História Descendentes - Após um Final Feliz. - Doçuras

Jane - Nos capítulos anteriores...

Ben: Jane estava estranha esses tempos atrás.
Carlos: O que está querendo dizer?
Ben: Jane acabou de mudar de lado.
Jane: E aí, Gancho?!
Jane: Gancho, aquelas crianças não são humanas.
Gancho: Vamos acabar com Verônica.
Nimue: Jane, você é a nossa líder, vamos acabar com a luz.

 

Agora
 

Jane...

-... A Suprema sempre foi muito disputada.- Diz Nimue, eu não vejo necessidade em ficar em um galpão sujo e imundo no meio do matagal.- Mas você Jane, você mostrou sua supremacia quando saiu de um universo e voltou para o nosso, aquela prisão foi feita para as piores pessoas do mundo, pra mim e para meus amigos, e pra Liam, o pior dos piores.

- Como assim?- Pergunto.- O que ele fez?

- Liam inventou a história de matar a família pra muita gente, não só pra você, Malévola o mandou pra um universo diferente mas existia pessoas lá, pessoas normais, ele massacrou os colegas de escola dele, matou 25 alunos da escola, ele era um psicopata, então mandamos ele pra lá, onde você o encontrou Jane. Liam mentiu pra você, ele ocultou uma parte da história.- Ela continua.

- Me dá um minuto!- Eu digo saindo daquele lugar nojento e fico entre as árvores.

- Quanto tempo, Jane!- Uma voz diz e eu me viro.

- Carlos?- Pergunto.
 

Mal...

-... Hã... O que mais eu pego... Deixa eu ver...- Digo lendo meu livro de feitiços, preciso parar o crescimento radical deles.

- Mamãe, o que está fazendo?- Pergunta Luísa.

- Um feitiço meu amor!- Eu digo.

- Ah é, você é uma bruxa não é?- Ela pergunta.

- Sim, querida.

- Eu quero ser bruxa também!- Ela dize eu rio.

- Ursinha, vou te pedir uma coisa agora, preciso que você me ajude.

- No que eu posso ajudar?- Ela pergunta.

- Preciso furar seu dedinho... Você deixa? Só vai doer um pouquinho, tá?!- Digo pegando a agulha.

- Tá bom.- Ela diz aparentemente com medo, eu furo seu dedo e ela diz ´´ Ai ´´ me dói ter que furá-la.

- Desculpa, anjinho!- Digo pra ela e coloco a ponta com sangue no líquido, o sangue se espalha por todo o pote, depois furo o dedo de Gabriel que não resmungou como a irmã, ele diz que quer ser forte e corajoso como o pai.- A mamãe vai colocar curativo de bichinho daqui a pouco.- Digo e Luísa sorri.

- Mamãe, a mulher do chapéu grande me mostrou como fazer bolos.- Ela diz.

- A Medaline?- Pergunto.

- Sim, a Med... Medauan...

- Medaline.

- É!- Ela sorri.

- Tudo bem, mais tarde a gente faz!- Digo pegando mais ervas pra colocar no pote e as amaçando.- Acho que está pronto querida. Beba!- Digo e ela me obedece.

- É ruim o gosto!- Ela diz, dou o resto pra Gabriel que bebe sem reclamar.

- Você é mole demais!- Diz Gabriel.

- Não sou, não!- Ela responde cruzando os braços.

- É sim!- Ele responde.

- Crianças...- Chamo a atenção deles.

- Desculpa, mãe!- Eles dizem em sintonia.

- Peçam desculpas um pro outro- Mando.

- Desculpa Ga.

- Desculpa Luh.

Jane...

- O... O que faz aqui?- Pergunto me afastando

- Eu vim ver como está... E perguntar, se valeu a pena, se valeu a pena me deixar.- Ele pergunta.

- Agente pode conversar em outro lugar?- pergunto.
                                                                 

                                                                                                            +++

Jay...

- Alasca? Oi, oi.- Eu não sei se eu sorrio ou se choro de felicidade, ou me assusto... Eu me sento de novo e pego em sua mão, ela ainda está fria.- Ei, você está bem, está tudo bem, eu estou aqui.- Ela olha por todos os lados, não reconhece onde está. Eu pego meu telefone e ligo pra Elsa, eu tento dar a notícia o mais calmo possível, não funcionou muito bem. Minutos demorados sem Alasca falar comigo, Elsa chega sozinha dessa vez, Rumple não está com ela.

- Filha...- Ela se aproxima dela.

- M... Mã...- Ela tenta falar, o que é impossível dado as circunstâncias.

