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História Depois do Recomeço - Negan segunda temporada de Depois do - Capítulo 34


Escrita por: secretbitchh

Capítulo 35 - Capítulo 34


Estou no chão, meu corpo tremendo. Eu me arrasto desesperadamente na sujeira, cravando as unhas tentando arrastar meu corpo para a frente, mas eu sou segurada por uma força invisível. É quando o riso começa. O riso grosso e pesado goteia em torno do meu mundo. Não posso vê-lo. Eu não sei onde ele está, mas o riso cobre meus tímpanos e eu luto cada vez mais para escapar.

- Não, não! - me debati, sentindo suas mãos sobre mim. De novo, não...

- Emma, acorda! - ouvi aquela voz me puxando de volta.

Eu acordei chorando, meu coração estava batendo descompassado; era apenas mais um pesadelo. Negan estava me segurando pelos ombros, os olhos arregalados e assustados, talvez um reflexo dos meus. Eu estava sonhando aquilo de novo, revivendo aquele pesadelo cada vez que fechava os olhos, como sonhava desde que aconteceu. 

- Ei, querida - suas mãos passaram pelo meu rosto. Ele estava sentado no sofá onde eu estava deitada, o rosto desesperado e com pena me olhando, me fazendo sentir ainda pior. 

- Desculpe te acordar - apertei o cobertor, sentindo minhas mãos tremendo, piscando para afastar as lágrimas. 

- Está tudo bem - ele garantiu, se deitando de novo e me puxando para perto. 

Achei que ele fosse perguntar o que eu sonhei, mas ele não o fez. Negan só me segurou ali, em silêncio, enquanto eu via o sol começar que entrar pela janela.

- Estou com tanta saudades deles - disse fungando, visualizando o rostinho de Nick na minha cabeça. 

- O primeiro dente dele nasceu - Negan disse, a voz mais suave agora. 

Eu fechei os olhos, pensando que havia perdido isso, que Nick havia chorado e eu não estava lá para ele. Negan continuava acariciando meu cabelo é o sol iluminou completamente a sala. Um novo dia.

- Eu não queria ter que falar isso, mas você vai saber de qualquer maneira - Negan começou, a voz escura quando continuou - Bellamy morreu.

Eu tirei minha cabeça de seu peito e me sentei, olhando as sombras escuras em seus olhos. Ele estava mal por me dizer isso, triste por pensar que Bellamy havia morrido. 

- Ele não morreu, eu o encontrei quando estava em Hilltop - eu o tranquilizei - Susan cuidou dele e ele está bem.

Os ombros dele relaxaram e ele parecia genuinamente aliviado com a notícia.

- Porra... isso é bom - ele passou a mão no rosto, respirando fundo - De quem era aquele corpo? 

Ele entrou naquele assunto que eu sabia que precisava ser explicado. Sua mão segurou a minha, entrelaçando nossos dedos.

- Quando eu fugi... tivemos que fazer aquilo para que acreditassem que eu estava morta e não virem atrás de mim. Ela era só um deles - falei, olhando nossas mãos - Eu não sabia que eles iriam levar o corpo para vocês. Quando soube que você achava que eu tinha morrido, que havia enterrado alguém pensando ser eu...

- Ela estava com a sua pulseira - sua voz era grossa como uma lixa - Eu devia ter sabido que não era você, devia ter continuado a te procurar, foi tudo minha culpa...

- Não foi culpa sua - eu falei duramente, me sentando para encarrar seus olhos. Não havia nenhum culpado além daqueles monstros.

Eu queria tirar aquela culpa de seus olhos, eu sabia como ele estava se sentindo porque eu me senti assim quando achei que ele tivesse morrido.

Negan enfiou a mão no bolso da calça, procurando algo por alguns segundos, voltando com a minha pulseira. 

- É sua - ele disse enquanto a segurava. Eu dei meu pulso para que ele a amarrasse novamente.

