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História Depois da Destruição - O Único Arrependimento


Escrita por: ktaecori

Notas do Autor


Eu queria me desculpar pela minha falta de sorte, por que:

PUTA

QUE

PARIU.

Mas que azar do caralho que eu tenho.

Se liguem na historinha que a tia vai contar para vocês.

UM DIA depois de postar o capítulo 28 eu já comecei a escrever o próximo, e isso raramente acontece porque eu entro em uma espécie de ressaca logo que atualizo a fic, mas enfim, dessa vez, por um milagre eu estava louca para escrever. E eu fiz isso, já estava com quase mil palavras quando o meu notebook do nada desligou. Eu me desesperei e liguei-o na mesma hora. E, pasmem, a merda do Word estava programado para salvar o documento automaticamente estando durante 10 minutos aberto.

O documento estava aberto a mais de uma hora.

E não salvou.

Quase dei as tripas para recuperar, mas minhas tripas não valeram de nada. Ou seja, perdi o arquivo e a vontade de escrever. Isso porque 1- eu sabia que não importava o esforço não sairia igual a primeira vez, e 2- porque não achei que conseguiria escrever algo que eu gostasse tanto quanto estava gostando na primeira tentativa.

Nem espero que vocês gostem do capítulo, espero somente que na minha próxima vida eu seja uma pessoa mais estilo alguém que ganha na loteria do que só se fode na vida.

Boa leitura!

Capítulo 29 - O Único Arrependimento


Sasuke ignorou o fato de que todos ao seu redor o olhavam com uma mistura de lamento e preocupação, voltando sua atenção para Tsunade, que fitava fixamente algum ponto na multidão. A única coisa que conseguiu ver fora uma cabeça com fios rosa movimentando-se com rapidez entre as pessoas, como se fosse água deslizando pelas pedras de um riacho. Sakura era bem menor do que ele, com certeza, teria vantagens sobre si quanto a passar naquele espaço apertado.

– Sasuke... – Naruto apareceu em sua frente, impedindo-o de ver para onde Sakura seguia.

– Eu sei, Naruto – resmungou, desviando do loiro e cortando caminho entre as pessoas, sem esperar uma resposta.

Seguiu pelo trecho que, na rápida visão plana que tivera do lugar, parecera-lhe o mais vago. Mas, mesmo assim, não fora capaz de evitar os diversos obstáculos que pareciam surgir em seu caminho de propósito, como a perna, extremamente semelhante a um tronco de árvore, de um cara sentado e totalmente escondido em meio as pessoas que estavam de pé. Precisara saltar sobre ela no último momento, antes que tropeçasse e humilhantemente caísse de cara no chão.

Somente naquele momento Sasuke se deu conta do quão grande o refeitório era. E odiou aquilo mais do que gostaria de admitir, já que era apenas mais uma prova de sua pressa. Mas a verdade era que sentia uma estranha necessidade de encontrar Sakura, como se sua presença fosse fazer alguma diferença no que ela estava sentindo.

Sasuke forçou passagem entre um grupo de pessoas e quase rosnou ao ter o ombro segurado com força suficiente para impedi-lo de prosseguir. Mas quando se virou, com a expressão fechada preparando-se para soltar todos os xingamentos que conhecia, encontrou apenas Neji encarando-o sereno, porém com um traço de preocupação visível em seu rosto. Enquanto Tenten e Hinata mantinham abertamente suas expressões aflitas. Seguiu-se um breve momento de silêncio, em que os dois apenas se encararam, antes de Tenten dar um passo a frente.

– Sasuke, a Sakura...

– Sim. Eu vi, porra. – Sentiu os dedos de Neji afrouxarem o aperto e aquilo foi suficiente para que se desvencilhasse, tentando achar o caminho correto novamente.

Precisara esticar o pescoço por cima das centenas de cabeças algumas vezes para localizar Sakura e, ao ter certeza de que ela seguia em direção à saída, simplesmente acelerara ainda mais suas passadas, não se importando em esbarrar na maioria das pessoas a sua frente. Nenhuma delas reclamou, como se o fato de que fora sorteado para o setor vermelho o desse privilégios.

Sasuke também notou a quantidade de olhares que eram lançados em sua direção, mas apenas ignoro-os, sabendo que, a cada nome anunciado para o mesmo setor que o seu, eles ganhavam novos alvos para sua pena.

Aqueles estranhos não deveriam sentir aquilo, eles nem ao menos o conheciam. E, principalmente, tinham consciência de que sua morte e a de outras pessoas que tivessem a mesma sorte que a sua, contribuiria imensamente para uma possível paz futura para eles. Mas, já com Sakura, era diferente. Ela se importava. Talvez até mesmo chorasse caso morresse, provavelmente gostava dele o suficiente para lembrar e sentir sua falta durante algum tempo que, mesmo que torcesse para ser breve, sabia que demoraria um pouco para passar. Esperava que ela percebesse logo que nunca precisara dele, nem de ninguém, para nada.

Quando alcançara o outro lado do enorme salão, Sakura já havia passado pelos dois enormes seguranças que ficavam em frente as portas duplas. Não sabia qual critério eles usavam para deixar ou não alguém sair, mas pareciam claramente indispostos em ouvir seus motivos.

– Preciso passar – Sasuke falou dando um passo a frente.

– É mesmo? – o que parecia ser o mais feio deles perguntou irônico, sem mover um músculo sequer para sair do caminho.