- Oi, eu estou aqui!- Ela sorri.- Que bom que você acordou, filha, já falou como jay?- Pergunta e eu sorrio.

- Quem?- Ela está toda roxa.

- Seu namorado filha... Bem, Jay já chamou um médico?- Ela pergunta.

- Ainda não! Vou chamar.- Digo saindo do quarto. Pego meu telefone e ligo pra Mal.

- Alô?- Ela pergunta.

- Alô, Mal?- Pergunto.- Oi, oi, você não vai acreditar, Alasca acordou!

- O QUE?- Ela grita.- Ai que bom, Jay, fico feliz, e aí como ela está?

- Está bem, está bem confusa por enquanto, mas e aí, como vocês estão?- Pergunto.

- Ah, terminei finalmente o bolo que fiz com Luísa, a propósito, ela fez o bolo praticamente sozinha.- Ela ri.

- Sério? Depois eu dou um beijo na minha princesa!- Eu rio.

- Mais tarde estaremos aí, Jay! Ah, eu fiz uma coisa...

- O que?

- Preciso que você se acalme...

- Diga logo Mal.

- Eu fiz um feitiço pra parar o crescimento abusivo deles.

- O QUE? VOCÊ TÁ LOUCA MENINA? E SE ELES MORREM POR CAUSA DE ALGUM EFEITO COLATERAL??? MAL, EU VOU TE MATAR!- Eu grito.

- Calma, calma calma, eles estão em observação, e estão muito bem enfeitando o bolo senhor papai bravo.

- Tudo bem, tudo bem... Eu resolvo isso depois.

- Tchau!- Ela diz desligando.

Mal...

- Tudo bem crianças eu...- Eu digo me virando e Luísa me interrompe.

- AH NÃO! ELE DETONOU O BOLO!- Ela diz apontando pro bolo, eu me aproximo e vejo uma pequena criatura comendo o bolo, um gatinho.- Manheee.

- Calma, calma!- Digo pegando ele no colo- É só um filhotinho, ele está com fome, por onde ele entrou?

- Pela janela!- Responde Gabriel.

- Calma, Luh, a gente faz outro, e olha, ele não é a coisa mais fofa do mundo,?- Pergunto, a boquinha dele está cheia de chantili de morango. Os dois o observam e começaram a rir gostosamente.

- Posso pegar ele?- Gabriel pergunta.

- Claro! Cuidado pra ele não cair!- Digo o entregando, Gabriel observa o bicho e ele ri.

- Ele é bonitinho!- Ele diz e eu rio.?- Luísa pergunta.

- Acho que elee só comeu um pedaço 

- É, mas e o nosso bolo?- Luísa pergunta.

- É verdade! Oh, a gente corta esse pedaço que ele comeu e assim não vai estragar o bolo!- Digo cortando 1/3 do bolo.

- Ah. Mamãe, eu vi na televisão que as crianças fazem pedidos quando apagam as velinhas, a gente podia fazer né?- Pergunta Luísa.

- Só no aniversário, mocinha!- Rio.

- Ah, deixa, deixa, na televisão era legal, eu queria fazer igual!- Ela cruza os braços.

- Tudo bem, só dessa vez!- Digo rindo pegando as velas no armário branco, eles sobem em cima da mesma cadeira e eu acendo as velas depois de colocá-las no bolo.- Querem cantar parabéns?

- Não!- Eles respondam.

- Façam um pedido!- Digo sorrindo, eles começam a cochichar no ouvido um do outro, e começam a rir, eles se abaixam e assopram as velas.- O que pediram?- Pergunto pegando pratos pra gente comer.

- Eu desejei ter amigos!- Diz Gabriel.

- Eu também!- Diz Luísa. Aquilo me doeu, me doeu sentir que meus filhos se sentem como um lixo na escola, se sentem como se nunca serão amados... E eu seguro as lágrimas, seguro por que se eu chorar na frente deles eles ficarão preocupados por serem só duas crianças.

- Bem, vamos comer, crianças?- Pergunto.

Jay...

Eu fico na sala de espera, balançando a perna, não consigo ficar completamente parado, estou tão feliz, minha namorada finalmente saiu do  coma, só falta pouco pra ela ir pra casa, acredito que dentro de alguns dias. Eu vejo Elsa saindo do quarto, eu me levanto e fico a frente dela.

- E aí? Como ela está?- Pergunto sorrindo.

- Sinto muito Jay! Tem que ser forte agora!- Ela diz fechando os olhos.

- Como assim?- Pergunto sem entender.

- Ela... Alasca...- Ela começa a chorar, mas logo se contem, deixa só uma lágrima cair.

- Ela se foi?- Pergunto.

