1. Spirit Fanfics >
  2. Descendents Lovers >
  3. Dez - Herdeiro de Is

História Descendents Lovers - Dez - Herdeiro de Is


Escrita por: Misakihime

Notas do Autor


Olá pessoas lindas 0/

I'M BACK!! hahahahaha. Dessa vez eu não demorei tanto assim, eu acho hahaha. Estou aqui com mais um capítulo fresquinho de Descendents, acabei de escrevê-lo, então eu estou muito contente por ter conseguido encontrar um tempo, terminar e estar aqui postando para vocês. Ainda estou tentando me organizar na minha nova rotina rsrs.
Ahhhh vocês são uns lindos gente. Eu já vou responder aos comentários que deixaram no meu capítulo de mensagem com um vídeo para vocês e eu peço desculpas por estar respondendo um pouco tarde.
Outro aviso gente: se vocês quiserem conversar comigo, puxar assunto, eu vou deixar o meu Instagram nas notas finais para trocarmos uns directs, conversar sobre doramas, animes, kpop, sobre a vida hahaha. Eu não entro muito aqui no Social, então por isso eu tive essa ideia. Porque se vocês mandarem mensagem no chat aqui talvez eu não vá ver e irei me sentir culpada por ter demorado a responder.
Ahhh, também deixarei indicação de músicas para ouvirem em algumas partes no capítulo e o link delas vão estar nas notas finais também okay?
Agora vamos ao capítulo, porque sei que estão ansiosos para ler hahahaha.

Capítulo 11 - Dez - Herdeiro de Is


Sehun sentia as gotas de suor escorrer por sua testa, as forças já se esgotavam de seu corpo a cada martelada que dava no ferro da espada para forjá-la. A sua tez se mantinha rígida e o sentimento de irritação tomava conta de si.

O rapaz não conseguia acreditar que depois daquela visita e de toda a exibição de prepotência que observou do príncipe de Is a procura de uma espada, não iria levar o pedido que havia feito. Ele passara horas tentando escolher um metal apropriado para o modelo que Luhan havia dito, assim como o seu pai estava esperançoso de que pela primeira vez em alguns meses conseguiria uma encomenda grande, a qual garantiria o sustento de sua família e umas poucas regalias.

Porém tudo fora por água abaixo quando o monarca apareceu na porta de sua loja em uma carruagem e cancelou o pedido. O momento estava bem vívido em sua mente.

“Sehun havia acabado de chegar do mercado de rua, o metal pesado estava em suas mãos, bruto, a espera para ser lapidado. Dentro da loja ele conseguia observar seu pai com um sorriso satisfatório em seu rosto, aquilo deixava o rapaz feliz.

Por mais que a figura de Luhan lhe fosse intragável, naquele momento, o moreno conseguia suportar e realizar um bom trabalho em prol de sua família. O jovem estava pronto para se virar e adentrar o estabelecimento quando som do cavalgar de cavalos e rodas de carruagem tomou conta de seus ouvidos.

Seus olhos se viraram na direção do som para fitar algo esplendoroso, elegante e realmente digno de uma realeza ao ver a enorme carruagem azul com entalhes em ouro e diversos outros metais preciosos. Os cavalos eram brancos, as crinas estavam devidamente aparadas ou curtas. A roda daquele objeto era tão grande e larga que chegava quase a ser da altura de Sehun, dos seus pés até a cintura.

Sehun ergueu uma sobrancelha em curiosidade ao ver tudo aquilo, no entanto a curiosidade desapareceu no momento em que Luhan saiu pela porta daquela carruagem.

- Veio verificar o andamento do pedido? – o plebeu indagou. – Eu acabei de comprar o metal para ser forjado.

O príncipe torceu os lábios, baixou o olhar um tanto consternado e disse:

- Desculpe-me. Eu não posso mais prosseguir com esta encomenda.

- O que? Está cancelando nossos serviços? – a raiva já tomava conta de Sehun.

- Sim. – as palavras saíam de forma natural daqueles lábios que estavam e uma face de expressão serena. – Desculpe-me mais uma vez. Guarde este metal para alguém que queira.

