História Depraved Heart - Com direito a resgate

Addison Rhodes

— E se eu não soltar ela? o que você irá fazer a respeito disso? — Perguntou Arliss enquanto olhava com os olhos cheios de ódio e raiva para Justin. Arliss apertava meus braços com toda a força que ele possuía dentro de si e eu sentia que ele estava prestes a rasgar minha pele de tão forte que ele apertava a mesma. Estava torcendo para Justin dar um soco daqueles em Arliss para o mesmo aprender a não tratar outras mulheres do jeito que ele estava me tratando, eu disse a ele que não o queria e ele estava forçando a barra, insistindo que eu estava me fazendo de difícil. O que não era verdade.

Justin caminhou em passos lentos em nossa direção, as mãos dele estavam fechadas em punho como se ele estivesse se preparando para socar a cara de Arliss. Olhei em volta da rua vendo que não tinha ninguém por perto tudo, além de carros estacionados perto das calçadas a poucos metros dali. O céu estava escuro e coberto de estrelas, estava começando a ventar e o meu corpo estava todo arrepiado de tanto frio que eu sentia. Minha barriga estava vazia e roncava tanto que eu nem podia ouvir os meus próprios pensamentos, eu não havia comido nada nas últimas horas, na festa de Rachel não tinha nenhum aperitivo, só festas ruins não tinham aperitivos. Minha mãe com certeza iria me matar se eu fosse para casa. Eu havia prometido a ela que iria voltar para casa por volta das onze e com certeza já passavam das onze, ela iria me encher de sermões e eu não iria conseguir ter o meu amado sono de beleza. Eu precisava voltar para casa e eu não tinha nenhum tipo de carona além de Robin, mas eu nem sabia se ela ainda estava na festa e eu não teria coragem de voltar para a festa depois da briga que tive com Rachel e nem queria voltar para a festa, eu não queria ver aquela cara de sonsa da Rachel.

— Solte-a não está vendo que ela não quer ficar com você? — Disse Justin como se estivesse adivinhando os meus pensamentos. — Mandei solta-lá seu idiota. — Mandou Justin quando percebeu que Arliss não estava levando ele a sério. A voz dele soou mais séria e  autoritária.

Arliss sorriu de um jeito sarcástico para Justin e soltou meus braços em seguida, dei uns passos para trás percebendo o que estava prestes a acontecer. Arliss fechou as mãos em um punho e avançou a mesma na direção ao rosto de Justin na intenção de ferir seu rosto mas Justin foi mais rápido e deu um pulo para trás e saiu ileso. 

— Cara você é péssimo nisso hein, você tem que comer mais. — Comentou Justin tentando provocar Arliss e estava dando certo, Arliss fechou ambas as mãos num punho enquanto fuzilava Justin com os olhos.

— Eu só errei o soco porque eu bebi umas taças de vinho. — Explicou Arliss na tentativa de encobrir o fracasso dele. — Se eu não tivesse bebido você estaria ferrado, eu iria te quebrar todinho seu merda. Ninguém, nunca confronta o Arliss e sai ileso.

Justin se aproximou de Arliss e desferiu um soco em seu nariz, assim que Justin fez isso deu para ouvir um osso de Arliss sendo quebrado, aquilo deve ter doido já que Justin era bem forte e bem mais alto que Arliss. Arliss colocou ambas as mãos em volta do nariz tentando conter o sangramento que saía do mesmo enquanto inclinava o corpo gritando e gemendo de dor. Justin caminhou em minha direção e parou bem na minha frente, ele ficou ali parado enquanto olhava para todas as partes do meu corpo tentando encontrar algum ferimento ou algo do tipo. Quando ele não achou nada ele voltou o seu olhar para os meus olhos e umedeceu os lábios pronto para me dizer algo.