– Vocês acabaram de deixar uma garota sair. – Sasuke suspirou baixo, tentando impedir as mãos de se fecharem em punhos.

– Ela estava passando mal. Você está passando mal? – O outro o olhou sério.

– Não. Tenho que falar com ela.

– Deixem o garoto ir – Orochimaru murmurou se aproximando por uma passagem lateral, como se fosse um corredor, próximo à parede. – Mas somente ele. Ninguém mais sai antes que acabe a reunião.

As portas foram abertas quase instantaneamente e Sasuke nem ao menos esperou para agradecer a Orochimaru, como Sakura o mandaria fazer, antes de atravessa-las.

Os corredores estavam vazios, o que fazia o barulho de seus pés se chocando contra o chão reverberar pelo lugar, como se batesse o punho em uma parede oca. Sasuke tentou pensar para onde Sakura fora, mas parecia óbvio para si que ela iria simplesmente para o primeiro lugar que suas pernas a levassem. Ela, tecnicamente, não precisaria pensar no melhor esconderijo, já que todas as pessoas da Resistência pareciam estar no refeitório. E ainda demorariam um bom tempo lá, considerando a quantidade de folhas que Tsunade ainda tinha em mãos quando saíra.

A porta do quarto estava entreaberta, e Sasuke teve a certeza de que arriscara corretamente, mas, antes de entrar, parara durante algum tempo para tomar o folego que sua respiração ofegante exigia. A primeira coisa que percebeu foi o quarto exatamente igual a como deixaram antes de sair para jantar. Sakura não costumava gritar e destruir coisas quando estava frustrada ou irritada, ela simplesmente se isolava do mundo pelo tempo que precisasse, porém daquela vez ele não a deixaria fazer isso.

Sakura estava encolhida na cama debaixo de uma beliche, que Sasuke só percebeu que era a sua quando ela enfiou o rosto no travesseiro, respirando fundo. Aspirando o cheiro bom que ele não percebia ter. Ela parecia mil vezes menor do que realmente era.

– Não fique com pena de mim – Sakura murmurou levantando a cabeça, ainda com os olhos fechados, como se tivesse simplesmente sentido sua presença. – Não sou eu que vou morrer.

Sasuke fechou a porta atrás de si e então se voltou para ela.

– Então porque está chorando?

– Porque eu sou uma idiota. – Ela riu, sem humor. – Eu sabia que isso aconteceria e mesmo assim...

– Tem razão. – Cortou-a. – Você é realmente uma idiota já que sabia e ainda assim resolveu passar minha última semana de vida com raiva de mim.

– Quando eu tinha catorze anos eu comecei a gostar de você – Sakura murmurou com a voz apática. – Então eu fazia mentalmente planos idiotas em que no final tudo dava certo, você me correspondia e nós ficávamos juntos... Não faça essa cara, Sasuke, você sabe que sempre foi lindo – resmungou.

– Porque você...?

– Porque nunca falei para você? Por que eu me obriguei a esquecer do que sentia? – Ela deu de ombros, encostando a cabeça na parede. – No fundo, eu sempre soube que a nossa realidade não admite sentimentalismo, sabia que se algo acontecesse eu sofreria mais. Mesmo quando criança, eu sempre fui muito apegada as pessoas. E eu não queria sentir a mesma coisa de quando meus pais foram levados. Tornar-me ainda mais dependente da convivência humana, do que eu sempre fui, não me parecia uma boa ideia. – Abriu os olhos, focando-os imediatamente em si, como se já soubesse onde ele estava. – Então acho que isso me caracteriza mais do quê como uma simples idiota, certo? Afinal, eu me controlei durante quase quatro anos, apenas para fraquejar alguns meses antes de tudo acabar.

– Você preferia nunca ter se envolvido comigo, é isso? – perguntou e se viu surpreso ao perceber-se desejando desesperadamente que a resposta fosse negativa.

Sakura sorriu com os lábios vermelhos por causa do choro recente, somado ao fato de que antes os apertara fortemente entre os dentes quando ainda estava no refeitório, em meio a centenas de pessoas que ela não queria que a vissem chorar.

– Não, eu só me arrependo de ter tido medo. Quer dizer, nós teríamos tido mais tempo, certo? Mais tempo seria bom – sussurrou e em seguida fungou, acentuando a cor levemente rosada na ponta do nariz. – Eu não quero falar com você agora, Sasuke. – Ela se encolheu na cama, abraçando ainda mais o travesseiro contra o corpo.

Mas, mesmo diante o pedido dela, Sasuke não conseguiu se obrigar a dar-lhe espaço e tempo, como fizera antes. Parecia injusto consigo e com ela mesma fugir dali naquele momento. Como se a hipótese significasse desperdiçar tudo o que tinham. Ele não queria deixar Sakura sozinha, e também não queria ficar só. Por isso, talvez, manter uma conversa aleatória ou até mesmo seguindo a linha de raciocínio um pouco mais nostálgica, como vinham fazendo até ali, fosse a melhor opção, porém nada do que vinha a sua mente era reproduzido por suas cordas vocais. Tinha muitas coisas para falar, mas não conseguia dizer nada. Era frustrante, já que, pela primeira vez, o silêncio realmente lhe parecera algo incômodo.

