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História Desabafo - Parte II


Escrita por: ksnrs

Notas do Autor


Naruto não me pertence e seus personagens também não.
O intuito dessa fanfic é totalmente interativo e sem fins lucrativos.
Por isso, não me processem, por favor. Não tenho como pagar uma fiança e da cadeia não dá pra postar.



Boa leitura!

Capítulo 2 - Parte II


A visão de Sakura entre os travesseiros era surreal. Aquele monte de cabelo rosa, espalhado por todo lado, um sorriso largo, aberto só pra mim, e aquelas duas esmeraldas que faiscavam... Os olhos dela faiscavam!

- Nossa... você é linda demais! – foi uma constatação admirada. Eu falei isso com sinceridade. Ela é linda demais. A mulher mais linda que eu já tinha visto. Como ela fazia sentido, como tudo na Sakura combinava. Incrível.

E tinha mais uma coisa que combinava com ela: eu. Não esperei um elogio em troca, nem nada que ela pudesse dizer, que me fizesse entrar no modo “Kakashi-chorão”, porque hoje eu tava um porra de um idiota, me ofendendo com qualquer coisa. Eu simplesmente me deitei sobre ela e beijei aquela boca carnuda, que cobicei no bar e, depois, quando ela falava alguma coisa que eu nem sei o que é. Aproveitei cada espaço milimétrico e dancei com a língua da Sakura que, diga-se de passagem, é uma excelente bailarina. A melhor. Isso é perigoso. Estou concluindo muitas coisas em que ela é a melhor ou a mais. Mas não tinha como eu fugir. Não dava mais. Meu corpo não conseguiria sair dali, nem se eu precisasse ir salvar uma velhinha de verdade. E nem eu queria. A única coisa que se passava na minha mente, era me afogar dentro de Sakura.

- Eu quero você, minha flor... – como eu nunca quis uma coisa antes.

- E eu quero você, meu sensei-delícia... – Okay... se for pra ser assim, eu nem ligo de ser chamado de sensei.

Ainda fiquei olhando pra ela mais um tempo, admirando tudo aquilo. Tudo aquilo. Depois, tive vontade de me dar um soco. Puta que pariu, Kakashi! Tudo isso deitado aí, na tua frente, até se esfregando no colchão de vontade de fazer as coisas e você com essas historinhas? Com o meu sorriso mais convidativo, resolvi começar a festa.

Tirei aquele pijama enlouquecedor que Sakura usava pra encontrar algo ainda mais desesperador. Tudo bem, eu já tinha visto ela passar de calcinha e sutiã, mas agora, ali, na minha frente, deu um baque. Tão vermelho mata-Kakashi, que chegava a dar dó de tirar. Que coisa mais linda...

- Caprichou, hein?

- Eu sabia que você tinha chegado.

Aí eu morro.

- Quer dizer que a escolha foi pensando em mim? – não consegui nem disfarçar. Se ainda tivesse saído malicioso, mas saiu foi feliz. Eu tava lisonjeado. Só faltou eu chorar de emoção. Sério, quem sou eu? Eu não me reconheço mais.

Vi a Sakura se levantar e ficar sobre os joelhos, se encostando em mim. Ai.

- Faz tempo que eu escolho tudo pensando nesse momento, Kakashi.

Não chora. Não chora.

- Você tá me deixando bem louco, Sakura. Bem louco, mesmo. – era a realidade.

Levei a mão até o seio dela e... BINGO! Eu sabia desde o início! Feito pra mim. Perfeito pro meu encaixe. Coube perfeitamente na palma da minha mão e eu, ao tocar, senti um choque imediato se alastrar pelo meu corpo. Como se o meu braço estivesse reconhecendo o corpo da Sakura como uma extensão. Foi intenso. Foi ainda mais sublime, quando ela deu um gemido sussurrado, ao sentir um apertão leve, que eu dei sem perceber. Ao ouvir aquele som honesto, eu tive que olhá-la e notei a expressão mais pura de desejo. Ela estava entregue à mim. À minha mão, ao meu toque. E, naquele segundo, eu entendi que eu queria ver aquela expressão mais vezes. Pra sempre, talvez?

Com a mão livre, eu abri o fecho traseiro do sutiã e vim puxando, enquanto acariciava sua pele tão macia. Pensei como devia estar sendo pra ela sentir minha mão tão calejada e cheia de cicatrizes sobre um tecido tão fino. Quase uma seda orgânica. Não me liguei nisso, apenas me concentrei nos olhos fechados e nos suspiros profundos. Ela ainda estava apoiada nos joelhos. Tirei todo o sutiã e perdi um segundo admirando seus seios. Eram complementares à ela. Mais, eram complementares à mim. Eu tinha que beijá-los. Abracei Sakura com força, pra alongar sua coluna até expô-los na altura do meu rosto. Então me afundei entre eles. Comecei uma série de beijos pequenos, rodeando toda a curvatura de um dos seios, até chegar no mamilo rosado e durinho. Ali eu parei. Beijei. Suguei. Mordi. Lambi. Tudo ordenado e ritmado pelos gemidos gostosos e profundos que ela dava, que pareciam uma sinfonia aos meus ouvidos. Suas mãos pequenas voltaram aos meus cabelos, me empurrando entre seus seios, denunciando que estava gostando do que eu fazia. E, de novo, eu me senti bem demais por estar fazendo algo que a deixasse satisfeita.

