Vocês com certeza já viram um filme de comédia romântica, daqueles bem clichês e com um final feliz, certo? Bom devo lhes dizer que a vida real é bem mais chata que isso, do tipo: quando você bate em alguém famoso, você acaba quase presa e com os rosto estampados em todas as revistas sendo considerada a vilã da história. Foi isso que aconteceu naquele dia. Mas vamos voltar um pouco.
Assim que sai da escola minha mente ficou perturbada, eu não conseguia parar de imaginar aquela garota passando a mão nas costas nuas de Yamato, mesmo que não tenha ocorrido isso de fato, aquela cena martelava em minha mente. Duas senhoras que passaram por mim fizeram o sinal da cruz, eu não podia nem sequer imaginar a minha cara naquele momento, mas tinha certeza que não era das melhores.
Quanto mais eu me aproximava do lugar onde eles estavam, mas minha adrenalina subia, mais eu ficava excitava para poder acabar com Megumi. A agência deles estava cada vez mais perto, até que eu os vi… e eles estavam rindo? RINDO juntos! Mas seu sorriso sumiu em questão de segundos quando meu viu do outro lado da calçada, seu copo de café foi ao chão e seus olhos mudaram completamente, naquele segundo pude sentir alívio, pois ele sorriu, com aquele sorriso que ele dedicava só a mim e abriu os braços. Atravessei a rua, o abracei e o beijei. Sorri o máximo que consegui pra ele, então me virei para Megumi e soquei seu nariz, tudo bem, isso foi exagero, mas eu queria que tivesse sido assim, minha mão estralou em seu rosto a deixando incrédula, e então eu bati em sua outra face, e de novo por cinco vezes até que um dos seguranças me tirou de cima dela. Yamato nos olhava abismado, mas ria, ele sabia que ela merecia aquilo.
É ai que tudo se difere de um filme, se fosse num filme, Yamato me pegaria no colo, me colocaria em seu conversível, e aceleraria rumo ao por do sol, onde ficaríamos pra sempre juntos e felizes, já que tínhamos vencido a bruxa malvada. E fim.
Mas o que aconteceu foi totalmente diferente, o fotógrafo que estava tirando foto dos dois – Sim é por isso que eles estavam rindo um para o outro, era um ensaio, para divulgar a agência – Fotografou tudo o que aconteceu, dando muitos closes em meu rosto. Depois disso o segurança que havia me segurado, chamou a polícia e eu fui… presa. Com algema e tudo, o que sinceramente não recomendo a ninguém, quando chamam a polícia pra você, principalmente quando você deu, o que eles chamam, “De ataque de uma fã louca”, eles simplesmente não tem dó de você. Sinceramente ainda não entendo o por que daquela algema tão apertada.
Yamato pagou minha fiança e convenceu o delegado a não me deixar passar a noite na cadeia, por que a filha dele era apaixonada pela banda, tudo se resolveu depois de uma hora de autógrafo e sessão de fotos com a menina. Quando tudo acabou, já de noite, eu estava me sentindo exausta e fora de mim, não sabia mais quem eu era, comecei o ano como sempre, sendo alvo de bullying e completamente tímida. Mas agora, eu estava sendo saindo de uma delegacia, toda descabelada e parecendo uma louca.
- Uau. - foi a única coisa que Yamato me disse.
Nem discuti, peguei sua mão e subi em sua moto, só queria um banho. Ele me levou a sua casa e eu me aproveitei de sua hidromassagem, eu me sentia diferente, como se a Mei antiga fosse apenas uma velha ilusão, será que era assim que as pessoas se sentiam quando batiam em alguém?
Quando sai do banho Yamato me esperava de cabeça baixo, não parecia triste, chateado ou irritado, simplesmente pensativo.
- Oi, está tudo bem? - a verdade era que eu não queria ouvir, estava com medo do que vinha depois.
- Desculpa, me distrai. - ele veio até mim e me abraçou. - Sinto muito por toda essa situação.
- Não era eu quem devia falar assim? - ele riu, e sua risada me pareceu sem graça.
- Me sinto culpado por isso ter acontecido. Nunca deveria te envolver nisso tudo.
- Bom, fui eu quem bateu não é. Não precisa se culpar, devo dizer que aquilo foi um tremendo alívio.
Ele passou a mão por dentro do roupão fazendo uma das mangas descer, deixando meu ombro direito exposto. Então ele o beijou devagar e foi subindo até meu pescoço, aquilo me arrepiava por inteira.
- E a banda? - não sei por que disse aquilo, sabia que era um gatilho para que parasse tudo o que estava fazendo.
Ele se afastou e simplesmente disse:
- É tudo o que sei fazer da vida.
- Então faça. - disse confiante.
- Sério?
- Sim, mas não envolva mais aquela garota, nem aquela agente. Se ela publicar o vídeo eu a processo, simples assim.
- Eu te amo.
Ele praticamente pulou em mim, nem tão delicado assim, sinceramente não estava tão confiante como mostrava, mas queria apenas relaxar depois daquele dia.
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