Sasuke suspirou, caminhando com seus costumeiros passos leves em direção à própria cama, até estar próximo o suficiente para perceber detalhes que não tinha visto antes. As mangas da blusa de Sakura estavam úmidas e com manchas mais escuras, como se ela tivesse apoiado o rosto molhado ali. Seus dedos estavam contraídos e todo seu corpo exalava tensão. Ela parecia ser uma bomba relógio, que esperava apenas sua saída para explodir. Mas ele não faria isso, estaria ali quando Sakura soltasse tudo o que reprimia.

– Porque você ainda está aqui? – A voz dela saiu precariamente estável, enquanto tentava manter uma expressão serena no rosto.

– Você não me pediu para sair. – Deu de ombros. – E mesmo se pedisse, eu não sairia.

Sakura assentiu.

– Certo. Então eu saio.

Ela levantou da cama, deixando o travesseiro jogado no espaço que antes ocupava e começou a caminhar em direção à porta, evitando o olhar de Sasuke. Quando passava por ele, viu com o canto dos olhos o movimento rápido do garoto em tirar as mãos dos bolsos, mesmo assim, não conseguiu desviar antes que ele agarrasse seu braço.

– Você não precisa fazer isso, Sakura.

– Eu não estou fazendo nada. Deixe-me ir, por favor – falou entredentes, tentando livrar-se de seu aperto.

– Não.

– Sasuke, me solta! – Sua voz estava começando a ficar esganiçada, por causa do esforço que fazia para não chorar. O rosto dela ainda estava vermelho, mas praticamente seco.

Afrouxou a pegada, mas curvou os lábios finos, e aquilo pareceu atrair a atenção da garota o suficiente para que esquecesse momentaneamente a ânsia que sentia de sair correndo.

– Porque você tá sorrindo? – Aquilo saíra mais alto do que o tom normal de Sakura. Estava ficando irritada e era perceptível seu autocontrole escapando, junto com algumas lágrimas que desceram de seus olhos.

Sasuke baixou a cabeça e ergueu um pouco mais os cantos da boca. Enquanto estava estampada no rosto de Sakura sua surpresa. Ela esfregou as bochechas com força, após livrar-se de vez de suas mãos.

– Porque eu estou feliz – murmurou simples.

Ela encarou-o, incrédula.

Feliz? – perguntou sarcástica.

– Você pegou o neutro, Sakura. Você vai ficar bem – falou como se aquilo fosse suficiente para esclarecer qualquer dúvida que tivesse. Estava aliviado.

Ele levantou o rosto a tempo de ver Sakura esconder o seu entre as mãos, um soluço escapando de sua garganta, como se em alguns segundos tivesse conseguido destruir a resistência que ela ainda mantinha.

– Você não pode fazer isso comigo! Se você morrer eu vou ficar com o Deidara! – ela falou e só percebeu o desespero em sua voz quando Sasuke riu. Em outro momento ficaria irritada por ele estar debochando de sua cara, mas parecia que a fase da revolta tinha passado e a única coisa que conseguia sentir era medo.

– Eu acho que você não gostaria de ficar com ele.

Então ele se aproximou um pouco mais e tocou os braços dela com a ponta dos dedos, como se estivesse desenhando algo sob o tecido de sua blusa. Sakura fechou as mãos em punhos, levando-o a considerar a hipótese de que seria socado, mas ela apenas esticou os braços, rodeando-os em sua cintura enquanto afundava o rosto na camisa preta que vestia. Sasuke beijou rapidamente os cabelos rosa, antes de retribuir o abraço e logo em seguida ergue-la do chão, fazendo com que instantaneamente Sakura enlaçasse as pernas em volta de si.

Ela não falou nada, mas transferiu os braços para o seu pescoço, enquanto Sasuke segurava-a pelas cochas para que não caísse. Ele caminhou até a própria cama, sentando-se e apoiando o corpo de Sakura nos joelhos, já que ela não parecia disposta a solta-lo. Aos poucos a respiração ruidosa da garota fora se acalmando e os músculos relaxando, como se ela estivesse preste a entrar em sono profundo. E quando Sasuke realmente achou que ela o faria, Sakura levantou o rosto, encarando-o com as bochechas marcadas pelas dobras de sua blusa.

– Sabe aquela sua ideia de me dopar? Então, talvez eu faça isso com você. – Ela segurou sua mão, entrelaçando os próprios dedos aos seus, e os observando de maneira fixa até ouvir uma leve risada de Sasuke e desviar os olhos para seu rosto.

– Seu trabalho será bem mais difícil do que o meu seria.

Sakura fechou os olhos momentaneamente.

– Você tem dezessete anos, Sasuke, é muito jovem para... – A voz dela foi diminuindo até sumir.

– Pessoas mais novas que eu já morreram por motivos piores. Não é um sacrifício, é uma libertação. – Ele beijou as juntas de seus dedos, com suas mãos ainda grudadas e Sakura sentiu seus lábios tremerem, precisando mordê-los para não começar a chorar novamente. – Vai ficar tudo bem, Sakura.

– Você diria a mesma coisa se fosse ao contrário? Se eu fosse sorteada para o vermelho e você para o neutro?

Sasuke não gastou muito tempo pensando.

– Não – murmurou antes de grudar seus lábios.

Sakura espremeu a boca e cerrou os dentes, não permitindo que ele lhe desse nada além de selinhos. Mas acabou entreabrindo os lábios, após Sasuke lambe-los, enquanto, ainda de olhos abertos, encarava-a, divertido, como se soubesse que ela cederia à pressão.