Ele a amarrou, as mãos tremendo visivelmente. Toda a lembrança do dia que ele pediu para casar comigo me invadiu, um misto de felicidade e dor enquanto eu fitava aquele pedaço de couro trançado no meu pulso.

- Era a única coisa sua... depois de Nick - ele estava chorando enquanto falava. Eu o abracei, querendo arrancar essa dor que pairava entre nós como uma nuvem escura e carregada.

Fomos distraídos quando Dwight bateu na porta e entrou, dizendo que tudo estava pronto para partir. Nós assentimos e fomos com ele, deixando tudo para trás, não querendo levar nada desse lugar. Eu não podia conter o sentimento que me tomava. Eu estava voltando para minha família.

_

A primeira coisa que eu vi quando desci do carro foi alguém de cabelos loiros correndo na minha direção e em seguida um par de braços me envolver, me fazendo tropeçar para trás. Lydia. 

- Quando me disseram eu não acreditei - ela chorou enquanto me abraçava. Eu a abracei, morrendo de saudades, gemendo quando Lydia me apertou diretamente nas costelas.

- Vai com calma, querida. Emma está machucada - Negan alertou e ela se afastou um pouco. Eu sorri entre o choro, passando a mão em seus cabelos. 

- Você está bem? - corri meus olhos por seu corpo, não encontrando nenhum ferimento, graças a Deus. Ela concordou.

- Eu senti tanto sua falta - ela soluçou, chorando e rindo ao mesmo tempo, nós duas uma bagunça de sentimentos.

- Eu também, querida.

Algumas outras pessoas vieram até mim, Maggie, Glenn, Astrid, Michonne... eu não conseguia prestar atenção em nenhuma delas, só pensando em ver quem realmente importava. Nick.

Negan não saiu de perto de mim em nenhum momento, me segurando pela mão quando perguntei a Lydia onde estava Nick. 

- Vem, ele está dormindo lá em cima - ela disse, enxugando os olhos e sorrindo.

Como se tivesse sido teletransportada de tão rápido que subi aquelas escadas tão familiares, no segundo seguinte eu já estava com Negan e Lydia em frente à uma porta.

Eu travei quando abri vi Nick adormecido em um berço improvisado. Eu desabei em choro, caminhando a passos hesitantes, mesmo que minha vontade fosse agarrá-lo e nunca mais soltar.

Parei em frente ao berço, tocando a madeira gelada com os dedos trêmulos, olhando aquele pequeno ser dormindo tão profundamente, sem ter noção do que acontecia a sua volta. Deslizei minhas mãos para baixo de seu corpinho e o tomei em meus braços, o deitando contra meu peito. Inalei seu cheiro, o abraçando contra mim.

- É a mamãe - eu sussurrei baixinho, o embalando. Ele suspirou fundo em seu sono, como se soubesse que eu quem o segurava - Eu senti tanto sua falta.

Senti uma mão em meus ombros e Negan já estava ao meu lado, com o braço nos ombros de Lydia, nos abraçando, nos três chorando. Nós façamos ali por um tempo, até Lydia me dar um beijo e sair, me deixando com Negan e Nick. 

- Ele cresceu - eu sussurrei, passando o dedo em seu rostinho, seu nariz, suas bochechas gordas.

- Eu sei que está com saudades dele, meu anjo. Mas você precisa ver o médico, dar uma olhada nesses machucados - disse com preocupação. 

- Não precisa, estou bem. Susan acha que eu não quebrei nada - menti, mas nem tudo era mentira.

Eu sentei no sofá, devagar para não deixar o rosto de Nick tocar minha roupa suja e sangrenta. Eu não ia aguentar esperar estar limpa para ficar com ele. Negan se sentou ao meu lado e eu o olhei.

- Mesmo assim você tem que ir vê-lo, Emma - ele insistiu, cobrindo com a dele a minha mão que estava em Nick.

Eu sabia que estava péssima porque minhas costelas não paravam de doer.

- Eu só quero ficar mais alguns minutos, está bem? - pedi. Eu não queria largar meu bebê nunca mais.

