POV. Marinette
- Vamos para casa. - Disse ele com um largo sorriso.
- Vamos para casa! - Concordei.
- E como vamos fazer isso? - Perguntou ele.
- O Mestre Fu disse que temos que convergir nossos miraculous. - Desativei minha transformação. - Tem ideia de como fazer isso Tikki? - Perguntei.
- Um de vocês dois tem que usar os dois miraculous ao mesmo tempo. A convergência é feita quando um portador cede, temporariamente, seus poderes ao outro. - Disse Plagg.
- Tudo bem, eu faço! - Respondi.
- Não! Você não pode Marinette! É muito arriscado pra você! - Disse Tikki. E eu sabia muito bem do que se tratava.
- O que quer dizer? Como assim é perigoso para a Mari? - Perguntou Adrien confuso. E então começou a chover. - Venha! - Ele pegou minha mão me puxando para algum lugar.
- Uma caverna! - Disse ao chegar no local.
Adrien acendeu a fogueira para nos aquecer. Sentei-me ao seu lado encostando a cabeça em seu peito enquanto ele deslizava as mãos sobre meu cabelo.
- Tikki por que a Marinette não pode fazer a convergência? - Perguntou o outro kwami.
- Por que seria perigoso? - Perguntou Adrien.
- Por causa do seu estado de saúde atual. Conta pra ele Mari. - Disse minha kwami.
- O que? Você está bem? Está doente? - Perguntou ele preocupado.
- Eu estou bem! - Vi Adrien suspirar relaxando o corpo, que antes estava tenso. - É que aconteceu tanta coisa. Não sei se aqui é o lugar certo para contar.
- Eu quero saber. Se é sobre você, eu tenho que saber! Me conte. - Percebi um leve sorriso se formar em seu rosto. Que saudade eu senti daquele sorriso.
- No mesmo dia que você partiu, no mesmo dia do acidente... - Fiz uma pausa ao pensar na triste lembrança. - Eu passei mal na escola. - O sorriso desaparecera de seu rosto, ele agora estava tenso novamente. - Após alguns exames... Veio o resultado.
Levantei a cabeça para encará-lo. Adoro como aqueles lindos olhos verdes causam tanto efeito sobre mim. Nós fitávamos um ao outro sem que nenhuma palavra fosse dita. Eu suspirei e sorri ainda sem perder seu olhar. Peguei sua mão que antes se encontrava em minha cintura, e fui deslizando-a suavemente até minha barriga. Ele parecia confuso, seu olhar era de quem não entendia o significado de tal ação. Então tomei coragem e falei.
- Agora tem mais alguém para você proteger. - Meus olhos se encheram de lágrimas nesse momento. Não sabia qual seria sua reação, e de certo modo, eu a temia.
- Mari, você quer dizer que... - Percebi uma lágrima escorrer por sua face no mesmo instante que um sorriso se formou em seus lábios. - Nós vamos ser pais? Você está carregando um filho meu?
Assenti com a cabeça. Ele me puxou para um abraço apertado. Com uma das mãos em minha cintura e a outra em meus cabelos. Minhas mãos repousavam gentilmente em seu peito nu.
- Adrien... - Quebrei o silêncio.
- Mari eu não poderia estar mais feliz. Você não tem ideia do isso significa para mim. Vou seu pai. Não poderia haver presente melhor. Ainda mais sendo da mulher que eu amo. - Ele terminou de dizer e me deu um beijo rápido.
- Adrien... Fiquei com tanto medo... Medo de você ficar bravo comigo, de não querer ele, de me deixar... - Eu disse chorando. Ele me deu um leve peteleco na testa.
- Sua bobinha... Parece que você não me conhece. Eu nunca iria deixar você. Eu te amo. Nós somos as duas partes de uma mesma alma. Estaremos juntos para sempre.
- Eu te amo. - Eu disse lhe dando um beijo um pouco mais longo que o último. - Continuando... Depois de saber da minha gravidez e sem saber ainda sobre o acidente, pedi ao Dr. Rodrigo que não contasse aos meus pais pois eu queria contar à você primeiro. Mas então, a notícia sobre a queda do avião me deixou sem chão. Contei apenas para o Tonny, ele vem me ajudando desde então.
- Seu irmão realmente te ama muito. - Disse Adrien.
- E eu a ele. - Eu disse sorrindo. - Voltando... Então comecei a pensar que você estava morto. Alguns dias depois, andando pela rua, encontrei novamente com o médico que me atendeu. Nós conversamos e eu desabafei com ele. Foi então que tudo começou a sair dos trilhos.
- O que houve?
- Ele me beijou. - Eu disse rapidamente. - Mas eu não queria porque eu te amava e não aceitava sua morte. Eu sabia que você estava vivo. Meu coração dizia isso. Depois desse dia, ele ia sempre me ver em casa. E sempre deixei claro que não o via do mesmo modo que ele. Você está bravo comigo?