Quando encontramos os olhares, era inegável que os limites tinham sido ultrapassados. Agora, só podíamos ir pra frente. Ou voltar e se arrepender amargamente de não ter concluído esse encontro transcendental. Voltei a coloca-la entre os travesseiros e dei mais um beijo, antes de seguir meu caminho pelo seu corpo. Desci um rastro de saliva, com língua e beijos pelos seios e barriga, até encontrar, de novo, a calcinha vermelha. Aquele pedaço de pano, se é que podia ser chamado de calcinha, era um convite à loucura. Me olhava e perguntava: “Ei, Kakashi! Como anda a sua sanidade?” Eu respondia: “Vai mal, obrigado. Muito por sua culpa.” Puxei aqueles dois fiozinhos laterais, preocupado se era algum tipo de encantamento. E quando me livrei daquela maldição vermelha, descobri que a perdição morava embaixo dela.

Era uma flor. Tão pequena, tão delicada e tão, mas tão, mas tão apetitosa... E era eu, EU, Kakashi Hatake, que iria desabrocha-la! Com muito cuidado, pra não machucar, eu fui me apresentar. Fiz um carinho de leve e senti a Sakura se estremecer. Notei, nesse momento, que ela tava tão dentro dessa brincadeira quanto eu.

- Você tá molhadinha...

Ela deu uma risadinha manhosa, que me quebrou as duas pernas. Como podia ser tão sensual e tão menina ao mesmo tempo? Era pra me desorientar mesmo. Esfreguei minha mão por aquela umidade, dando atenção aos gemidos maliciosos que surgiam lá da cabeceira da cama. Devagar, coloquei um dedo pra dentro dela e vi Sakura arquear o corpo. Linda. Jogou a cabeça pra trás e se remexeu toda, reagindo ao movimento que eu fazia com o dedo. Agarrou os lençóis com tanta força, que os nós dos dedos chegaram a branquear. E eu lá, masturbando ela, com um tesão da porra e achando uma pintura a Sakura com os dentes cerrados.

- Geme pra mim. – eu pedi. Mas saiu quase como uma ordem.

Ela abriu a boca e soltou. Imediatamente eu fechei os olhos. Era uma maldita melodia, o som daquela menina gemendo. Não deu pra aguentar. Eu tive que enfiar a mão por dentro da calça e fazer em mim, o que eu fazia nela. Coloquei mais um dedo ao sentir que sua umidade tinha aumentado mais. O gemido da Sakura foi um gritinho. Pára. Ela deu um gritinho. E eu? Quase gozo. Batendo uma, tocando uma nela e adorando. Por que eu ainda não tinha colocado pra dentro? Porque eu, pela primeira vez, sabia o que tinha que fazer pra dar certo. Eu ia dar a melhor experiência de todas pra minha flor de cerejeira. E... começava nesse momento.

Senti meus dedos sendo apertados e o corpo dela se estremecendo. O corpo arqueou de novo.

- Kakashi, eu...

- Você.

- Eu vou...

- Você vai, minha flor. E vai pra mim, na minha mão.

Foi sublime sentir Sakura gozando pra mim. Pra mim. Ela gozou pra mim. Gritou pra mim, chamando por mim. E quando acabou, foi pra mim que ela abriu aquele sorriso destruidor. Eu tava muito perdido, porque passou um lampejo de possessividade na minha mente naquele instante, de não admitir que mais ninguém fizesse isso por ela. Que mais ninguém arrancasse um orgasmo de Sakura e nem que visse seu sorriso molinho depois de gozar.

Tirei os dedos dela e não resisti a provar. Não tinha a menor dúvida de que o gosto dela era extraordinário. Eu lambi meus dedos, nem pra sensualizar, nem nada. Foi mais pra poder sentir o sabor da Sakura. E é lógico que eu quis mais. E é lógico, que eu sabia onde tinha uma fonte disso. Fui direto lá. Enfiei minha cabeça entre suas pernas e comecei sorvendo o que tinha sobrado do gozo anterior. Mas foi pouco, eu queria mais. Então, eu arrumei mais. Senti a mão dela se enfiando pelo meu cabelo, me incentivando a continuar ali. Ajeitei suas pernas sobre meus ombros e deixei minha língua passear. Brinquei por todo lado, lambendo, sugando, beijando como se fosse sua boca. E ela tinha uma bocetinha tão pequenininha, coisa mais linda. A penetrei devagar, com um dedo, e fui me dedicar ao seu clitóris. Durinho, rígido, inchado pelo primeiro orgasmo. Ouvi aquele gritinho de novo. Deus, Sakura, eu vou acabar gozando sem nem te encostar se continuar com esses gritinhos... Continuei a minha missão de arrancar mais um orgasmo, sentindo o cheiro gostoso que ela tinha, enquanto apertava sua coxa grossa com a mão. Foi tão rápido até Sakura gozar de novo, que eu fiquei até animado. Na verdade, eu me senti até lisonjeado. Quis acreditar que só eu seria capaz de leva-la ao ápice com tanta facilidade. Só sei que, com isso, ela se derramou na minha boca, gemendo que nem louca. E dessa vez, eu gemi também. Foi alucinante sentir ela gozar direto em mim.

