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História Desafio de Cada Dia - Pensamentos de um Balão


Escrita por: MyIronia e EstrelaChantia

Notas do Autor


Hey gente! Então, espero que gostem e boa leitura :)

Capítulo 12 - Pensamentos de um Balão


Muitas vezes que me pego pensando na vida identifico-me com um balão, não pela sua forma redonda ao ser inflada com ar, ou a forma murcha no começo e no fim, ou, até mesmo, quando está em migalhas ao ser estourada pelas pessoas ou por possuir tanto ar em si, mais do que sua capacidade. Não identifico-me pelas suas formas, estados ou cores, mas pelo seu ciclo de vida: após processos, chegam em um saco cheio, igual a nós que viemos ao mundo cheio de pessoas, murchas de esperanças, sonhos e conhecimento; sem determinar nossas cores, pois em um saco de balão tem o vermelho, o roxo, o preto, e outros, nós não, nós mudamos de cor a medida que mudamos de humor — branco pela paz; o verde pela esperança que esperamos ter e aparecer; o azul pela triste que sentimos no estado murcho que estamos, e por aí vai — sem nunca termos uma cor definitiva.

Mas, independentemente disso, o mundo continua a escolher quem encher, e assim escolhido, com sua boca nos infla com ilusões, sonhos, desejos e até mesmo esperanças em uma humanidade que já chegou ao fim, e nos amarra para nunca soltarmos esse “ar”. Com um barbante que parece simples, irrelevante, nos prende, e depois de tempos sendo segurados, percebemos que essa é a forma de nos conquistar e dominar, por não querer nos ver livres, criando opiniões e intelecto para questiona-los e brigar pelos nossos direitos e pelo que fomos preenchidos, pois tem medo do nosso poder — isso também se relaciona ao governo. Mas mesmo assim continuamos presos, e enquanto uns conseguem ver essa brincadeira, há outros que acreditam fortemente no que possuem dentro de si, cegos para a verdade, pelo balão que são.

Esse é o nosso mundo atualmente, e estamos assim, e continuaremos: presos no mundo por um cordão inútil, sendo segurados pelas fortes mãos da terra e do governo, mudando de cor a cada segundo — de azul a verde, desse ao branco e desse a azul, entre outras —, intercalando as cores, os sentimentos, enquanto esperamos que o cordão se arrebente de algum jeito; ou que alguém nos fure terminando com essa luta que nunca terá fim, ou, até mesmo, que murchemos até acabar, sem esperança de escapar.

E o mais improvável: que as mãos sofram um deslize e deixe-nos ir, o que nunca irá acontecer, pois eles seguram firme o cordão, como se dependessem disso, como se fosse precioso — o que não somos a sua visão —, porque só nos seguram para não estragar seus planos de alienar o povo, pois se um fugir, muitos vão querer fazer o mesmo e eles não terão mais nada, mais ninguém, e irão chorar como uma criança que perde o balão que escapa pelas suas pequenas mãos.

Sim, essa é a verdade: somos um balão.

E mesmo presa, sabendo de tudo que nunca terá fim, ou que nunca mudará, continuo com pensamentos distantes, imaginando como seria eu longe dali, daqui. Subindo lentamente, com todos encarando-me e as mãos frenéticas tentando pegar-me de novo, mas nunca conseguindo. E então, sumindo entre as espessas nuvens do céu que há tempos não possui cor, estando bem longe de tudo e todos, sorrindo vitoriosa por fugir, por acordar das ilusões e por estar livre e olhar algo, além dos inúmeros balões, estourar em migalhas.

Mas algumas vezes também imagino o momento que irei murchar, chegando ao fim disso...


Notas Finais


Primeiramente, sinto muito pelos erros. Em segundo: o tema era balão, mas a anta aqui (no caso eu) escrevi sobre bexiga, mas a minha maravilhosa amiga @SnrtMargarete disse que podia, então deixei assim, mas sinto muito por não seguir o tema :'(
Bem, é isso, até a próxima! <3


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