— Você está bem? — Perguntou ele enquanto me encarava com a testa franzida, em seus olhos dava para perceber que ele estava morto de preocupação, como alguém fica preocupado com uma pessoa que nem conhece? talvez Justin fosse apenas um bom garoto preocupado com o próximo. — aquele idiota te machucou? se ele te machucou podemos ir numa delegacia aqui perto e prestar uma queixa. — prosseguiu ele quando não respondi nada.

— Ei ei está tudo bem, ele não me machucou nem nada disso ok? — Respondi quando percebi que Justin estava começando a exagerar. — Eu odeio ser a donzela em apuros. — Resmungei cruzando os braços e em seguida bufei impaciente — Eu não preciso ser salva, não sou uma garotinha comum que precisa de ajuda, mas mesmo assim obrigada.

— Eu só queria te ajudar — Disse Justin reparando que eu estava sendo ignorante.

— E ajudou, muito obrigada.  — Afirmei dando um sorriso fraco. 

— Por nada. — Em seguida, ele sorriu sem mostrar os dentes. — Olha Addison está muito tarde e você está aqui sozinha e não é legal para uma garota como você ficar sozinha no meio da noite com tantas pessoas perigosas por aí. Eu estou te carro e posso te levar para casa, você aceita a minha ajuda mais uma vez ou preferi dar uma de durona e ficar aqui de noite junto com as pessoas perigosas que estão por aqui? — perguntou Justin tentando dar uma de engraçadinho para o meu lado.

Justin ainda era um desconhecido para mim mas ele tinha jeito de ser um cara bom, estava tarde e provavelmente não teria ônibus a essa hora da noite, a minha única carona era Robin mas ela estava na companhia de um homem que provavelmente era com quem ela iria se deitar e com certeza não iria sair da boate tão cedo. Eu também não podia entrar na boate depois do escândalo que causei na mesma, todos daquela merda de boate iriam ficar me encarando como se eu fosse uma barraqueira sem educação e sem compaixão alguma com os amigos e mesmo assim a otária da Rachel não iria deixar eu entrar, assim que ela me visse ela me pegaria pelos cabelos e me arrastaria para fora da mesma sem dó nem piedade. Rachel provavelmente deve estar me culpando pela  traição de Blake por eu ter despejado isso nas costas dela sem dó e nem piedade, com certeza ela iria me puxar pelos cabelos e iria me enxotar dali.

— Tudo bem eu aceito a sua carona, obrigada. — Disse por fim cedendo as suas perguntas, eu estava sem escolhas e não tinha como voltar para a minha casa.

— Ah é mas tem uma condição. — Murmurou Justin  olhando cabisbaixo, pelo modo que ele olhava dava para deduzir que algo estava errado, era só o que me faltava. — É que eu não tenho gasolina o suficiente para levar você para casa e depois voltar para a minha casa, a gente precisava passar primeiro na  minha casa e lá eu irei pegar o dinheiro na minha casa para colocar gasolina no meu carro e te levar até a sua casa.

— Ok então vamos lá.

Dito isso Justin acenou um "vem comigo" com a mão esquerda e deu as costas para mim, em seguida ele começou a caminhar em direção até um subaru cinza, o carro estava parado a poucos metros da boate aonde Rachel estava dando a festa. Assim que chegamos no carro, eu parei perto da porta do passageiro e fiquei aguardando ele destravar as portas. Justin deu a volta para o lado do motorista e destravou a porta do motorista e poucos segundos depois a porta do passageiro foi aberta por Justin que já estava do lado de dentro do carro. Adentrei com agilidade dentro do veículo e em seguida fechei a porta do mesmo, poucos segundos depois o motor do carro foi ligado e Justin começou a fazer o caminho até a sua casa. O único barulho que se instalava no ar era o do motor do carro, virei minha cabeça para trás vendo que o carro era pequeno porém bem confortável, virei minha cabeça para frente e fiquei observando a paisagem das ruas. Minha mãe iria me matar se descobrisse que eu estava dentro do carro de um estranho a caminho da casa do mesmo, minha mãe era toda puritana e fazia o estilo anos 40.

