Mal...
Quando chegamos em terra, eu me sento no chão, fico enjoada por causa da viagem.
- Mal?- Ben se ajoelha ao meu lado.- está tudo bem?- Pergunta.
- Eu... Eu estou bem, só preciso me recompor.- Digo respirando fundo.
- Tudo bem!- Ele diz se levantando.
Ben...
Eu me levanto, e a deixo descansar no chão. Me aproximo de Medaline.
- Pronto, chegamos, e agora?- Pergunto olhando pra ela, seu olhar de desespero chega a me assustar, eu olho ao redor, tudo destruído, o chão está vermelho, não por sangue, mas o solo está destruído, seco.- Meu Deus...- Digo...
- Precisamos falar com a Rainha Branca! Ela governa o mundo subterrâneo.- Diz Alice.
- Claro, claro! Eu sei onde é.- Diz Medaline.
- Esse lugar está horrível... O que aconteceu?- Pergunta Evie.
- É o meu pai.
- Chapeleiro?- Alice pergunta preocupada. Shippei ela e o Chapeleiro... Me decepcionei... Que trauma...
- Ele não é mais o mesmo, algo aconteceu com ele, ele é a alma do país das maravilhas... Se a pureza dele se perder, País morre...- Diz Medaline.
- Não se preocupe, vamos salvá-lo.- Responde Chad a abraçando.
- Esse lugar está bem caidinho!- Diz Liam.- Que tal a gente ir arrumar problema por aí, a gente faz isso melhor que todo mundo- Ele ri e eu rio fraco da piada.
O chão começa a tremer do nada, uma rachadura no chão corre até nós, separando alguns de nós, a rachadura se forma entre Mal e eu, o chão começa a se abrir e uma enorme imensidão de forma entre nós, impossível pular.-
- Mal, cuidado!- Grito pra ela enquanto o chão some por baixo de nossos pés.
- Ben!- ela grita. Mérida, Liam, e Alice estão juntos com ela, e Doug do meu, Evie e Chad também, e João, Maria e Medaline em outra parte do chão quebrado.
- Está todo mundo bem?- Pergunto.
- Acho que sim!- Diz Evie se levantando e limpando a roupa.- Doug!- Ela grita.
- Tá tudo bem!- Ele diz e eu o ajudo a se levantar.
- O que faremos?- João pergunta.
- Acho que deveríamos nos separar.- Diz Maria.
- Concordo, o castelo da rainha Branca não é tão longe, se seguirem nessa trilha!- Doug se pronúncia apontando pra floresta.
- Será uma boa ideia?- Pergunta Mal.
- Acho que sim. Um grupo procura a espada Vorpal, o outro, o Chapeleiro, e outro vai até a Rainha Branca pra saber o que está acontecendo com esse lugar!- Digo.
- Tudo bem! Vamos desvendar os mistérios da vida!- Diz Maria sorrindo e colocando seu lançador de flechas automático no ombro e se virando indo até a floresta.
- Até mais!- Digo.- Boa sorte na procura da espada Vorpal.
- Pra vocês também!- Retruca João se virando e seguindo até a floresta.
- Tchau!- Diz Medaline fazendo o gesto com a mão.
- Tchau, tchau
- Mal, vocês procuram a rainha!- Digo olhando pra ela.
- Tudo bem, Mérida... Você vai na frente pra nos proteger...- Diz.
- Não preciso de mulher me protegendo.- Diz Liam andando para uma imensidão verde, parece que todos os caminhos teremos que seguir para a floresta.
- Beleza, galera, teremos que nos preparar para o chá!- Digo para Evie, Doug e Chad.
+++
Alasca...
- É estranho, parece que metade da minha vida se apagou.- Digo pra minha mãe enquanto estamos no corredor.
- O médico disse que é normal.- Ela responde abrindo a porta revelando meu quarto, meu tão falado quarto.
- Oi, Alasca!
- Olaf?- Sorrio indo até ele e me ajoelhando e ele me abraça.
- Senti saudades, olha vovó, a Alasca se recuperou.
- Eu não estou nem aí!- Ela diz e eu olho pra minha mãe.
- Ele estava muito sozinho!- Ela explica.
- Ah!- Digo rindo.
- Cadê o Jay?- Ele pergunta.
- Olaf!- Minha mãe o repreende.
- Não, tudo bem, mãe pode buscar um copo d´guá pra mim?- Minto.
- Claro!- Ela sorri e sai do quarto, fechando a porta.
- Tá, agora me conta, o que eu tenho com aquele cara do cabelo melhor que o meu?- pergunto.
- Verdade né? O cabelo dele é melhor que o seu!- Ele ri.
- OLAF!- Grito.- me conta.
- Vocês eram bem próximos, namorados até!
- Meu Deus.- Digo indignada.- eu nunca namoraria um vilão!- Digo.
- Ele era a pessoa que você mais amava!- Ele diz.