Fechou os olhos, depois de vê-la fazer o mesmo, e sentiu-a pondo a língua dentro de sua boca, ao mesmo tempo em que cobria o lábio superior dela com o seu, tendo a certeza de que deixava saliva por onde passava. Sasuke soltou as mãos presas as de Sakura e agarrou sua cintura, apertando levemente o tecido cinza sob seus dedos.

Quando sentiu que logo ficariam sem ar, suspirou separando-se da garota, enquanto ainda sentia a mão dela presa aos seus cabelos fazer uma massagem lenta em sua nuca. Em algum momento, ao qual não prestara atenção, o corpo de Sakura havia deslizado, ficando um pouco mais próximo do seu e fazendo com que precisasse inclinar a cabeça levemente para cima para olha-la. Ela ainda mantinha os olhos fechados, mas após algum tempo, como se estivesse meditando, entreabriu-os minimamente, formando um bico com os lábios ainda mais vermelhos.

– O que foi?

– Você é um estraga prazeres – Sakura resmungou antes de dar-lhe um selinho, seguido de outro beijo.

Sasuke sorriu levemente, percebendo a ironia daquela situação, sendo que ela o estava negando poucos instantes antes, mas preferiu ignorar, concentrando-se em sua língua brincando com a dela de uma maneira que sabia que a deixaria irritada. Sakura mordeu seu lábio inferior com força, provando que estava certo, mas daquela vez não o deu brechas para se separar, rapidamente tomando o controle da situação para si.

Prendeu o fôlego o máximo que pôde apenas pela satisfação de vê-la por conta própria ter que afastar-se, já com uma expressão emburrada que se desmanchou após senti-lo afundar o rosto em seu pescoço, cravando os dentes na pele sem realmente fazer força. Sasuke desceu a boca, sugando o espaço um pouco acima da clavícula proeminente, fazendo Sakura apertar um pouco mais forte seus fios entre os dedos. Ela provavelmente estava surpresa já que não se lembrava de ter feito aquilo antes. Mesmo que quisesse, Sasuke sempre conseguira se controlar ao máximo, tomando iniciativa apenas para beijos, abraços e toques de mão.

– Quer que eu pare? – perguntou, vendo-a com o cenho franzido.

Sakura piscou.

– Eu não disse nada! – Bufou, e Sasuke revirou levemente os olhos.

Mas, em seguida, ela inclinou-se um pouco para frente, sorrindo de uma forma que Sasuke não julgava ter visto muitas vezes. Sakura mordeu seu queixo, se aproximando um pouco mais e estando, então, definitivamente sentada em seu colo. Ela rodeou seu pescoço com os braços, fazendo com sua orelha o mesmo que fizera a ela. Sasuke rosnou levemente, apertando sua cintura, e a afastou de si, logo grudando suas bocas novamente. Sakura o estava provocando, era quase um crime permitir aquilo.

Ele escorregou as mãos pelas costas dela, parando-as próximas a sua bunda e Sakura entreabriu os olhos, separando minimamente os lábios, com a respiração pesada.

– Está tentando me distrair, Sasuke?

– Estou? – Pressionou o corpo dela para baixo, fazendo-a suspirar levemente.

Tinha certeza que ela sentiria algo, que em situações normais não deveria estar tão nítido, sob sua calça.

– Você às vezes é um desgraçado – sussurrou baixo.

Sasuke viu-a molhar os lábios, antes de, em uma forma falha de tentar se ajeitar, rebolar tragicamente em seu colo. Ela pareceu culpada ao ver sua expressão, que imaginava estar humilhantemente desesperada, mas ele, reunindo sua dignidade, apenas conteve a vontade de beija-la de novo, tombando a cabeça no ombro ocupado por algumas mechas do cabelo rosa preso em um rabo de cavalo. Sasuke suspirou, soltando os fios lisos e exageradamente longos do elástico preto, largando-o no chão aos seus pés.

Enganchou as mãos na barra da blusa larga que Sakura vestia e esperou, quase pacientemente demais, que ela protestasse, mas quando nenhum som ou movimento repressivo veio de sua parte, ele se deu permissão para erguer levemente a blusa, tirando-a e liberando a faixa de pele logo abaixo do umbigo, que não era coberta pela camiseta fina que ela usava por baixo. Sakura estava quente, e o leve toque de suas mãos geladas, fez com que ela se arrepiasse. O blusão preto foi colocado de lado, e Sasuke encarou a garota, que o olhava, curiosa pelo que faria.

– Eu estou nervosa – Sakura falou agarrando sua mão e levando-a até o próprio seio de forma impulsiva, como se não percebesse o que estava fazendo, Sasuke arregalou os olhos levemente, mas voltou a sua expressão normal quando viu que aquilo era apenas para que sentisse seus batimentos acelerados.

– Tudo bem – murmurou não sabendo se era para ela, ou para si mesmo.

Ainda assim pareceu surtir efeito, já que Sakura respirou fundo em uma forma de se acalmar e dirigiu as mãos para a barra de sua camisa, tirando-a como fizera com a dela momentos antes, apesar de que, diferente da garota, não usava uma regata por baixo. Sakura deu um sorrisinho fofo olhando seu abdômen, como se fosse uma criança após ganhar um presente, e Sasuke preferiu segurar o comentário sobre o quanto ela parecida tarada fazendo aquilo.

