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História Depois Dos Quinze - Todo mundo dorme tarde


Escrita por: Blizady

Notas do Autor


Bem gente to postando aquie mais um <3 to quase me descabelando em ver que estamos em quase 200 likes ^^ seus fofos, amooo vocês.

Nao revisei o cap, se tiver algo errado me perdoem.

Boa leitura ^^

Capítulo 39 - Todo mundo dorme tarde


Fechei meus olhos esperando sentir alguma dor ou algo parecido, mas eu estava bem. Apenas havia um zumbido nos meus ouvidos que estava me deixando tonta. Abri os olhos e a Isis estava sentada no chão, palida, branca como porcelana, mas ela estava bem também.
A arma estava no chão entre nos duas. A minha tontura virou enjoo e eu vomitei aos pés de um poste que tinha ali do lado.
-Que porra foi essa!? -Perguntou Richard. Olhei pra ele e ele estava pegando a arma.
-Eu quero matar um cara, mas ela nao deixa -Isis disse se levantando.
-Espera vocês ja estão bebadas? O que tomaram?
-Boa pergunta. -Eu disse me recompondo
-Eu vou falar com o cara do bar. -Ele disse guardando a arma na cintura. E vocês duas pra dentro do clube.
-Olha nao me trate como criança, faço 19 anos hoje! -Isis dizia enquanto era conduzida.
-faça como a Bia e fiqye quieta.
Ele nos levou para dentro. Para o quarto dele, que eu conhecia muito bem por sinal. Deitamos na cama de casal,  Isis de um lado e eu do outro, ambas com uma garrafa de agua na mão.
-Esse Richard puff! Age como se fosse nosso pai. Não to acreditando que ele nos deixou de castigo! -Isis murmurava
-Não é um castigo, e mesmo que fosse você merece. Depois daquela historia com o Philip você ainda se atreve  a pegar em uma arma? Pior, guardar uma no proprio carro? Você sabe que vive drogada. ja pensou nas besteiras que podem acontecer?
-Não exija uma resposta. Estou decidindo se fico chateada por você falar do Philip ou por me chamar de drogada. - Ela disse bebendo um pouco da sua agua.
-So estou dizendo, nao quero te magoar.
-Tarde demais! -Ela disse fazendo bico.
Eu só ri da pirraça dela.
-Bi..-Ela disse depois de alguns minutos em silêncio.
-hum?
- Quando vai contar sobre o John para a Carol? Agressão é algo serio, e isso pode piorar a situação com a assistente social...
-A situação é um pouco mais delicada que isso, pelo menos pra mim...ele não me bateu, ele me machucou enquanto me "tocava" -Falei pausadamente procurando as palavras certas.
Ela me olhou com os olhos arregalados e em alguns segundos esses mesmos olhos estavam se afogando em lágrimas .
-Hey relaxa. Eu estou bem, to aqui. -Tentei fazer ela se sentir melhor.
-Eu ja imaginava,  mas ja que você não foi clara, decidi ter um pingo de esperança de que isso nao ia te acontecer. -Ela disse limpando as lagrimas, como se elas so tivessem escapado.
-Mas eu estou bem. Meio machucada, mas psicologicamente estou bem, nao tenho vontade de pular de um predio, nem nada parecido  -Eu disse para tranquilizar ela, mas era verdade, em parte.
Afinal eu nao queria morrer ou me matar, eu nao entrei em depressão. É claro que eu fiquei sismada com algumas coisas, tipo os homens, mas isso é normal. Toda ação tem uma reação, e a minha reação não está sendo um exagero, nao esta como os depoimentos das garotas que foram abusadas que passa no jornal das 23h. 
-Agora mais do que nunca você devia contar. E ir no médico imagina se esse cara te passou alguma doença? Você só tem 15 anos. -Eu ignorei e dei mais atenção a minha garrafa de água. -E a idiota da Milena? Como ela não percebeu? Que tipo de namorada ignora as mudanças na sua parceira?
