1. Spirit Fanfics >
  2. Depois da Escuridão >
  3. Capítulo 23 - Luta pela Vida

História Depois da Escuridão - Capítulo 23 - Luta pela Vida


Escrita por: LucaSerjento

Notas do Autor


Se gostarem da história, visitem meu blog, onde eu posto alguns textos originais: historiasdoserjento.blogspot.com.br.

Capítulo 23 - Capítulo 23 - Luta pela Vida


Depois da Escuridão

Capítulo 23 – Luta pela Vida.

Nara Shikamaru

Kakashi não perdeu tempo. Com a kunai, seu primeiro alvo foi Temari que, ainda surpresa, embora tenha se defendido, o fez de modo hesitante. Outro cálculo da parte do jounin, que tentava me poupar do martírio de enfrentá-la. Antes que eu piscasse, Sai ia em direção à batalha, visando Rock Lee. Percebi de imediato que meu alvo seria Yamato.

-Não é boa ideia nos separarmos. - Yamato sorriu e eu senti que precisava fingir que não estava preocupado. - Yamato é muito pouco para mim.

-Eu sou Tenzo. - A voz dele era metálica. - Pode fingir que é mais forte, porém, mesmo que eu seja apenas o titereiro, ainda sei que minha marionete é mais forte que você.

Não respondo. Encarar Yamato e ver o que ele é forçado a se tornar me deixa sem palavras por um instante. Deixo o silêncio crescer. O pai da solidão preenche o espaço entre nós. Sorrio para ele e espero que as palavras não ditas sejam passadas por meus olhos.

“Não se preocupe. Se eu não puder te salvar, eu morrerei tentando tirá-lo de você.”

Uma respiração. Ele ergue os braços e faz um selo. A ponta de uma estaca de madeira surge do chão abaixo de mim quando o jutsu é interrompido.

Expiro com calma. Por pouco. Minha sombra chegou até ele enquanto olhávamos para a face um do outro.

Viro-me e começo a me afastar. Agradeço internamente pela ideia de sempre deixar minha bolsa com itens do lado contrário ao da maioria dos shinobis. Assim, quando levo minha mão às costas, buscando as shurikens, Yamato mergulha a mão no nada, à procura de um armamento que não estava ali.

–Cheque... – Sussurrei, sorrindo levemente.

Yamato tinha uma expressão incrédula típica de todos aqueles que não me conheciam e eram derrotados pela minha técnica. Eu lancei a shuriken e ele ficou paralisado por tempo o bastante para que um cobertor de sombras o cobrisse enquanto estava desprevenido.

Minhas armas não acertaram o alvo, o que aconteceu intencionalmente, já que não mirei nele, mas em árvores localizadas à sua esquerda. O objetivo era distraí-lo, preparar o cobertor de sombras e estrangulá-lo na escuridão.

Ele queria se debater. Usou todo o chackra no corpo para resistir, mas a falta de ar é um mal que pode derrubar qualquer um. E, depois de quatro minutos, senti cessar a resistência às minhas sombras. Por segurança, o contive por mais um minuto, encerrando o jutsu em seguida.

O cobertor de sombras se afastou do corpo e eu o olho por algum tempo, sem certeza de que teria dado certo. Ele estava inconsciente, o que significava duas coisas: O Uchiha estava erradicado. E Yamato parara de respirar.

 

Yamanaka Ino

-Senhorita Yamanaka.

Não pude deixar de sentir repulsa ao receber o cumprimento.

-Quem é você?

Eu não me importaria com bons modos agora. Seria passar a mensagem - errada - de que eu me importava com a maneira que aquelas pessoas me viam.

-Eu sou Tenzo.

Uma boa e uma má notícia é evidente em seu rosto. A boa é que ele parou de brincar. A má é que seu tom indica que ele tem total controle e poder sobre a situação em um raio de… muitos quilômetros.

-O que quer comigo?

Eu não vejo nada em seu rosto ou corpo, exceto o sharingan. Todo o restante está coberto por bandagens.

