História Depois dos 18 - 2 - Perdas e professora nova

Ao entrar na sala com a Hillary, sou surpreendido por todos que estão a cantar parabéns e um bolo magnífico na minha frente. Não aguento a emoção e lágrimas escorrem pelos olhos como se fossem gotas de orvalho. Hillary volta a me abraçar e eu nem percebo que é ela que me abraça.

- Faz um pedido, Jase! - Diz Hillary.

- Faz logo esse pedido! - Grita Joanna.

- Que esse ano seja melhor do que todos os outros. E assopro. Recebo uma salva de palmas e ficamos meia hora a comer o bolo e conversar, até que chega uma nova professora.
Os meus olhos e os dela se bateram no momento em que ela entra, e fico boquiaberto. Ela interrompe aqueles momentos maravilhosos ao se apresentar.

- Bom dia alunos, sou a nova professora Katy, tenho 20 anos e sou formada na área de programação de aplicativos, mas também sei um pouco sobre as outras áreas.

- Bom dia! Dizem todos em uníssono, menos eu.

- Bom dia, - digo.

Fiquei a aula toda apenas a admirar aquela nova professora, com sua beleza e charme, até esqueci da minha paixão de faculdade. Como a próxima aula é vaga, aproveito e faço amizade com a nova professora.

- Olá Professora, tudo bem? - Digo chego de mansinho, até a assusto.

- Olá Jase, estou ótima. Você é bem interessante... - Kate vira para apagar a lousa e mexe no cabelo.

- Eh, enfim, seja bem vinda. - Digo e saio enrubescido, sem olhar para ela.

Para esquecer essa sessão de vergonha, encontro uns amigos que trouxeram bebida e tomo uns goles, chego até a ficar tonto. Sorte minha que só temos duas aulas hoje.

Encontro Hillary e Joanna na saída da faculdade, conversando, coisa que eu potencialmente acho muito estranho.

- Oi meninas, o que estão a conversar? - Chego assustando as duas.

- Eh, nada! Dizem as duas em uníssono.

- Jase, eu vou para casa, depois nos falamos por chat. Joanna me beija e sai apresada.

- Jase, você pode ir em minha casa? Tenho algo para lhe mostrar, diz Hillary, com um tom enrubescido.

- Claro, porque não?! - Respondo afobado.

- Então vamos. - Hillary pega pela minha mão e pega um taxi.

Ao chegar na casa dela, percebo que não há ninguém na casa dela, o que eu acho estranho.

- Pode se sentar, me aguarde que eu já volto. - Diz Hillary, fechando a porta e se dirigindo ao seu quarto.

Respondo afirmativamente com a cabeça.
Ela demora alguns minutos.

- Fecha os olhos, não quero que tu vejas agora. - Grita Hillary.

Obedeço e fecho os olhos. Sinto que ela está na minha frente.

- Pode abrir agora. - Diz Hillary suavemente.

Ao abrir os olhos, me sobe o sentimento de espanto e de vergonha.