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História Depois da Tempestade - Prólogo


Escrita por: mwtski

Notas do Autor


Essa é a segunda e última vez que reescrevo essa história, eu peço perdão a vocês, meus queridos leitores pelo inconveniente, mas a fanfic começou de um jeito e seguiu um rumo completamente diferente do que eu havia planejado e isso não tava ficando legal. Por isso, eu resolvi reescreve-la.

O Prologo vocês já conhecem, não há muita diferença a não ser pelo prefácio. Mas, ainda assim, espero que gostem.

Capítulo 1 - Prólogo


Prefácio

 

Dizem que são nossas escolhas que fazem o nosso destino, que nós somos os senhores do nosso destino, já alguns dizem que nosso destino já é formado quando nós nascemos. Seja lá qual for verdade, não foram as minhas escolhas que influenciaram no meu destino, e sim a escolha dos outros. E talvez, na época, eles não tivessem noção que suas escolhas seriam fatais para eles e talvez, para mim também.

Meus pais, Edmund e Catherine saíram para visitar uma parente da família que estava doente, era um dia chuvoso e haviam alertas de deslizamentos de terra na estrada. Meus pais decidiram ignorar tudo aquilo e seguir a viagem, mas, eles consideraram o perigo e resolveram não me levar.

Eles conseguiram chegar lá com vida, mas durante a viagem de volta, meu pai perdeu o controle do carro e eles bateram em um caminhão. O caminhoneiro seguiu bem, mas, meus pais morreram na hora. A partir desse dia meu destino foi selado.

- Taylor Reign

Prólogo

 

Acordei com o som de fortes batidas e os gritos de meu tio em minha porta. Meu corpo inteiro doía, isso servia para me lembrar do que acontecera no dia anterior.

 

“ – Tio, por favor, me desculpe! Eu não fiz por... – Ele me deu um tapa forte no rosto. O gosto metálico de sangue logo invadiu a minha boca.

- Não fez por querer hein? Você não presta pra nada!

- E.…Eu não fiz por querer! Eu...

- CALA A PORRA DA SUA BOCA! SUA VOZ ME IRRITA! – Novamente, ele me deu um tapa, dessa vez me fazendo cuspir sangue.

- Escute aqui garoto, enquanto você viver debaixo do meu teto terá de seguir as minhas regras! Goste sim ou não! – Me mantive calado, não havia nada que eu pudesse falar, e eu já sabia o que estava por vir, e era isso o que me assustava...

- Não Tio, tudo menos isso. – Implorei, me afastando, minhas costas encostaram na parede, eu estava encurralado, não havia escapatória e eu teria que passar por aquilo mais uma vez.

- JÁ FALEI PARA FICAR CALADO! – Disse ele, logo, afrouxou seu cinto, baixou sua calça e com ela sua cueca.

Ele se aproximou de mim, me pegou pelo pescoço e me jogou na cama, tentei me afastar dele, mas minha tentativa foi em vão e só serviu para enfurece-lo mais ainda, tive certeza disso quando ele rasgou minhas roupas e me segurou com força, impedindo que eu movesse. Meu corpo inteiro estremeceu de dor quando ele se forçou dentro de mim, senti um líquido escorrer pela minha entrada, percorrendo por uma de minhas nádegas até manchar a cama. Ele finalmente começara a se mover, as lágrimas escapavam de meus olhos sem nenhum pudor, e eu me senti sujo, impuro. Algumas das feridas que ele me fizera vários dias e noites atrás, distribuídas em meu corpo se abriram novamente, porém nenhuma delas se comparavam a ferida do meu coração.

“ – Órfão, sem nem mesmo onde cair morto, e condenado a viver com esse... Homem. Isto, se é que ainda existe um resquício se quer de humanidade dentro dele... ” – Pensei.

 

Porque?

Porque justo eu?

Porque aquilo tinha de acontecer comigo?

Porque eu tenho de viver com esse homem?

Porque eu tenho que passar por isso todas as noites?

 

Um líquido quente preencheu meu interior e ele se retirou de mim; ele sentou na cama por um tempo, o silêncio reinou entre nós dois.

- Trate dessas feridas e esconda essas cicatrizes, não quero que ninguém as veja. Entendeu? – Disse ele, acendendo um cigarro.

O ignorei e continuei calado, chorando, ele em sinal de desaprovação, segurou meu braço e queimou a ponta do cigarro nele. Assim que senti a dor agonizante em meu braço não hesitei em gritar.

- ENTENDEU?!

- S.…Sim senhor – Falei, temendo pelo pior. Porém, ele apenas se levantou, vestiu sua cueca e calça e se retirou, me deixando sozinho. ”

 

Olhei para o relógio em minha cômoda, eram 06h10, ele me acordara mais cedo que o habitual... O que ele tinha em mente com isso?

- Garoto, é melhor você levantar agora. Antes que eu vá aí e te dê uma “boa razão” para você se levante. – Estremeci só se imaginar os eventos da noite anterior se repetindo mais uma vez.

 

Sentei na cama e só então me dei conta que ainda estava nu. Olhei para a cama e as memórias do homem se movendo em cima de mim voltaram, dessa vez, havia algo para me lembrar que aquilo não fora um pesadelo, havia sangue no lençol da cama.... Meu sangue...

Tentei me levantar, porém, assim que o fiz a dor retornara. Meu corpo inteiro doía, era como se eu tivesse sido pisoteado por uma manada de elefantes ou algo do tipo, e como se não bastasse a sensação de ter algo invadindo meu interior permanecia, ela era incomoda, mas não era minha maior preocupação. Tentei deixar aquilo de lado e me levantar, mas minha perna falhara e eu quase caí no chão. Para minha sorte, consegui me apoiar em um móvel, e segui assim até chegar no banheiro. Liguei o chuveiro e quase que de imediato me coloquei debaixo dele, tinha de tirar qualquer vestígio da noite anterior de meu corpo, grande erro por sinal, pois quando a água entrou em contato com minhas feridas, elas arderão como o fogo do inferno. A dor era insuportável, mas eu preferia sentir essas dores do que ter que enfrentar o meu Tio novamente. Saí do banho e enrolei uma toalha em minha cintura, aproveitei e escovei meus dentes.

Ao voltar para meu quarto, me sequei e vesti uma roupa qualquer. Peguei minha mochila e desci até a Cozinha silenciosamente, o Silêncio que se encontrava a casa indicava que meu tio voltara a dormir e não seria uma boa ideia acordá-lo. Peguei minha mochila no sofá e segui para o colégio. Como se não bastasse tudo que eu passava em casa, eu ainda tinha que ir para a escola, lugar que eu “carinhosamente” apelidei de meu segundo inferno e logo eu estaria mais uma vez, condenado a sofrer, só que não pelo meu Tio, mas pelo grupo de valentões do Colégio.

 

 

E meus dias seguiriam assim...



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