-O que você quer comigo? - A minha repetição impaciente levou à sensação de que levaria um golpe. Felizmente, o mesmo ficou parado a poucos centímetros do meu nariz.

-Hm… Gahel, você está atrapalhando a punição. - Virei o rosto o bastante para ver que o gigante segurava a mão que Nail tentava usar para me socar.

-Isso não é necessário. - Gahel falava e procurava o olhar de Tenzo. - Não é? Se for ferida, essa garota pode deixar de ser boa o bastante.

Tenzo se limita a acenar positivamente com a cabeça. O bastante para que Nail recue (com cara feia) e Gahel se dê por satisfeito. O líder, por sua vez, voltou a olhar para mim, agora sussurrando.

-Você me lembra alguém. Mesmo essa pressa natural, ela…

Na sala fechada onde estamos, mesmo um sussurro é o bastante para ser escutado claramente.

Eu não pergunto nada. Sei que é isso o que ele quer. E, independente de ser bom ou não ter a informação que ele retém, saber que não estou fazendo sua vontade me basta para tomar a decisão.

-Ela foi, por muitos anos, a líder de seu clã. Não me lembro de ninguém melhor que ela com as técnicas de invasão de mentes. Porém, o que a fez se destacar como kunoichi não foi isso, mas um ninjutsu que criou. O mais perigoso deles.

Silêncio.

“Continue” pedi sem falar. “Esse retardado está revelando os planos. Vamos lá. Continue!”

-Ela desenvolveu um processo único. Por causa do nível de perigo, foi vetado por Konoha, como tantos outros antes e depois dele. Mas os Uchiha viram além. E ajudaram a continuação dos experimentos em segredo. E então, pouco antes do projeto ser concluído, ela e um homem fugiram. Sem explicações. Sem aviso. Com o resultado das preciosas pesquisas.

Outra pausa constrangedora. Ele me encara, como se checasse novamente se pode quebrar a barreira que coloquei em volta da minha mente. Quando percebeu a derrota, voltou a falar.

-Infelizmente para ela, o homem com o qual fugiu não era qualquer um. Felizmente para mim, ele se tornara um dos meus bonecos recentemente. E, depois de matá-la ele veio até mim e entregou os documentos. Desde então, espero uma oportunidade para realizar esse ninjutsu.

-E o que eu sou, nessa história toda? - Não pude conter a pergunta.

-Esse arquivo que me foi entregue era, na verdade, uma receita. Dizia o que era preciso e o resultado obtido. Alguns itens constavam como ingredientes. E um item não poderia ser possuído por mim. O sangue de alguém semelhante a ela.

-Não.

-A kunoichi que elaborou o jutsu se chamava Yamanaka Hitomi. Uma de suas ancestrais. Eu pretendia pegar alguém do clã depois de me infiltrar, mas você se revelou muito útil depois que eu te descobri.

Eu vi em seus olhos que ele me investigara em algum momento depois da captura.

-Fora isso, - Ele seguia falando. - também existem sintomas que devem ser considerados. Você estará sujeita a esforços mentais e psicológicos quase sem precedentes. Tem muitas chances de sucumbir à loucura ou de simplesmente ter morte cerebral, mesmo que o jutsu seja bem-sucedido.

-E você está disposto a sacrificar uma das únicas cobaias que vai encontrar? - Foi o melhor que consegui pensar naquele desespero em que me encontrava.

-Mesmo que você morrer, eu ainda ganho. Vou me livrar de uma inimiga. E, mesmo louca, ainda vai significar algo para aquele garoto. Eu não me vejo perdendo em hipótese nenhuma.

Meu cérebro trabalhava a mil e eu implorava por uma chance de escapar. Mesmo se tentasse escapar de surpresa, a proximidade de Gahel e Nail era tanta que se eles não me derrubassem, eu tropeçaria neles.

Ele se voltou para mim, com algo diferente em seus olhos.