- Ya! – o rosto do jovem estava vermelho. – Não pode fazer isso. Não pode cancelar um pedido quando o material fora mais caro que a própria mão de obra! – ele gritava a plenos pulmões atraindo os olhares dos transeuntes que passavam por ali.

Todavia o príncipe nem pareceu se importar. Ele deu as costas para o plebeu, entrou na carruagem e fora embora dali deixando um jovem muito irritadiço.”

O metal já estava tomando forma, o gume da espada já começava a ser visto e o forjador não terminaria tão cedo aquele trabalho. Por mais que estivesse cansado, com fome e com sono, trabalharia até o nascer do sol. Uma vez feito o pedido, este seria terminado.

- Eu terminarei e entregarei esta espada a Xiao Luhan ou eu não me chamo Oh Sehun. – as palavras saíam entredentes e ele não conseguia conter a animação e o sentimento de “vingança” ao imaginar o seu próximo encontro com o príncipe.

❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄

****Música: Rebirth - Two Steps From Hell

O quarto majestoso de gelo daquele palácio se estendia pelo campo de visão do príncipe. Luhan observava aquela cama com dossel branco, os cobertores azuis arrumados do jeito que deixaram há anos. A decoração de cristal da luminária, como os móveis estavam pouco congelados pelo ar frio e pela neve que entravam pela janela aberta. Os poucos brinquedos que tinham ali estavam espalhados pelo chão e a roupa do príncipe herdeiro estava protegida em uma urna de cristal junto com um elo de prata que circundava a sua cabeça como uma espécie de coroa.

Aquele cômodo pertencia a Byun Baekhyun. Luhan era bombardeado de memórias ao revisitar aquele local depois de tanto tempo. Desde que seu irmão desaparecera, o rei fizera questão de manter o quarto intacto, ninguém poderia entrar ali. A não ser o próprio rei, que em uma esperança vaga ficava parado na janela observando a vista do pátio do castelo à espera que seu filho retornasse um dia.

Ele não precisava nem mesmo dar mais um passo para observar a figura de um Baekhyun aos dez anos a lhe fitar. A criança vestia exatamente o traje que estava armazenado na urna. Nesta idade o príncipe herdeiro tinha os cabelos curtos. As mechas brancas chegavam até abaixo de suas orelhas. Os orbes azuis estavam lá com um brilho contente, seus lábios vermelhos se contraíam em um sorriso e ele tinha aquela essência pueril como toda criança.

- Luhan dongsaeng! Eu estava com saudades. Por que andou sumido todo este tempo? – a ilusão de Baekhyun continha uma expressão curiosa em seu rosto.

O mais velho franziu o cenho em nojo, desprezo. Como se não bastasse ouvir a melancolia e nostalgia de seu pai sobre seu irmão mais velho agora ele estava vendo coisas.

- Pois eu não estou nem um pouco com saudades. Por que não desaparece da minha mente?

Uma risadinha escapou dos lábios do menino.

- Eu não posso. Pensas tanto em mim que acabei criando raízes nos seus mais profundos pensamentos.

- Vamos brincar. – Baekhyun fazia um bico com seus lábios. – Eu estava tão sozinho.

       - Não me importo se estava sozinho! E eu? Olha o que fez comigo! Você sempre arruinou a minha vida Baekhyun!

      Atrás da figura do menino, Luhan observou a imagem de Baekhyun atualmente. Os cabelos brancos que chegavam em seus ombros, o tom de pele alvo semelhante a uma porcelana, os lábios vermelhos e aqueles característicos olhos azuis que o denotavam como a encarnação de Jäa. A expressão no rosto deste era confusa, as sobrancelhas estavam unidas, os olhos pouco marejados e por fim um misto de curiosidade parecia compor todo o ser daquela alucinação.

      - Quem é você? Como sabe o meu nome? – o rapaz indagava com o seu tom de voz já modificado pelos anos.

      A versão de Baekhyun em seus dez anos olhou para a sua imagem futurística sem entender muito daquela pergunta, ao passo que a mente de Luhan começava a dar vários nós. Ele beirava o estado da loucura ou mais provável de uma confusão eminente.

