacana, vendo meu amigo apontar para trás de mim. Me virei e suspirei ao notar JiMin, JungKook e Tae se aproximarem do bar.

- Jackson! – Ouvi TaeHyung gritar, logo correndo até onde estávamos e abraçando o moreno por cima do balcão. – Quanto tempo! Você está me devendo 6144 won! – Perguntou malicioso, arrancando uma risada gostosa do chinês.

- Bom te ver também, V. – Jackson alfinetou.

- Você sumiu! Por onde andou, hyung?

- Por aí. – Deu uma piscadela travessa, desviando a atenção para JiMin. – E aí, baleia assassina? Voltou pro lado bom da vida? – Jackson riu quando o anão de jardim (que tinha sua altura) encolheu os ombros. – Parece que tudo correu bem, não é, belezinha? – Ofereceu mais uma piscadela, mas dessa vez para JungKook, que corou ao notar que ainda segurava a mão de JiMin, e acenou envergonhadamente com a cabeça.

- Belezinha? – JiMin curvou as sobrancelhas, encarando Jackson com confusão. – Você conhece o Kookie?

- Claro, somos amigos de longa data. – Jack sorriu abertamente, e eu segurei uma risada da cara que JiMin fazia ao receber a informação. – Desde que ele precisou de uma bebida pra recuperar a posse de um gigante estrangeiro.

Park bufou quando entendeu a brincadeira, fazendo com que todos ríssemos. Todos menos SeokJin, que apenas encarava JungKook com o olhar sonhador.

- Monster hyung, SeokJin ainda está bêbado? – JungKook perguntou inocentemente, ao notar o amigo que balançava infantilmente as pernas penduradas no banco.

- Eu não estou bêbado, e nem estou surdo, JeongGuk. – Ele fez um bico chateado, curvando as sobrancelhas grossas, assumindo uma postura de ‘mãe’ que eu havia notado nele quando ele dormira em minha casa. – Você que não deveria estar em um lugar desses, onde já se viu, JiMin ssi, por que deixou ele entrar aqui? Ele é uma criança ainda, seus pais nem sonham que esteja num lugar desses, como você consegue ser tão irresponsável... – Sua voz foi morrendo, e conseqüentemente levando o sermão com ela, quando SeokJin viu o morango que eu balançava em frente aos seus olhos. Ele pegou a fruta como um animal faminto o faria, sem nem nos dar tempo de ver, e mordeu o morango com um bico, ao ver que todos que antes estavam pasmos agora riam de seu jeito.

- Não ligue pra eles, Seok. – Baguncei seus cabelos com a mão. – Apenas fique quietinho aí. – Ele olhou para mim, logo fazendo uma careta e estendendo a mão para mim, pedindo mais morangos. Acenei com a cabeça para Jack, que trouxe um pote com um monte da fruta (de onde ele tirava tudo aquilo?), entregando-o a SeokJin, que se virou novamente para o balcão, feliz da vida.

Me virei para os outros garotos novamente, e dei de cara com todos me olhando com aquelas mesmas caras de idiotas que acham que eu estou pegando Kim SeokJin. Façam-me o favor.

- Vamos embora? – Bufei. – Acho que já estamos todos cheios disso aqui.

- Claro. – Tae soltou uma risada soprada, como se achasse engraçado meu desconforto. Claro que achava. – Mas já são quase três da manhã, o ultimo trem já foi à três horas.

- Querem carona? – Jackson perguntou, sorrindo enquanto se apoiava no balcão. – Podemos pegar a caminhonete do meu irmão, eu também já preciso ir.

- Fechou. – JiMin falou, segurando a cintura de JungKook, que parecia bastante aéreo. – Precisamos chamar Suga hyung e Hope.

- YoonGi não vai voltar com a gente não. – Jack disse, travesso. – Ele parecia bem disposto a ir para a casa daquele garoto que estava saindo daqui com ele a alguns minutos atrás.

- Então podemos ir. – TaeHyung disse, se levantando do banco em que estava.

- Não, espera, precisamos do Hobi. – JiMin começou a dizer, mas foi calado pelo olhar de Tae sobre si.

- Estamos todos aqui. – As palavras eram calmas, mas perfuravam como facas. – Vamos embora.

Nos entreolhamos todos antes de seguir TaeHyung para fora do lugar.

Parece que eu teria que ter uma conversinha com o extraterrestre também. 


Notas Finais


...........Ficou muito ruim? Eu estou meio apreensiva, porque quis fazer uma treta mais light em porradas e mais tensa em palavras, mas não gostei muito do resultado, porém dei o meu melhor aí, eu juro ;-;

Sabe uma coisa que eu percebi? Que eu sou uma autora muito mal educada. Eu sempre esqueço de agradecer aos amores que favoritam, comentam, e até aos que só leem e curtem a história ^^ vocês são a força dessa fic, e eu já teria desanimado faz tempo se não fosse por vocês '3'
Dependence está com mais de 100 favoritos, e eu rio que nem uma boba quando lembro disso. Foi a minha primeira tentativa de long fic, e eu fico muito feliz em saber que existem tantas pessoas dispostas a ler as coisas que eu escrevo ^~^

*6144 wons são aproximadamente 20 reais*

Isso acabou ficando gigante, sinto muito ;)
Até semana que vem '3'


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