-Você merece saber o poder que eu quero que receba. Afinal, mesmo controlada por mim, o poder ainda é seu.

Mantive-me calada. Apesar de tudo, a curiosidade pedia que eu o escutasse. Ele e os outros rumavam em direção ao prédio Hokage.

-O seu poder é bastante simples: Você mata qualquer pessoa com um toque. Não importa quão forte ou quão habilidoso. O seu corpo se tornará a arma shinobi mais eficiente de todas. Claro que tem suas desvantagens, mas ainda assim é impressionante. Imagine as possibilidades: Qualquer um que te ataque, se tocar em seu corpo, deixar que qualquer parte da sua pele entre em contato com a pele do alvo, você se conectará automaticamente com a rede neural do oponente, sobrecarregando e matando o oponente, estourando todas os veios de chackra que existam na região. Simples e eficiente, não?

 

Uzumaki Naruto

-Rasengan!

Apesar do grito, o golpe não foi forte. Bastou erguer o braço para Gen pará-lo. No momento seguinte, eu tive que pular para trás para evitar o golpe dele. Não foi o bastante.

-Katon! - Bastou-lhe chamar o elemento para que uma imensa bola de fogo viesse em minha direção. Graças ao pulo, consegui desviar dessa primeira onda. - Kai!

A mesma bola de fogo explodiu e o impacto me jogou para trás, sem contar o chamuscado das minhas roupas e pelos. Em seguida, meu corpo se chocou contra algo duro. Não eram as pedras. Eu estava vacilando. Teria que tomar mais cuidado se não queria morrer.

Rolei para o lado e ergui meu corpo o mais rápido que consegui, levando uma mão às costas e contendo um rugido de dor ao retirar a kunai que fora fincada ali. No movimento seguinte, ficou evidente que nenhum ponto vital fora atingido. Mas ainda doía muito e sangrava mais do que deveria.

Sentindo os primeiros efeitos que o desespero opera em batalha, comecei a correr na direção de Gen, torcendo para que a velocidade fosse suficiente. Ao ficar na frente dele, ameacei um golpe. Ele desviou, pulando para trás. Então, quem eu queria apareceu. Ela estava parada exatamente atrás do corpo dele.

-Pronto. - Falei enquanto jogava um Rasengan para frente. Girei o corpo e distraí ela com o movimento de um braço. Com o outro, ao terminar o giro, atingi um ponto em sua nuca, com o punho fechado. Ela, que já estava debilitada antes, mergulhou entre as pedras.

-Mamori? - Gen estava surpreso. - Pensei que tinha morrido!

-Oodama Rasengan! - Eu não daria tempo para que ele se recuperasse.

Gen então se tornou uma figura distorcida e eu fui atingido por algo que só pode ser descrito como uma bola de energia invisível. Gen, por sua vez, chocou-se contra a parede de pedras às suas costas com mais violência que o necessário. O Rasengan se desfez depois de descarregar sua energia nele.

-Não toque nele!

Ao me levantar, encarei com os olhos semicerrados a figura que se erguera por entre as pedras.

-Então você tem sentimentos, no fim das contas. - Falei, sorrindo falsamente. Coloquei a mão sobre o estômago, tentando conter o vômito de sangue que senti vir à boca.

-Se ousar tocar nele, eu…

-Mamori. - O sussurro de Gen me fez virar. Arregalei meus olhos com susto.

Ele estava grotescamente destruído. Seu corpo estava encravado na entrada de uma gruta ou pequena caverna da região e ele parecia fazer parte das rochas, tamanha a destruição. Seu corpo estava cravejado por pedras e esmagado por outras. Somente seu crânio estava ligeiramente bem, ainda que com vários ralados.

-GEN!

O grito de Mamori foi breve, como se levasse um golpe. Eu estava paralisado. Tsunade e Shizune apareceram, se aproximando da saída da caverna. Mamori se aproximou dele, ficou meio encoberta pelas sombras.

A caverna tremeu.

