não quer que anda aconteça ao meu bebê, analiso o meu corpo e vejo as gotas sujarem o piso branco da cozinha, a sensação é que estou perdendo algo de mim, a dor volta a se apossar de mim, mas dessa vez na minha espinha, pego meu telefone e ligo pra ele, torço contra todos os meus instintos para que ele atenda, mas nem na 9º chamada ele da sinal de vida, pego meu celular e ligo pra Bia, enquanto escuto os toques penso em ligar para Bruna. Mas ela iria demorar e Bia mora mais perto, logo ela atende
- Luiza ? - ela pergunta sonolenta
- Via, me ajuda - falo aflita
- O que aconteceu ? onde vc está ? - ela pergunta preocupada
- Em casa vem logo - falo e desligo
fico quieta no mesmo lugar, o tempo passa mas eu nem percebo, logo ouço a porta ser aberta e vejo o corpo de Bia correndo até mim
- O que ta acontecendo ? - ela pergunta antes de chegar onde estou
- Eu to sangrando muito, eu to perdendo meu bebê - falo desesperada
ela chama Rober que logo aparece na porta e me carrega até o carro
- Onde está sua bolsa ? - ela pergunta
- Em cima da minha cama - digo
vejo Leninha dormindo tranquilamente na cadeirinha, e quando eles ligam o carro apenas vejo vultos, meus olhos querem se fechar, mas sei que não posso deixar isso acontecer, gradativamente meus olhos se fecham...
2:40**
- Está tudo bem com seu bebe, o sangue foi pelo stress, a senhorita terá que ficar em observação - o médico dizia calmo
- Sério - perguntei fazendo uma careta e recebendo um olhar bravo de Bia
- É melhor, por mais que sua gravidez seja saudável e vc tbm e melhor eu te manter aqui mais um pouco, te libero antes de trocar i plantão - ele diz
- Pode ir doutor, vou cuidar dessa moça - diz Bia
ele assente e sai, ela se deita comigo na cama e me abraça
- Vou ligar pro Luan - ela diz
- Nao, por favor não - suplico
ela pega o telefone e disca o numero, imagina que seja o dele, ela coloca o mesmo no ouvido
- Ele é o pai, ele precisa saber mesmo que ele tenha vacilado. Se vc ou a filha dele correm perigo ele tem que saber, mesmo que ele seja irresponsável - ela diz
LUAN NARRANDO
saímos do show e fomos pro Rio, quando chegamos o pessoal da banda quiseram tomar uma cerveja em um bar ali perto, havia tempos em que a gente não se divertia juntos, avisei pra Luiza e sentamos em uma mesa, chegaram algumas mulheres e tiramos fotos, elas diziam ser fãs, depois sentaram com a gente, eu estava me divertindo, o som estava bastante alto, conversei alguns minutos com Luiza e deixei o telefone de lado, ficamos cerca de 2 horas por la, decidi ir embora, fui o caminho todo em meu carro, no maior silêncio, cheguei na rua de casa e abri o portão com o controle, estacionei o carro e sai correndo para dentro, liguei as luzes, no primeiro piso estava tudo quieto, ela deveria estar lá em cima
- Luiza - chamei
subi a escada e não havia ninguém nos quartos, olhei a casa inteira e ninguém estava aqui, meu telefone toca insistentemente, o pego do meu bolso apertado e na tela aparece o nome de Bia, atendo logo e o coloco no ouvido
- ONDE VC ESTAVA ? - ela berra após eu atender
- Bia, Luiza não está em casa - falo
- Claro que não está, estamos em um hospital, já que vc foi bastante irresponsável para não estar em casa quando ela precisou - ela diz debochada
- O que aconteceu ? - pergunto já desesperado
ela não me explicou o que havia acontecido, apenas disse para eu ir onde elas estavam, como agora e sabia que estava tudo bem, tomei um banho e troquei de roupa, a noite era muito fria, resolvi levar uma roupa confortável para ela, desliguei as luzes da casa e fechei a porta, indo em direção a garagem, segui as coordenadas em pouco tempo cheguei no hospital, estacionei o carro e peguei a bolsa na qual havia roupas, eles liberaram minha entrada, nem me importei em estar sem disfarce, queria apenas ver minha mulher, andei pelos corredor e um leito vi os pés branquinhos esticados na cama, entro no mesmo vejo que ela está sozinha, imagino que Bia havia saído a pouco tempo para fazer algo, ela não deixaria a amiga sozinha, assim que sua atenção se vira pra mim ela da um sorriso e eu retribuo, deixo a bolsa na poltrona de couro falso e vou ficar ao lado dela
- O que aconteceu ? - pergunto