- Eu tive medo de nunca mais ver vocês - disse quando Negan passou o braço por meus ombros. Ele beijou minha têmpora, os olhos vermelhos e inchados.

- Eu tive certeza que nunca mais te veria. Eu fiquei... eu não sei - ele não terminou, não precisava. Ambos sabíamos como nos sentíamos. 

Agora que eu estava aqui, com meu filho nos braços, com as pessoas que eu amo bem, toda a exaustão me tomou. Eu não tive uma noite de sono decente, não tive sossego. Ontem foi a primeira noite que eu consegui pregar os olhos por um segundo, acordei naquele pesadelo. 

Encostei a cabeça no braço de Negan, segurando Nick firmemente e fechei os olhos, o sono e o cansaço me consumindo. 

NEGAN 

Fazia cinco minutos que eu havia tirado Nick disse braços de Emma, que havia pegado no sono. Ele continuava a dormir no berço enquanto ela estava no sofá, encolhida. Eu olhava seu rosto machucado, sujo, seu corpo magro e frágil desmontado enquanto dormia, não sabendo por onde começar a concertá-la. Ela acordou gritando hoje, pedindo para que parassem. Implorando. 

Eu não sabia o que fazer, tudo o que eu fiz foi abraçá-la, mas não era o suficiente. Ela não tinha dito nada além de que aquelas pessoas haviam a ajudado a fugir, uma delas era a mulher que eu impedi de ser abusada. Eu não sabia o que Emma tinha passado, mesmo no fundo da mente já sabendo o que havia acontecido e me amaldiçoando por isso. Eu não a protegi.

Levantei minha camisa que estava coberta de sangue seco, olhando a atadura que tomava metade do meu abdômen. O curativo já estava sujo de sangue de novo e doía como o inferno, não importava se eu tivesse parado ou me mexendo. Me mexi no sofá, procurando uma posição confortável que não parecesse que eu estava sendo esfaqueado novamente, mas nada adiantava. Emma se mexeu e murmurou alguma coisa e eu esqueci qualquer dor.

- Ei - eu disse quando ela abriu os olhos, olhando assustada e confusa ao redor, até me ver. Ela murmurou um oi e se sentou com dificuldade. 

- Harlan está livre para te ver - eu disse me acomodando ao lado dela - Lauren se machucou durante o último ataque, mas ela está bem agora. 

Eu não queria encher Emma de informações agora quando ela estava nesse estado, mas logo ela perguntaria sobre Lauren. Ela assentiu, passando a mão no rosto, meio perdida.

- Tenho que tomar um banho antes.

- Pedi para Lydia trazer algumas roupas - quando disse isso, Lydia entrou. Ela sorriu quando olhou para Emma.

- Como se sente? - perguntou, deixando uma pilha de roupas ali.

- Só preciso de um banho - Emma deu um pequeno sorriso que não chegou aos olhos.

- Eu fico com Nick, fique tranquila, demore o quanto precisar - Lydia disse e eu peguei Emma pela mão, a guiando para fora.

Subimos um lance de escadas e entramos onde era nosso antigo quarto, mas eles haviam mantido o banheiro do mesmo jeito. Eu deixei a pilha de roupas em cima da pia. Emma estava parada olhando para o chão.

- Eu te ajudo com isso - falei antes de puxar o zíper do seu casaco. Mal tive tempo porque ela saiu de perto de mim como um gato fugindo da água.

- Eu faço... eu posso fazer isso sozinha - ela tropeçou nas palavras, me olhando em pânico - Você pode esperar lá fora. Por favor. 

Não havia nada sexual no que eu estava pedindo, só queria ajudá-la, fazê-la se sentir acolhida, mas o desespero em seus olhos eram como unhas arranhando a lousa.

- Emma...

- Por favor - ela repetiu, mais baixo e mais doloroso agora. Eu não ia insistir, talvez ela só precisasse fazer isso sozinha. 