— Então aquele babaca era algum amigo seu que estava forçando a barra com você? — Perguntou Justin quebrando o gelo. 

— Não, ele é o meu ex-namorado.  — Respondi enquanto observava os prédios gigantescos que estavam ao redor das ruas — ele transou com a líder de torcida mais vaca do campus e agora quer o perdão da gostosona aqui. — Completei enquanto apontava o dedo na minha direção, Justin gargalhou.

— Ele é um babaca e você não deve perdoa-ló. — Encorajou ele enquanto aguardava o farol da avenida ser liberado, ele virou o rosto em minha direção e começou a olhar em meus olhos. — Você merece coisa melhor, toda garota merece. 

Dito isso ele me observou por mais alguns segundos e depois continuou a prestar atenção na avenida e começou a dirigir o veículo, ele parecia fazer o estilo romântico ou era isso que ele queria que eu pensasse.

— Uau como você é romântico. — Comentei me impressionando com o jeito romântico dele.  —Tenho umas amigas minhas que iriam se amarrar em você.

Justin não comentou nada e continuou dirigindo, ergui meus braços até o aparelho de som do carro ligando o mesmo, o apresentador da rádio começou a falar o nome da música que havia tocado anteriormente e depois ele parou de falar e a música "Miles Away" da Madonna começou a tocar, girei o botão de volume na direção de aumentar curtindo o som daquela música. Olhei para Justin vendo que ele continuava a prestar atenção na rua e não em mim então ele não parecia bravo por eu ter aumentado a mesma. Ele manobrou o carro em frente a um prédio branco enorme e desligou o motor do automóvel pressumi que ali era o prédio aonde ele morava ou era por ali que ficava  a sua doce casa.

— Eu moro nesse prédio, minha mãe não está em casa então você pode entrar e tomar  um banho e depois eu te levo até a sua casa. — Disse ele depois de desligar o motor do carro.

Ele abriu a porta do carro e eu fiz o mesmo com a porta ao meu lado, sai ligeiramente do veículo e senti um vento gelado em meu rosto assim que botei os pés para fora do carro. Ele foi caminhando em direção a portaria do prédio e eu fui apenas seguindo-o. Adentramos  na portaria e o porteiro do prédio acenou com as mãos para o Justin mas o mesmo o ignorou como se não tivesse sido com ele. Bom talvez ele tivesse um motivo para ignorar o cumprimento do porteiro, eu mesma odiava ficar cumprimentando toda hora as mesmas pessoas. Justin e eu começamos a subir as escadas até o 6º andar que era aonde ficava o apê dele, ele começou a me explicar o quão chato ele sabia que era ter que ficar subindo escada para chegar até o andar dele mas o porteiro não havia disponibilizado uma ajuda técnica para consertar o elevador, eu disse que não me importava de ter que andar e ele concordou dizendo que andar fazia bem para as pernas e para perder algumas calórias.

Assim que chegamos no 6º andar, Justin caminhou até uma porta com o número 402 exibido na mesma e ligeiramente tirou as chaves do bolso e enfiou na fechadura abrindo a mesma, ele  deu passagem para eu passar pelo lado de dentro do apê e eu passei agradecendo o cavalerismo dele dando uma leve acenada com a cabeça. Assim que adentrei na sala de estar senti alguma coisa gelada em minha perna, pulei para trás tomando um susto mas logo reparei que era apenas um golden retriever com uma coleira vermelha em volta do pescoço. Me agachei em frente ao bichinho e começei a fazer carinho na cabeça do animalzinho, dava para sentir um delicioso cheiro de baunilha vindo do animalzinho.

— Estou vendo que já conheceu  o Spencer. — Comentou Justin enquanto caminhava em minha direção, ele sorriu de lado admirando o fato de eu ter gostado do Spencer. 

