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História Depois de Anos - Drarry Matter - No Máximo Apenas Apaixonados


Escrita por: JuDoski

Capítulo 6 - No Máximo Apenas Apaixonados


Achamos um hotel quando a noite se iniciou, as 7 da noite. O hotel era pior do que o anterior em que fiquei, ele é pequeno, os quartos são menores e a sujeira é maior. Quando pedimos uma diária e fomos para o nosso quarto, eu senti como se estivesse entrando em um quarto de hospício abandonado. Para começar a luz não pegava direito, ela ficava meio acessa, com uma intensidade bem baixa a maior parte do tempo, mas de vez em quando ela piscava. E o banheiro? Parecia que ele não havia sido limpo desde o primeiro hospede.

O único lado positivo era que o nosso quarto ficava no ultimo andar e não tínhamos a visão do prédio da frente, poderíamos ver o céu e o horizonte e eu esperava que amanhã o sol aparecesse, nem que por apenas 3 minutos para eu saber que ele ainda existe.

Draco não disse nada sobre o banheiro e nem se importou em ir tomar banho nele, o que me faz pensar sobre os anos da escola. Eu era o corajoso e o nada frescurento enquanto ele era o medroso, o mimado e o frescurento que retrucava tudo que não gostava. Como no primeiro ano que ficamos de castigo por termos saído para fora do castelo depois do horário permitido e tivemos que cumprir o castigo com Hagrid na floresta negra. Devo admitir que desde aquele dia eu senti que gostava dele, só que por um percentual bem baixo.

Depois que ele termina o banho ele abre uma fresta da porta para me pedir uma coisa. Como as únicas roupas que ele tinha eram as sujas que ele estava usando a 4 dias, ele me pediu uma peça de roupa para poder dormir, incluindo uma cueca.

Peguei a maior que eu tinha, pois ele é mais alto que eu e sobre a cueca... Dei a ele a minha favorita sem que ele soubesse que era aquela. Depois que ele saiu do banheiro e eu o vi, vi que a roupa ficava melhor nele do que em mim, com exceção da calça que era muito justa para ele. Então, ele decidiu que não iria usa-la. Ele foi para a única cama do nosso quarto, que por sinal o recepcionista do hotel nos questionou se não queríamos outro quarto com duas camas. Quando dissemos a ele que não seria preciso ele nos olhou com estranheza, depois disso a ultima coisa que ele disse para a gente foi boa noite.

Na cama Draco se cobriu com as cobertas e tirou a calça por baixo delas, não era por vergonha, era por causa do frio e da ausência de aquecedor, que também poderíamos ter se tivéssemos dinheiro.

Era minha vez de ir para o banho, tentei não pensar em nada ruim nesse processo, o banheiro naquele estado era impossível não me fazer imaginar uma barata ou até mesmo um rato andando de um lado para o outro. Quis fazer tudo rápido e foi o que eu fiz. Abri o chuveiro, me molhei, passei sabonete nas partes mais necessárias e sai. Foi o tempo necessário para Draco estar dormindo quando voltei para o quarto.

Apaguei as luzes de todo o quarto e a luz vinda da lua iluminou um pouco o lado de dentro, me ajudando a ir até a cama.

Quando me aproximei da cama Draco acordou parcialmente, viu que eu já havia saído do banheiro e que ia me deitar. Então, ele se jogou para trás e levantou os cobertores para eu poder me deitar com ele. Entrei de frente para ele e ele me cobriu em seguida, está bem quentinho lá em baixo, um ponto positivo de namorar... Depois de ter me coberto ele passou sua mão pela minha barriga e a levou até as minhas costas, onde me puxou para perto dele. Me encaixei nele, com a ponta do meu nariz no seu peito e com as minhas pernas entre as dele, me sentindo totalmente a vontade e seguro, como eu gostar de me sentir, para ir dormir.

 

No dia seguinte acordei mais cedo que ele, muito mais cedo, não era nem 6 horas. Acordei em uma posição diferente na qual dormimos, ele estava virado de costas para mim e eu estava segurando-o pela barriga, estávamos de conchinha.