- Ai, droga! Eu vou ter que desinfetar a minha boca.
- Não faz assim não, enquanto você estava com ele eu vi um brilho nos seus olhos que eu nunca vira antes...- Ele diz e eu paro pra pensar, será que realmente eu fui feliz com um vilão.
- Tá, mas se isso aconteceu, eu não lembro, e se eu não lembro isso nunca existiu.
- Eu lembro quando a gente voou no cavalo dele, você estava abraçada com ele, você era, sem dúvidas, a mulher mais feliz do mundo.- Ele sorriu pra mim.
- Mas... Eu não sei nada sobre o amor, e se ele estiver tentando se aproximar de mim pra me machucar, ele é um vilão.
- Tudo bem, eu sei, tive essa mesma conversa com a Anna, amar, Alasca, é... Colocar as necessidades do outro a cima das suas... Jay te respeitou porque te ama, mesmo que ele tenha que se magoar, ele te deixou ir, e isso deve ter doído muito, muito mesmo.
- Olaf... Você sempre foi meu melhor amigo... Eu te amo!- Eu o abraço.
Mal...
- Acha que vamos conseguir salvar o Chapeleiro?- Pergunta Alice pra mim.
- Claro, aprendi que por mais que insistimos em achar que tudo está acabado, alguém sempre vem e nos diz o contrário.- Sorrio, esse alguém é o Ben, quando ele morreu, eu perdi minhas esperanças, e agora com ele aqui, ou a pessoa mais feliz do mundo.
- Claro!- Ela sorri, Liam e Mérida estão lá atrás, conversando, Mérida nunca foi a pessoa mais social do mundo, parece que daqui do reino ela só se aconchegou com o Jay, e agora com o Liam.
Liam...
- E aí? O que tá achando da viagem, ruiva? Vem aqui sempre.- Pergunto e ela sorri.
- Ah, diferente, claro, eu venho ao mundo subterrâneo todas as vezes que posso, sabe?- Ela diz irônica.
- Hum, então tá!- Então ouvimos um barulho vindo de trás das árvores.
- Tomem cuidado!- Digo, todos se aproximam de mim, olhando para a mata, coisas vermelhas saem da mata nos apontando lanças que na ponta parecem corações, eles são... Cartas.
- Fiquem longe!- Ordena Mérida.
- A rainha não gosta de intrusos.- Uma delas diz, os olhos são amarelos brilhantes, e até penetrantes, eu crio uma barreira com meu poder de bruxa em volta de nós.
- Corram!- Ordeno, os três correm pela trilha por onde viemos, e as cartas que os perseguem são detidas por mim, os fazendo cair com o poder da mente. Então elas me cercam e eu as empurro com o portal, eu corro em frente e algumas vem atrás de mim.
Liam...
Continuamos correndo.
- Por aqui!- Digo e nos escondemos atrás de uma árvore e vemos as cartas passarem direto.
- Cartas nunca foram reconhecidas pela inteligencia.- Alice responde.
- Mal está em perigo!- Digo saindo de trás da árvore e indo até ela o mais rápido que posso.
Jay...
- Bem... Vocês já tomaram banho, já se trocaram e eu já dei comida a vocês, sabem o que isso quer dizer? Filmeeee, porque hoje é sábado.- Digo.
- Papai, o tio Chad uma vez me contou que você era um dos melhores jogadores de futebol do castelo todinho.- Gabriel diz pulando animado.
- É verdade.- Digo me agachando, ficando do tamanho dele.- Papai fez Auradon ganhar muitos prêmios.- Rio me lembrando, eram bons tempos.
- Papai, me dá uma bola?- Ele pergunta.
- Quero começar a treinar logo pra ficar bom que nem você, papai!- Ele diz me fazendo sorrir.
- Tudo bem, eu compro uma bola pra você de natal, campeão.
- ah, assim não vale, eu também quero, pai!- Luísa me abraça.
- Uma bola?- Eu pergunto na ironia.
- Não,quero presente também!- ela diz e eu rio.
- Tá, presente pros dois!- Digo e os dois me abraçam de novo, houve uma época que eu abominava crianças, eu mal sabia que elas me fariam tão bem, e em meio ao abraço, olhos pros cabelos de Luísa, há uma mecha roxa que corre da rais até a ponta de seu cabelo, uma mecha fina, mas visível, Mal sempre quis que Luísa carregasse um pedacinho dela, e Luísa carrega, no final, ela se parecera mais com a Mal do que com a Audrey.
- Vamos assistir o filme!- Diz Luísa olhando nos meus olhos.
- Tá, mas qual?- Pergunto olhando pros dois, eles se olham e sorriem um pro outro.- Ah não...- Digo.- Não, não, já enjoei desse filme.
- Esquadrão Suicida, Esquadrão Suicida!- Os dois pulam sincronizadamente.