- Stress, pelas fotos e tudo mais, eu me irritei e como já estou na reta final eu sangrei, mas não foi nada demais - falou
conversamos mais um pouco e logo Bia chega com algo para ela comer, Bia já está despreocupada e pede desculpas pelo modo que ela me tratou, por mim nem precisava, isso e apenas um modo de proteção, conversamos um pouco e Rober me chamou para conversar, dei um beijo na testa dela e sai, do lado de fora ele estava sentado em um dos bancos
- Eai cara - falei
- Eai - ele disse
conversamos por bastante tempo
- Cara, acho melhor a gente diminuir os shows um pouco - ele disse
- Por que ? - perguntei
- Luan, se eu não estivesse saído mais cedo do show eu não teria ajudado sua mulher, e vc foi irresponsável o bastante para deixar ela sozinha em casa em plena madrugada - ele dar bravo
- Rober não foi culpa minha, eu queria me divertir - digo indiferente
- Cai na real, a Luiza precisa de vc agora mais do que nunca, o tempo que vc tem para ficar com ela, vc prefere sair e beber, agora vc tem um filho - ele diz
eu sei que ele está certo, e que fui errado, mas eu não iria imaginar que a Luiza iria ficar nesse estado, eu apenas assenti e fui para o quarto novamente, deixei que Bia e Rober fossem para casa, minha mulher dormiu e eu fiquei algum tempo acordado..
LUIZA NARRANDO
assim que acordei me levantei e tomei um banho, coloquei a roupa que Luan havia trago para mim, quando terminei Luan já havia aordado, dei um beijo nele e voltei a me deitar na cama, o médico veio me deu uma olhada e pediu para que trouxessem meu café da manhã, assim que terminei de comer fiz mais alguns exames, recebi a alta e fomos para casa, chegando lá Ruth estava terminando de fazer o almoço, expliquei o acontecido para ela e almocei com Luan...
2 SEMANAS DEPOIS
estava deitada no sofá, vendo um filme, Leninha estava em meus pés, vendo o filme comigo, Bia estava a caminho para buscar ela, me levantei e fui fazer suco
- Ta com fome Leninha ? - pergunto
- To sim tia - ela diz vindo ate mim
pego o pão de forma em cima do balcão e pego um patê de sardinha que Ruth havia feito, faço lanche para ela e para mim, coloco em um prato enquanto ela coloca refrigerante em seu copo, ela se senta ao meu lado no sofá e começamos a comer, ouço a porta se abrir e imagino que seja Bia, porém quando ouço a voz aveludada meu coração amolece
- Aí meu amor - digo
me levanto com um pouco de dificuldade e vou andando o mais rápido possível até ele, quando chego perto o abraço, ele me aperta e me levanta, eu consigo entrelaçar minhas pernas ao seu redor
- Nossa, ta pesada - ele diz ainda me abraçando
ele me coloca no chão e ele vai falar com Leninha que está de joelhos no sofá
- Cade o amor do dindo ? - ele pergunta
- To aqui - ela diz
me faz rir e Luan a pega nos braços e a abraça bem forte, em seguida ele a coloca no sofá e vai atender a porta, enquanto eu pego os brinquedos dela, olho para a porta e Rober e Bia estão entrando, Leninha corre até eles e gruda nos braços do pai, enquanto da um beijo na mãe, ela vem até mim e me abraça, Rober faz o mesmo, conversamos um pouco e eles se vão, subi até o meu quarto e tomei um banho, coloquei essa roupa (1), assim que fiquei pronta fui para o quarto da minha bebê, Luan, Rober e Rodrigo montaram o berço e colocaram as decorações na parede seguindo ordens minhas, o guarda roupas dela era embutido e a gente já havia feito todos os processos para que ela já pudesse usar, lá estava cheio de roupas e presentes, peguei uma mala pequena para colocar as coisas da maternidade, peguei 2 roupinhas e mais algumas coisas que iriam precisar, assim que estava pronta deixei em um lugar que ficasse a mostra e desci as escadas para a cozinha, onde Luan estava fazendo o almoço, fui até ele e lhe dei um beijo na nuca, ele se arrepiou e deu um beijo em mim, voltou se para a comida enquanto eu pegava os pratos e os talheres, ele desligou o fogo e serviu o prato de cada um, comemos conversando bastante e logo fomos para o quarto, ele se arrumou e fomos para a garagem, abri a porta do carro e entrei, logo ele deu partida, fomos para o endereço que Bia havia dado pra gente, batemos o interfone e ficamos esperando algum tempo, logo veio uma mulher, com certeza de meia idade
