POR NICK:
No dia seguinte de manhã passei na casa de doutor para buscá-la para a viagem. Vou dirigindo pra passar mais tempo perto dela. Sorriu quando me viu.
- bom dia. – falou. A beijei.
- bom dia gata. – falei. abri a porta pra ela.
Saímos antes do sol nascer. E chegamos no horário de almoço. Ela é uma companhia maravilhosa, chegamos em Veneza. Paramos no hotel cinco estrelas.
- não acho que tudo isso seja necessário... – falou sobre o hotel. A encarei entediado com aquele drama.
- eu quero ficar hospedado aqui, então ficaremos hospedados aqui... – concluí e a beijei para o clima ficar mais leve. Bufou e aceitou.
Ficamos no mesmo quarto. a abracei por trás na varanda.
- parece legal... – falou observando a cidade abaixo de nós. a virei para mim.
- é bonita... mas o mal cheiro reina. – falei por experiência própria. Enlaçou meu pescoço.
- ah, não estraga o romantismo. – pediu. Sorri e a beijei.
- eu recupero... – falei em seus lábios.
Descansamos e fomos jantar depois dar uma volta pela cidade. Ruas estreitas, prédios velhos e pontes em todo lugar. Ela fica ainda mais linda sobre a luz das lâmpadas das estreitas ruas. Fomos tomar um sorvete, e voltamos para o hotel. Depois de uma longa seção de agarração, fomos dormir.
De manhã nos preparamos para ir a casa da vó dela... é bonita, típica veneziana. Pequena, moderna, e suja... muita poeira e cheiro de mofo. Iza arregaçou as mangas e começou logo o que tinha que começar, ela estava perturbada, percebi quando ela se apoiou em uma cadeira para não cair, corri até ela e a segurei.
- ei, ta tudo bem? – perguntei. Me olhou tonta e negou.
- as lembranças... – falou distante.
- ruins? – perguntei.
- incríveis. – falou. Logo ela voltou ao normal.- eu brincava com a minha avó e outra criança aqui, ela fazia bolos e doces pra gente, eu dormia com uma coberta colorida que ela mesma tinha bordado pra mim... – falou. Sorri imaginando uma miniatura de iza... devia ser tão linda quanto é hoje.
Durante a limpeza eu fiquei com o que seria mais desgastante pra ela. Era muito tarde quando ela resolveu parar.
- melhor a gente ir jantar... – falou. Concordei.
- é, aquele lanchinho da tarde não diminuiu meu apetite... – falei me olhou sorrindo.
- o lanche era enorme Nick... – falou impressionada.
- só seus beijos matam a minha fome. – falei galante, sorriu e me abraçou me dando um beijo rápido.
- vamos lá... – falou pegando minha mão e trancando a porta.
Jantamos em um restaurante fino porém ainda sim simples. Ela é muito tolerante a álcool, enquanto estou piscando duro ela ainda está conversando normalmente. Agradeci a ela por pedir para virmos sem o carro, não poderia dirigir assim...
No hotel, fomos dormir logo e eu estou adorando essa coisa de dormir e acordar com ela todos os dias.
Acordamos cedo e fomos para a casa da vó dela. Terminamos a faxina geral e fomos a imobiliária para fazer o contrato de aluguel. Ela receberia um dinheiro que a ajudaria bastante embora pra mim fosse quase nada.
Voltamos para o hotel e nos arrumamos para um momento nosso, ainda não curtimos a cidade durante o dia. Fomos andar na tal gôndola e ela adorou, era maravilhoso ver o sorriso dela imenso.
Estávamos jantando quando ela deu falta da carteira.
- esqueci na casa da minha avó, amanhã de manha podemos passar lá... – falou calma. Concordei. Fomos para o quarto e é muito difícil me controlar pra não voar nela e beijar cada centímetro daquele corpo divino.
Se deitou ao meu lado e se encaixou entre meus braços.