Sentiu sua pele arrepiar ao entrar em contato com as pontas dos dedos dela que, em comparação com a temperatura de seu tórax antes coberto pela blusa quentinha, estavam gélidos. Sakura pressionou um dos dedos em um ponto específico de sua barriga, enquanto Sasuke apenas arqueava as sobrancelhas, encarando-a. Ergueu uma das mãos, tocando-a no queixo e fazendo-a desviar momentaneamente a atenção que dedicava a pressionar os dedos na área próxima as suas costelas, como se testasse sua solidez.

Sasuke juntou seus lábios rapidamente, logo se distanciando o suficiente apenas para morder a boca da garota, deixando-a ainda mais vermelha do que já estava. Quase parecia que ela havia passado batom, e Sasuke não se lembrava de já tê-la visto assim antes. Sakura fazia-o querer passar horas apenas observando-a, mas um latejar em suas calças o obrigou a deixar aquilo para um momento menos inoportuno. Mordeu o lábio inferior, enquanto abraçava-a com força, girando-a na cama para que, então, fosse ele a ficar por cima.

Ela cerrou os olhos quando seu quadril caiu por cima do dela, e ele roçou-os propositalmente, já que precisaria tirar algum proveito do fato de Sakura ainda estar com as pernas enroladas em sua cintura. A garota respirou baixo, com a boca entreaberta, e soltou-o, porém, logo o espremendo entre as cochas, como se estivesse tentando fechar as pernas. Parecia ser algo involuntário, mas apenas fez com que Sasuke sentisse seu pênis ainda mais pressionado dentro das próprias calças.

– Você vai me matar antes da hora, Sakura – afirmou, antes de erguê-la apenas o suficiente para que retirasse a regata preta.

Deitou-a novamente na cama em seguida, mantendo-se ajoelhado para desabotoar o jeans considerado extremamente incômodo no momento, mas mãos menores e mais delicadas que as suas o impediram antes que pudesse fazê-lo. Sasuke encarou Sakura enquanto ela se erguia, ficando sentada abaixo de si. Não era exatamente uma visão que consideraria desagradável. Ela mesma pôs as mãos sobre o botão, enquanto beijava sua barriga, logo abaixo do umbigo, com os lábios umedecidos pela língua que pouco antes se enroscava a sua.

Sasuke mal conseguiu perceber quando o zíper foi delicadamente aberto e sua calça puxada para baixo de maneira calma, travando no final de suas cochas. Sakura se inclinou pondo a boca por cima de seu membro ainda coberto pela cueca, fazendo-o arfar, o que foi o suficiente para ela solta-lo e se deitar na cama novamente, encarando-o com uma expressão divertida.

– Então você quer um boquete? Eu nunca fiz um, acho que seria broxante.

– Eu duvido disso. Eu também nunca masturbei ninguém e, mesmo assim, vou te chupar.

– Vai? – Arregalou levemente os olhos, e Sasuke sorriu sadicamente acenando com a cabeça.

Ele terminou de se livrar das próprias calças e abriu a de Sakura, erguendo com uma das mãos sua cintura e puxando-a pelas pernas com a outra. A garota usava uma calcinha bege da mesma cor do sutiã, que tão bem seguravam seus seios, e aquilo realmente o surpreendeu, já que até pouco tempo antes, pelo que se lembrava, ela ainda usava conjuntos infantis. Mas, quebrando o transe em que provavelmente entrara, quando percebeu seu olhar fixo, Sakura tampou o próprio corpo, com uma expressão emburrada.

– O que está fazendo? – questionou puxando seus pulsos e os prendendo na cama ao lado da cabeça dela, assim liberando novamente a visão que tanto adorara.

– Não é para encarar, é difícil controlar a vergonha, sabia?

– Eu que devia falar isso. Você é a tarada aqui, Sakura.

– Eu já te vi sem camisa milhões de vezes! – defendeu-se da acusação referente ao tempo que passara apreciando descaradamente o abdômen de Sasuke.

Ele sorriu e se abaixou, parando a boca próxima ao ouvido da garota.

– É. – Lambeu seu lóbulo. – Mas nunca me viu duro.

Ela pareceu congelar por um momento, mas, não muito tempo depois, rosnou esfregando as pernas, e Sasuke pressionou a cocha em sua virilha, sentindo o tecido já úmido. Ele sabia que ela estava excitada, mas ter provas de que não era o único naquela situação ainda o fazia imensamente satisfeito. Afundou o rosto no pescoço levemente suado e ouviu suspiros cada vez mais longos e altos a medida que ia descendo mordidas e beijos pelo colo de Sakura, chupando toda a área que o sutiã não cobria.

– Me solta... – ela murmurou, forçando os pulsos segurados por suas mãos.

Sasuke apenas ignorou, lambendo o vão entre seus seios, enquanto Sakura arqueava levemente o corpo, arfando baixo. Poderia fazer aquilo para sempre, mas sua concentração foi completamente perdida quando ela empurrou o quadril para cima abruptamente, fazendo-o chocar-se com o seu. Sakura usou o pequeno momento de distração, em que Sasuke já imaginava seu pênis rasgando o tecido da cueca, para livrar as mãos de seu aperto, guiando-o pelos ombros para trás, até ter espaço suficiente para inclinar o próprio corpo em sua direção, beijando-o no que julgava ser o entrelaçar de línguas mais lento e excitante que já experimentara durante toda a vida.

