1. Spirit Fanfics >
  2. Descendentes - Segunda temporada >
  3. O primeiro roubo

História Descendentes - Segunda temporada - O primeiro roubo


Escrita por: Maskarada

Notas do Autor


Jay e Evie encaram uma situação terrível. O que cada um escolherá? Batalhar para viver? Ou desistir e morrer? Essa história é sobre a infância de Jay. Quem disse que um ladrão nasce ladrão?

Capítulo 6 - O primeiro roubo


Fanfic / Fanfiction Descendentes - Segunda temporada - O primeiro roubo

 Tudo foi como uma cena de um filme de ação romântico. Onde o herói salva a moça de um tiro. Evie demorou alguns segundos para compreender o que havia acontecido ali. Max estava na sua frente de braços estendidos e encarando-a. A flecha havia atingido suas costas e havia perfurado seu peito. Evie deu um grito agudo e o pegou antes de ele ficar inconsciente e cair. Jay pegou a arma e disparou contra o homem mascarado. Este saiu correndo com um tiro no braço. Jay estava prestes a correr atrás do encapuzado quando viu outro se aproximar de Evie por trás. Por sorte ele atirou bem em cheio dessa vez. Ele correu em direção a Evie.

 

- Nos descobriram! Vamos! – Ele disse tentando puxá-la. – Evie, vamos!

- Ele ainda está vivo! – Ela disse. – Eu não posso deixá-lo para morrer de novo!

 

 Jay viu uma espécie de caverna e decidiu que queria ver Evie bem. E se ela só poderia estar bem com aquele cara salvo. Ele o salvaria. Ele pegou Max e correu para a caverna, Evie estava logo atrás. Ele o encostou na parede da caverna que não era funda. Evie sussurrou alguma coisa e depois de tantos gritos de Max a flecha saiu.

 

- Ai não... – Sussurrou Evie.

- O que? – Disse Jay de guarda.

- A flecha... – Ela mostrou a Jay.

 

 Tinha um brilho roxo que Jay sabia muito bem o que era. Era veneno. E dos fortes. Quem quer que tenha feito aquilo realmente os queria mortos. Se tivesse atingido Evie...

 

- Jay... O que fazemos agora? – Ela parecia desesperada.

- Evie, nem sabemos se isso tem um antídoto. – Disse ele hesitando. – Não sei se podemos ajudar...

- Não! – Ela gritou e colocou as mãos no lugar atingido. Então uma espécie de fumaça azul começou a sair de sua mãos.

- O que é isso...? – Perguntou Jay assustado.

- É uma coisa que aprendi na prisão da Malévola. – Ela disse se concentrando. – Não é um feitiço de cura, mas ele permite que a pessoa não sinta dor no momento.

- Como aprendeu isso? – Ele perguntou maravilhado.

- Eu... tive que aprender...

 

 Jay não disse mais nada. Sabia o que ela queria dizer com aquilo. Evie sofrera muito naquele lugar de variadas formas horrendas. Ele não gostava nem de pensar sobre isso. Uma lágrima escorreu do rosto dela, mas ela logo a limpou.

 

- Tem uma planta. – Ela disse. – Que nasce apenas nos altos das colinas. O nome é Evilgood. Significa o bem e o mal juntos. Ela consegue anular qualquer feitiço e curar qualquer ferida. É extremamente rara. Muito difícil de achá-la, mas não temos opções. Temos que achar.

- Você mesma disse que é difícil de achar! – Disse Jay.

- Exato. Há milhares de flores parecidas. Só aquele que realmente enxerga o amor pode usar sua magia.

- Bom então, acho que não sou eu. – Ele riu e ela revirou os olhos.

- O problema é que eu não posso ir. – Ela suspirou. – É basicamente minha mágica que está mantendo ele vivo.

- Evie, eu não sei o que é o amor. Se eu soubesse, nunca teria te perdido. – Ele disse e ela a encarou.

 

 Os dois ficaram em silencio. Jay queria abraçá-la, beijá-la e vê-la sorrir. Mas isso parecia impossível depois de tudo.

 

- Pense em Carlos. – Ela disse e Jay arregalou os olhos. – Ou na sua mãe. – Disse. – Você a amava, lembra? Eu adorava ela...

- Eu não vou pensar nisso. – Ele disse se encaminhando a ela. – Evie, esquece! Ele é um caso perdido!

- Não diga isso! Eu também achei isso quando minha mãe o enfeitiçou, e olha só? Ele está aqui! Vivo e respirando... E-eu não posso arriscar perdê-lo novamente...

 

 Jay sentiu como se tivesse levado aquela facada de novo. Aquilo realmente doera... Mas ele não podia pensar na mãe novamente. Era desmaiado dolorido.