- Você é uma delícia, Sakura. – foi só o que eu consegui dizer, quando voltei a encará-la. Ela merecia saber disso.

- Não me tortura mais, Kakashi... me deixa sentir você dentro de mim... – pediu toda molinha, esparramada na cama.

Eu, ali, dando à ela orgasmos alucinantes e o que ela queria era que eu estivesse dentro dela por completo. Depois eu me apaixono, aí fodeu.

- Seu desejo é uma ordem, minha flor de cerejeira.

Tirei a calça e a cueca que eu ainda usava. Meu pau tava tão duro, que chegava a doer. Os olhos verdes da minha flor deram uma arregalada, ao me ver sem roupa. Não resisti. Tive que dar uma risadinha.

- Agora você me viu sem roupa.

- Nossa... que... nossa, Kakashi vai devagar...

Eu duvido que até o fim da noite esse pedido continue o mesmo. Mas eu entendo porque ela o fez agora. Voltei pra cima dela e me posicionei entre suas pernas.

- Relaxa, Sakura. Você confia em mim?

Então eu notei o seu olhar voltar a ser o da minha menina. Aquele doce, de quem confiava em mim cegamente. Aquele da aluna pro sensei. Não quis cair nessa armadilha, mas foi inevitável pensar que ela estava passando por isso comigo apenas por eu ser alguém em quem ela confiava demais. E isso me incomodou muito.

- Eu confio. E eu sonho com você há muito tempo.

Aí eu gostei. Não é possível que ela só sonhasse comigo por uma questão de carinho de professor. E... foda-se. Eu não aguentava mais de desejo. Se a Sakura tava me usando, eu não tava nem aí. Eu tava mais que feliz de ser usado por ela, ainda mais pra isso. Poderia, tranquilamente, ser usado por ela todo dia e toda noite.

- Linda resposta... – e dei um beijo tranquilo nela, enquanto ela abraçou minhas costas. Senti suas mãos acariciando os meus músculos e soube que era a hora certa. Eu ia desabrochar a minha flor.

Fiz a primeira investida, de uma vez e profundamente. E parei lá dentro. Olhei pra ela e vi seus olhos verdes se abrindo devagar pra mim. Tão linda, tão forte. Mas estava me escondendo a própria dor.

- Relaxa que vai parar de doer. – ela fez menção a falar alguma coisa e se eu bem conheço a Sakura, ia dizer que não estava sentindo dor. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, voltei a beijá-la e fui lindamente correspondido. Senti seu corpo relaxar e estoquei de novo. Parei mais uma vez. Ela soltou uma lufada de ar no meio do beijo. Eu não disse nada, nem ela. Só esperei o tempo que precisava e fiz mais uma vez. A cada nova investida, mais rápido o corpo de Sakura se acostumava comigo. Até o momento em que eu não senti mais rigidez nenhuma. Voltei a olhá-la.

- Como se sente?

- Mulher.

Essa garota tinha o dom de me dar as respostas certas. Sempre teve. Sorri com vontade, olhando pra Sakura mulher, embaixo de mim. Comecei a estoca-la devagar, com ritmo, e vi ela se remexer sob o meu corpo. Suas mãos ainda estavam nas minhas costas, mas quanto mais eu a penetrava, mais ela se sentia a vontade pra vasculhar meus domínios. Logo, já tinha deixado suas marcas ali, rasgando a minha pele e a marcando, como tinha feito com a minha alma no começo daquela noite.

Eu estocava com profundidade e rapidez, ouvindo seu gemidos que eram o ditador do ritmo das minhas entradas. Seu corpo tinha uma habilidade natural pra se remexer, e ela rebolava com uma sensualidade linda, procurando sozinha os pontos que mais lhe davam prazer.

Ela era incrível. Deliciosa. Apertada. E linda. Deus, como era linda. Hora fechava os olhos e fazia isso em uma lentidão provocante, os rolando enquanto ia escondendo as esmeraldas. Hora os deixava abertos, parecendo uma gata no escuro, me encarando com dois olhos enormes e verdes. Eu puxei uma das pernas dela e trouxe em direção à minha cintura, pra poder me deitar sobre seu corpo. Queria, naquele momento, ter mais braços. Mais mãos, mais dedos, mais bocas. Pensei até em fazer um clone, mas não achei justo comigo, dividir a primeira vez da Sakura com mais ninguém além de nós dois. A única coisa que eu queria era poder beijá-la por inteiro, enquanto me enterrava dentro dela, até sentir o fim do seu corpo, que se abria pra mim, como a manhã se abre pro sol. Foi isso que eu senti. Que meu dia, finalmente, estava nascendo.

Eu precisava beijar aquela boca vermelha, inchada por ela mesma ter mordido seu lábio. Passeei com a língua por ali, diminuindo o ritmo das estocadas, deixando um pouco mais ameno, pra que ela entendesse que era carinho. E entendeu. Sakura nunca precisou de palavras. Ela me olhou com os olhos risonhos e abriu um sorriso tão lindo, que eu achei que fosse derreter. Sorri de volta, deitado ali, meio de lado, olhando pra ela, admirando o quanto aquela mulher era incrivelmente bonita. E minha, total e absolutamente, minha.

