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História Depois da Tempestade - 1 - Fadados a Sofrer


Escrita por: mwtski

Capítulo 2 - 1 - Fadados a Sofrer


Taylor

Exausto...

Eu estava exausto, como se já não bastassem os abusos do meu Tio em casa, agora eu também era feito de saco de pancadas particular pelos valentões do Colégio. Meu corpo já estava passando do seu limite, prova disso eram minhas feridas que já não cicatrizavam mais e graças a negligência de meu Tio, eu já não comia nada haviam 2 dias. Eu estava ficando sem energias, antes, eu conseguia dormir na sala de aula, agora nem isso eu consigo mais. Se eu continuasse seguindo nesse ritmo, eu iria morrer. Mas talvez a morte fosse a solução mais próxima para os meus problemas. Agora, tudo que eu fazia era me levantar, fazer o café, almoço e jantar do meu Tio – Sem mesmo poder comer alguma coisa, nem mesmo uma fruta – e ir para o colégio. Quanto tempo mais iria demorar até que eu sucumbisse e perdesse não só a sanidade, mas também minha vida?

- Garoto! Já levantou ou prefere que eu vá ai te castigar logo no início do dia?!

Me levantei com certa dificuldade.

- Ô GAROTO!

- Eu já estou de pé...

- Ótimo, agora, vá preparar o meu Jantar.

Fui segurando em qualquer objeto que estivesse à minha frente para o banheiro, minha visão já estava turva, tentei me despir, mas não consegui remover uma única peça de roupa. Aquilo só me fez sentir vergonha de mim mesmo.

Assim que consegui me vestir, desci até a sala lentamente – Cambaleando e me apoiando nos objetos – e a única coisa que consegui preparar para meu tio foram Ovos Mexidos com Bacon, mesmo assim, acabei me queimando. Assim que meu tio colocou a primeira colher em sua boca, ele cuspiu no chão.

- Nem mesmo sabe preparar um simples jantar, você é um lixo, uma aberração. – Ele basicamente cuspiu aquelas palavras na minha cara. – Você... é uma vergonha para essa família, pior do que isso, você é um erro.

- Eu vou limpar tudo isso... – Ele me deu um tapa tão forte que me fizera dar uns passos para trás e cair no chão. O gosto de sangue invadira minha boca.

- Vai limpar? Comece limpando toda a merda que seus Pais fizeram antes desses putos morrerem.

Em vez de me ajudar, ele apenas riu de mim e continuou a me bater, foi assim até que ele se cansasse e fosse fazer qualquer coisa de menos importância do que me bater ou descontar a raiva em mim.  Eu tentei me levantar, porém minhas forças abandonaram meu corpo sem mesmo dizer adeus, tive de ir me arrastando até a sala onde finalmente consegui me levantar e seguir até o segundo andar.

Tranquei a porta do banheiro e levantei minha blusa, me assustei com o que vi. As partes do meu corpo onde ele havia chutado se encontravam em um tom roxo escuro, haviam marcas de queimaduras e feridas por todo meu corpo. Meu estado estava tão precário assim?

Tudo o que pude fazer foi tomar um banho e deixar com que a água me limpasse de tudo isso, mas a sensação de estar sujo permanecia. Quando me sequei, voltei para meu quarto, e comecei a chorar sem parar.

Talvez...

Talvez este seja meu destino...

Talvez eu esteja fadado a sofrer...

Talvez a solução de tudo isso, seja a morte...

E de tanto chorar, acabei adormecendo...

 

***

Finn

 

Minha vida andava uma merda, meu pai me culpava por tudo que acontecera de ruim em sua vida. Minha mãe ter pedido divórcio e ter fugido com outro homem, por eu não ter sido suficiente para mantê-la presa a ele – Mas talvez, tenha sido melhor assim, que tipo de mulher iria querer ficar com um homem abusivo, alcoólatra e preconceituoso, que acha que o homem só pode transar com o único objetivo de procriar? – E que eu sou o filho que ele nunca quis ter. Essa foi uma das principais razões para eu sempre tentar fugir de casa, mas de um jeito ou de outro aquele filho da puta sempre me encontrava, não importava aonde eu fosse, seria sempre assim. E também fora assim na última vez que eu fugi...