-Parece que ele ainda não conhece seu poder. - Gen sorriu, mesmo quase morto. - E, pelo visto, o pai está o subestimando.

Tinha sido um Oodama Rasengan. Eu sabia a força do meu golpe. Não deveria ter causado aquilo.

Mamori chorava sobre ele, evitando tocá-lo para não lhe causar mais dor.

-Gen… - Ela gemia e eu recuava, percebendo o teto da entrada da caverna tremer.

-Mamori… - Ele disse algo. Uma última mensagem. Quase tocou meu coração, mas não conseguiu. O teto desmoronou e a primeira grande pedra jogou a cabeça de Mamori contra o chão. Os dois corpos foram enterrados.

Encontrei Shizune e Tsunade me esperando.

-Vamos? - Perguntei, retirando a mão de minha barriga ao perceber que a ferida se curava.

-Para onde?

-Estou pronto para voltar à vila. Está na hora de falarmos com ele.

-Não vai poder lutar contra eles enquanto não derrotar seus filhos. - Shizune se adiantava. - Kougumaru está com dois dos filhos em Konoha e eles parecem fortes.

-Pensávamos o mesmo desses dois. - Tsunade olhava preocupada para a ferida em meu estômago. - Tem certeza que estão mortos?

-Ao menos um deles.

Ela se virou, olhando a direção da vila.

-Vamos ajudar Kakashi e os outros. Não podemos tentar sem eles.

-Estava pensando o mesmo. Posso ir na frente? - Eu sei que sou mais rápido que elas.

-Vá. - Tsunade ordenou. - Mas cuidado. Se morrer agora, estamos perdidos.

-Combinado. - Sorri para ela antes de partir. Finalmente voltara. O poder que corria em mim era tão grande que eu temia não poder contê-lo.

Sem olhar para trás, segui na direção onde me pareceu que encontraria Kakashi. O cheiro dele era aquele com o qual estava mais familiarizado e teria menos dificuldades para seguir.

 

Hatake Kakashi

Quando parti para atacar Temari, o fiz pensando apenas em ajudar Shikamaru. Ele precisava de ajuda e me pareceu justo no momento. Mas, ainda assim, era difícil atingi-la sem ser machucado. Por causa da habilidade dela em lugar em longa distância, um lutador que tem facilidade com curtas distâncias como eu, uma batalha assim se demonstrava desafiadora, para dizer o mínimo. Além do mais, tinha que tomar o cuidado de não a matar.

-Não pense que ganhará facilmente. - Ela usou sua voz mecânica. Era cada vez mais fácil reconhecer a voz de Tenzo. Ele parecia cansado de disfarçar quem era o controlador das pessoas. Pessoalmente, eu diria que ele estava entediado e queria aparecer.

Não respondi. Depois de Gai, minhas palavras pareciam travar antes de chegar à minha boca. E ficar calado era confortável.

De uma só vez, fui na direção dela. O ataque a pegou de surpresa, mas não quebrou sua guarda. Ela tentou desviar, mas não conseguiu fazê-lo por completo. Uma bola de fogo, lançada a meia distância, atingiu o lado esquerdo do corpo. Quando recuperou a postura, ela se preparou para lançar outro daqueles ataques cortantes. O utilizara tantas vezes para quebrar qualquer estratégia minha que já me irritara o bastante.

Não vou deixar que Tenzo faça de novo o que aconteceu com Gai. Não consigo evitar que minha boca se abra e um urro baixo, mas feroz, corte minha garganta. Ódio corroía minhas veias. Meu olho do sharingan pulsa.

Não vou deixar.

Raikiri. Está na minha mão. Corri em frente, sem hesitação. O jutsu dela é lançado. A força do golpe não me surpreende, apesar do alarme em minha mente que me diz que não aguentarei um golpe de frente.

Não vou deixar.

Ergo a mão e jogo o Raikiri contra o jutsu. Forço a mão à frente. Ela sustenta a lâmina de vento. As veias em sua testa saltam pelo esforço. Suor corre por meu rosto. Eu jamais imaginara aquela força naquela garota. Mas, um passo após o outro, eu arrasto seu jutsu para trás.