- Eu podia fazer isso o resto da vida. – eu falei tão baixinho, que foi quase uma confissão. Ela tinha o dom de me fazer ser honesto.

- Eu não ia me incomodar, se fizesse.

Eu sei que ela estava brincando, falando sobre o sexo. Mas eu me iludi. Nessa noite, sei lá que merda estava passando pela minha cabeça, que eu tava inseguro pra caralho, mas eu escolhi acreditar que ela, pela primeira vez desde que se sentou ao meu lado, me fez uma jura de amor. Não foi o que a Sakura disse. Mas foi o que eu quis acreditar. Então eu juntei toda a força que eu tinha, reuni toda a minha experiência e tracei o novo objetivo da minha vida: fazer a minha flor de cerejeira a mulher mais satisfeita de todas.

Quando eu voltei a ficar por cima dela, eu já não era mais aquele Kakashi que queria só fazer um carinho. Era aquele que ela tinha dito e que, provavelmente, povoou sua fantasia. Aquele das noites únicas e de mulheres que não se esquecem. Eu aprendi uma coisa ou outra me perdendo nos caminhos da vida. Levantei as pernas da Sakura e as coloquei no meu ombro e senti meu pau escorregar até o fundo do seu corpo. E ela gritou. Nossa, como ela gemeu gostoso, quando eu meti com força lá dentro. Enquanto eu ia rápido, beijava com vontade a parte de trás de seu joelho. Ela foi ficando molinha, perdendo a força pra se sustentar, as esmeraldas foram se escondendo atrás das pálpebras... e aquilo era maravilhoso. Cada vez que eu encontrava o fim daquele corpo gostoso, ela dava um gritinho tão tesão, que eu tive que começar a me concentrar, senão ia acabar gozando rapidinho. Levei a mão até o seu clitóris que chegava a dar choque de tão excitada. Só com o polegar, fique atormentando ela ali, um pouco. As mãozinhas dela agarravam tudo, lençol, coberta, travesseiro. Sakura mordia os dentes com tanta força pra reprimir os gemidos, que parecia que ela tava lutando comigo. Bom, em lutas como essa eu faria questão de ser o seu sensei e ensinar tudo o que sei. Até que eu senti que estava sendo apertado. Aí, meu amigo, foi a minha vez de urrar.

Ela tava gozando. E como se já não fosse um absurdo de apertada, ainda me agarrou dentro dela com tanto vigor, que parecia que tava me pegando com a mão. Que porra era aquilo... só a visão já era pra transtornar, ela arqueada, as costelas chegavam a aparecer, os mamilos tão excitados que estavam rijos, a cabeça jogada pra trás, um gemido tão sôfrego, tão honesto, que saía direto do fundo da garganta, quase um choramingo. Ela ficava toda manhosinha, quando tava gozando, era a coisa mais linda. Eu não ia mais conseguir aguentar. De jeito nenhum! Tirei as pernas dela do meu ombro e as coloquei na cama, com os pés plantados no colchão, a abrindo pra mim. Ela ficou? Claro que não. Enlaçou as pernas na minha cintura e eu pirei de verdade, sentindo as coxas fortes me rodeando e me prendendo daquele jeito. Eu meti com tanta força naquela menina, que depois eu até me preocupei se ela ia conseguir se mexer, afinal, era a sua primeira vez. Mas eu não tava aguentando. Ela era gostosa demais, tava me deixando muito louco. Muito, muito, louco.

Eu nunca gozei tanto na minha vida, quanto dessa vez. Foi tanto e tão forte, que eu gritei que nem ela. No fim, eu tava até fraco. Quando acabei, parecia que tinha esguichado até a minha alma pra dentro da Sakura. Caí do seu lado, destruído. Mas com um sorriso imenso no rosto. Virei a cabeça pra encontra-la toda bonitinha, de lado, me olhando com a carinha mais linda de todas. Virei de lado também.

- Como eu me saí?

- A minha melhor.

Ela riu. Achou que eu tava brincando, ou falando isso só pra agradar. O pior é que era a mais pura verdade.

- Tô falando sério!

- Eu também. O que te falta em experiência te sobra em charme.

E em tesão. Gostosura. Beleza. Simpatia. Inteligência. Eu tô bem lascado.

- Hum... posso acreditar nisso? Você não tá falando só pra me agradar?

Sobra em desconfiança também.

- Não, Sakura, minha flor. Não tô falando só pra te agradar. – e me perdi nos seus olhos. No seu sorriso. – Você é perfeita, não precisa de nenhuma mentira pra te agradar...

Já tava eu, de novo, pagando de bobo. Pelo menos ela me deu um sorriso daqueles bonitos dela, que estreitam os olhos.

- Eu tô feliz que tenha sido você, Kakashi.

- Eu também tô feliz que tenha sido eu.

Eu quero que seja eu pra sempre! Pra sempre! Mas eu não vou falar isso porque eu tenho um pingo de dignidade me sobrando.