— Sim, ele é uma fofura. Eu amo cachorros mas eles são muito fáceis de serem domados, portanto prefiro os gatos, eles são menos carentes do nosso amor e são bem dificéis de serem domésticados. Eu gosto de desafios, sabe? 

— Ah entendi, bom eu prefiro cachorros eles nos respeitam mais e não fogem de casa como os gatos — opiniou ele me contrariando. — Você quer tomar banho?  — perguntou antes que eu pudesse responder qualquer coisa.  — Eu tenho um banheiro com chuveiro perto do quarto, na verdade ele fica dentro do meu quarto. Vem eu te mostro.

Dito isso ele deu as costas para mim e foi caminhando em direção a outro cômodo, adentramos em seu quarto e dei de cara com o quarto super arrumadinho de Justin, tudo estava impécavel naquele cômodo, a cama de Justin estava super arrumada e não havia nem uma coisa no chão além de alguns sapatos debaixo da cama dele. Eu não podia acreditar, nunca havia entrado no quarto de um garoto super organizado aquele era o primeiro, ou o Justin tinha uma empregada ou ele era um daqueles garotos super certinhos.

— Cara, ou você é um garoto super arrumado e dedicado ou você é daqueles mauricinhos ricaços que tem empregada. — Comentei olhando o quarto de Justin.

— Posso de fazer uma pergunta? 

— Claro, Justin,  manda brasa. — Concordei e ele se aproximou de mim sem tirar os olhos dele dos meus.

— Por que você namorou aquele cara? — perguntou ele arqueando as sobrancelhas.  — Ele é um babaca e te trata como um mero objeto, acho que você merece coisa melhor. — Afirmou ele enquanto me encarava de maneira hipnotizante, seus olhos brilhavam de maneira extraordinária.

— Eu não sei, tenho uma queda por babacas.— Respondi rapidamente sem pensar muito na resposta correta para aquela pergunta. — Mas quando você diz que eu mereço coisa melhor você quer dizer que você é a coisa melhor que está prestes a vir para a minha vida?

— Não sei, quem sabe? — Respondeu Justin sem hesitar.

Ele colocou uma mecha de meus cabelos atrás da orelha e escorregou a mão até a minha bochecha, acariciando-a com delicadeza, em seguida aproximou seu lábio do meu e adentrou sua língua na minha boca e rapidamente dei passagem para a mesma, o beijo começou lento e logo começou a ganhar velocidade. Ele parou de me beijar e em seguida envolveu minha cintura com um de seus braços e me pegou no colo com agilidade, ele caminhou em direção a cama dele e me jogou na mesma com rapidez, me sentei de joelhos na cama e Justin fez o mesmo, ele tirou sua blusa com uma rapidez absurda, em seguida colocou a mão no bolso da calça e tirou dali uma embalagem de camisinha e colocou a mesma em cima da cômoda e em seguida tirou a calça e jogou para trás sem olhar e se livrou da última peça de roupa que ele tinha, a cueca, e pude ver seu membro já ereto. Ele me olhou incrédulo por eu ainda não ter tirado nenhuma peça de roupa então comecei a tirar as minhas peças de roupa com a mais pura agilidade que eu tinha.

Quando eu finalmente me livrei da minha última peça de roupa, me deitei debaixo das cobertas e Justin se aproximou lentamente, ele pegou a embalagem de camisinha da cômoda e começou a abrir a mesma.  Justin se deitou ao meu lado para poder inserir a camisinha no membro dele e ligeiramente deitou em cima de mim e começou a inserir o membro dele em mim e começou a fazer os movimentos, eles começaram de modo lento e conforme o ritmo começaram a ganhar mais velocidade. Ele distribuiu uns beijos no meu pescoço e voltou a fazer os movimentos, minha boca automaticamente se abriu e comecei a encarar o teto percebendo que eu poderia estar cometendo um gravíssimo erro mas a minha vida não teria nenhuma graça se eu não cometesse erros.