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História Desacreditada - Capítulo 22: Vestida de preto.


Escrita por: ApenasLice

Notas do Autor


OiOiiii gente, tudubiem?
Então, aqui está mais um capítulo, obaaaaa!!! Desculpem a demora pra postar um novo cap, mas eu precisa me centrar pra escrever algo bom! Espero que gostem hein hihihihi
Um grandeee beijo!
-Alice

Capítulo 22 - Capítulo 22: Vestida de preto.


Fanfic / Fanfiction Desacreditada - Capítulo 22: Vestida de preto.

Elena Gilbert

Fui a primeira pessoa a ser informada da morte de Stefan, três dias atrás. Meu número de celular era o único cadastrado na agenda do de Stefan.

Damon ficou por cinco minutos sem ação, quando lhe dei a noticia. Lembro que no mesmo dia, na mesma hora, corremos pra delegacia e o xerife nos contou o pouco que sabia.

Overdose.

Premeditada ou não, a causa da morte fora uma overdose.

As arrumadeiras do hotel em que Stefan estava hospedado, acharam estranho o fato de que ele não saia do quarto do hotel a quatro dias, mas não foram averiguar já que ele havia pago um mês inteiro de hospedagem e pensaram que seria incomodo. O cheiro de podre, da carne sendo decomposta, foi a resposta pra pergunta que temiam.

--Vou guardar as malas, e depois podemos tomar um café. O que você acha? –propôs-me Damon. Concordei com a cabeça e ele entrou no hotel, deixando-me esperando ainda no táxi. Nós estávamos em São Francisco, o local em que Stefan havia nascido e onde aconteceria o seu enterro. Todos estavam presentes, exceto por papai, Katherine e o Sr. Salvatore, que estava viajando a negócios pela Ásia.

Damon voltou rapidamente, com os olhos protegidos por um óculos de sol escuro. Diferente do que eu pensei, ele não fez a pose de homem forte e destemido.

Chorou muito, na minha frente e quando eu não estava olhando. Eu lhe prestei todo o meu apoio, e não lhe demonstrei o que eu sentia. Na verdade, nem eu sabia ao certo. Não estava nem um pouco feliz com a morte de Stefan, mas triste e de luto como Damon estava também não...

--Leve-nos ao Starbucks mais próximo. –ouvi Damon dizendo ao taxista. Ele pousou sua mão em minha coxa, e a apertou de leve. Beijou o meu rosto.

Ficaríamos em São Francisco só por uma noite, pro enterro. Partiríamos na manhã seguinte, pois tínhamos muito trabalho a fazer.

--O que você acha de adiarmos a nossa visita ao meu pai, Damon? –ele olhava para a sofisticada avenida principal. Prédios enormes tomavam conta dela, todos com uma arquitetura impecável. Me apaixonei novamente por ele naquele momento, simplesmente por estar vendo-o por completo. Com todos os seus sentimentos, transparente o suficiente.

--Eu ia falar isso mesmo, Lena. Acho que é melhor deixarmos a poeira abaixar.

--Claro, com certeza!

--Mas ainda assim teremos a festa dos dezenove anos de Adele... –ele esfrega as têmporas com o dorso das mãos –Meu Deus, como arrumaremos clima pra um aniversário depois disso?

Aperto seu ombro, tentando conforta-lo, mas vejo que não funciona muito.

*  *  *

Quando terminamos de tomar a última gota de café de nossas xicaras, andamos de mãos dadas pela calçada. Damon vestia um palito todo preto, pronto para o enterro, acompanhado de sapatos e óculos pretos também. E eu, um vestido liso da mesma cor.

--Como acha que sua irmã vai estar?

--Adele? –Damon me encara, confuso –Ela e Stefan eram próximos, mas não tão próximos assim.

Ele não sabia. Não sabia do envolvimento amoroso de Adele e do melhor amigo...

Concordo com a cabeça.

O enterro foi bem parecido com o defunto. Superficial. Cheio e vazio ao mesmo tempo.

Pude contar nos dedos de uma única mão as pessoas que estava ali por realmente ama-lo. Damon, Adele e a Sra. Maison, mãe de Stefan, estavam incluídos.

--Elena, obrigada por vir. Você sabe o quão especial era pra Stefan... –diz a mãe dele, depois de me abraçar.

Lilian, minha sogra, nos convida para um jantar depois do enterro. Diz que precisamos nos distrair, e que não podemos deixar o luto tomar conta de nós. Mesmo achando uma atitude fria, percebo que ela está certa. Damon não pode passar mais um dia chorando pelo melhor amigo morto.

--Diga-nos Elena, quando pretende nos dar um neto? –foi a pergunta necessário para estragar o jantar que deveria servir para distração. Lilian tinha um sorriso sincero nos lábios, e me perguntei se ela imaginava que responder aquela pergunta era cômico naquele momento. Sorria e finjo que estou prestes a responder a sua pergunta, quando, disfarçadamente, viro a minha taça de vinho no meu vestido.