Pouco mais de um metro de distância. O bastante.

-Ra… - Minha garganta não quer, mas tem que expressar as palavras. Não deixarei acontecer o que aconteceu com Gai. - Raikiri!

Coloco toda a minha força no último segundo. Foi o suficiente.

A poeira subiu. Todo o vento disperso acaba formando uma cortina de poeira, o que não me é problema, mas eu sei que será um problema para ela. Quando a poeira baixou, ela estava me procurando em volta, mas não me encontrou, afinal, eu estava às suas costas. Deixei que um passo meu fosse propositalmente mais alto.

Quando ela deu meia volta, ficou de cara para mim. Próximo o bastante para meu sharingan atingisse o ponto mais eficaz. Esperei que seu olhar ficasse mais tranquilo e, depois, perdido, antes de dar a vitória por garantida.

 

Nara Shikamaru

Fui até Sai e vi que ele já saía da floresta com Rock Lee e Hinata carregados sobre um dos seus monstros de tinta. Limpei o pigarro na garganta antes de demonstrar minha surpresa.

-Como conseguiu isso tão rápido?!

-Eu era um membro da Anbu Raiz. - Ele me ajudou a colocar Yamato sobre um segundo monstro que ele criou. - As únicas batalhas difíceis são aquelas contra pessoas com sentimentos. Se o oponente não é muito mais forte que eu e está lutando como um Anbu, ninguém consegue derrubar um ninja secreto de Konoha. Foi para batalhar com eles que fui treinado.

Acenei com a cabeça, aceitando a explicação. Olhei em redor, procurando Kakashi. Tentei sentir seu cheiro, mas algo estava atrapalhando. Algo semelhante ao cheiro de Rock Lee…

-Gai. - Olhei para o rosto de Sai. - Vamos até ele ou procuramos Kakashi primeiro? - Joguei a decisão para ele porque estava com preguiça de pensar em qual escolha seria melhor.

-Vamos ver como Gai está. - Ele tomou a decisão com o mesmo olhar calmo de sempre. - Se ele ainda está sob controle de Tenzo, não podemos deixar que fuja.

-Vamos lá.

Nós corríamos e os monstros seguiam atrás de nós, cobrindo um possível ataque pela retaguarda. Eu tentava entender a situação no pouco tempo que tinha. No momento, somos foragidos e traidores de Konoha, acusados de proteger o garoto que tentou matar todos na vila ao libertar a Kyuubi. Protegemos ele e guardamos seu segredo, mas éramos os únicos que sabíamos que ele fora o responsável por derrotar a raposa de nove caudas sem deixar que dano fosse causado à vila. Não temos muita esperança de vitória, ainda que tentemos com todas as nossas forças. E por que tentaríamos? Para quê salvar uma vila que nem ao menos confia em seu shinobi mais fiel ou obedece às ordens da sua líder imediata? Minha mente maquinava. Eu não sabia o que era certo. Se valia a pena salvar Konoha. Se Konoha merecia ser salva.

Seguimos o cheiro de Gai. Estávamos próximos quando sentimos a presença disfarçada de outra pessoa. Alguém que se escondia sem querer, porque não se empenhava com decência nessa tarefa.

-Quem está aí? - Perguntei, entrando na clareira sem olhar em volta.

-Shikamaru? Você está bem?

Virei 180 graus para ver quem falava às minhas costas. Quase morri de susto. Não que fosse uma novidade o fato de que Naruto era sorrateiro quando queria. Mas era uma surpresa o fato de ele carregar o corpo inerte de Gai em seus ombros.

-O que é isso? - Sai estava preocupado com algo. - Você está sendo controlado?

Naruto sorria. Foi provavelmente o que assustou Sai. Aquilo. O sorriso. Ele estava dissimulando.