      - Ele é o nosso irmão mais novo. É o Luhan. Como pode não se lembrar dele?

      - Irmão? – aquilo estava se tornando claramente confuso.

      Toda a cena se tornava confusa demais até mesmo para quem olhava de fora. O rei Byun Goong Bae passava por ali naquele átimo de segundo em que seu filho mais novo parecia sucumbir as suas próprias armadilhas mentais e aos seus próprios sentimentos tortuosos. Luhan se afogava em si mesmo.

      Seus olhos perceberam o jovem cair de joelhos sobre o chão ao mesmo tempo em que sua mente se questionava o motivo para ele ter ido ao quarto de Baekhyun. Aquele lugar para si já se tornava tortuoso e ao mesmo tempo saudoso, ele sentia tanto a falta de seu filho. Goong Bae não conseguia sequer imaginar o que levou ao desaparecimento de Baekhyun.

      O homem ainda se lembrava perfeitamente do momento em que Luhan adentrou o palácio acompanhado de um dos servos. O seu corpo pequenino estava sujo de sangue e Baekhyun não estava com ele. Depois, a lembrança seguinte era de estar na clareira próxima aos arredores do palácio, esta era coberta pela neve que nunca parava de cair. Uma trilha de sangue se estendia a sua frente e o cordão de Yin Yang feito por sua esposa especialmente para seu filho mais velho estava caído no chão partido ao meio.

      Aquele cordão era o que controlava os poderes do príncipe herdeiro. Sem ele, o garoto poderia estar suscetível ao poder do herdeiro de Tulipalo, caso o rei de Brann ousasse lhe fazer uma visita ou vice versa. Assim como ele também receberia muito mais poder de Vesi, a irmã de Tulipalo. Vesi era uma deusa que controlava a água e Jäa o gelo. A água de Vesi era tudo o que existia para somar uma gama de poder maior a Baekhyun e talvez criar um desastre eminente ou um enorme descontrole na figura humana de seu filho.

      Doze anos haviam se passado e nem mesmo uma notícia, nem sequer o rastro do paradeiro do príncipe herdeiro de Is foram revelados. Sua última lembrança dele era aquele rastro de sangue, o colar partido e nada mais. Ele não queria ouvir as outras pessoas dizendo que seu filho estava morto, Goong Bae não acreditava nisso nem quando se deparou com aquela cena horrenda há anos. Contudo, à medida que os anos passavam ficava cada vez mais difícil manter a chama acesa em si e no seu reino de que o sucessor deste ainda se mantinha vivo.

      O rei ainda observava impassível e imóvel até, Luhan continuar no meio de uma de suas crises. Ele já havia observado outras algumas vezes durante todos esses anos e ele via na personalidade de seu filho mais novo de que ele não suportaria o fardo de carregar um reino, ainda mais por ser filho de uma concubina e talvez um erro. Pois depois de Baekhyun ele não queria mais nenhum outro. A sua esposa havia dado tudo o que ele queria: um filho homem e ainda por cima ser uma das encarnações ou filho de Jäa. E agora quando ele olhava para esta, tudo o que conseguia sentir era dor e pena. Já que fora consumida pela dor dos acontecimentos passados. Assim como Luhan também fora.

      O mais jovem levou suas mãos a cabeça, gritou e disse algo que fez a espinha do rei arrepiar-se e aquela chama esperançosa acender novamente em seu interior. Assim como o desejo instigante de ir ele mesmo procurar descobrir mais coisas sobre aquele assunto.

      - Saia daqui Baekhyun! Não pense que você tendo voltado eu entregarei o trono de Is de bandeja para você! Nunca! Is é meu!

 

❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄❄

*********Música: Eternal Sorrow - Two Steps From Hell

      Kyungsoo ainda se sentia nas nuvens, inebriado. Ele não conseguia acreditar que finalmente todo aquele pesadelo havia acabado. Todos aqueles anos vivendo nos túneis gelados e sujos daquele castelo haviam sido deixados para trás. O jovem iniciava um novo ciclo em sua vida. Este sabia que tudo não seria como um conto de fadas, mas desta vez ele tinha forças e pessoas para saber que assim como momentos ruins os momentos bons existiam. E estes eram os altos e baixos que compõem a vida de qualquer um.