--Ai meu Deus! –levanto da cadeira, assustando as outras pessoas presentes no restaurante e Lilian.

--Ah, querida. –ela se levanta e se aproxima para limpar o vestido. Damon me olha com um sorriso debochado nos lábios.

--Não, não precisa. –dispenso sua ajuda –Acho que vou ao banheiro limpar isso.

Lilian assente, preocupada. Não queria ter feito aquela cena, mas certamente não poderia responde-la.

Ao entrar no banheiro, escuto sons que parecem soluços. Percebo que apenas uma cabine esta fechada, mas não digo nada. Apenas pego uma toalha e tento limpar o vestido. A portinha se abre, e revela Adele. Ao me ver, a garota se contraí e parece querer voltar pra dentro da cabine.

--O que você tá olhando? Nunca viu ninguém chorando? –rosna, se aproximando da pia para lavar o rosto.

--Vocês eram bem próximos, né?

Adele para de se mexer. Ela começa a chorar novamente, um choro repleto de desespero, mágoa, saudade e luto.

Deveria ter ficado quieta, Elena! Que droga.

Pensei que Adele fosse enfiar a mão na minha cara quando ela virou-se e me encarou, mas o que ela fez foi totalmente inesperado.

Jogou-se nos meus braços, e apoiou a cabeça no meu ombro, chorando com mais intensidade. Constrangida e meio que sem saber o que fazer, apenas bati levemente em suas costas e afaguei sua cabeça.

--Nós meio que estávamos juntos. Eu sei que ele te amava, e te odeio por isso.

Concordo com a cabeça. É justo. O cara que ela amava não a amava. Me amava.

Adele suspira profundamente, e se senta na cadeira do banheiro.

--Stefan mostrou-se interessado em mim no começo do ano. Foi em um jantar em casa, Damo nem estava presente mas ele quis ir mesmo assim. –ela sorria enquanto contava, e imagino que estivesse relembrando tudo. Sentei ao seu lado e continuei ouvindo-a –Geralmente, Stefan era legal comigo, mas não passava disso. Naquele dia, ele estava mais simpático do que o normal, e quando todo mundo foi dormir, ele apareceu na sala de estar. Quando morri de vergonha porque estava de pijama, lendo um livro e totalmente jogada no sofá.

--Lembra qual livro era?

--Com certeza. Era A Lista de Brett. Stefan perguntou a mesma coisa, e em segundos estávamos falando sobre as coisas mais aleatórias possíveis!

--Ele tinha esse dom, né?

--É, ele tinha muitos dons. Stefan passou a frequentar mais a minha casa depois daquele dia. Na terceira visita, ele perguntou se podia me beijar. Lembro que pensei que ele estivesse brincando, mas quando ele tocou o meu rosto... –Adele limpa uma lágrima que cairá de seus olhos –Foi uma coisa de outro mundo, Elena. E então nós começamos a ficar, ou algo do tipo, só que não contamos a ninguém pela diferença de idade. Por mais que amassem Stefan, meus pais nunca aprovariam um relacionamento com alguém dez anos mais velho do que eu.

Concordo, entendendo a situação em que ela se encontrava.

--Eu sei que você ouviu minha conversa com ele, naquela noite em casa. Eu quis que você escutasse. Queria esfregar na sua cara que ele estava comigo. Só que eu percebi que você nem mesmo gostava mais dele. É do meu irmão que você gosta.

--Eu o amo, você sabe disso né?

--Agora eu sei. Na verdade, depois da ligação de Stefan. Elena, parece que ele sabia que ia morrer. Stefan praticamente se despediu no último dia em que conversamos.

Despediu?

--Ele ainda disse não odeie Elena porque eu a amo.

--O que mais ele disse?

--Disse que me amava. Uma parte minha sempre vai ama-la, mas eu escolho você. Escolho lutar por você e escolho amar você, Adele. Todo o meu amor é seu agora.

Então ela cai em mais uma crise de lágrimas. Não a culpo, no lugar dela eu estaria até pior. Stefan havia jurado seu amor a Adele e morrido logo depois. Isso tinha cara de histórias da época do romantismo, como Amor de Perdição.

* * *

Damon parece mais feliz no dia seguinte. Ao menos não esta usando óculos de sol, como fazia por passar a noite chorando. Juro ter visto ele sorrindo e fazendo piadas.

--Não vejo a hora de ficarmos sozinhos. –diz enquanto chegamos perto de minha casa.

--Ah é? E porque?

Ele morde o lábio e me lança um sorriso malicioso. Durante o voo de volta, Damon me beijou diversas vezes. Uma senhora, avó de um garoto de quatorze anos que estava sentado ao nosso lado, chamou a nossa atenção.

--Que casal depravado. Respeitem o meu neto! Vão fazer amor no banheiro.

--Mas senhora, só estamos nos beijando. –retrucou Damon, com educação.

--Eu não quero saber! Beijos são tão provocantes quanto.

Quando o taxi para de se movimentar, pago a corrida enquanto Damon tira as malas do porta malas.