-Acho que ela percebeu que eu estou diferente, mas ela respeita minha privacidade -Disse achando que tinha falado bonito.
-Que porra de  privacidade o que! Se eu fosse sua namorada ja tinha resolvido isso desde a primeira vez.
-Mas você não é. -Eu disse e ela afundou a cabeça no travesseiro.
Ela parecia estar se contendo para não dizer tudo que estava passando por sua cabeça, e eu estava ali com o coração acelerado com medo do que ela falaria.
Conversar com Isis sempre foi um desastre, sempre brigamos por tudo, e dizemos o que veem a cabeça, mas no fim sempre Estamos bem, as vezes mais amigas que antes.
-Conta pra Milena então...-Ela disse de repente -Tenho certeza que ela vai te ajudar a contar pra Caroline
-Não sei se...-tentei falar
-Nem vem. Se você não falar eu falo. Porque isso é um crime, não é igual aqueles que a gente comete, é um dos piores. Eu sou sua amiga e por isso mesmo que eu digo, se você não contar eu conto. -Ela levantou e ficou sentada me encarando.
-oo..okay -Eu disse travando. Me levantei e dei um soquinho no ombro dela, eu queria tirar aquele rosto serio dela. E consegui.
-Nem vem o pirralha -Ela disse rindo
-Quer me levar até a casa da Milena? -Perguntei
-Agora? -Ela perguntou olhando a hora no celular. -Mas é meia noite e meia.
-Ela sempre dorme tarde....eu vejo a última visualização do whats dela . -Eu disse e ela me olhou como se eu fosse algum tipo de namorada louca.
Ela me levou de carro até lá, eu morri de medo, claro. Afinal ela estava meio sóbria. Mas nao era a primeira vez que eu saia de carro com a Isis e ela estava alterada, no entanto era desconfortável, ela gostava de brincar com a direção e fazia ziguezagues. Mas hoje ela estava comportada, talvez não estivesse bebada o suficiente, ou o assunto tinha sido pesado demais, não sei.
Ela me deixou a dois metros da casa da Milena, vi as luzes acesas e ri pra Isis, mostrando que eu estava certa sobre não ser tão tarde.
-Vai lá, foco, força e fé -Ela disse enquanto eu me preparava pra abrir a porta do carro.
-Obrigada viu? E eu senti Saudades. -eu disse abrindo a porta.
Ela me respondeu apenas com um sorriso. Eu fechei a porta e ja estava saindo quando ela me chamou de novo. Me debrucei sobre a janela para ve-la.
-Sobre aquele beijo hoje mais cedo, desculpa, tenho certeza que se eu tivesse pensado mais um pouco tinha achado um outro jeito de nos safar dos policiais.
Eu só sorri, e voltei a trilhar o meu caminho. Ela meio que nao precisava pedir desculpas, e ela sabe disso. A "desculpa" é so uma formalidade agora que estou namorando. E eu nao respondi nada porque tinha medo de dizer que no fundo eu gostei, porque no fim das contas a Isis era como um 'Richard' pra mim, minha primeira, quase que irresistível.
Andei lentamente até a porta, bati duas vezes e esperei, quando ia bater novamente a Milena abriu. Ela não deixou eu falar nada apenas me abraçou. Vi por trás dela que a Carol estava lá, e que a Sonia, a assistente social, também estava, ambas conversando com as mães da Mih.
Eu entrei e elas me olharam como se tivessem vendo um fantasma.
-Oie -Eu disse meio sem graça
-Bia...nos temos que conversar
-Sobre o que? -Eu disse me mantendo longe delas porque eu estava com medo delas perceberem que eu tinha bebido.
-Um dos nossos vizinhos ligou para a Sônia, disseram que houve uma briga seria em casa, e que um martelo foi jogado pela janela. -Carol começou a explicar.
-Filhos da puta...-Resmunguei e todo mundo me repreendeu com o olhar.
-Eles ficaram preocupados...-A caroline parecia abatida.
