História Depois Das Dez - 2 Temporada - I'm Back

POV. Adrien

Chegamos ao hospital e rapidamente Vulpix foi buscar Rodrigo. Realmente odeio esse cara, mas como ele já sabe da identidade e da situação da Ladybug... Não tenho escolha. O que importa é cuidar da Mari e do bebê.

 - O que houve? - Perguntou o médico entrando no quarto.
 - Ela levou uma pancada feia. - Disse Vulpix surgindo logo atrás e fechando a porta.
 - Ora ora, se não é o sumido Chat Noir. - Ironizou. - Quem é vivo sempre aparece não é mesmo? - Ele voltou seu olhar para Mari. - Onde você estava quando isso aconteceu? Vocês não são uma dupla? Você deveria protegê-la. - "Sério que ele quer me dar sermão?"
 - Olha aqui seu almofadinha... Você não estava lá, não sabe o que aconteceu, não sabe o que é estar na pele de um herói... Então, abaixa a bola para falar comigo. - Meu anel apita. - Droga! Minha transformação. Vulpix!
 - Pode ir, eu fico com ela, ainda tenho muito tempo. - Nós dois olhamos para Mari já destransformada e ainda inconsciente. Vimos Rodrigo pegar na mão dela e, meu sangue ferveu. - Calma. - O "raposão" sussurrou.
 - Vulpix...
 - Chat está na sua hora! Vá! Eu faço companhia à nossa parceira. A propósito, pode me fazer um favor? - Ele elevou a voz para ter certeza de que o medico os ouvia. - Se puder, passe na casa de Adrien Agreste e avise que a NOIVA dele esta aqui. Sem contar os detalhes, invente alguma desculpa. - Ele piscou para mim. "Tonny, você é um gênio. Eu te amo cara."
 - Claro! Sem problemas. Ainda tenho um tempinho. Eu dou meu jeito. Até mais. - Me virei e saí pela janela. Me escondi atrás da primeira árvore que encontrei e desfiz minha transformação.

Para não levantar suspeitas, fiz uma horinha no mercado. Aproveitei para comprar o queijo do Plagg, e comida para os outro dois kwamis também.
Cheguei ao hospital e fui direto para o quarto, que "o Chat" havia feito questão de olhar o número antes de sair.

 - Toc toc. - Brinquei batendo fraco na porta que estava semiaberta. Lancei um olhar de insatisfação para Rodrigo ao vê-lo tocando o rosto da Mari. - Eu vim assim que soube. - Menti. Eu já estava lá. - Como ela está?
 - Ela vai ficar bem. Precisa descansar. - Disse o médico.
 - Obrigado Vulpix, por tê-la salvo.
 - Ora... O que é isso? - Ele riu. - Não fiz mais do que minha obrigação. - Seu miraculous apitou. - Bom, eu tenho que ir. E aliás ela está em boas mãos. - Ele virou-se para ir embora mas eu o impedi.
 - Espere! - Estendi a sacola para ele. - É um presente, um agradecimento. - Ele olhou o bolo de chocolate e entendeu de imediato.
 - Obrigado! - Agradeceu e saiu.

Entreguei alguns biscoitos para Tikki sem que Rodrigo visse. Me sentei em uma cadeira ao lado da cama de Marinette e me mantive ali, segurando sua mão. Após alguns minutos, ela acordou. Um pouco desnorteada.

 - Mari meu amor. - Me levantei para olha-la melhor.
 - Como está se sentindo? - Perguntou o médico.
 - Melhor. Obrigado. - Ele se virou para pegar alguns objetos.
 - Desculpe. É muita culpa. - Sussurrei para que apenas ela me ouvisse.
 - Não. Você não teve culpa. - Ela respondeu.

POV. Marinette

 - E nosso filho? - Olhei para Rodrigo aflita.
 - Está tudo bem. Mas você deve descansar alguns dias antes de voltar ao "trabalho". - Ele não sabia sobre o Chat e nem que o Adrien sabia sobre mim, então usou uma desculpa qualquer.
 - Tudo bem. - Respondi.
 - Agora, se me dão licença... - Ele virou-se e saiu do quarto.

Alguns dias depois eu já estava "nova em folha".
Adrien e eu tínhamos combinado de nos encontramos no parque, como eu estava muito ansiosa, acabei chegando muito cedo, cerca de uma hora antes do horário marcado. Me sentei em um dos bancos, embaixo de uma árvore e decidi apenas relaxar um pouco e por um momento fechei os olhos. Foi então que senti duas mãos saírem "do além" e tamparem meus olhos.