Apesar de ter feito aquilo apenas uma vez, por pura e única curiosidade, um pouco mais de um ano antes, a experiência não havia sido boa o suficiente para que desejasse tê-la novamente, até então. Fora completamente estranho e rápido, sem nenhum tipo de preliminar ou cogitação sobre repetir, e quando acabou ele e a garota, apenas se vestiram e saíram da sala, que deveria ser restrita a funcionários, da padaria onde ela trabalhava. Mas, sem dúvidas, depois de Sakura, não teria mais problemas, quanto a falta de vontade, pelos poucos dias que lhe restavam.

Sentiu sua nuca ser arranhada pelas unhas curtas dela, e aproveitou o momento para direcionar suas mãos para o fecho do sutiã em suas costas, abrindo-o depois de algumas tentativas. A pele de Sakura estava úmida e era extremamente bom toca-la. Ela juntou seus troncos, logo que sentiu a peça intima ficar frouxa em seu corpo, em uma tentativa falha de impedir que caísse. E mesmo quando suas bocas se separam minimamente ofegantes, a garota continuou abraçada a si, como se seus braços fossem correntes ao redor de suas costelas. Sasuke abraçou-a também, escorregando as mãos por suas costas calmamente, esperando-a.

Percebeu-a respirar fundo e em seguida seus corpos foram se distanciando aos poucos, até estarem completamente separados. As alças do sutiã deslizaram pelos braços finos e a peça caiu na cama, no espaço entre a área onde apoiavam seus joelhos. Sakura tinha as mãos pressionando firmemente seus antebraços, enquanto mantinha os olhos fechados e uma postura retraída. Sasuke sentou sobre os próprios joelhos, ficando um pouco mais baixo e tendo que inclinar a cabeça levemente para cima. Ela parecia esperar alguma coisa, mas, quando nada aconteceu, abriu receosamente as pálpebras, encontrando seu olhar sereno, calmamente repousado em seu rosto.

A expressão tensa de suas feições foi relaxando aos poucos e Sasuke puxou-a pela nuca, dando um selinho em seus lábios, antes de guia-la em sua direção, abraçando-a de novo, enquanto sentia os bicos de seus seios enrijecerem em contato com seu peito. Sakura ainda estava de joelhos, com o corpo parcialmente apoiado no seu, quando suas mãos alcançaram toda a pele dos seios dela espremidos entre os dois. Apertou-os ouvindo-a arfar com a boca perigosamente próxima demais de seu ouvido para o bem se sua própria sanidade mental. Sasuke separou um pouco seus corpos, deslizando as mãos para os bicos rijos, desejando mais do que tudo ver a expressão de Sakura enquanto os puxava entre os dedos.

Ela suspirou, arqueando o corpo e consequentemente esfregando suas virilhas. Mal parecia perceber o que estava fazendo, mas, quando ia inclinar-se para trás novamente, Sasuke impediu-a com uma das mãos na base de suas costas, logo a escorregando para sua bunda e fazendo ainda mais pressão em seus corpos. Usou a mão livre para afastar as pernas femininas, acariciando-a lentamente em cima da calcinha. Prendia-a entre os dois braços, impedindo seu instinto de afastar-se a cada vez que a massageava mais forte.

– Isso é injusto – Sakura murmurou arranhando suas costas e mordendo o lábio, como se tentasse impedir a si mesma de fazer ruídos constrangedores.

– Hum.

Sasuke deitou-a na cama, puxando sua calcinha no processo, e imediatamente ela arregalou os olhos, se cobrindo.

– Ei! Eu...

– Você...? – incentivou-a a continuar com a voz abafada, por já estar com o rosto entre suas pernas, apenas com suas mãos de impedimento para que prosseguisse.

Levantou os olhos para encara-la e lentamente retirou as mãos de Sakura, sem muita relutância, já que ela parecia ocupada demais em observa-lo também. Sasuke sorriu minimamente, vendo-a fechar os olhos e apertar as mãos na colcha da cama, antes de finalmente pôr a boca sobre sua intimidade.

Era extremamente excitante senti-la puxar seus cabelos com força, enquanto usava a língua e os lábios para suga-la, com os olhos fixos em cada expressão de seu rosto. Sakura se contorcia um pouco, o que o obrigava a firma-la com as mãos em suas cochas para que pudesse fazer seu trabalho direito. E quando a garota já soltava grunhidos por entre os dentes cerrados, com o corpo suado e as pernas doloridas pela força com que as empurrava contra a cama, Sasuke se afastou, fazendo-a desmanchar a expressão agoniada e abrir os olhos minimamente.

Subiu em cima de seu corpo, com cuidado para não esmaga-la com seu peso, e puxou seu queixo para baixo, abrindo a boca de Sakura o suficiente para que pudesse colocar a própria língua, molhada com o líquido que vazara dela, dentro. Ela lambeu os lábios e sorriu, após se separarem, o que fez Sasuke sentir-se endurecendo ainda mais. Quase chorara quando as mãos dela pousaram sobre seu membro acariciando-o rapidamente antes de começaram a retirar sua cueca de maneira torturantemente lenta.