-Quem matou Gai? - Ele perguntou e qualquer dúvida sobre um controle se esvaiu. Era evidente que ele estava se contendo para não explodir naquela sua tradicional expressão de sentimentos.

-Não sabemos. - Respondi. - A última pessoa que luto com ele foi Kakashi.

O nome teve o efeito que eu esperava. Naruto pareceu ponderar alguns instantes. Ele estava diferente. Como se emanasse uma aura. Infelizmente, não era uma aura muito boa.

Duvidei do meu juízo por um instante, mas então Naruto olhou para nós e fechou os olhos em um sorriso tão terrível que me fez ter medo. Medo real.

-Acho bom Kakashi se explicar muito bem. - Ele virou um pouco o rosto. - Porque senão, terei eu mesmo que matá-lo.

 

Senju Tsunade

-Tem certeza que é necessário, Tsunade-sama? - Shizune estava me irritando. Era a terceira vez que fazia essa pergunta.

-Shizune, se quiser ficar para trás, eu já lhe disse que pode ficar. - Era aquilo, provavelmente. Ela queria esperar os outros.

-Não! - Ela ficou ofendida com a ideia. - Eu só queria dizer que talvez fosse melhor esperá-los. Eles esperam isso de nós.

-Não posso esperar. Sou a Hokage, no fim das contas. Problemas dessa magnitude não podem ser decididos por crianças. Eu vou na frente para, pelo menos, tentar amenizar a situação.

-Indo lá sozinhas nós não teremos chance nenhuma contra os guardas! Não se esqueça de que esse é o mesmo exército que você treinou com todas as suas forças. Eles são a maior força bélica do continente.

-Não se preocupe. Ainda existem meios de entrar na vila. Especialmente em uma situação como essa. Só preciso da sua escolta até lá. Depois, poderei ficar mais tranquila lá dentro.

-E como vai ficar mais tranquila? A situação não vai melhorar. - Eu percebi que o tom de protesto praticamente sumira de sua voz. Aquilo era curiosidade.

-Nem todos aderiram à vontade de Kougumaru, Shizune. - Eu teria que passar em alguns lugares logo depois de chegar em Konoha. - E outro tanto não aceitou bem a ideia de perseguir Naruto. Você não achou mesmo que eu estava parada enquanto Naruto estava fora, achou?

Ela parecia surpresa. A reação que eu esperava depois de guardar um segredo até mesmo dela.

-Não se preocupe. - Falei, vendo portão que surgia no fim do caminho. Não senti nenhuma vigilância. - Estou certa de que, quando a hora chegar, teremos ajuda.

Apesar das minhas palavras e do sorriso que dirigia a Shizune, não conseguia deixar de sentir preocupação. Não sabia com certeza se poderia parar Kougumaru. Mas aquele não era momento para fraquejar, muito menos transmitir insegurança para Shizune.

Eu sou Hokage e devo agir como uma.

Por isso, Tenzo é meu. Ele vai aprender que nem mesmo o meu próprio exército pode me segurar quando a vila fica em perigo.

Ao meu lado, Shizune de um passo mais confiante. Sorri ao perceber seu ânimo renovado.

-Vamos lá!

Assenti com a cabeça, aumentando um pouco a velocidade. Entremos na mata, preparadas para entrar na vila.

Prontas para pegar Konoha de volta.

Fim do Capítulo 23


Notas Finais


Lucaserjento: Ah, mas que belo momento, não concorda?
Akamaru: Au!
Lucaserjento: Mais um capítulo terminado, mais uma semana de missão cumprida. E você aqui, fofo e agradável.
Akamaru: Au! Au!
Lucaserjento: Tão diferente do dono…
Akamaru: Au!
Lucaserjento: Bem pessoal, é isso aí. Até semana que vem. Se quiserem acompanhar semanalmente, favoritem a história. E deixem comentário! Eu gosto de saber o que vocês estão achando da fic. Se quiserem, podem só dar um oi para o Akamaru. Despede das pessoas, Akamaru.
Akamaru: Au!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...