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História Desafio de Cada Dia - Paixão de Outono


Escrita por: MyIronia e EstrelaChantia

Capítulo 20 - Paixão de Outono


O dia estava frio, o típico da estação que faz a transição para o inverno, e junto a essa sensação térmica vinha o vento a soprar as folhas secas amarelas e laranjas das árvores, reproduzindo um leve farfalhar — uma natural canção — e o sol, que não emitia calor, apenas servia como fonte de luz a iluminar e pintar o céu nebuloso e as folhas. E caminhando por entre as árvores, sorrindo ao nada e ao mesmo tempo ao tudo, estava ela, bela: seu cabelo chanel preto esvoaçando ao vento que açoitava-lhe o rosto, parecendo lhe fazer cócegas, já que ria tanto. Seu vestido amarelo ondulava com o vento, e seus olhos brilhavam radiantes como se estivesse vendo tudo aquilo pela primeira vez — como uma criança —, como se tivesse começado a viver apenas aquele momento, o que a deixava com um ar infantil, contudo, adorável.

Era uma imagem maravilhosa de se ver, e aquele era um ótimo cenário a se ter para criar uma paixão, e após aquele “encontro” e de não tê-la tirado da cabeça; desejando revê-la e desenhá-la em vários papéis que enfeitavam, no momento, sua lixeira, por nunca ter conseguido representar como realmente é, a encontrou e, dessa vez, decidiu cumprimenta-la e conversar.

E assim prosseguiram: por semanas conversaram, trocaram mensagem, “namoraram”, fizeram tudo juntos, e entre tudo isso, nunca havia percebido que a sensação de conforto que sentiu logo no começo — o dia que fez seu coração bater mais rápido —, fora porque havia se apaixonado, tão perdidamente que sempre a imaginava.

Ela era uma moça sorridente, conversadora, simpática. Maravilhosa.

Foram belas semanas, belos dias e horas, tudo tão belo que parecia um filme, e cada vez mais apaixonava-se por aquela figura pálida e sorridente, que sempre ia a seu encontro ao passar pelas tantas folhas das árvores caídas ao chão, enfeitando seu caminho, ressaltando-lhe a perfeição e a caminhada de princesa, com o fraco sol a contornar-lhe o corpo, fazendo-lhe brilhar como um anjo a sua procura, a lhe proteger. Os pássaros cantavam, como se fosse a única coisa que conseguissem fazer perto daquela beldade e as pessoas paravam o que faziam só para observa-la a desfilar calmamente, tornando aquele cenário — e qualquer dia — como uma pintura.

E passaram meses maravilhosos juntos, descobrindo novas coisas: sobre a vida de ambos; costumes, gostos e segredos, todavia, sem descobrir — e desconfiar — do mais profundo segredo que ela tentava esconder, qual mudou totalmente o destino deles...

Os dias eram belos ao lado dela, tanto que nem percebera que a estação estava chegando ao fim, e que, acima de tudo, as folhas estavam contando seus dias juntos: quando a última folha da árvore do parque caiu, o inverno começou e como planejaram continuar a se encontrar sempre, marcaram um encontro no mesmo lugar, qual esperou, todavia, essa não apareceu.

Nem naquele dia, e nem em outros.

“Ela me abandonou” pensou, porém depois de alguns meses descobriu a verdade dolorosa, qual ela nunca havia abandonado-o, mas sim que tinha ido embora.

E com essa descoberta, tudo mudou: Outono, que antes era sua estação favorita — e que fortalecera-se por causa dela —, perdeu a graça e seu lugar. Agora, em sua visão, era mais uma estação qualquer, onde suas folhas a cair não pareciam ter mais significado além do que realmente faziam, cair; onde o frio não era mais reconfortante, se tornara apenas um fator sombrio que trazia-lhe memórias tortuosas. A estação, em seu todo, perdeu o encanto, e agora acreditava nos dizeres: “Outono é uma estação melancólica, e ao mesmo, apaixonante”.


O Outono havia chegado, com o mesmo cenário, porém as pessoas ao redor pareciam sem graça; os pássaros não mais cantavam; o vento voltava a ser sombrio, lhe trazendo memórias, e junto um aroma de um adocicado perfume, qual lembrava a ela, o que fazia-lhe o coração doer. Como o costume que decidira seguir há dois anos: pegou o caminho oposto do parque, e, ao chegar no destino, parou, e ainda em pé, analisou o local amplo que estava vazio, como de costume. Após isso, enfiou as mãos nos bolsos da calça preta e analisou o chão coberto de folhas outonais a seus pés, e então ajoelhou-se. Olhou por mais um segundo até que começou a retirar cada folha com calma, limpando aquela parte, até que a inscrição apareceu: cada letra em seu devido lugar, formando seu nome.

Como sempre, sentiu os olhos lagrimejarem ao imaginar o sorriso da moça; sua risada; sua voz; o último dia que se beijaram; se viram; se sentiram e, principalmente, se despediram. E sem aguentar deixou as lágrimas jorrarem por seu rosto, e entre tais, soltou uma frase em lamúria:

— Sinto tanto a sua falta!


Notas Finais


Hey, sorry pela demora e erros. Espero que tenham gostado 💜 Antes, queriamos agradecer todos que estão lendo e favoritaram, e espero que estejam gostando do “projeto” 😍
Abraços apertados e até a próxima 💜


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