- Sejam vem vindos, vc deve ser a Luiza, entrem a nova sessão começa agora - a loira fiz
Luan está nervoso, pois seu corpo fica rígido estou com a mão entrelaçada na sua, assinto com a cabeça e umedeço meus lábios passando a língua nos mesmos, entramos, a casa era realmente grande, ela guiou a gente para o segundo piso e lá estavam muitas pessoas, nós parecíamos ser os mais novos, recebíamos olhares e isso foi constrangedor, isso é vergonhoso
- Tudo bem ? - pergunto pra ele baixo
- Não muito - diz
estamos parados por trás de uma espécie de bancada, tem uma cama que parece um berço, deitado no mesmo há uma boneca, uma fralda, mamadeira, todos arrumados, Emilly a dona da casa encara a bonecas eu a pego assim como as outra mulheres, fizemos alguns movimentos e colocamos novamente na cama
- Agora os pais terão de pegar, com cuidado pois qualquer ato pode fazer com que o bebê se quebre - diz Emilly
- Sua vez - digo baixo e rindo
ele recolhe a boneca e a coloca em uma espuma rosa afim de tirar sua fralda
- Eu não sei ao menos segurar uma simples boneca - ele diz bem humorado
ele não parece tão irritado, ele tira a fralda e limpa com o lenço, ele me diz que viu isso em filmes e documentários, assim que ele termina de trocar a falsa o boneco emite um som estranho, na verdade um choro, ele arregala os olhos e me encara, ele leva a boneca para seu peito afim de que a boneca se cale, o que não acontece
- Que porra é essa, a boneca não cala, ela ta chorando - ele diz
eu começo a rir pelo seu desespero, ele levanta a boneca e a puxa pela perna, eu tampo minha boca com a mão para que eu não emita o som muito alto
- Luan, vc irá segurar seu filho assim ? - ela pergunta
- Mas isso não e meu filho, e uma boneca - ele diz
- Essa boneca é uma espécie de bebê de verdade, vc vai fazer isso quando ele chorar a noite ? - ela questiona
- Como que eu faço pra ela parar de chorar ? - ele pergunta irritado
ele a coloca ela deitada em seu braço esquerdo na tentativa falha de fazer ela se calar
- Bem, me dê - digo
ele me olha de relance e eu sorrio, quero fazer ele se sentir confortável de novo, e mostrar que isso e apenas um treinamento, e que não há nada errado em não saber o que fazer
- Você sabe cuidar de crianças ? - ele pergunta intrigado
- Digamos que sou uma médica de crianças - falo irônica
ele me entrega a bonda com bastante cuidado, eu a aconchego em meus braços e me balanço, o choro cessa devagar e agradeço mentalmente por isso, depois eu a coloco na cama, e fazemos todo o processo que Emilly pediu, cerca de 2 horas depois fomos embora, Luan reclamou um pouco, mas foi em vão, chegamos em casa e Luan foi se arrumar pra irmos jantar na casa da Júlia, quando ele saiu do banheiro eu fui, tomei um banho longo, fui pro closet quando terminei e coloquei essa roupa (2), uma sandália baixa e fui para a sala, Luan já estava lá me esperando
- Vamos ? - perguntei
- Claro - ele disse
se levantou e pegou em minha mão, abriu a porta do carro pra mim, logo ele entrou e seguimos o caminho para a casa da Júlia, o porteiro reconheceu a gente e entramos, estacionamos e descemos juntos, tocamos o interfone, Júlia abriu e logo entramos, algumas pessoas já estavam la, falei com todas e sentamos na mesa, Leninha brincava no sofá, conversamos um pouco, servimos vinho e conversamos mais
- Vou ver o frango - diz Júlia
ela se levanta e eu também, assim como Bruna e Bia, vou até a cadeira de Luan e me inclino um pouco, meus lábios se encostam no dele e ele sorri no meio do beijo
LUAN NARRANDO
- Por que 4 mulheres tem que ir juntas ver se o frango está pronto ? Uma do não faz isso ? - pergunta Rober baixinho
- Cara, vc não conhece as mulheres - digo rindo
- Elas foram conversar, fazem isso o tempo todo, contam tudo uma para outra - diz Lorenzo
- Contam até o tamanho do pênis do marido - diz Rodrigo
eu olho para ele com os olhos arregalados enquanto ele balança a cabeça em sinal afirmativo, eu acho essa coisa toda esquisita, logo escuto os passos e vejo elas virem, todas com algo nas mãos elas colocam sobre a mesa enquanto se servem, todos nós comemos e confesso que estava muito gostoso, quando terminamos curtimos nossa filha que fazia vários movimentos, estávamos sentados no jardim...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.