- Alasca não se lembra de você, Jay!- Ela responde.

- Como assim? Não, não, o que está me dizendo?- Eu vou até o quarto, quando passo pela porta ela está lá, parada, acordada, olhando pra todos os lados até seus olhos pararem em mim.- Alasca?- Pergunto indo até ela devagar.

- Eu te conheço? Desculpa, eu sofri um acidente estou meio confusa, as únicas pessoas que eu lembro são os meus pais.- Ela ri.

- Sou eu, seu namorado, Jay!- Digo me sentando.

- Eu não tenho namorado...- Ela diz, essas palavras talvez doeram mais do que a dor que senti quando ela foi atropelada.

- Tem sim!- Eu pego em sua mão.- Eu.

- Desculpa, eu não lembro!- Ela responde.- Eu vim de Arendelle ontem eu...

- Ontem? Não, você está aqui a quase um ano, meu amor!- Digo.- Não se lembra?

- Não, desculpa Jay... Mas eu não posso namorar com uma pessoa que eu não conheço.

Eu me levanto...

- Eu não desistirei de você!- Digo segurando as lágrimas.

- Desculpa, Jay!- Ela diz me olhando como se eu fosse um nada.- Mas não posso ficar com uma pessoa que eu não me lembro. Não é nada pessoal, se eu lembrar de você eu te digo, mas do contrário você não me procura mais.- Ela diz fria.

- Eu ainda... Eu ainda... Eu ainda te amo!- Saio esbarrando nas coisas até a porta, sem rumo... Mais uma vez eu perdi o amor da minha vida, então lembro de tudo que passamos, de tudo que vivemos, e então começo a chorar no corredor do hospital, o hospital talvez, seja um dos lugares que ninguém te vê chorando, pois os hospitais já estão acostumados com lágrimas.

Jane...

- Por que a pergunta?- Solto, antes que ele responda algo se mexe nas árvores, eu levo um susto que até grito, um dragão sai do meio das árvores, ele age normalmente, claro, muito comum um dragão sair do meio da floresta e ficar olhando pra você.

- Preciso que venha comigo!- Ele diz.

- Não vou mesmo!- Digo me levantando com tontura depois do susto.

- Se não vai por bem, vai por mal!- Ele me agarra e me joga por cima do ombro.

- NÃÃÃÃO, EU TENHO MEUS DIREITOS, VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO, NÃO TEM RAZÃO PRA ME SEQUESTRAR!- Então ele dá um tapa na minha bunda- AI, CARLOS!- Ele me coloca no dragão.

- Sabe o que fazer, Saffira!- Ele diz e o dragão decola.

- AAAAAAAAHHHHHHHHHHH!- Eu grito.- MEU DEEEEEEUS, EU ME ARREPENDO DE TODOS OS MEUS PECAAAADOOOOOS! Eu continuo gritando, eu me agarro em Carlos e ele olha pra mim e eu olho pra ele, minha cabeça fica contra seu peito novamente e eu posso ouvir seu coração.- F... Faz tempo que não ficamos assim, não é?- Pergunto.

- É, já faz um tempinho.- Ele sorri.

- Pra onde vamos?- Pergunto.

- Você vai ver!- Ele sorri e eu sorrio pra ele, a noite está tão linda, a lua e as estrelas parecem sorrir pra nós dois, o dragão pousa sobre um campo, eu não sei bem onde é. Carlos me ajuda a descer e então nos afastamos do dragão.

- Pronto Saffira!- Ele diz sorrindo e me abraça, o dragão se levanta e fica somente de duas patas, ai meu Deus, ele vai comer a gente, ele bate as asas e um vento pavoroso vem em nossa direção, eu fecho os olhos e sinto meu cabelo indo pra trás, as flores do campo se curvam diante o vento, e coisas azuis saem dentre as flores, borboletas, milhares em nossa volta, eu sorrio, a cor azul é minha preferida. Eu olho pra Carlos e ele olha pra mim.

- Achei que me levaria de volta!- Digo.

 - Não, queria te mostrar como era bom, e queria saber o que seu coração ainda sente por mim...- Ele diz.

Eu o beijo, não sei o porque, mas o beijo, algo cresce dentro de mim, uma luz nos cerca, bem, me cerca...

- O beijo de amor verdadeiro!- Digo sorrindo, as trevas não se apoderam mais de mim.

- Eu te amo, Jane...- Ele sorri.

- Eu te amo, Carlos!- E então nos beijamos de novo, um beijo tão verdadeiro, a verdade é que nunca deixei de amá-lo,a verdade estava aqui dentro, em algum lugar, mas estava.