História Descobertas da Vida - Descobertas de um Adolescente

O Cobertor estava me sufocando e me esquentando demais, então coloquei ele para baixo e deixei uma boa quantidade de ar fresco passar na minha face. A Janela estava aberta, provavelmente minha mãe que a abriu. Diversos pássaros cantavam do lado de fora da casa, o que dificultava eu pegar novamente no sono. Que saco. Queria dormir até tarde, já que hoje era um Sábado.

Tirei todo o cobertor de cima de mim e ajuntei forças para me sentar na cama enquanto uma forte luz do dia passava pela janela e atingia o meu rosto. Em resposta, eu fechava os olhos, com uma leve dor. Flexionei o pescoço e as mãos junto com os braços e levantei, com um pouco mais de disposição. Caminhei meio lentamente em direção à porta e girei a maçaneta, abrindo-a. Sai para fora, indo em direção ao banheiro. Provavelmente minha mãe estava preparando o café da manhã na cozinha, então caminhei ainda mais rápido em direção ao banheiro, simplesmente por querer comer logo.

Abri a porta do banheiro e entrei no banheiro, logo em seguida a tranquei. Fui em direção à pia, abri o gabinete e retirei minha escova dental e minha pasta dental. Adicionei-a na escova e levei até a boca, fazendo os movimentos escovatórios. Terminei de escovar e levei  a mão até o enxaguante bucal. Retirei um pouco do líquido com a tampa e joguei dentro da boca, e depois comecei a bochechar, levando o líquido verde de um lado para o outro. Cuspi tudo na pia e liguei a torneira, coloquei as duas mãos em baixo da torneira e ajuntei um tanto de água nas mãos, e logo, levei para o rosto, despertando completamente. Terminei e desliguei a torneira, enquanto enxugava o rosto com uma toalha verde que ficava pendurada no banheiro. Destranquei a porta e a abri, e assim que abri, um jato de cheiro bom veio em minha direção. Aparentemente era o café da manhã.

Fui correndo em direção à cozinha e minha mãe estava lá, esperando os pães que ela mesma fazia, terminarem de assar. Cheguei por trás dela e a abracei, dando um beijinho em sua bochecha, desejando-a um bom dia. Depois fui em direção à mesa e me sentei, pegando uma banana e descascando-a. Terminei de descascar e comecei a comer, enquanto minha mãe anunciava que os pães estavam quase prontos. O lado bom da minha mãe fazer os pães em casa, era que eu não precisava sair de manhã para ir buscar pão na padaria, e o lado ruim... bom, não tem lado ruim, os pães dela são os melhores, por mais que os da esquina sejam maravilhosos.. porém os dela são superiores. 

Ela retirou cuidadosamente a forma os pães quentes e os despejou numa cesta feita de madeira. Os pães emanavam um calor tão agradável, que de longe eu conseguia sentir o calorzinho. Peguei a faca que já estava na mesa, e o pão e comecei a cortá-lo. Peguei a manteiga e comecei a passar no pão. No mesmo instante que eu passava a manteiga, ela derretia. Adicionei algumas coisas a mais e comecei a comer, enquanto conversava sobre futebol com minha mãe.

Terminei o café da manhã e me levantei, indo em direção ao meu quarto. Chegando lá, fui em direção ao guarda-roupas e troquei de roupa, vestindo um short azulado, uma camisa com um tom esverdeado e um tênis all-star preto. Voltei até a cozinha e disse para a minha mãe que iria para a casa do Cebola, e que até à noite chegaria em casa. Sai de casa e peguei meu celular, indo até o Oatz e selecionando o contato dele.

 - Cebola, estou indo para a sua casa. Me espera na frente do portão! - Eu dizia enquanto pressionava o botão de microfone. O Áudio foi enviado e eu continuei andando, observando as pessoas logo pela manhã e alguns pássaros voando de um lado para o outro.

O Celular vibrou e eu o peguei e o liguei. Apareceu a foto do Cebola e uma mensagem escrita "Ok. Vem logo!".  Li a mensagem e acelerei os passos em direção À casa dele.  Em cinco minutos, eu já estava na rua de sua casa, e ele estava lá, na frente do portão dele, sentado na calçada, observando o asfalto, provavelmente. Comecei a diminuir a velocidade dos passos pois já estava perto de sua casa. Lentamente fui chegando até ele, e quando já estava quase atrás dele, pulei em suas costas, gritando "BUUUUU"

- CASCÃO, VOCÊ ESTÁ LOUCO?? - Cebola gritava enquanto me tirava de cima das costas dele.

- Cheguei. Eaí, bora?

Cebola assentiu e caminhamos em direção a sua casa. Ele abriu a porta e depois subimos as escadas, subindo em direção ao seu quarto. A Casa estava vazia, pois seu pai, mãe e irmã foram para o mercado. Cebola abriu a porta do quarto e eu caminhei lentamente até a cama, e sentei nela, enquanto o quarto estava totalmente escuro, com exceção da luz do computador. Cebola trancou a porta e caminhou em direção a mim. 

- Estou sozinho, vamos começar?