Foi doloroso para sair da cama naquele frio, mas eu queria fazer algo e eu precisaria sair da cama para fazer o que estava pensando. Queria ir pegar café para ele antes que ele acordasse, fui para a cozinha do hotel que por sinal era tão nojenta quanto os quartos. Lá o chefe do hotel já havia chegado, talvez para preparar tudo antes para os hospedes. Pedi a ele dois copos de café puro e ele fez tudo bem rapidinho para mim.

Quando retornei ao quarto Draco acordou com o barulho que fiz ao fechar a porta enferrujada.

- para onde foi? – ele me pergunta com uma voz bem roca e nada romântico.

- fui buscar café para você. – sento-me na ponta da cama do lado dele e o entrego o copo com café.

- podíamos começar a dividir tudo até termos dinheiro o suficiente para não continuarmos a viver mal. – ele fala para mim depois de tomar um gole do café.

Eu não entendo o que ele quer dizer com aquilo. O informo através da minha expressão.

- quero dizer que podemos dividir tudo se quiser, como a cama. – ele tenta me explicar depois que vê que desentendo o que ele quis dizer. - Olha esse lugar, gostaria de estarmos em um lugar melhor e com certeza com o meu dinheiro. Refiro-me aos dois copos de café, poderíamos estar dividindo apenas um.

- sim poderíamos, mas se é para dividirmos tudo isso significa que até o dinheiro vai pertencer a nos dois. Não existe o seu dinheiro, existe o nosso, assim como o pouco que temos agora, ele pertence a nós dois.

- desculpa querer intitular papeis sociais... Não percebi que estava fazendo isso. – ele tenta ser menos sonserina, aquele grosseiro que responderia isso com ironia.

- não existe o dominante, okay? – questiono-o, esperando que ele concorde comigo. - Não existe aquele que paga a conta, aquele que abre a porta do carro ou aquele que se curva para o outro como um cavalheiro, podemos ser ambos os lados. E sim, da próxima vez eu compro só um copo.

- sim, com certeza não terão os papeis. é muito mais fofo quando dividimos.

- você queria ter feito isso muito antes comigo, não? – pergunto-o.

- o que? Dividir as coisas com você? Como um casal?

- exato. – afirmo.

- queria e muito. Mas nunca consegui imaginar porque estávamos em constante discussão um com o outro.

- Eu nunca pensei que teríamos um relacionamento bom. – Digo a ele e logo em seguida dou-lhe um selinho.

Depois levanto-me da cama como se precisasse ir a algum lugar. Vou até a minha mala, pegou duas peças completas de roupas e vou às jogando em cima da cama onde ele permanece deitado.

- o que está fazendo? – ele me pergunta.

Levanto-me com um suéter nas mãos e jogo-o para ele. Ele o pega com uma das mãos.

- vamos comprar roupas novas, não é isso que precisava fazer? – pergunto animado com os planos que estou criando na cabeça, imagino um dia divertido hoje.

- sim, precisamos. Na verdade, eu preciso...

- e eu com muita certeza vou te ajudar nisso.

- você parece animado. – Diz ele feliz por me ver assim.

- e estou! Gosto de fazer compras.

- pois eu odeio. – Diz ele finalizando o assunto tomando seu café.

Em fim aquele Draco critico retorna, já estava com saudade dele ser assim. Ontem ele não ter reclamado do banheiro foi mesmo uma surpresa para mim, imagino que ele precisava tanto de um banho que não se importava onde tomasse.

Vestimos-nos com as minhas roupas, que nesse caso não tem como haver divisão, pois somos de tamanhos diferente, no entanto nesse momento teremos que dividi-la, pelo fato dele não ter nenhuma outra para ir as comprar.

Parecíamos um casal de pessoas certinhas apaixonadas indo passear nas ruas de Paris. Um casal nós somos, mas pessoas certinhas nem um pouco, no máximo apenas apaixonados.



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