História Depois Da Meia Noite - 48

2 MESES DEPOIS
LUIZA NARRANDO 

acordo as 9:10, Analú já estava assistindo TV, coloco uma roupa (1), desci as escadas e Júlia também estava lá 
- Bom dia - digo 
vou até ela e lhe dou um beijo, depois um beijo no bebê, faço o mesmo com minha filha, todos vem atrás de mim e sentamos na mesa 
- O que querem comer ? - pergunto 
- Trouxe coxinha - diz Julia 
eu me levanto e vejo uma caixinha em cima da bancada, pego suco na geladeira, e copos no armário, coloco tudo em cima da mesa, abro a caixa e há muitas coxinhas, nós comemos, quando terminamos arrumo tudo e me sento no sofá 
- Me da minha sobrinha - digo 
pego ela dos braços de Júlia, e ela se aconchega em meu colo, fico conversando mais um pouco com ela 
- Quanto tempo faz que vc não vê o Luan ? - pergunta Júlia 
- Tem pouco mais de 2 meses - digo 
- Eu to quase morrendo e não tem esse tempo todo que estou sem ver Dudu - diz Júlia 
eu sorrio e conversamos sobre outros assuntos, logo ela vai embora, ouço a porta ser fechada e me estico no sofá, Analú estava ao meu lado e logo dormiu, ao poucos meus olhos se fecham 
acordo com o barulho da porta ser aberta, me sento e vejo Luan entrar
- Oi amor - digo mas não levanto já que ele está perto 
- Que saudades de vcs - ele diz e me abraça
Analú acorda com os movimentos e abraça o pai, ele aborta no colo e nos leva para o jardim da frente 
- Quem quer presente ? - Luan pergunta 
- Eu - digo e levanto a mão 
- Eu também - diz Lulu
- Ta - ele responde 
ele vai caminhando calmamente até o carro, abre o porta mala e tira de lá um saco preto, ficamos animadas, sempre adoramos os presentes dele
- Bom, iremos começar pela nossa Lulu - ele diz 
abre o saco e com o maior mistério tira de lá uma caixa gigante, maior do que a própria garotinha 
- Aaaaai que linda - ela grita
ele lhe deu uma boneca gigante, com enormes cabelos para ela pentear, depois ele retira uma espécie de mala, com cerca de 10 vestidos, sapatos e acessórios, ela ficou louca
- Agora para mamãe - ele diz
ele coloca as mãos dentro do grande saco, faz um suspense e retira de lá uma caixa, me entrega, Analú saiu correndo para seu quarto com a boneca, coloquei a caixa em meu colo, abri o laço e puxei a tampa, dentro dele havia um colar maravilhoso, ele sabe como me presentear, sempre gostei de anéis, brincos e colares, ele se ajoelhou, eu puxei meus cabelos e ele o colocou em mim
- Tem mais - ele diz 
eu sorrio e lhe dou um selinho, ele retira e guardo novamente dentro da caixa, ele pega mais algo dentro do saco, na verdade mais 2 caixas, uma pequena, a primeira que abro, lá tem um outro colar, porém esse é para usar no dia a dia, com um pingente lindo, eu o coloco e fico com ele, abro a segunda caixa, lá tem um brinco, que combina com o colar 
- O que ta querendo ? - pergunto
- Como assim ? - responde 
- Ta me dando muitos presentes - digo 
- Só quero te presentear, nada demais - ele diz 
- Tudo bem então - falo 
lhe dou mais um beijo, ele se levanta e me puxa pelas mãos, pegamos as coisas e fomos para dentro da casa, lá ele come coxinhas, depois combinamos de ir ao cinema, Analú não quis ir, preferiu ficar com vó Mari, nos arrumamos, tomei banho primeiro e coloquei essa roupa (2), fiz uma maquiagem e cachos no cabelo, quando terminei fiquei esperando Luan, logo ele terminou, peguei minha bolsa e seguimos para o shopping, quando chegamos lá Bia e Rober já estavam a nossa espera, Júlia estava chegando, pois havia passado na casa dos meus pais e deixado a bebê, quando ela chegou pedimos uma cerveja e ficamos sentados 
- Gente, estamos sem os filhos, vamos para uma balada ? - perguntou Bia
- Eu topo - diz Luan 
eu assenti com a cabeça, Júlia também, assim como Dudu, terminamos nossa cerveja e fomos todos para o estacionamento, entramos em nossos respectivos carros, eu fui dirigindo o nosso carro, Luan colocou a mão em minha coxa e subia vagarosamente, isso estava me excitando, eu me arrepiei e ele percebeu, subiu a mão aos poucos e apertou de leve
- Você ta me deixando louca - digo respirando fundo 
- Você faz isso comigo todos os dias - ele diz 
logo chegamos na boate, pagamos a entrada e fomos para nosso camarote, Rober buscou nossas bebidas, eu realmente precisava de um tempo com minhas amigas
- Amor vou lá pra baixo com as meninas - digo 
ele assente e antes de sair me da um tapa na bunda, eu bato em sua mão e vou para a pista, as meninas formaram uma espécie de rodinha e começamos a dançar..
(...)
segunda a noite Luan viajou novamente, tive que aguentar nossa filha chorar por algumas horas, mas depois ela se acalmou, fiz um jantar bem simples porém ela recusou e quis dormir, pensei que ela estava realmente triste, logo ela dormiu e a coloquei na cama, voltei para a cozinha e comi, troquei algumas mensagens com Luan e contei o que havia acontecido, logo ele foi para o show, me sentei no sofá e peguei o computador, olhei algumas notícias sobre Luan, umas fotos dele, nada demais, logo subi para o quarto, me enrolei nas cobertas e adormeci, a noite acordei com movimentos na cama, era Lulu 
- O que foi filha ? - pergunto
- Nada mãe, quero dormir com vc - ela diz 
- Tudo bem, mas quando o papai chegar vc vai dormir na sua cama - digo 
ela assente e se deita ao meu lado e me abraça, ela dorme, mas eu não, ela fica quente de uma hora para outra, passo a mão por seu rosto, ela está bem quente, vou até o quarto dela e pego o termômetro para verificar, febre alta, guardo o termômetro e pego remédio para febre, desço até a cozinha e pego água, coloco algumas gotas do remédio e levo até o quarto 
- Filha, acorda - digo 
- Não mamãe, me deixa dormir - ela diz 
- É rápido meu amor - falo 
ela se senta e eu lhe entrego o copo, ela bebe tudo e faz uma leve careta, se deita novamente 
- Mamãe, estou com dor de cabeça - ela diz 
- Ta, o remédio vai aliviar - digo 
ela balança a cabeça devagar e se encolhe, desço as escadas e coloco o copo na pia, desligo todas as luzes e vou para o quarto, mando uma mensagem para Luan 