Sakura levantou um pouco o corpo para que pudesse observa-lo melhor, e quando já se encontrava completamente despido, ela raspou os dedos na ponta melecada, fazendo-o bufar pelo toque ter sido tão rápido. Porém, Sasuke não deixou que tentasse fazer nada além disso, e logo segurou o próprio pênis entre as mãos, se masturbando enquanto ela encarava descaradamente os movimentos que suas mãos faziam. Sasuke arfou e acelerou ainda mais suas próprias mãos, mas Sakura impediu-o antes que gozasse, como se o lembrasse de que precisava fazer aquilo dentro dela.

Já com a respiração ofegante, inclinou-se pegando sua calça jogada no chão e enfiando as mãos no bolso traseiro, puxando de lá uma camisinha. Vestiu-a e então ergueu as pernas de Sakura ao redor de sua cintura, deixando-a cruza-las atrás de si antes de posicionar seu membro. Encarou-a, vendo-a respirar fundo e engolir a saliva de sua garganta.

– Pode ir, vai doer de qualquer forma.

Ela fincou os dedos em suas costas, e Sasuke apoiou as mãos as mãos no colchão ao lado dos fios esparramados de seu cabelo rosa, logo se roçando nela e vendo seu corpo arrepiar. Introduziu-se o mais lentamente que pôde para dentro dela. Sasuke entreabriu os lábios deixando a respiração escapar, como se tivesse levado um soco no estômago e sentiu seus braços tremerem levemente, sabia que a única coisa que o impedia de fazer aquilo rápido era o nariz franzido de Sakura, mas aquilo era mais difícil do que jamais imaginara ser. Empurrou um pouco mais, fechando os olhos e respirando fundo. A sensação era de que seu membro estava sendo esmagado.

– Caralho – murmurou baixo, sentindo seu pênis latejar.

Sakura apertou os dedos em sua carne e soltou um resmungo, quando ela abriu os olhos verdes que o encararam de imediato, finas lágrimas quase imperceptivelmente escorreram pelas laterais de seu rosto, pingando entre os fios de seu cabelo. Sasuke deu-lhe um selinho, sentindo-se inexplicavelmente satisfeito em saber que, iria para a cova, mas levaria a virgindade da garota consigo.

Moveu-se com um pouco mais de força até seu limite e então escorregou para trás, ainda lentamente, já que Sakura estava apertada. Ela ainda tinha uma expressão de dor, mas em nenhum momento pediu-o para parar, apenas descontando tudo ficando os dentes em seu lábio inferior.

Sasuke pensou que ficaria completamente louco quando ela puxou-o pelos cabelos em sua direção e gemeu em seu ouvido, fazendo-o instantaneamente gemer baixo também. Parecia melhor do que qualquer sonho erótico que já tivera. Chupou seu pescoço, em seguida erguendo completamente o tronco, ficando ajoelhado na cama e puxando a cintura dela em sua direção ao mesmo tempo em que se empurrava para frente. Sakura abriu ainda mais as pernas, gemendo baixo enquanto espremia os lençóis entre os punhos cerrados. Todo o corpo da garota estava arrepiado, enquanto ambos suavam continuamente e ofegavam como se respirar fosse a coisa mais difícil do mundo.

Ela não demorou muito a gozar, soltando as pernas de sua cintura, aparentemente sem forças para continuar a firma-las, e obrigando Sasuke a erguê-las por si mesmo para que não despencassem, enquanto ainda a penetrava algumas vezes até gozar. Ele grunhiu, quase como se sentisse dor, e ainda dentro de Sakura, deitou-se sobre o corpo menor, enfiando o rosto em seu pescoço e lambendo-o.

– Assim você vai ficar duro de novo. – Sakura acariciou seus cabelos.

– Bom, eu ainda estou, para falar a verdade.

Ela encarou-o, surpresa.

– Eu não...

– Está tudo bem – murmurou fechando os olhos.

– Você não pode dormir – Sakura falou beijando sua bochecha, apesar de também estar com a voz sonolenta. – Também não estou com disposição para levantar, mas nós dividimos o quarto com outras pessoas.

Sasuke bufou, retirando-se de seu interior, tentando não gemer no processo, ele beijou-a demoradamente, apesar de seu membro duro cutucar sua barriga enquanto isso, e em seguida se levantou, retirando a camisinha suja. Sakura ergueu o tronco observando-o minuciosamente.

– Você é realmente tarada. – Riu quando, mesmo após sua fala, ela continuou a encarar fixamente seu pênis.

– Eu já estudei detalhes sobre tudo isso durante o curso de medicina com Tsunade, mas nunca tinha visto um, posso tocar?

Olhou-a, incrédulo.

– Você quer sair daqui andando, certo?

Inicialmente ela parecera confusa, mas depois de alguns instantes bufou indignada.

– Depois eu sou a pervertida, era só uma pesquisa, ora.

– Deixo você pesquisar o quanto quiser outra hora, vamos. Temos que tomar banho antes que todos voltem.

Sakura acenou e mexeu as pernas, testando a dor entre elas, não demorou muito até conseguir se levantar e caminhar, mas precisara conformar-se com o olhar cauteloso de Sasuke sobre si, como se esperasse que desabasse no chão a qualquer instante.

– A propósito, onde conseguiu a camisinha? – Franziu o cenho e cruzou os braços, obrigando-o a desviar os olhos de seus seios.

– Lembra-se da bolsa que encheram com coisas da gaveta do Yahiko? Não achei que ele sentiria falta de algumas dessas.