 

- Evie, eu lamento muito, mas eu não vou conseguir achar essa planta. – Ele disse ficando de guarda.

- Como pode dizer isso? Como pode fazer isso? Como você pode me negar apenas um simples favor... Depois de tantas coisas que passamos...

- EU NÃO VOU ME LEMBRAR DELA! – Ele gritou e ela se assustou.

 

 Ele percebeu que o tom aumentara. Evie se afastou assutada.

 

- Evie, eu...

- Por favor, não fala comigo... – Ela disse tentando conter as lágrimas.

- Evie, por favor... – Agora ele continha as lágrimas.

- Está tudo bem. Você está certo. Ele é um caso perdido. Não deve ter mais do que dois dias de vida. Eu vou me deitar. – Ela disse se deitando em um canto afastado.

- Evie, eu não disse que deveríamos deixá-lo aqui...

- Partimos ao amanhecer. – Ela disse soluçando e ele se sentiu pior.

 

 Quando percebeu que Evie dormiu, saiu da caverna e tapou a entrada com muitas pedras. A ponto de ninguém conseguir sair ou entrar. Ele pegou a arma e partiu em segredo, para a colina.

 

 

 

                                          ***

 

 Chegando no topo. Jay parou ofegante e encarou o céu estrelado. Para achar a flor, ele teria que pensar em sua mãe. Ele começou a pensar. A se lembrar...

 

 

                                           ***

 

 

- Mãe! – Gritou o pequeno Jay da cozinha. – Temos clientes!

- Eu já estou indo, meu amor! – Ela disse aparecendo. Ela era uma mulher jovem. Cabelos negros e olhos claros. Estava sempre sorrindo, mesmo morando na ilha.

 

 Enquanto ela atendia o cliente, Jay procurou seu pai e começou a se empolgar ao contar como havia ajudado a mãe na loja aquele dia. Jafar por mais estranho que pareça, estava feliz. A mãe de Jay voltou com um ar preocupado.

 

- O que foi? – Perguntou Jay.

- Não é nada. – Ela sorriu. – Só precisamos de mais algumas coisas para vender.

- Eu sei onde conseguir. – Disse Jafar. – Venha Jay, você vai me ajudar.

 

 Jayy ansioso se juntou ao pai, que por sua vez apontou para uma senhora que ali passava.

 

- Eu distraio ela e você pega o dinheiro. – Ele disse rindo.

- Você está querendo que eu roube? – Perguntou Jay entristecido olhando para a senhora.

- garoto esperto. – Jafar elogiou.

- Pai, isso é errado. – Disse Jay.

- Eu sei, mas sua mãe precisa da nossa ajuda. – Ele disse. – E nós temos que ajudá-la. De qualquer maneira. – Ele sorriu maliciosamente.

- É só para ajudar a mamãe, não é? – Ele perguntou suspeitando do pai.

- Sim filho. Depois nunca mais o faremos! A não ser que seja, por ela.

- Tudo bem então... Se isso é o certo... – Disse Jay fingindo sorrir.

 

 Depois de roubarem o dinheiro da senhora, eles voltaram para a loja e viram a mãe conversando com o mesmo cliente. Ao ver Jay, ela o abraçou.

 

- Como foi o seu dia? – Ela perguntou sorrindo.

- Eu e o papai fizemos uma coisa. – Jay sussurrou.

- E o que é? – Perguntou ela curiosa.

- Não posso dizer. Palavras do papai. Mas olha, consegui dinheiro. – Disse Jay sorrindo.

 

 Ao inicio ela também sorriu, mas então percebeu o que eles haviam feito.

 

- Jay, como conseguiu isso? - Perguntou a mãe. – Vocês roubaram? Pode me contar...

- Sim, mas o papai disse que não era errado porque estávamos ajudando a senhora.

- Jafar! – Ela gritou e ele apareceu. – Está ensinando o nosso filho a roubar?

- Jay, você contou a ela? – Perguntou ele bravo.

- Não jogue a culpa nele. – Ela disse irritada. – Isso é errado. Não dá para continuar assim!

 

 Nesse exato momento o cliente se dirigiu a ela.

 

- Finalmente conseguiu o dinheiro? – Ele riu.

- Na verdade... – Ela disse meio sem graça. – Esse dinheiro não é meu...

- Tem razão. É meu. – Riu o cliente.

- O que eu quero dizer... é que não posso lhe dar esse dinheiro. Não é meu e não é certo...

 

 No exato momento, o cliente tirou uma pistola do bolso e meteu uma bala na cabeça da mãe de Jay. Que caiu de olhos abertos no chão como se estivessem o encarando.

 


Notas Finais


Espero que gostem!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...