-Pra ser mais rapida -Sônia começou a falar - A diretoria decidiu que você irá passar o restante da investigação com uma outra familia. -Olhei pra ela pasma - É um casal muito bom que trabalha nos ajudando com adolescentes como você. Até o juiz decidir se você pode morar com a sua tia você ficará com eles e seguirá as regras da casa deles.
-Ou o que? -Disse irritada.
-Ou você vai deixar de ser a vitima da situação. Se eles disserem que você é uma garota problemática você pode acabar  indo para um reformatório.
Fiquei quieta, não disse nada, eu não tinha o que dizer. Eu nao sabia se isso era bom ou ruim. A milena percebendo que eu nao estava bem  segurou minha mão.
-Vamos dar um minutinho pra elas pode ser? -Uma das mães da milena falou.
-Pode ser ja esperei até agora mesmo -Sonia disse colocando a bolsa no sofá e seguindo as outras até a cozinha .
Estavamos só eu e a Milena na sala, me sentei no sofá e enterrei as mãos na cabeça. Ela sentou ao meu lado.
-Não era pra acontecer assim, era pra ser diferente...-Resmunguei.
-A Sônia me disse que a casa da familia não é longe, pra você poder ir a escola normalmente, então eu ainda vou poder te ver, e vai estar perto da Caroline -Ela disse fazendo carinho nos meus cabelos. -Não é tão mal assim.
-Realmente não é -Disse levantando a cabeça.
Ela me fez um carinho no rosto, como se limpasse lagrimas invisíveis. Então eu me curvei pra beija-la. Ela ficou meio reciosa de me beijar pois  a Sônia estava por perto, mas ela percebeu que eu não estava ligando para isso.
A Sônia apareceu nos interrompendo.
-Acho que ja esta na hora de irmos -Ela disse com a testa enrrugada. Parecia irritada com a imagem que tinha acabado de presenciar.
Eu não quis provocar nem nada, concordei e então me levantei, dei um abraço  na Caroline que ja estava se desmanchando em lagrimas, mas isso não fazia o menor sentido, ela nunca fez questão da minha presença em casa, as vezes eu estava, mas ela nem percebia. O fato é:  eu morava sozinha...quer dizer eu e o John. Sem mencionar que isso não era definitivo e eu iria ficar em um lugar há 30 minutos da casa dela, acredito que ela estava fazendo uma encenação.
Dei um thauzinho timido para as minhas sogras e apenas um olhar para a Milena, pois como diria algum poeta  desconhecido por mim : "Um olhar vale mais que mil palavras".
Entrei no carro da Sônia, eu nem tinha reparado no gol branco que estava estacionado na rua. Durante o caminho ela foi me "Consolando" dizendo que tudo ficaria bem e um monte de outras bobagens. Cara...eu não estava nem ai. A única coisa que me preocupava é minha "liberdade" afinal eu tinha que ir na casa do Marcos pegar o dinheiro que eu guardei com ele, entregar pra Michelle, fazer mais encomendas, e entregar para os meus clientes...pelo menos os que ainda queriam fazer encomendas. Outra coisa que me preocupava...meu celular, que frio na barriga dava quando eu pensava que eles poderiam tira-lo de mim, seria como afastar um filho de sua mãe.
Paramos em frente de uma casa grande, pintada de branco, grama verdinha, arvore com balanço e cercas brancas. Serio gente, a casa era assim mesmo, perfeitinha.
Saimos, ela então passou pelo portãozinho e seguiu em direção a porta, tocou a campainha, e depois de alguns segundo ela se abriu. Uma garota de cabelos loiros, de aparentemente 6 anos nos recebeu com um sorriso de orelha a orelha. Me lembro que a unica coisa que eu pensei foi: "Se essa menina de 6 aninhos está acordada até  essas horas da madrugada, tenho quase certeza de que vou me dar bem aqui"


Notas Finais


Boa noite meus quase 200 fofos <3

E comentem, isso me inspira a wacrever mais rapido. Beijos !^^


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