 - Adrieeeeeen... - Eu sorri. Pegando nas mãos e tirando-as de minha face. Foi então que me surpreendi.
 - Resposta errada. - Não pude acreditar.
 - Felix? - Perguntei. - Como você... O que faz aqui?
 - Mari não posso mais visitar uma amiga? - Ele sorriu. - Logo que cheguei à Paris, tive que voltar para o Japão e nem ao menos pude me despedir de você.
 - Ah sim! Você está hospedado na mansão Agreste?
 - Sim. Na verdade acabei de chegar de viajem estava indo para lá agora quando te vi. Um garota tão bonita não deveria ficar sozinha.
 - Estou esperando uma pessoa.
 - Hum... Então está acompanhada... E quem seria o cara de sorte?
 - Eu! - Adrien surgiu "de Nárnia". Andou até meu lado passando a mão em minha cintura e me deu um selinho rápido. - Oi meu amor. Desculpe tê-la feito esperar. - Ele então se virou para o irmão. - Felix... O que faz aqui?
 - Ora ora, vejo que finalmente tomou coragem e se declarou maninho. E você, Marinette, finalmente conquistou seu príncipe... - Ele sorriu. - Mas me digam estão namorando ou apenas um lance.
 - Estamos noivos! - Adrien respondeu prontamente. - Não me esqueci da nossa conversa e saiba que não deixarei que chegue perto dela. - Ele me apertou em seus braços.
 - Que bom que se lembra, pois saiba que ainda continuo com as mesma intensões de antes e não irei desistir facilmente.
 - Boa sorte! Você vai precisar! - Adrien sorriu sarcástico. - Principalmente agora. - Ele passou a mão em minha barriga.
 - O que quer dizer com isso? - Felix perguntou curioso.
 - Parem já, os dois! - Me coloquei entre eles com os braços estendidos, um para cada lado, afim de afasta-los. - Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? Por que estão brigando e dizendo coisas sem sentido? Não estou entendendo. - Eles se olhavam com ódio. - Porra! Vocês são irmãos! - Acho que surpreendi a ambos exaltando meu tom de voz. - Vocês são família. Não deveriam brigar entre si. Vocês são... - Não consegui concluir minha linha de raciocínio. De repente me senti tonta e o chão me faltou aos pés. Levei minha mão à cabeça fechando os olhos e respirando fundo, na esperança de que a vertigem passasse. Adrien percebendo que eu não estava bem, fez-me apoiar nele sentar no banco poucos metros à frente. Os olhos de Felix presos em mim, sem saber o que se passava, era visível o ar de preocupação estampado em seu rosto.
 - Está tudo bem? - Ele perguntou fazendo menção em andar até nós.
 - NÃO SE APROXIME! - Assustei-me com o tom de voz de Adrien. - Isso é sua culpa!
 - Por... Favor... Não... Bri-briguem... - Disse com a voz fraca. Adrien apenas lançou um olhar de fúria para o irmão, o mesmo foi retribuído por Felix.
 - Tudo bem meu amor. Venha vou levá-la para casa. Você precisa descansar. - Quando Adrien se levantou, Felix agarrou se braço.
 - Pode me dizer o que se passa? - Ele perguntou nervoso.
 - Não lhe devo satisfações!
 - Adrien... Diga a ele... Não temos motivos para esconder isso. - Eu disse sorrindo sincera. Não havia mesmo motivos para escondermos isso de ninguém, os mais importantes, nossos pais, já sabiam. Logo minha barriga iria crescer... Então, para que esconder? E além do mais, eu estava muito feliz em ser a mãe do filho do homem que eu amo.
 - Tem razão... - Ele respirou fundo e olhou nos olhos de Felix, que aguardava ansiosamente uma resposta. - A Mari está grávida. Nós teremos um filho.
 - Como? - Ele se espantou quase que de imediato. - Você é idiota Adrien? Como pôde? Você a colocou em um grande perigo. Sabe que tentarão pegá-la para chegar à você, não sabe? Ou será que se esqueceu de quem realmente é?
 - Eu não me esqueci. E sei dos perigos de ser quem eu sou. Mas eu irei protegê-la. Agora se nos der licença... - Ele disse me ajudando a levantar e fomos para minha casa.
 - Adrien que história toda foi aquela? Como assim você me colocou em perigo? - Perguntei.
 - Marinette, - Ele me olhou sério. Fiquei com medo. - Precisamos conversar.