      Chanyeol havia pedido para Baekhyun ajudar o seu primo a banhar-se enquanto iria ter uma conversa com Jong In e naquela breve recapitulação das falas do príncipe herdeiro Kyungsoo ainda sentia suas bochechas assumirem um tom rosado por se sentir envergonhado. Do mesmo modo que não viu a expressão fechada no cenho de Jong In e o rapaz tinha agradecido mentalmente pelo menor não ter visto a confusão em seu rosto.

      E ali dentro daquele quarto de banho o moreno sentia as suas bochechas ficarem ainda mais vermelhas ao sentir o toque das mãos de Baekhyun que ajudavam a tirar aquele tecido de si que deslizava por sua pele. Ele tinha plena consciência de que o mais velho o estava vendo desnudo e Kyungsoo se sentia cada vez mais confortável por justamente não conseguir ver, por ser dependente de alguém naquele momento, por se sentir “invadido” de certa forma. O silêncio estabelecido entre os dois também não ajudava muito.

      - Pronto. Dê-me a sua mão e eu irei te ajudar a ir em direção a banheira. – Baekhyun disse algo depois de intermináveis e tortuosos momentos de silêncio para o menor. – Ela está a cinco passos de você.

      Kyungsoo apenas afirmou com a cabeça de modo positivo enquanto sentia a superfície da pele gelada de seu amigo tocar sua mão esquerda. Um pensamento tomava a sua mente e este era o mesmo que lhe invadiu quando sentiu o toque gélido de Baekhyun pela primeira vez. Parecia que a sua temperatura corporal havia perdido alguns graus desde a última vez que pode tocá-lo e isto era praticamente impossível para o moreno. A não ser que ele tenha ficado doente, era a única explicação que Kyungsoo conseguia pensar.

      Tão logo aqueles pensamentos foram substituídos pela água quente que tomava conta de seus músculos rijos lhe causando uma sensação reconfortante e relaxante. Kyungsoo sentou no chão da banheira de madeira ao mesmo tempo em que Baekhyun começava a esfregar suas costas.

      - Baekhyun? – o menor tentava quebrar o silêncio e iniciar uma conversa.

      - Hm. – foi o único som que o maior produziu em resposta.

      - O Chanyeol parece ser uma boa pessoa. Ele é?

      Baekhyun franziu o cenho com a pergunta do jovem enquanto segurava o riso dado as circunstâncias em que conheceu Chanyeol. Não fora uma das melhores, ele sabia disso. Até mesmo alguns traços da personalidade do príncipe lhe desagradavam, mas naquela noite ele havia lhe provado o contrário. Esta prova não havia diminuído o sentimento inicial do servo para com o seu príncipe, porém havia feito crescer outro sentimento que surgia de forma sorrateira e discreta no interior do jovem de cabelos brancos.

      - Ele é dependendo do ponto de vista. – o mais velho soltava uma pequena gargalhada.

       - Por que gargalhou? – Kyungsoo sorriu também se sentindo contagiado por aquele som gostoso. – Com tal resposta penso que ele não deve ser uma pessoa que cause empatia nas outras.

      - Não é isso. – Baekhyun queria desconversar. Não era porque ele tinha uns atritos com Chanyeol que faria Kyungsoo se voltar contra este. – Ele tem um jeito um tanto excêntrico de ser, se é que posso chamar de excêntrico. Porém ele tem um bom coração. Chanyeol te libertou daquele subterrâneo, ele lhe defendeu e pude observar em sua face o quanto estava irritado por terem te feito viver a vida que levou durante todo esse tempo.