- Você vai ficar aqui comigo?

- Eu nunca mais vou sair daqui, minha flor de cerejeira.

Aí minha dignidade foi pro ralo. Tinha uma chance de não ter ficado tão ruim: se ela tivesse dito que não queria mesmo que eu saísse. Mas, pra seguir no ritmo do resto da noite, ela riu de mim. É... eu e minha cara de palhaço.

- Talvez isso seja um problema. Porque se você não sair, eu não vou querer sair. E se eu não sair, a Tsunade vai vir aqui. E se ela vier aqui...

Eu enfrento a Hokage, hime! Deixa comigo!

- Entendi. – sou um bosta. – Mas... essa noite eu vou ficar e não tem Tsunade no mundo que me tire daqui!

Aí eu até coloquei fé em mim. Ainda fiz um charme e abracei a Sakura, a trazendo pra dormir no meu peito, toda aconchegadinha. Ela se ajeitou rapidinho, abraçada comigo. E se antes eu pedi pra Deus permitir que eu morresse ouvindo ela rir, mudei de ideia. Permita que eu morra assim, sentindo ela me abraçar desse jeito.

E, pela primeira vez em muito tempo, quando o dia amanheceu eu não senti um desespero fenomenal e uma vontade insana de me enfiar na primeira missão que aparecesse. Quando o dia clareou e eu acordei, eu só queria estar ali, exatamente onde eu estava. Em algum ponto da noite, Sakura tinha se virado e eu tinha virado junto. Acordei do jeito mais clichê de todos: dormindo de conchinha. E o pior não é isso. O pior foi ter gostado de acordar desse jeito. E o pior, pior, foi já ter apavorado em como ia ser quando eu não acordasse. Enquanto eu pensava que estava precisando, urgente, de uma ajuda psicológica, a minha flor se remexeu nos meus braços. Aí, qualquer dúvida que eu tinha sumiu. Queria acordar assim mesmo, queria que fosse com ela, queria que ela quisesse também. Pronto, virei um mole. Assumi.

- Bom dia, minha flor... – joguei um charme ainda. Rocei o nariz na orelha dela, que se arrepiou toda. Já virou pra mim com aquela carinha bonitinha de sono.

- Bom dia, meu Kakashi-delícia...

Aí eu morro. Como não morro? Kakashi dela. Kakashi-delícia dela? Eu morro. Morro muito.

- Seu Kakashi? – falei com ironia só pra tentar manter um pseudo-controle.

- E não é? – olha o meu pseudo-controle indo por água abaixo.

- Talvez. – ela fez um biquinho de emburrada tão gracinha, que mesmo que eu não fosse, falaria que era, só de prêmio por ser tão linda. – Seu Kakashi...

Okay. Alguém me explica o que tá acontecendo comigo? Porque eu não reconheço mais. Eu? De alguém? Isso tá cada vez pior... ou melhor, vai saber. Pelo menos ganhei um beijinho logo cedo. E só, porque ela já fugiu rapidinho.

- Onde você vai? Volta aqui! – se controla homem. – Você tem treino?

Do banheiro mesmo ela me respondeu. Só enfiou a cabeça pra fora da porta.

- Hoje não. Eu treino dia sim, dia não. Mas eu vou pro hospital depois do almoço.

Bom, pelo menos teria uma manhã inteira. Vi ela voltar rapidinho, pegando as roupas do chão. Sem a menor vergonha de andar pelada na minha frente. E eu lá, dono da casa, deitado na cama, só aproveitando a vista. Vi ela se arrumar, colocar uma roupa qualquer e vir pro meu lado. Tava tão animado com a ideia de vê-la voltando pra cama, que não me liguei no fato de que já estava vestida.

- Vou comprar alguma coisa pra gente comer. Me espera.

E o tonto ficou lá, vendo ela sair correndo do quarto. Okay... me vesti também. Fui até a cozinha e preparei um chá, pra adiantar com o que ela tinha ido comprar, que deduzi que fosse pro café-da-manhã. Como se não fosse estranho o suficiente eu estar ali, me peguei sorrindo como um desvairado ao notar o chakra dela se aproximando. Fiquei ansioso. Fiz de conta que não tinha notado e ganhei um abraço gostoso, pelas costas.

- Que horas você sai?

- De onde? Do hospital? A noite.

Nessas horas eu me arrependo de ter dado tantas respostas vagas a esses meninos quando era o sensei deles. A Sakura aprendeu com maestria. Custa responder a hora? Se não respondeu, é porque não quer que eu saiba. Então, vou deixar rolar. Se acontecer de a gente se encontrar de novo, ótimo. Até porque nosso círculo de amizades é o mesmo e, uma hora ou outra, vamos acabar nos esbarrando. Fiquei por ali com ela, almoçamos juntos e, na hora que ela foi trabalhar, eu fui direto pro meu apartamento. Fiquei lá a tarde toda, sozinho, ruminando o caminho que a minha vida tinha tomado em uma única noite. Era pra ter sido uma saída. Umas bebidas. Uma mulher. Até aí, tudo certo. Mas a mulher foi a Sakura e isso não saiu da minha cabeça. Eu aproveitei o tempo livre pra arrumar coisas que a tempos não arrumava, já que quase não ficava mais em casa. A tarde ainda tava no meio. Peguei meu inseparável companheiro, o Icha Icha. Estranhamente, ele não teve a menor graça depois da noite intensa que eu tinha tido. Fechei o livro e coloquei de lado com a certeza de que tinha algo de errado. Eu já tinha lido aquela edição pelo menos umas vinte vezes e nunca tinha achado chato. Dessa vez, eu achei. A Sakura me quebrou.