Algumas?

Sasuke sorriu.

(...)

Por sorte a reunião não acabara enquanto ela e Sasuke trasavam, ou mesmo enquanto trocavam os lençóis da cama com uma pequena mancha de sangue, que fora vergonhosa de encarar. Quando as pessoas, com quem dividia o quarto, incluindo Naruto, chegaram, Sakura já estava deitada na própria cama, com os olhos fechados e se concentrando em um sono inexistente. Por um lado era uma perda de tempo entediante, mas se considerasse os reais benefícios, como o fato das vozes terem diminuído de gritos até sussurros quando perceberam estar, supostamente, dormindo, e ter conseguido fugir, momentaneamente, das reações de Naruto, já valia o esforço.

Não tinha real esperança de dormir, ou quem sabe descansar, porque, querendo ou não, o que fizera com Sasuke um pouco antes apenas adicionara mais um motivo para a sua infinita lista de razões pelas quais ele não podia morrer, e esse fato era mais que o suficiente para justificar sua insônia. A principal delas era que o garoto era uma parte fundamental de sua vida, sem a qual não tinha a menor certeza se conseguiria viver. Era como se tivesse se tornado dependente da presença de Sasuke, e talvez sua conclusões estivessem certas, e realmente ele virara algo completamente necessário ao seu lado.

Era absurdo que tivesse simplesmente que se conformar que o perderia, e a sensação de que até ele mesmo já aceitava tal fato fazia-a se sentir ainda pior. Tudo aquilo teoricamente significava que estava apenas observando, impotente, enquanto o frágil mundo feliz que construíra ao seu redor ia desmoronando aos poucos, mas o que a angustiava mais do que qualquer outra coisa, era saber que realmente não poderia fazer nada.

Sakura sentiu seus olhos, ainda por baixo das pálpebras fechadas, marejarem, enquanto tentava manter a respiração controlada para que ninguém percebesse que ainda estava acordada, mesmo que àquela hora todos já estivessem deitados e, provavelmente, dormindo. Era um bom momento para agradecer o fato de ter se deitado virada para a parede, o que impediria que vissem as lágrimas escorrendo silenciosamente por suas bochechas e suas mãos apertando com força a fronha do travesseiro.

Sentiu sua cama afundar um pouco mais, enquanto uma respiração leve atingia sua nuca. Seu coração acelerou e algum ponto entre suas costelas começou a doer, como se a dor emocional tivesse virado física. Sasuke deitou atrás de si, e rodeou os braços em sua cintura, puxando-a até estar com as costas grudadas em seu peito, de forma que ficasse confortável para ambos. Ele soltou sua mão, já com as juntas brancas, do tecido do travesseiro, entrelaçando seus dedos e beijou seu pescoço, o que a fez simplesmente chorar ainda mais.

– Boa noite – Sasuke murmurou com a voz sonolenta e extremamente calma, ao que Sakura não conseguiu responder, apenas apertando-se mais ao corpo grudado ao seu.


Notas Finais


Porra, é muito difícil escrever hentai. Porra. PORRA. PORRAAAA.

Tudo que eu escrevia nessa bagaça parecia clichê, como se eu já tivesse lido aquilo em algum lugar. Quase fiquei louca. Pensei seriamente em desistir disso e colocar só uma insinuação de algo, masssssss sei que seria sacanagem porque ali nos avisos tem SEXO, então tem que ter gente fazendo putaria. É a vida, vou pensar quarenta vezes antes de colocar 18+ na próxima fic.

E, considerando que o hentai tenha começado a partir do primeiro beijo que eles deram ali, são 3k de hentai, pelo amor de Deus, preciso me purificar. Achei que ficou muito detalhado, sei lá, vocês devem ter se cansado na metade desse negócio. Desisto dessa vida de erotismo, não sirvo para isso. Então, se estiver algo muito ridículo, me perdoem, sou virgem, nunca assisti pornô e não gosto de livros eróticos, por isso talvez esse hentai seja enganação total.

Perceberam que nem na hora de trepar a Sakura é submissa? Então, eu REALMENTE odeio submissão, sorry. E sadismo só desce se for leve, BEM LEVE, e pelas duas partes. Afinal, a balança pesa para os dois lados, monamu. Mas, não achei que teve nada disso aqui não, foi quase fofo.

Bom, eu estou revisando os capítulos e isso está influenciando um pouco na minha demora. Não me julguem, porque a fic tá necessitada dessa limpeza.

E eu vou responder alguns comentários perdidos entre os capítulos, e queria até me desculpar por essa negligência, mas eu recebo muitas notificações (+400 HELP-ME) e às vezes não vejo quando alguém comenta capítulos passados. Mas eu vou me organizar quanto a isso, não se preocupem. E, de qualquer forma, muito obrigada por comentarem, é muito importante para mim saber a opinião de vocês.

Notícia, se não importante, pelo menos, relevante, para vocês: a fic vai ter no máximo mais três ou quatro capítulos. Então, possivelmente vou demorar um pouquinho para escrever, porque preciso fechar qualquer buraco que tenha ficado na estória e dar a ela o melhor final que eu conseguir. Já tenho ideias, mas ainda não estou totalmente segura quanto a elas. De qualquer forma, prometo que voltarei com o melhor que puder fazer.

É isso, amorzões.
Até o próximo. o/


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