- Não. Com você não. Mas acho que quando voltarmos, devo fazer uma visitinha a esse médico de meia tigela. Como ele se atreve a tocar em você? Ele é louco? Acha que a heroína de Paris e a Marinette esqueceriam tão rápido seu amor? Tudo bem que ele não sabia que que você era a Ladybug, mas...
- Ele descobriu mais tarde. - Eu disse interrompendo-o.
- Como assim? Você contou para ele? - Adrien perguntou confuso mas, ainda calmo.
- Não! Nunca contaria por opção. Eu não tive escolha. - Fiz uma breve pausa. - Uma noite, houve um incêndio em um hotel. Tonny e eu fomos ajudar. Porém, eu acabei inalando muita fumaça e desmaiei. Tonny me levou ao hospital. Mas tínhamos mais dois problemas eles não poderiam saber que a Ladybug estava grávida, e minha transformação estava acabando. Tonny pediu para que chamassem o Dr. Rodrigo. Depois disso só me lembro de acordar já como Marinette com a Tikki deitada em minha barriga. E foi assim que ele descobriu.
- Bom... Realmente... É muita coisa para absorver. - Abaixei a cabeça. - Hey, não fica assim meu amor. Não estou chateado nem bravo com você. Mas eu com certeza farei uma visitinha a esse idiota. Eu estou muito feliz, por ser o pai do seu filho meu amor. Nada irá ofuscar o brilho dessa felicidade.
Ele me beijou mais intensamente como seu quisesse apagar qualquer lembrança que eu tivera do Rodrigo. Ele estava conseguindo. Ele me deitou delicadamente sobre algumas folhas de bananeira que estavam ali. O chão era como a areia da praia, o que tornava, de certo modo, macio. Nossas línguas reexplorando a boca um do outro. Nossos corpos colados. O único som que se fazia presente, era o de nossos corações. Nossas mãos percorriam o corpo um do outro com rapidez e desejo.
POV. Adrien
Estávamos nos beijando. Mari estava com as mãos em minha nuca, nossos corpos estavam tão perto um do outro que podíamos sentir nossos corações batendo, tão forte quanto tambores, separei meus lábios do dela, comecei a beijar seu pescoço e a ouvi gemer, um gemido baixo, quase imperceptível, desci minha língua até seu ombro, dei um beijo e abaixei a alça da regata branca que ela usava... Levantei para olhar seu rosto e admirar sua beleza. "Eu te quero, My Lady, minha Marinette. Você é minha e não deixarei esquecer disso." De repente me senti hesitante, e se eu machucasse o bebê? E se eu machucasse a Mari?
- Princesa, melhor pararmos não quero te machucar ou ao nosso filho.
- Você não vai nos machucar. Eu quero você. Eu desejo você. Agora. Gatinho. - Sorri.
- Seu pedido é uma ordem, My Lady. - Retomei o beijo agora mais intenso e urgente do que antes.
Naquele momento eu soube que não importava o que tinha acontecido até hoje e nem o que aconteceria de hoje em diante, tudo o que importava era essa noite. Eu e ela. O beijo era repleto de desejo, após tanto tempo longe um do outro... Segurei em sua cintura e colei seu corpo no meu.
POV. Marinette
Estávamos ali a não sei quanto tempo. Ele começou a beijar meu pescoço, desceu para os meu ombros baixando a alça do meu sutiã, ansiosa, tirei minha blusa. Ele ficou alguns milésimos de segundos parado apenas me olhando... Com cuidado e colocou a mão em um dos meus seios em quanto dava leves mordiscadas e chupões no outro. Isso me fez soltar um gemido um pouco mais alto. Ele me olhou e deu um sorriso malicioso, um sorriso que era do Chat Noir e não do Adrien. Ele começou a descer com a língua pela minha barriga e deu um beijo em meu ventre. Apoiou a cabeça por um instante. Senti suas mãos apressadas desabotoarem minha calça, em meio segundo eu já estava sem ela. Ele passou as mãos por dentro das minhas cochas alisando minhas pernas até meus pés, depois sua boca percorreu o mesmo caminho.
- Espere! Não é justo, eu já estou praticamente nua e você ainda continua de roupa. - Eu disse fazendo beicinho.
- Me perdoe, My Lady. - Disse Adrien tirando rapidamente a blusa e a calça, ficando apenas de cueca.- Melhor princesa?
- Muito!- Respondi tirando a última peça de roupa que lhe restava, fazendo o mesmo comigo em seguida.
Ele se deitou em cima de mim e eu passei as pernas por sua cintura. Comecei a dar leves arranhadas com minhas unhas em suas costas, ao mesmo tempo que beijava seu pesco. Ele soltou um gemido que me fez arrepiar.