Pensando nisso... onde se vai quando a gente está com alguma coisa quebrada? Isso, Kakashi, você é brilhante. Em dois minutos eu tava na porta do hospital. Passei quietinho pelos corredores, até chegar na porta da sala da doutora Haruno. Só aí eu pensei o que porra eu tava fazendo lá. Mas era tarde. Bati. Ouvi um “Entra” entediado pelo lado de dentro. Obedeci. Entrei e fechei a porta. O que eu tinha ido fazer ali? Ver aquele sorriso imenso aberto pra mim.

- Oi Kakashi... – toda bonitinha, sentada na mesa dela.

- Oi doutora... Eu não tô me sentindo muito bem...

Ela já fez aquela carinha de safada que eu gostei tanto e contornou a mesa. Chegou até mim e me colocou encostado no tampo de madeira, ao contrário de onde ela estava sentada. Eu, naquele momento, já tava de pau duro.

- Ah, é? E onde tá doendo?

Menina...

- Aqui. – e levei a mão dela direto pra onde latejava. Ela refugou? Claro que não. Apertou e começou a massagear, por cima da calça. Ainda deu uma mordida generosa no meu lábio, por cima da máscara.

A vantagem de ser um ninja, é que você é rápido pra notar e reagir ao que pode te colocar em situação de risco. A desvantagem de se relacionar com uma ninja, é que ela te empurra pra parede e foge pra cadeira dela, fingindo que nem te conhece, quando ouve o barulho da maçaneta da porta. É lógico que era melhor ela fugir ao invés de ser pega batendo uma pra mim. Mas eu, esquisito do jeito que eu tô, tive a nítida sensação de que a Sakura propôs um espaço muito maior que o necessário entre os nossos corpos naquele momento. Ela não quis ser vista perto de mim.

- Testuda, eu... – Ino. Era Ino. Eu admirava tanto a Ino pra ela virar uma empata-foda. – Ah, oi Kakashi-sensei! Não sabia que estava aqui.

- Oi. – e acenei como o idiota que eu sou.

- Vocês estão ocupados, eu posso voltar...

- Fala logo, porca!

- Ih... que humor hein? Credo, que que te deu? Tava bem até agora...

- O que você quer aqui, Ino? Veio na minha sala só pra falar do meu humor...

- Olha aqui, Sakura! Você abaixa esse tom comigo!

E eu, nessa idade, estou parado, encostado em uma parede, assistindo uma discussão de duas mulheres, que mal saíram da adolescência. Eu sou quase um objeto de decoração. Tipo um abajur alto, com a cúpula prateada.

- Eu vim ver se você tá lembrando que a gente combinou de sair com a Tenten e a Hinata hoje.

Imediatamente, olhei pra Sakura.

- Tô, Ino. Eu tô lembrando...

- E você vai? Porque se for pra ir com essa cara, é melhor ficar em casa.

- Eu vou, Ino. Mais alguma coisa?

O bom da Ino é que o humor dela também muda rápido. Já tava animada de novo.

- Ah! Que bom! Você quer ir se arrumar lá em casa ou...

- Não. Eu encontro vocês no bar, tudo bem?

- Você que perde! – eu gosto da Ino. Ela é autêntica. Olhou pra mim. Finalmente fui notado! – Kakashi-sensei, quer ir também? Vamos, vai ser divertido!

Olhei pra Sakura, pra confirmar a presença. Antes não tivesse feito isso. Ela tava me encarando com os olhos tão arregalados, que chegava a dar medo. Parecia que tinha alguém pisando no pé dela. Estava apavorada com a possibilidade de eu dizer sim. Mas me deu um ódio daquela cara de pavor da Sakura, que eu cheguei a bufar.

- Não sei, Ino. Vamos ver. – respondi do modo mais indiferente que eu pude. Não pelo hábito que eu tinha. Mas porque ou eu demonstrava indiferença, ou eu demonstrava todo o nervoso que eu tava sentindo.

- Ah, vai sim, Kakashi-sensei! Bom, a gente se vê mais tarde, Testa!

- Fecha a porta, porca!

Quando eu ouvi o barulho da fechadura travando, eu explodi. Não deu pra segurar.

- Você não quer que eu vá. – foi uma afirmação. Não tinha nenhuma dúvida nisso. Eu sabia que ela não queria.

- N-Não é isso Kakashi! Eu só acho que você não vai ter interesse na conversa de quatro meninas bobas!

Fazia total sentido. Total e absoluto sentido. E eu não teria mesmo o menor interesse na conversa delas. Até ontem. Hoje, eu tinha interesse na Sakura, em estar com ela. E eu teria acreditado cegamente na justificativa que ela me deu, que aliás, era muito plausível, se ela não tivesse me falado aquilo enquanto chacoalhava as mãos no ar e olhava pros lados que nem uma doida. A desculpa era boa. Mas não era por isso que ela não me queria lá.