      - Entendo. Ainda mais na posição dele em que deve receber uma pressão constante do pai, do conselho e do reino. É como se ele tivesse sido reprimido e repreendido durante toda sua vida por viver a sombra das expectativas das pessoas. É como se ele não pudesse ser o Chanyeol propriamente dito. – Kyungsoo tinha o tom de voz reflexivo. – Só que eu não sei se a personalidade excêntrica dele é por conta disso, afinal, a única memória que eu tenho dele em minha mente não é lá a das melhores, assim como não tive contato com ele. Portanto a única coisa em que posso pensar no momento e é em agradecê-lo por ter feito o que fez por mim. Do mesmo modo como eu queria agradecer pela sua amizade.

      - É um prazer ser o seu amigo. – Baekhyun dizia um tanto absorto em meio àquelas palavras agora tão soltas de Kyungsoo. – Agora que tem a sua liberdade, o que pretende fazer com ela?

      Um pequeno sorriso surgiu na face do moreno.

      - Queria rever a minha mãe, mas não sei onde ela está. Também queria correr sem rumo só para ter a mesma sensação que você me descreveu ao se lembrar de sua infância. Queria ouvir mais histórias sobre a sua infância.

       - Tudo bem. Desejo concedido. – uma gargalhada escapou pelos lábios do mais velho. – Contarei algumas histórias.

      - Morar em uma ilha deve ser bom. Pode fazer o que quiser, até mesmo correr livremente.

      - Não é muito bem assim que as coisas acontecem. – Baekhyun gargalhava pela ingenuidade de Kyungsoo. – Eu morava com a minha irmã, vivia sob as regras dela, mas ainda sim tive ótimos momentos e muitos deles em que eu me sentia livre. Principalmente quando ia caçar. Min Ah insistia para eu tomar cuidado com os crocodilos e com alguns felinos. Mas naquela noite nevava muito e eu brincava com o Luhan...

      - Luhan? Quem é este? – Kyungsoo tinha o tom de voz curioso.

      O jovem dos cabelos brancos arregalou os olhos de súbito, visivelmente consternado e confuso com aquelas lembranças misturadas, talvez até confusas. Ele não sabia o que dizer, palavras não lhe vinham a mente. Suas têmporas já começavam a doer fazendo com que sua resposta fosse apenas um grunhido em dor.

      Aquelas imagens vinham mais uma vez a tona, aquelas duas crianças brincando em meio a forte neve que caía. O menor, que agora descobriu se chamar Luhan estava ali com as mãos espalmadas tentando pegar algum floco sequer. Depois a lembrança cortava para um outro momento em que uma trilha de sangue se estendia a sua frente, do mesmo modo que o garoto mais velho era arrastado inconsciente no chão por um vulto preto, que ele não conseguia distinguir a forma e era o mais velho que deixava o rastro de sangue no chão. O mais novo apenas chorava e gritava o nome de Baekhyun ao vento.

      Contudo, uma nova imagem o pegou de surpresa. Kyungsoo se mantinha assustado, ele ouvia os gritos de dor de seu amigo, no entanto não conseguia ver que ele se encontrava de joelhos, com as mãos na cabeça. Seu poderes também ameaçavam vir a tona, o ambiente ficava mais frio e as lágrimas deslizavam pela face de Baekhyun.

      - Baekhyun-ah, o que está acontecendo? Onde você está? Baekhyun-ah.

      O mais velho de pronto soltou uma das suas mãos de suas cabeças e tocou o ombro direito do menor. Kyungsoo no exato momento do toque sentiu uma espécie de ondas elétricas perpassarem o seu corpo, seus olhos reviravam em suas órbitas, seus lábios ameaçavam espumar e ele viu conseguiu ver uma parte das lembranças do mais velho, assim como uma visão que viria logo após.

      “O castelo do reino de Is brilhava, mantinha-se estonteante. Aquele era um dia de muita alegria, o príncipe herdeiro Byun Baekhyun comemorava o seu nono inverno e o reino se mantinha em um estado de comoção e felicidade.

      Baekhyun estava na sala do trono, diante de seus pais e de alguns nobres do reino. Seus cabelos brancos iam até abaixo das orelhas, seus olhos azuis eram de uma inocência e sagacidade que deixavam a todos espantados.