Eu assenti e sai, fechando a porta atrás de mim. Me sentei no sofá, olhando ao redor. Haviam transformado o último andar em uma sala de recreação, havia sofás por todos os lados, brinquedos, uma estante com dvds e livros e por um milagre, o lugar estava vazio.

Esfreguei o rosto, tentando por a mente em ordem, mas tudo o que eu via era o rosto machucado de Emma, seus olhos assustados e as palavras daquele desgraçado. Ele disse que a matou e era mentira, ele disse... ele disse que a estuprou. Tinha que ser mentira também, tinha que ser, Emma não pode ter passado por isso.

Ela havia voltado a poucas horas e não tinha dito praticamente nada, estava guardando tudo para si. O que você faz quando sua mulher é machucada dessa forma? Como você ajuda? Eu não sabia, me sentia um merda. Eu não a protegi, não impedi.

- Eu esqueci as toalhas - Lydia rompeu porta a dentro - Quer que eu leve? 

Ela estava contente, sorrindo como se tivesse visto o sol pela primeira vez, feliz por Emma estar viva. Eu olhava para Lydia e não entendia como ela era tão contente depois de passar por tudo aquilo. Ela sofreu a pior forma de violência, mas estava aqui, feliz. Nisso ela era muito parecida com Emma, ela seguia em frente. 

- Negan? Quer que eu leve? - ela perguntou, me chamando para a realidade, parada na minha frente com as toalhas nas mãos. 

- Deixa que eu levo - tomei as toalhas de sua mão - Continue com Nick, já vamos descer também.

Ela concordou e saiu dali, me deixando sozinho. 

Eu fiquei um tempo ali, parado na frente da porta do banheiro. O vapor saia por debaixo da porta juntamente com o barulho alto do chuveiro. 

Eu devia ser capaz de ajudá-la, de dar um jeito nisso tudo, mas eu não era. Ela sequer me deixava chegar perto.

Eu abri a porta com cuidado e Emma estava sem blusa, com as mãos apoiadas na pia. Quando me viu, tentou se cobrir, mas eu não consegui dar nenhum passo depois do que vi.

Haviam hematomas de todas as cores e marcas de mordidas em seus ombros e seios, toda sua pele estava machucada e marcada.

- Eu disse para esperar lá fora! - ela gritou, se virando de costas enquanto pressionava a roupa em frente ao corpo - Sai daqui.

Eu não me movi, o ódio subindo pela minha garganta como veneno. A coisa que eu mais repudiava aconteceu com quem eu mais amava.

- Emma...

- Sai! - gritou de novo, chorando - Sai daqui...

Eu fui até ela e a puxei para mim. Eu a abracei forte, deitando minha bochecha no topo da cabeça, lágrimas de ódio queimando meus olhos.

- Eu deveria ter te protegido...

- Pare - ela implorou, tremendo, rígida como pedra. Ela não me abraçou, mantendo as mãos em frente ao corpo, apertando o tecido da blusa para se cobrir. 

- Desculpe, eu deixei isso acontecer - eu pressionei minha testa contra a dela, segurando seu rosto - Eu deveria ter estado lá para protegê-la. 

- Me deixe - ela chorou, os olhos fechados - Eu preciso ficar sozinha. 

Eu não queria ir, queria pedir para que me dissesse o que eu podia fazer para ajudá-la, mas quando ela abriu os olhos, vermelhos e molhados, eu não achei resposta. Eu não ia forçá-la a falar, isso só ia piorar. A verdade era que eu não sabia o que fazer.

- Eu vou estar lá fora - eu sequei seus olhos, mas de nada adiantou - Vou estar bem ali, é só me chamar, querida, tudo bem?

Ela assentiu, virando de costas para mim e eu sai dali, não olhando para ela de novo porque sabia que voltaria para abraçá-la.

EMMA

Dr. Harlan me recebeu com um sorriso no rosto, feliz por me ver. Ele não fez nenhuma pergunta que não envolvesse meu estado físico eu agradeci por isso. 

- Tudo bem, Emma - ele disse depois que eu sentei na maca - Preciso que tire sua camisa para mim. Eu preciso dar uma olhada no seu peito. 