Desço do carro e ele me arrasta pela mão, beijando minha bochecha.

--Srta. Gilbert? –ouço uma voz dizendo atrás de mim. É o carteiro.

--Vou entrando amor, não demora. –avisa Damon.

--Pois não? –pergunto ao homem parado em uma bicicleta com uma bolsa ao seu lado.

--Eu tenho uma carta que veio pra senhorita.

--Carta?

--É. Achei incomum também, mas está com o seu nome.

--Tem como ver quem enviou?

O homem assente.

--Tem sim. Aqui diz –ele lê o nome duas vezes –Stefan Archibald Maison.

Estremeço e arregalo os olhos quando escuto o nome.

É de Stefan. Stefan!

--Tem certeza?

--Claro. –concorda, me mostrando que realmente veio dele. –Alguma coisa errada?

Nego com a cabeça e tomo a carta de suas mãos.

Não lhe agradeço. Corro pra varanda e me sento no balanço, rasgando a carta e desesperada pra entender o porque Stefan havia me enviado uma carta antes de morrer.

Meu Deus.

Stefan havia me enviado uma carta antes de morrer. Havia se declarado e jurado o seu amor a Adele.

Deus, Stefan havia se matado!

Elena...

Você deve estar se perguntando como esta carta está em suas mãos já que eu não estou mais presente.

Dobro a carta, incapaz de continuar lendo-a.

Eu estava certa.

A overdose fora proposital. Eu suspeitara desde o inicio! Stefan sabia os seus limites, e nunca havia entrado em coma alcoólico, tampouco tido uma overdose. Ele sabia se divertir e abusar, mas ainda assim com controle.

Respiro fundo e abro novamente a carta.

Foi mal por não me despedir pessoalmente, mas eu sei que se visse você acabaria fazendo uma burrada e colocando um chifre no meu melhor amigo. (Não que você fosse concordar com isso, mas ainda assim eu tentaria te beijar por uma última vez.)
Eu cansei. Minha única motivação pra viver estava sendo Adele, mas como eu ia convencer os pais dela de que sou uma pessoa boa pra estar com ela quando nem eu acredito nisso? Adele merece coisa melhor, ela é uma garota incrível Elena, você a adoraria. Ela pode ficar com o meu amor, mas me recuso a aceitar o dela. Espero que ela guarde-o pra alguém muito, muito melhor. Clichê pra caralho isso, né?
Sei que você me odeia, mesmo eu amando você mais do que qualquer outra pessoa que já amei. Eu também me odiaria depois de ter virado as costas a você quando me contou que estava grávida. Elena, eu era jovem demais. Te propus aquele casamento, no qual te traí no segundo dia, só porque os meus pais disseram que era a melhor coisa a se fazer, pois tínhamos nomes a zelar. Eu não sabia o quanto eu te amava até te perder. Até você decidir que era dona do próprio nariz e da própria vida pra tomar as suas decisões. Você ficou mais sexy do que já era com essa atitudes.
Eu sei o que você e sua mãe fizeram.
Só te peço uma coisa, porque eu tenho esse direito, Elena (se é que defunto tem algum direito): encontre o nosso filho.
 Nunca ficou curiosa para encontra-la? Eu consegui descobrir pouco sobre ela. Ela é adotada, por uma boa família, e é uma garota, como pode perceber, e também tem cinco anos, mas isso é só você fazer as contas.
Não sei quem a adotou, a assistente social apenas disse que não podia conhece-la mas que ela estava em boas mãos.
Elena, encontre-a.
Por favor.
Não estou pedindo pra criar um vinculo com ela, mas só encontre-a. Tente vê-la com os seus próprios olhos, só veja o que você gerou, porque eu só penso que participei na boa hora. Você gerou isso sozinha.
Porra, eu nem sei porque estou te pedindo isso. sua vida está perfeita, e eu tô estragando quase tudo, primeiro morri e agora te peço pra encontrar uma filha que tivemos a cinco anos atrás.
Só pense a respeito.
E desculpa por não aguentar mais. Só que estava tudo uma merda. Te ver com Damon foi difícil pra caralho. E depois ainda teve o meu pai, que está na fase terminal de seu câncer. Minha mãe me enche de dinheiro contanto que eu fique longe de casa. Amanda, foi embora depois que se casou e esqueceu que tem irmão e pais. Tá tudo uma merda, não tenho mais porque continuar atrapalhando a vida de ninguém. Não tem mais porque eu me prender aqui.
Saiba que estou liberto. Encontrei Liberdade.
Peça desculpas ao Damon e diga a Adele que eu a amo sim. Diga isso pro Damon também.
E bom, você sabe que eu te amo também.
Até algum dia, quem sabe.
Já com saudades.

Stefan.

Stefan...

Limpo as diversas lágrimas do meu rosto e suspiro.

Você realmente morreu pensando que eu tive essa criança...

 

 

 

 

 


Notas Finais


E aíiiiiii???
Beijoss
-Alice


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