Eu não podia me ver naquele momento mas tinha certeza que estava mais vermelha que minha roupa de Ladybug, ele começou a acariciar minha intimidade, que a essa altura do campeonato já estava pulsante, implorando para ser tomada por ele. Seu toque era leve, calmo e muito bom. Soltei alguns gemidos mais fortes. Senti seu dedo em minha intimidade começar um movimento suave de vai-e-vem, alguns instantes depois ele colocou outro dedo, novamente gemi.
- Sem mim lá para tocá-la por quase um mês... Está doendo? - Ele perguntou com um tom sedutor.
- Est-tou be-bem! - Respondi ofegante.
Em seguida o senti invadir-me, fui tomada por um prazer inimaginável. Ele começou a se movimentar em um vai-e-vem ritmado, calmo e prazeroso. Aos poucos aumentou a velocidade enquanto eu gemia cada vez mais alto. Pude ouvi-lo gemer meu nome e isso me deixou ainda mais excitada, voltei a arranhar suas costas, dessa vez com força isso fez com que ele aumentasse ainda mais o ritmo. Momentos depois chegamos ao ápice praticamente juntos gemendo o nome um do outro. Adrien caiu ao meu lado exausto, ambos estávamos.
Virei de lado e repousei minha cabeça em seu peito abraçando-o, ele me abraçou também, com uma das mãos, levantou meu queixo para que nossos olhares se encontrassem...
- Como.... Eu... Quer dizer... Como você está?... - Ele me perguntou com a mão sobre minha barriga.
- Estou ótima... Eu te amo, Adrien.- Eu disse dando-lhe um selinho.
- Eu também te amo, Marinette. - Ele me beijou. Um beijo doce e calmo, mas que proporcionou um turbilhão de emoções.
Olhamos para fora da caverna e percebemos que a chuva havia parado. O sol agora brilhava e o céu estava azul e limpo de nuvens.
- Quero te mostrar um lugar. - Disse Adrien. Comecei a vestir minhas roupas. - Não se vista toda. - Estranhei mas obedeci. Vesti apenas minha lingerie assim como ele vestiu somente sua cueca.
Ao chegar, o espetáculo da queda d’água de aproximadamente 4 metros de altura compensou os aproximados dez minutos de caminhada. A linda cachoeira a nossa frente me fez ficar sem reação, estática.
- É tão... - Não consegui terminar a frase.
- Eu sei é de tirar o fôlego... Que tal um mergulho? - Perguntou Adrien.
- Eu... É que.... Eu não sei nadar. - Disse tumidamente.
- Não é fundo. Você pode apoiar os pés no fundo. E além do mais, eu estou aqui. Não deixarei nada acontecer. - Disse ele sorrindo e estendendo a mão como um convite, que eu aceitei em seguida.
Entrei na água, que por sinal estava gelada, e senti meu corpo relaxar. Pude ver alguns peixes coloridos nadando no fundo, também haviam pedras lisas e arredondadas.
Senti um par de mãos passar por minha cintura me puxando. Virei e me deparei com lindas esmeraldas me fitando. O sol batia na água, o que a fazia brilhar como diamante e refletia pequenas ondas transparentes em nossos corpos. Adrien me puxou para um beijo apaixonado. Ficamos ali o resto do dia nos amando, e quando a noite caiu, voltamos á caverna.
Eu adormeci em seus braços.
Na manhã seguinte ambos acordamos com o nascer do sol.
- Nós temos que ir. - Disse ele.
- Sim. Vamos. - Eu disse. Nos vestimos.
- Pronto? - Perguntou Adrien.
- Pronto! - Respondeu Plagg.
- Pronta? - Perguntei.
- Pronta! - Respondeu Tikki.
- Espere! Adrien como você vai usar meus brincos? - Perguntei, me lembrando de que ele não tinha as orelhas furadas.
- Realmente, isso será complicado. - Respondeu ele com um sorriso bobo.
- Tem algum outro jeito Tikki?
- Há um outro modo. - A kwami riu. - Vocês devem se transformar e desejar estar em casa.
- Por que não nos disse antes Tikki? - Perguntei.
- Porque vocês dois mereciam um tempo sozinhos e de um descanso. De nada! - Ela sorriu. - Na verdade, seus miraculous já convergiram. A união e o amor de vocês foi tão forte que não foi preciso um "ritual". Não há força mais poderosa que o amor.
- Nesse caso... - Disse Adrien. - Plagg, mostrar as garras!
- Tikki, transformar!
- Por favor nos leve para casa. - Dissemos de mãos dadas, ambos de olhos fechados. Depois de um tempo, os abri levemente vendo o ancião e seu kwami parados a minha frente. Olhei para o lado e vi um certo gato preto sorrindo para mim.
- Bem-vindos de volta. Ladybug e Chat Noir. - Disse Mestre Fu.
- É bom estar em casa. - Ele disse me dando um selinho.
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