Desesperadamente querendo recusar, mas faço o que ele pede, lembrando que o top que estava usando por baixo da roupa não permitia ver aquelas marcas. Não tive a mesma sorte com Negan. Ele quis entrar comigo mas eu disse que estava bem vindo sozinha, não ia suportar aquele olhar em seus olhos de novo. 

Eu puxo meu suéter para cima, apenas o suficiente para permitir uma visão dos hematomas nas minhas costelas, minha pele explode em arrepios quando o ar fresco toca minha carne. Os dedos frios dele palpitam dolorosamente pelas contusões ao longo das minhas costelas.

Através de dentes cerrados, eu respirei contra a dor enquanto ele pressionava as áreas mais machucadas, varrendo seus dedos ao longo do osso, medindo o alcance do dano.

- Essas três - ele passou suavemente sobre as costelas roxas mais escuras - Estão definitivamente quebradas. Eu precisaria de um raio-x para dizer-lhe se há mais ou quão ruim estas estão quebradas, mas como você ainda respira, eu diria que não estão puncionando seu pulmão.

Estou incrivelmente aliviada quando me diz que posso colocar minha camisa de volta. Dr. Harlan termina olhando o resto dos cortes e contusões do meu rosto, limpando e passando uma espécie de pomada. 

- Nenhuma dessas marcas parece que precisa de suturas. Vamos tentar apenas manter os cortes limpos para que eles não se infeccionem.

Ele me deixa e começa a tirar alguns remédios do armário de vidro. 

- Eu vou precisar que você vá com calma nas próximas 6 a 8 semanas, então essas costelas não ficarão piores. Vou te receitar os remédios e é isso. Descansar e não fazer esforço, isso inclui não ficar muito tempo com o bebê no colo.

Eu só concordo, querendo sair dali. Eu me sinto entorpecida, logicamente, sei que estou segura no momento, mas é difícil me sentir desse jeito quando meu corpo está sendo assombrado por fantasmas das mãos que me prejudicaram.

_

Eu conversei com Astrid e um par de pessoas no jantar. Todos estavam reunidos e Rick fez um discurso seguido de um brinde para mim. Negan se manteve perto de mim, mesmo nós dois não trocando nenhuma palavra durante o jantar. Ele alimento ou Nick e nós subimos assim ele pegou no sono.

O berço estava no quarto quando voltamos e Negan deitou Nick ali. Ele me deu uma garrafa com água quando eu tirei um remédio da cartela, o engolindo na sequência. 

Ele parou na minha frente, segurando meu rosto, acariciando minha pele com os polegares. 

- Estou bem. Mesmo. Eu vou ficar - eu tive que quebrar o contato visual; não consiguia mentir diretamente em seu rosto.

- Eu sei que vai - ele tranquilizou, firme e decidido. Espero que ele acredite nisso porque eu sei que neste momento eu não acredito em nada. Sua voz e suas palavras eram calmantes e eu me senti olhando-o e acenando para elas.

Ele me entregou uma xícara com chá e nos sentamos silenciosamente por alguns minutos até que ele rachou o silêncio com sua voz suave.

- Fale comigo, querida.

- Eu não sei o que você quer que eu diga - minhas mãos estão suando, eu não quero falar disso nunca - Eu só preciso de um tempo.

Eu deixei a xícara sobre a mesa e deitei na cama, de costas para ele e fechei os olhos. O que queria que eu falasse? Que ele não conseguiu me estuprar completamente, só um pouco? Ele só entrou em mim, mas foi só isso, ele não foi até o fim.

Se ele não o fez, porque eu me sentia assim? Qual era meu problema? Porque eu estava o afastando? 

Senti a cama afundar e logo seu corpo quente estava atrás do meu, seu braço sobre minha cintura. Fechei os olhos e senti um beijo na minha cabeça, mas nenhuma palavra foi dita, e eu tentei adormecer, não sabendo se isso era bom ou ruim.



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