Luiza : Luan, Nalú está com febre, se não melhorar irei levá-la ao hospital 

ele não responde, mas a mensagem chegou, me deito novamente bastante preocupada, passo a mão pelo rosto da pequena e já está um pouco melhor, adormeço mas a todo tempo acordo...
acordo as 8:30, Nalú ainda dorme e sem nenhum resquício de febre, saio da cama devagar e vou até o banheiro, faço as higienes matinais e vou até o closet, coloco essa roupa (3), depois um casaquinho por cima, já que estava um pouco frio, quando termino vou para a cozinha, faço café da manhã enquanto lavo a louca suja da noite anterior, termino, seco e guardo, sigo até a sala e ligo a televisão, passa algo sobre política, mudo de canal até chegar em um filme, pego o que vou comer e me sento assistindo TV, termino de comer e guardo tudo esperando Nalú, ela logo aparece e tosse bastante, a pego no colo e vamos para a cozinha, ela come devagar e vejo sua temperatura, bem quente, decido que irei levá-la ao hospital, vamos para o quarto dela, enquanto ela toma banho escolho uma roupa, olho pela janela, o tempo está fechado e parece que vai chover, quando ela fica pronta faço um rabo em seu cabelo e vamos para o carro, coloco ela no banco de trás e sigo em direção ao hospital, quando chegamos a pego no colo e entramos, converso com a recepcionista e logo ela libera minha entrada, quando entro por outra porta me sento para esperar, Analú começa a dar febre novamente, pego o telefone 
LUIZA: Luan, estou no hospital com Analú, ela não está nada bem e de acordo com o meu diagnóstico de mãe e pediatra ela não vai melhorar tão cedo 
a mensagem chega mas ele não responde, decido ligar pra Bru, disco o número dela, no terceiro toque ela atende, explico o que era acontecendo e ela disse que logo vem, assinto e desligo o telefone, logo o médico chama, entro com ela no consultório e o médico nos atende, pergunta sobre os sintomas, senta ela na maca e começa a examiná-la, logo vem o diagnóstico provável, PNEUMONIA, ele a leva para um quarto, me passa uma receita para comprar remédios, ele coloca a agulha no braço dela e logo ela adormece, aproveito esse tempo e vou para a farmácia, no caminho tento ligar para Luan, só da caixa postal, trombo com uma pessoa, é Bruna, vamos até a farmácia conversando, conto o ocorrido 
- Sabe do Luan, ele ligou ? - pergunto 
- Não, achei que ele havia falado com vc - Bruna diz 
- Que saco, já mandei 10 ou mais mensagens e ele não respondeu nenhuma, apenas chega, ligo e só da caixa postal - digo 
- O que vai fazer a respeito ? - ela pergunta 
- Vou cuidar da minha filha e depois resolvo isso - falo 
chegamos na farmácia e entrego o pedido dos remédios, a moça pega e logo passo o cartão, voltamos para o hospital, o médico me explica como medicar, me sento na cadeira ao lado e Bruna faz o mesmo gesto, tento ligar novamente para Luan, dessa vez chama, porém cai, Analú acordou, liguei a TV e ficamos vendo um filme até que deu a hora de almoçar
- O que querem comer ? - pergunta Bruna 
- Qualquer coisa - digo
- Vou no restaurante lá fora e trago comida pra vc - diz ela 
assunto, ela da um beija na testa de Nalú, me da um na bochecha e sair Nalú poderia comer apenas a comida do hospital, logo a enfermeira chega, a comida até que não era ruim, Nalú comeu tudo e logo Bruna voltou com nossa comida, eu estava morrendo de fome, abro a comida e meu telefone toca, vejo o número desconhecido, atendo, no fundo as vozes me irritam, são vários gritos, como se tivesse havendo uma guerra, as duas me olham, apenas faço um sinal com a mão e saio para fora da sala, encosto a porta e fico no corredor 
- Alô - digo 
- Oi meu amor que saudades - a voz diz 
- Quem ta falando ? - pergunto 
- Como assim quem ta falando, vc tem mais de um amor Luiza ? - pergunta 
- Vou desligar se não me responder direito - digo 
- Sou eu, Luan - diz
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