- Você tem razão. Eu não tenho mesmo interesse em ficar lá com vocês.

Voltei a usar o tom indiferente. Mas, de novo, não por hábito. De novo, foi pra não mostrar a minha frustração. E, no fundo, eu ansiei que ela se sentisse mal ao me ouvir falar isso e quem sabe, quem sabe, demonstrasse alguma coisa que não fosse só tesão por mim.

Não demonstrou. Abriu aquele sorriso que me desmontava. Pelo visto, Sakura achou que tinha colado. Veio vindo na minha direção e eu ainda tava puto. Muito puto. Mas, fala sério, como ela conseguia ficar ainda mais gostosa usando aquele jaleco? Quando ela chegou até onde eu estava, por mais que eu tivesse irritado, tava louco de vontade de montar nela em cima daquela mesa.

- Sabe por que eu não quis me arrumar na casa da Ino? – pelo menos isso podia ter alguma coisa a ver comigo... – Pra poder ficar um pouco com você antes de sair...

Olha que maravilha! Eu passei do cara que dispensa as garotas depois da foda, pro cara que fica feliz por ter alguns minutos antes que a foda decida que tem algo melhor pra fazer. Com o nada que a Sakura tava me dando, ela dizer que tinha escolhido ficar comigo ao invés de se arrumar com as amigas foi quase um pedido de casamento.

DEUS, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?!

- E você vai demorar pra sair?

Aquele sorriso desgraçado, de canto, cheio de malícia, reapareceu. Veio antes de um beijo provocante, que ela fez questão de me dar por cima da máscara.

- Eu só preciso finalizar um relatório que, aliás, eu já teria terminado se um certo sensei-delícia não tivesse invadido minha sala...

Se ela soubesse que a intenção do sensei era invadir mais coisas, quando entrou nessa sala... Ah é, ela sabe. Mas ela gosta de provocar o coitado.

- Então, acelera.

Eu pensei em dizer que eu ia ficar esperando, pra irmos juntos embora, mas eu tinha a nítida certeza de que se eu dissesse isso, eu mesmo ia ficar nervoso de novo. Era tão óbvio pra mim que ela ia dar um jeito de me dispensar, que eu saí daquela sala e fui lá pra fora sem falar mais nada. Quando a Sakura chegasse na porta do hospital e me visse, ela que se surpreendesse ou achasse ruim. E só nesse momento eu ia ficar irritado de novo.

Mas ela não achou ruim. Ao sair e me ver parado, encostado na parede, eu ganhei um daqueles sorrisos que eu tomei pra mim.

- Hum... eu tenho escolta pra casa, é?

- Gostosa desse jeito, é um risco te deixar andando sozinha por aí. Vai que alguém te rouba de mim...

TE ROUBA DE MIM?! Eu preciso de ajuda. É sério.

Sakura deu uma risadinha constrangida, olhando pra baixo. Não comentou sobre meu ataque possessivo e carente. Só me olhou com os olhos doces, que eu conhecia tão bem. Não me criticou. Mas também passou longe de me dar qualquer segurança ou de dizer que não seria roubada por ninguém. Depois dessa pérola que eu nem sabia que seria capaz de proferir, me resignei a responder o que ela perguntou. Ainda fiquei desconfortável mais uma vez, quando chegamos no apartamento dela e Sakura olhou incisivamente pros lados, se certificando de que ninguém estava vendo nós dois chegarmos juntos. Mas, lá dentro...

Aí era ela de novo. Aquela mesma que eu tinha encontrado na véspera. Já pulou no meu colo, entrelaçando suas pernas na minha cintura e fazendo do meu pescoço seu parque de diversões privativo. Sem perder tempo. Foi uma ali na sala mesmo. O bom de comer uma médica que tem as técnicas mais avançadas de cura, é que a minha flor não tava nem um pouco dolorida e eu não precisei me conter. Ainda fui convidado pra um banho e não perdi a oportunidade. Já que eu tinha que aproveitar esse tempo antes de ela sair, eu ia aproveitar me enterrando dentro dela, pra que cada vez que ela fosse se sentar, lembrasse que eu estive ali.

Deitei na cama e, como de manhã, fiquei admirando a vista magnífica que é a Sakura. Vi ela escolher, com uma lentidão torturante, peça por peça do que ia vestir. E, conforme ia se arrumando, mais insano eu ia ficando. Ela ia sair sozinha. Linda daquele jeito e sozinha. À mercê dos olhares famintos como os de Yamato. Como os meus. Mas eu podia. Os outros não. Uma saia rodada, curta demais pra rua, longa demais pra ficar comigo. Uma camisa transparente, mostrando o sutiã rendado. Sandálias de salto, plataformas altas. Aquele cabelo tão original, que combinava tanto com ela. Um batom vermelho nos lábios, que ela fez questão de passar com o dedo, só pra me transtornar ainda mais. Duas borrifadas de perfume, pra não mascarar o cheiro bom que ela já tinha. Eu não queria que ela saísse. Mas por que eu não dizia isso? Por que eu não disse isso?

