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História Descendentes: Os guardiões da Profecia - Jerome Skellington


Escrita por: LuaaChan

Capítulo 9 - Jerome Skellington


|Jake|

Por que tantas pessoas na minha frente? Oh, claro. Eu estava morto há pouco tempo. Isso é humanamente possível? Acho que não.

-Jake, você...como... -Notei que Alex não conseguia completar suas frases. Ela fica tão bonita quando faz isso.

Infelizmente, não sou a pessoa certa para responder isso. Na verdade, se conseguir alguém capaz, iria agradecer muito. Tentei expelir algumas palavras, mas era como se eu fosse mudo. Ainda pude chamar Alex para perto, há uns 20 segundos.

-Alex, podemos explicar... -Charlotte começou. Por que ela estava aqui?

-É bom começarem. Até agora, só consegui ser ignorada. -Queixou-se, quase cuspindo neles -A propósito, muito obrigada por isso.

-Querida, é difícil... -Dessa vez, foi Gepetto.

-Não importa! -Megan rugiu como um leão -Queremos as respostas. Acabamos de ver você com essa pedra trazendo o Jacob de volta a vida! -Há muito tempo não ouvia meu nome completo. Não esperava que Megan fosse a primeira a me "lembrar" dele.

-Vão precisar sentar.

*
|Henry|

-Então é disso que estamos falando, Henry? -Mary Margaret parecia mais branca do que a neve. Mais branca do que as características que o livro da Branca de Neve dava para a moça -Nossos filhos nos salvarão desse... Breu?

-Sim. -Respondi com bravura -Serão eles mesmos.

-Mas eles nem sabem que têm poderes, querido! -A vovó Granny lembrou -Além disso, já discutimos sobre isso, na reunião que tivemos há alguns anos.

-Podemos fazer outra comissão. Nada nos impede. -Continuei na insistência. Na altura do campeonato, tinha perdido um pouco da fé de Niel que antes não sabia do meu anúncio.

-Claro que impede, Henry! -Regina falou -Não percebe que são apenas crianças?

-Adolescentes. -Corrigi -Eu já tive a idade deles, mãe. Já tive minhas aventuras, mas essa é a vez deles. Sinto muito se tenha que ser assim.

-Bem... -Killian coçou a barba raspada -Acho que concordo com o homem. Se não podemos salvar a cidade, quem mais o faria?

-Obrigada, pelo menos. -Disse.

-Precisamos deixá-los. Já se passaram muitos anos. Eles merecem saber a verdade. -Emma completou o pensamento de seu companheiro -Além disso, acho que está sendo difícil esconder da Alex que as dores que ela sente, na verdade, são seus poderes tentando se manifestar.

Alguns grupos começaram a protestar. Outros, rebatiam, me defendendo com unhas e dentes. Com muitos minutos definindo nosso futuro, finalmente entramos em um consenso: eles permitiriam que seus filhos nos salvassem, mesmo com o tamanho do perigo que estariam entrando. Aquilo se tratava de uma profecia, acho que o mínimo que deveríamos fazer é obedecê-la.

-Tudo bem. -Meu avô David se pronunciou, segurando um dos machados dos anãos -Que assim seja.

*
|Alex|

-Antes de tudo, crianças, quero que segurem a Sanitatum. -Gepetto pediu, apontando para a figura sintilante.

-Antes de tudo, precisamos saber do que se trata essa coisa. -Jake pediu, procurando uma posição que não o fizesse sentir dores. Estava se adaptando cada vez mais -Como ela conseguiu me salvar?

Charlotte se aproximou do garoto, sentando-se num pequeno pedaço que sobrara da cama.

-Sanitatum é uma palavra em latim. Significa "cura" em nossa língua e essa é uma das suas várias propriedades. -Charlotte começou, olhando para nós -Foi assim que você acordou.

-Existiam muitas dessas pedras em Storybrooke, há muito tempo, mas muitos estudiosos interessados em mineração vieram e roubaram a maioria. -August continuou -Para nossa sorte, escondemos as que sobraram. Eis aqui um exemplar delas.

Charlie segurou cuidadosamente a pedra azul.

-Mas é impossível! -Sussurrei, aumentando minha voz a cada palavra -Tudo bem pedras medicinais, mas estamos falando de trazer uma pessoa dos mortos! Jake estava morto, sabia?

-Bem, essa é outra coisa que queremos mostrar. -Gepetto parecia nervoso e satisfeito por seu filho estar bem -Como Charlie disse, a pedra possui diferentes propriedades, outra delas é a possibilidade de roubar as memórias de um indivíduo.

-Como assim? O que esconderiam de nós? -Jacob falou. Era o menos cético.

Os três suspiraram. Não estaria mentindo se dissesse que o fizeram ao mesmo tempo. Senti um arrepio em minha espinha. Ignorei, como sempre faço quando tenho dor.

-Suas verdadeiras identidades foram escondidas de vocês. Não sabem a realidade sobre seus pais.

-Escutem, é difícil de acreditar, mas... -August hesitou, meio desconfortável -Vocês são filhos dos personagens mais conhecidos dos contos de fada.

Depois da estranha revelação, não pude conter uma risada. Megan repetiu a ação e Jake estava chateado. Esperava mais do seu irmão.

-Ah tá, tudo bem. -Falei com sarcasmo -Vai me dizer que a Charlie é filha do Frankenstein, então. -A garota olhou para mim, com os braços cruzados, com muita seriedade.

-E sou mesmo. Olhem só isso. -Ela tirou sua jaqueta, revelando 4 vezes mais costuras do que tinha visto antes. Tive um susto, mas mantive minha postura.