       O menino olhava para o sorriso estampado na face de seu pai que fazia daquele dia uma celebração. O homem se pôs de pé com toda a sua altivez e maestria, com toda a sua pose de alguém da realeza, enquanto Baekhyun estava um tanto curioso e impaciente.

      - Papai, o que ganharei de aniversário? – ele dizia em pequenos saltos.

      - Você logo irá ver.

      - Eu esperei o ano todo pai. Sinto que não posso esperar mais, eu já imaginei tantas coisas que posso receber que a curiosidade está consumindo o meu peito. – um biquinho fora feito no final.

       Do mesmo modo que o rei, todos começaram a rir com a afirmação do menino, ele era de fato o melhor presente que haviam ganhado. Em um gesto silencioso, talvez um ligeiro estalar de dedos, o rei pediu para que trouxessem o presente de Baekhyun, e tão logo ele apareceu.

      A coroa de prata estava dentro de uma pequena e majestosa urna, sobre a almofada vermelha com detalhes em dourado, estava a coroa simples, mas com pequenos detalhes entalhados nessa. Do mesmo modo que o cordão de Ying Yang era guardado por sua mãe para lhe ser entregue logo após a coroa.

      Os olhos de Baekhyun brilharam em tal felicidade que o menino não conseguia explicar, ele parecia sentir uma conexão com o objeto, seu coração batia de forma acelerada e em um pequeno gesto de euforia e descontrole pequenos cristais de gelo saíram de suas mãos e explodiram acima da cabeça de todos.

      - Meu filho, por favor, controle-se. – o rei tentou dizer em um tom repreendedor.

      - Desculpe-me. Essa coroa é para mim?

      - Sim. – o rei afirmou tirando o objeto circular de dentro da urna e pondo logo em seguida na cabeça de seu filho. – Este presente significa de que a partir de agora você não é somente Byun Baekhyun, o meu filho, mas também Byun Baekhyun filho de Jäa, príncipe herdeiro e rei de Is.”

      Baekhyun de pronto soltou um berro ao sentir mais uma vez aquela dor excruciante e cair inconsciente no chão do quarto. Kyungsoo continuou em uma de suas convulsões, sendo esta cena que Chanyeol encontrou ao entrar no cômodo ofegante e assustado ao ouvir o grito de Baekhyun cortar o corredor.

      Jong In estava logo atrás do ruivo, tanto que seu coração acelerou ao ver o moreno na banheira espumando pelos cantos dos lábios e com os olhos revirados nas órbitas.

      - O que aconteceu aqui? – Chanyeol indagava aproximando-se de Kyungsoo. – O que será que aconteceu com o Baekhyun? Será que... – o ruivo olhava para Jong In com olhos acusadores.

      - Nem ouse acusar o Kyungsoo de tentar fazer algo contra Baekhyun. Sei muito bem o quanto os dois são próximos.

      Chanyeol nada respondeu, apenas voltou a olhar para o seu primo, que depois de alguns segundos parou de convulsionar. Seu olhar exibia um ar cansado, seu corpo parecia fraco e os seus lábios sussurraram as seguintes palavras ao vento.

      - Herdeiro...Is...Aqui...

      De pronto Chanyeol não entendeu nada daquelas palavras soltas e desconexas, mas estas tiveram efeito suficiente para fazer um calafrio percorrer a sua espinha enquanto observava o seu primo desfalecer dentro da banheira.

 


Notas Finais


Meu instagram (caso queiram puxar assunto haha): @lais_emanu
Link das músicas:
Música 1: https://www.youtube.com/watch?v=L7YpECHqC7k
Música 2: https://www.youtube.com/watch?v=brcj-UeAVdA
O que podemos falar deste capítulo não é mesmo minha gente? Eu só consegui sentir as tretas hahahahaha.
E agora hein? Será que está cada vez mais perto do Chanyeol finalmente descobrir quem o Baek é? E esse Kaisoo gente? A cada capítulo que passa é mais amorzinho <3 hahaha.
Deixem aqui nos comentários as suas previsões para os próximos acontecimentos :3
Ahh quem lê (Im)Perfeição, em breve ela estará sendo atualizada :3
Até o próximo capítulo :3
Kisses
Misakihime


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...