Eu só me despedi e fui pro meu apartamento, pensando em como eu tinha me tornado um estúpido, ridículo. Me joguei na cama e fiquei encarando o teto por tempo demais. Aquilo era surreal. Desde quando eu tinha me tornado esse tipo de pessoa? Que se importa com esse tipo de coisa? E desde quando eu não ia em algum lugar porque alguém não queria? Se a Sakura não tava disposta a sair comigo, ela que fodesse pra lá. Eu é que não podia ficar trancado em casa, preso nessa loucura que tava dentro da minha cabeça. Corri pro banheiro, já que o primeiro banho foi tudo menos um banho. Me arrumei e, tal qual a menina iludida que me tornei, procurei vestir alguma coisa que eu soubesse que ia chamar a atenção de uma certa idiota de cabelo rosa. E parti. Cheguei no bar e não precisei de meio segundo pra encontrar as quatro dando risadas altas de alguma coisa. Só de ouvir a Sakura rindo, meu coração disparou.

Imediatamente, Yamato veio em minha direção. Sempre. Mas, dessa vez, nem resmunguei. Só fui e me sentei onde ele estava. Maravilha, Gai também estava lá. Fiquei lá com eles e a vantagem de saquê, é que depois da terceira garrafa tudo fica excelente. A conversa flui que é uma beleza. Eu já tava bem melhor, relaxado. É bom sair com os caras, no fim. E, sem querer dar o braço a torcer, a Sakura tinha razão. Nunca que eu ia me dar bem no meio de uma conversa de menininha. Levantei pra ir no banheiro, corri o olho na minha flor, e ela ainda tava por ali, toda bonitinha, conversando com as amigas. Fiz o que eu tinha que fazer, mas quando estava saindo, me senti sendo puxado pra um lugar mais afastado, um cômodo, uma dispensa, parecia. Nem tentei resistir. Primeiro: porque eu já tava meio bêbado. Segundo: porque quem me puxava era mais forte que eu. Terceiro: porque eu reconheço essas mãozinhas em qualquer lugar.

- Então o meu sensei-delícia tá me seguindo?

Olha as ideias dessa menina...

- Seu sensei também tem amigos, minha flor. E ele gosta de beber com eles.

Pra acabar com a minha vida, ela fez um biquinho, fingindo que estava decepcionada com a minha resposta. Quase que o panaca fala que tinha vindo atrás dela.

- Achei que fosse por minha causa...

- Achei que você não quisesse que eu ficasse com vocês.

E eu tenho quinze anos, pra ficar com esses bate-bola retrucados. Mas ela não se deixou levar. Confirmou se a porta tava fechada, baixou minha máscara e se enfiou na minha boca sem cortesia nenhuma. Eu fui na onda. Grudei ela com vontade, apertando tudo o que a minha mão conseguiu pegar, peito, bunda, coxa. Nunca gostei tanto de ter mãos grandes. Ficamos uns bons minutos dentro daquele lugar escuro, dando um amasso daqueles de tirar o juízo de qualquer um. Até a minha cerejinha se afastar, arrumando a roupa.

- Melhor a gente voltar, Kakashi.

Melhor a gente transar, Sakura!

- Você acha? Não quer ficar aqui mais um pouquinho? – fiz manha. Manha é bom. Manha eu gosto.

- Não... Alguém vai acabar percebendo... – falou isso e saiu rindo. Alguém vai acabar percebendo. Definitivamente, ela não quer que ninguém me veja com ela. Já fui atrás, pra pegar ela pelo braço e tirar essa história a limpo, mas a encontrei parada no meio do caminho, olhando alguma coisa, com os olhos parados. – Juntaram as mesas.

- Ei, vocês dois! Estavam juntinhos, né? – Ino brincou, olhando pra gente, que chegávamos juntos. Ela maliciou descaradamente. No impulso, eu conferi se tinha subido a máscara, mas se não tivesse, com certeza alguém teria comentado. Olhei pra Sakura, mas ela estava impecável. Nem parecia que tava se esfregando comigo há dois minutos.

- Imagina, porca! Encontrei o Kakashi-sensei ali.

Mentiu. Mentiu descaradamente. Mentiu rindo. Nem se abalou pra mentir. Sentou na cadeira entre Ino e Yamato. Tinha me sobrado uma ao lado de Gai e, por capricho do destino, de frente com ela. E quanto mais eu olhava pra Sakura, mais ódio eu tinha dela. Por baixo da máscara, eu chegava a morder a boca de raiva. Eu a encarava, a fuzilando com o olhar. O que ela tinha feito comigo? Por que ela estava me deixando assim? Por que eu me sentia tão mal quando ela não fazia a menor questão de se mostrar ao meu lado? Por que eu tava tão inseguro? Por que eu me sentia tão carente? Por que ela me transtornava tanto? Por que ela não me correspondia? Por que eu estava me deixando ser feito de gato e sapato?

Ali, sentado na mesa daquele bar, rodeado de gente que eu conheço há anos, encarando o maior desespero da minha vida, eu concluí. Não, não é nem que eu concluí. Eu assumi. Eu tinha me apaixonado pela Sakura.



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