- Tá, papai faz a pipoca e a gente assiste!- Digo me levantando e eles comemoram, vou no outro cômodo do quarto, pegando a tigela e colocando a panela no fogo, pego o olho e despejo na panela colocando a pipoca logo em seguida, tampando a panela, volto pra sala e...- Ah meu Deus!- Digo olhando pra eles, eles estão todos sujos de tinta...- Ah não!
- A culpa é da Luísa...- Aponta Gabriel pra irmã.
- Não foi nada, desculpa pai, eu só queria ver.- Ela diz colocando a mão na frente do corpo, e mexendo a perninha direita, com certeza está com vergonha, eles estão completamente cobertos de tinta.
- O QUE VOCÊS FIZERAM?- Grito.- VOCÊS JÁ TOMARAM BANHOOOO, NASCERAM PRA QUE? PRA ATORMENTAR A MINHA VIDA?- Digo bravo e eles correm pra baixo da cama.- VOCÊS VÃO LIMPAR TUUUUUUDO ISSO OUVIRAM?- Digo tirando eles de baixo da cama.- PODE PAGAR O PANO E LIMPAR TUDO ISSO.- Um cheiro de queimado rodeia o ar.- AI MEU DEUS, FIQUEM AQUI!- Grito indo até a pipoca, já era.
Pego a panela e coloco na pia, abrindo a torneira. Eu tusso e abano a mão pra afastar o cheiro.
- O que houve aqui?- Pergunta alguém vindo até mim.
- Ah, oi!- A fumaça não me deixa ver quem é. A pessoa abre a janela e quando a fumaça se vai, vejo o rosto de Alasca.- O... Oi...- Digo meu tímido e travado.
- Oi!- Ela sorri.- Abre tudo!- Ela diz abrindo a torneira, minha mão estava na torneira, ela pegou na minha mão em míseros segundos, mas pegou, a torneira não abre mais, a panela faz ´´ TTIII ´´ pra cada pouco d´guá caindo sobre ela.
- O que faz aqui? Achei que não queria mais me ver.- Digo.
- Queria me desculpar... Pelo o que eu falei! Fui muito grossa com você, eu sei, Olaf me deu um puxão de orelha!- Ela ri fraco e eu também.
- Não precisa se desculpar de nada!- Digo me virando, me apoiando na pia.
- Preciso sim, por mais que eu não me lembre de nada, sinto que eu preciso te ajudar.- Ela diz.
- Por que?- Pergunto olhando pra ela, bem no fundo dos olhos.
- Porque se for verdade tudo que eu sentia por você, eu deveria ser a mulher mais feliz do mundo.- Ela sorri.
- Você era!- Digo sorrindo. Então ela vai até a pequena sala de estar do quarto.
- Crianças, vocês estão fofas assim, mas temos que tomar banho e trocar essa roupa.
- papai brigou com a gente!- Luísa disse e eu vou até eles, nós dois nos ajoelhamos na frente deles.
- Me desculpem, pequenos. Papai está estressado com algumas coisas e acabei descontando em vocês, me desculpa?- Pergunto e eles me observam e começam a cochichar algo no ouvido um do outro.
- Desculpamos.- Responde Luísa.
- Mas temos uma condição!- Continua Gabriel.
- E qual é?- Pergunto.
- A tia Alasca vai ter que assistir também.- Eles respondem e eu sinto meu corpo gelar.
- Ah... Eu... bem, se ela quiser!- Olho pra ela.- Eu não sei, eu... Bem se você quiser...- Eu rio.
- Eu fico.- Ela responde, e eles pulam de felicidade.
- Agora, banho!- Digo e eles resmungam.- nada de ´´ Ahh ´´, Gabriel, você primeiro.- Digo pegando ele no colo e ele ri.
+++
E no final da tarde, ficamos lá no sofá,comendo pipoca, nós quatro, eles estão no meio de nós dois, agora, limpos. Rio com meu pensamento, eu olho pra ela, ela olhando o filme, ainda está na cena em que os polícias tiram Arlequina da cela, pra colocá-la na cadeira e amarrá-la pra eles ouvirem a proposta da missão. Ou seja ainda tenho mais de duas horas pra observá-la e a vontade cresce de dizer pra ela que eu a amo, que ela é linda e engraçada, mas então guardo isso pra mim, por que eu sei que a farei se apaixonar por mim de novo.
Mal...
Eu corro e tenho dificuldades pelo caminho, pedras, árvores.
- Deseja uma ajuda?- Um ser aparece do nada, eu olho ao redor e está na árvore, eu observo bem. É um gato, e ele sorri, então ele desaparece.- Sou Cheshire.
- Mal! Pode me ajudar a fugir.
- Não é possível, a rainha vê tudo!- Ele diz sorrindo.
- Nada é impossível.- Digo
- Não disse que é impossível, só é ´´despossível´´!- Ele corrige.- Atrás das árvores. Rápido, depois te levarei pra comer...
- Ham?- Pergunto.
- Está na hora do chá.- Ele sorri.
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