- Você vai me pagar caro por ter fugido. Iria me deixar sozinho?! Abandonar seu próprio Pai

- Abandonar você? – Ri de tais palavras

- Quem em sã mente iria querer ficar com um cara fracassado, que não conseguiu manter a própria esposa em casa, alguém que usou o próprio filho como motivo e ainda mais alguém capaz de violentar o próprio filho enquanto ninguém vê.

- CALA A PORRA DA SUA BOCA SEU MERDINHA!

Ele me jogou na cama e retirou seu cinto, eu sabia bem o que estava por vir.

“ – Se você gritar, você irá desejar nem ter nascido. ”

Ele começara a me bater, não como um pai normalmente faria para corrigir seu filho. Mas de uma maneira violenta e com um único objetivo, me ferir o máximo que ele conseguisse. Eu segurava o máximo para não gritar, não daria esse gostinho a esse imbecil.

Percebendo isso, ele optou por uma ação mais exagerada...

Ele desabotoou suas calças e a puxou, fazendo o mesmo com a minha logo depois.

- O que diabos você pensa que está fazendo?!

- Você verá...

Ele colocou seu membro duro e pulsante para fora. Uma gota de pré-gozo se formava em sua glande. Me afastei até a cabeceira da cama, tentando me distanciar dele. Tal tentativa foi falha, ele se aproximou de mim e colocou seu membro perto do meu rosto.

- Abra a porra da sua boca.

Continuei a me rebelar contra ele, que estava perdendo sua paciência comigo.

- ABRE LOGO CARALHO.

Ele suspirou e me encarou.

- Já que não abriu por bem, abrirá por mal então.

Quase que de imediato, ele me seu um soco nas costelas. Instantaneamente eu gritei de dor e ele aproveitou tal momento e se colocou em minha boca. Nunca em toda minha vida havia sentido tanta repulsa. Ele se movimentou até que chegasse em seu ápice, cuspi aquele líquido quente no chão e ele se jogou do meu lado na cama. Me levantei na cama e o olhei.

- Garoto.... Você precisa parar de...

Eu o chutei bem no meio das bolas. Ele se encolheu de dor. Continuei o chutando, mas distribuindo meus golpes por sua barriga e costelas, diferente de mim, ele desmaiou de dor. Mas antes que ele o fizesse, me aproximei dele e segurei seu rosto.

- Encoste em mim novamente e você será aquele que vai desejar nunca ter nascido. Seu pedófilo de merda. – Cuspi na cara dele e me vesti, peguei todo o dinheiro que guardava, minhas roupas, livros e liguei para minha tia.

- Tia, meu pai, ele tentou... Ele tentou me estuprar...

- O QUE?! Já ligou para a polícia?

- Não, ainda não.

- Venha para minha casa, agora. Ben, ligue para a polícia agora.

Pude ouvir um porque, minha tia, impaciente gritou com ele um “APENAS FAÇA” ouvi movimentos no quarto, sinal de que meu pai estaria acordando. Logo eu precisaria ir ou ele iria me matar.

- Tia, meu pai já está acordando, eu já vou.

- Ok, mas Finn, tome cuidado.

- Eu tomarei... – Foi a última coisa que eu disse antes de desligar e sair da casa correndo igual um louco.

 

O que eu fiz para merecer isso?

Será que eu fiz alguma coisa imperdoável na minha vida passada?

Que culpa eu tenho se minha mãe o abandonou? Não só a ele, mas a mim também.

Talvez eu esteja fadado a sofrer...

Mas farei de tudo para nunca mais cair nas mãos daquele imbecil de novo.



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