- obrigada por me acompanhar... sei que deixou muito trabalho por lá... – falou. neguei.
- gosto de ficar assim com você, e até parece que deixaria uma dama como você, viajar sozinha pela Itália... você sabia que os italianos são homens encantadores? – perguntei. Sorriu.
- sim, você já me falou o quanto eles são má intencionados, e perigosos... eu namoro um italiano e sou vítima para dizer que italianos tem um charme só deles, deve ser o sotaque... – falou brincando, sorri.
- claro... sou de treviso, vai que tem alguma influência... – brinquei. Sorrimos.
POR IZA:
Acordamos e fomos tomar café em uma padaria simpática. No almoço fomos buscar minha carteira. Estava passando pelo corredor de casas quando ouvi meu nome. Nick e eu nos viramos.
- iza! Não acredito nisso... – falou um cara aparentemente na idade de Nicholas com olhos acinzentados, cabelo castanho claro liso em um topete, e óculos de grau.
- falou comigo? – perguntei. Me abraçou forte e comecei a me lembrar... ele era a criança que brincava comigo quando eu passava as férias na casa da minha vó...
- Pedro... – chutei o nome. Sorriu.
- caramba... eu achei que não iria sobreviver... achei que nunca fosse te ver mais. – falou.
- hm. – consegui pronunciar.
POR NICK:
QUE MERDA É ESSA? QUEM PENSA QUE ESSE BOSTA É PRA SE APROXIMAR ASSIM DA MINHA GAROTA?
- desculpa, deve parecer grosseiro mas eu não me lembro direito de você, só sei que...
- somos amigos desde a infância, passávamos os dias e as noites grudados na cabaninha que sua vó nos ajudava a montar feita de lençóis e barbante, do bolinho de chuva dela nos dias que estava frio... ela chegou a comentar do seu coma com minha família... – falou o garoto decepcionado. Ela sorriu pra ele.
- sim! Disso eu me lembro, pouco mas me lembro, perdi minhas memórias, ou grande parte dela, e preciso de ajuda para recuperá-las...- ela falou esperançosa.
- lembra da padaria da minha família? Vem! Irão adorar te ver bem!! – falou pegando a mão dela e a levando para a padaria. Tossi como indireta.
- ah, quase me esqueci, Pedro, esse é Nicholas... – falou. Estendi a mão, ele me encarou e olhou pra ela.
- o jogador da Juventus? – perguntou, concordei. – prazer... – falou pegando minha mão e apertou firme. Não gostei dele, nem um pouco.
Ele nos levou para dentro e houve gritos quando viram iza. Partiram para cima dela a abraçando. Todos choraram. Nos sentamos em uma mesa e logo o palhaço Pedro trouxe caixas com fotos.
- aqui nossas fotos... – falou. Ela pareceu surpresa.
- nossa, quantas. – falou ela, o olhou, percebi o afeto que tem por ela.
- senti tanto sua falta, soube que estava vindo para cá quando aconteceu o acidente, na verdade eu lembro como se fosse ontem da gente combinando de assistir a corrida de formula 1 que estava tendo na época, seu pai levaria a gente... nunca fomos. – falou ela o encarou triste.
- Pedro... desculpa...
- pelo amor de deus bella, não se desculpe. – falou pegando a mão dela.
BELLA? BELLA? QUE BELLA? QUE APELIDO É ESSE? AHHH...
- lembro que gostaria de fazer faculdade, que ajudava sua família aqui na padaria... que me ensinava a fazer sonhos... – falou ela. Ele sorriu vendo que as fotos estavam liberando memórias dela.
- sim! Fiz publicidade, e vou para Roma fazer um curso de fotografia... – falou ele. Ela ficou feliz.
- estou morando em Roma! - falou ela.
- que bom! Assim poderemos nos ver mais, veio aqui pra que alias? – perguntou ele.
- para arrumar as coisas, irei alugar a casa que era da minha avó... – falou iza.
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