-Queremos a verdade! -Jake falou tão alto, que fora interrompido por uma sessão de tosse.

-Mas é isso! -Charlie protestou, já cansada -Quer saber? Gepetto, precisamos restaurar as memórias deles. -Dessa vez, nós os ignoramos. Bufei, querendo apenas sair daqui e ficar com dúvidas. Espera... não.

-Por sorte, eu guardo algumas das pedras comigo. -O velho homem passou a mão pelos seus cabelos pálidos. Ele virou as costas, procurando as pedrinhas azuis. Finalmente, trouxe 3 para nós.

-Tomem. -Depositou uma na minha mão e fez o mesmo com Jake e Megan -Quero que segurem-nas. Serão suas.

-E o que fazemos? -Perguntei, resolvendo me render. Se essas coisas tinham algo para nos mostrar, qual seria o problema?

-Quero que se concentrem em seus pais. Seu passado, tudo o que puderem usar como um artifício.

Então o fiz. Cerrei os olhos, friamente e admito estar com um pouco de medo. Esperei por algum sinal, algo que pudesse me confirmar que estava tudo bem e o que iria acontecer. Nada. Só depois de segundos, senti meus dedos formigarem loucamente.

Meu sangue borbulhava, ao ponto de me queimar viva por dentro. Tentei gritar, mas minha voz falhava. Ainda ouvi um "Concentre-se! A dor vai parar." Inspirei.  De fato, a dor foi cessando, dando lugar para uma lembrança, literalmente.

Era um campo cheio de flores rosas e tinham duas pessoas deitadas nele. Eram meus pais. Eles estavam tão apaixonados! Vi Killian dar uma das flores para mamãe e então se beijaram.

Meu outro vislumbre foi muito mais confuso e cheio de flashes. Meu pai apareceu novamente. Ele usava o que parecia ser um velho sobretudo de couro e um gancho em uma de suas mãos. Parecia um pirata. Será que ele era?

Ouvi nomes estranhos e sussurros. Vi uma linda menininha que reconheci ser a pequena eu. Minhas pequeninas mãos emitiam um brilho dourado. Meus pais estavam perto de mim e diziam para ter cuidado com meus poderes -a frase mais estranha que já ouvi.

No que imaginei ser o último, por algum motivo, minha pequena eu conversava com Emma. Mamãe olhava aterrorizada para Killian e murmurava palavras como "ela terá que se esquecer". Emma depositou um beijo na testa da menina e encostou uma pedra azul no mesmo lugar. Nas próximas visões, a garotinha caiu no chão, escutando, antes disso, o choro de sua mãe.

Abri os olhos cheios de lágrimas. Como eu era emotiva! Vi Megan quase com a mesma expressão, depois de ter visto suas próprias memórias com sua Sanitatum.

-Eu... sou filha da Rainha Má e de Robin Hood. -Sussurrou, como se estivesse vomitando involuntariamente as palavras.

-E eu, da Salvadora e do Capitão Gancho. -A frase soava como uma brincadeira, mas algumas coisas insignificantes faziam sentido. Era por isso que minha mãe sempre o chamava de Gancho. Era ele o próprio.

-E não é só isso. Vocês todos têm poderes incríveis, mas tiveram que ser escondidos por segurança. -August completou. Notei que Jake estava pasmo, mas decidindo acreditar por não ter outras opções.

-Jake? -Chamei -Ainda não viu o que tinha em sua pedra? -O garoto olhou para baixo, balançando a cabeça numa repetição exaustiva.

-Não tive coragem. Queria esperar por vocês. -Deu um rápido sorriso -Agora, acho que estou pronto.

Jacob ficou tateando a pedra, como um homem cego. Fechou os olhos e foi abraçado por um mundo de recordações.

Esperamos sua reação, mas tudo o que fazia era caretas desagradáveis. Quando começou a hiperventilar, meu coração gelou, mas só depois percebi que significava que tinha visto o que necessitava. Abriu os olhos e nos encarou com dúvidas nadando em sua mente.

-E então? -Estimulei.

-Não acho que eu consiga entender o que eu vi. Parecia um cemitério frio e escuro. Eu estava pisando em uma pilha enorme de ossos e ouvindo uivos. -Olhou para seu pai -Acho que ainda vi um homem cheio de cicatrizes e com a pele pálida. Seu rosto se assemelhava a um crânio.

Charlotte lançou um olhar para Gepetto.

-Jack... -Disse -Tenho certeza que era ele.

-Quem? -Meu amigo perguntou, se referindo ao "Jack".

-Ele falou alguma coisa, filho? -Gepetto o ignorou.

-Sim. Mas estava chamando um tal de Jerome.

O quarto estava tenso. O que significava?

-Sim, era Jack. -Foi o que disse como conclusão -Era seu pai te chamando, Jake.

-Não, não penso assim. Eu ouvi claramente um Jerome. -Com impaciência, Gepetto colocou a mão na testa.

-Jake... há mais coisas que escondi de você. Uma delas é seu verdadeiro nome. Precisei alterá-lo. Tinha medo de se recordar de seu pai, quando ouvisse "Jerome".

-Espera... -Falou Jake -Está me dizendo que meu verdadeiro nome é Jerome Skull?

-Não. -August interrompeu -Pelo menos, não "Skull".

Meu coração voltou a acelerar.

-Jake... -O velho Gepetto começou, com um certo medo -seu verdadeiro nome é Jerome Skellington. Você é filho de Jack Skellington, o Rei da Escuridão.


Notas Finais


Eu sei q o Jack é conhecido por O rei do Halloween (e muitos outros apelidos), mas achei q O rei da Escuridão se encaixaria mais.

Até o próximo cap.


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