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História Desafio de Cada Dia - Perry, o Ornitorrinco


Escrita por: MyIronia e EstrelaChantia

Notas do Autor


Mais um para o desafio! Tentei diminuir o máximo possível, mas deu ruim. Mas espero que gostem :)
Boa leitura!

Capítulo 6 - Perry, o Ornitorrinco


O zoológico da pequena cidade abriu os grandes portões de madeira ao público, e mesmo sendo há pouco tempo, já estava cheio. Típico de um sábado em família.

Pelo caminho de cascalho entre os recintos as famílias iam caminhando, observando os animais, e as crianças, em si, eram as que mais se divertiam.

— Olha o leão! O macaco! O hipopótamo! — A gritaria era constante e cada um falava de um animal, espantado pelas suas diferenças, seus jeitos e outros.

Uma das crianças ali presente não era diferente: era uma garota de longo cabelo castanho que andava entre a multidão com um sorriso enorme na boca banguela, olhando tudo ao redor, com os olhos arregalados e brilhantes, e a cada animal exclamava um: “Oh!” surpreso.

Era seu primeiro passeio por ali...

— Olha mãe, que pescoção! — Disse encostando-se a grade olhando cada detalhe da girafa, mas não durou muito, pois logo voltou à caminhada puxando sua mãe.

Seguiram, até pararem em frente à grade de um recinto com gramado aparado e reluzente, e grandes árvores podadas, mas nenhum animal apareceu. Olhou a placa de metal para saber quem ali habitava, todavia nada havia escrito.

Observou mais uma vez, com atenção, e realmente estava vazio, até que, escondido atrás da árvore, surgiu um animal, estranho em sua opinião: era pequeno e coberto por uma pelagem marrom; tinha um bico de pato e uma cauda de castor, linda cauda coberta também por pelagem e olhos amendoados e esbugalhados.  Suas patas eram quase escondidas pelo corpo, mas eram como a de um pato, sendo dois pares, ou devia ser, porque o animal havia perdido uma. Ele era manco.

A criança sentiu um aperto no coração ao vê-lo mancar para fora do esconderijo, sentindo os olhos desse fitar-lhe, expressando algum sentimento, talvez dor.

“Que animal é esse?” Se questionou, observando-o a procura de adivinhar: tentou recordar de algo visto na escola ou programas, mas nada lhe veio. Após um tempo recordou de um desenho: “Phineas e Ferb!” lembrou-se com alegria. Realmente, aquele animal era igual ao Perry!

Sim, era um ornitorrinco manco. Como não havia reparado?!

— Mãe, esse lugar é do ornitorrinco — disse Chris, chamando a atenção da mãe com um puxão no braço.

A morena lhe olhou com a sobrancelha arqueada e em seguida olhou a plaquinha que continuava sem nada escrito.

— O que filha?

— É o lar do ornitorrinco manco. Vou dar o nome de Perry — e sorriu largamente achando graça.

Sua mãe forçou os olhos analisando o recinto, do começo ao fim.

— Onde?

— Perto da grande árvore. — Apontou para o animal.

Sua mãe nada comentou, mas dava para perceber sua confusão.

 

No fim do passeio a mãe de Chris levou-a a uma consulta no oftalmologista, e após conversar com a doutora, qual lhe disse, com todas as palavras, que não tinha nada de errado com a visão de sua filha, levou-a ao parque. Sentadas em um dos bancos de madeira, a mulher telefonou a alguém, enquanto Chris olhava ao redor: as pessoas que ali passavam; os cachorros que saíam correndo e rolando pela grama, e o ornitorrinco parado sob a sombra da árvore.

Calma...

Chris levantou-se e caminhou de encontro ao animal, analisando-o do focinho a cauda, até ver um pé em falta. Era o Perry!

— Hey Perry! — A garota se ajoelhou na grama sorridente e surpresa, pois nunca imaginou vê-lo novamente. — Como saiu do zoológico?

— Chris! — Sua mãe lhe gritou assustada, correndo ao seu encontro, ao perceber sua ausência. — Não faça mais isso!

— Desculpa mãe, é que vim ver o Perry — falou olhando para o animal. — Ele saiu do zoológico para nos seguir. Talvez tenha gostado da gente — e soltou uma risada achando graça.

Sua mãe pareceu não achar o mesmo e sem ao menos olhar o animal, pegou Chris pela mão, levando-a para longe.

 

Após o incidente no parque a mãe de Chris decidiu passar a garota em um médico. Nesse momento os adultos conversavam, e a morena contava tudo sobre hoje, enquanto o doutor concordava com a maioria com um aceno de cabeça. Chris não queria ouvir a conversa dos dois — até porque não entenderia —, então decidiu ficar olhando para a janela.

— O que tanto vê queria? — o doutor, ainda sentado, perguntou, observando-a intrigado. Esperava um: “Olhando as pessoas passando”, mas não fora isso que recebeu.

— O Perry — e fez menção de apontar para esse.

A expressão sorridente do doutor desfez e sem mais, pegou um bloco de papel e uma caneta, e escreveu algo, entregando logo para sua mãe.

***

Após todos os passeios feitos naquele dia, os outros resumiram-se em consultas e exames, o que fez Chris perceber que nenhum adulto conseguia ver o Perry, porque o animal escondia-se para não estragar seu disfarce de espião. Todavia, toda vez que tentava explicar para os adultos, eles davam-lhe um olhar indecifrável e um tic-tac, que muitas vezes fazia o Perry sumir de medo.

Todavia, a verdade era mais surpreendente, e Chris não entenderia mesmo que os adultos explicassem-lhe: o Perry, seu amigo Ornitorrinco Manco, nunca existiu, já que era um fruto de um problema mental que causava-lhe alucinações.


Notas Finais


É, eu sei: pesado, e devo ter acabado com a infância de alguns também... desculpe
Bem, é isso, desculpe pelos erros.
Até a próxima, beijos e bom fim de semana para vocês<3


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