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História Descobertas de um garoto confuso - Isso poderia ser amor? Part. 2


Escrita por: antoniocbz

Notas do Autor


Terceiro capítulo da Fic. Espero que gostem.

Capítulo 3 - Isso poderia ser amor? Part. 2


Fanfic / Fanfiction Descobertas de um garoto confuso - Isso poderia ser amor? Part. 2

Gabriel se sentiria muito feliz somente pelo fato de que recebeu atenção de Leonard  na aula, e o dia teria sido ótimo, não fosse o fato de que as coisas ainda ficariam melhores – e mais confusas – para ele.

Como ele tinha ido de bicicleta para a escola naquele dia, se dirigiu até onde a tinha deixado no estacionamento da escola, que também era o local onde outros alunos deixavam seus meios de transporte. Leonard vendo que Gabriel se dirigia ao mesmo local, pensou que o momento não poderia ser mais oportuno para que se começasse uma amizade mais sólida com ele do que agora. Leonard tinha notado desde o inicio que Gabriel tinha um olhar mais envolvente para com ele, um olhar que o explorava, que estudava cada ação dele, e quase podia dizer que... Não, não poderia ser o que ele estava pensando. Enfim, planejou então de levar Gabriel a algum naquela tarde, mas claro, não sabia como dizer aquilo sem soar muito incisivo, e mesmo sem saber o que dizer, adiantou o passo e ficou ombro a ombro com Gabriel, e disse:
- Oi, sou Leonard, mas pode me chamar de Leo se quiser.  Quase não nos falamos na sala e agora eu queria saber se você quer... Você está bem? Parece meio assustado.


O coração de Gabriel disparou, e sua mente de repente criava milhões de conexões com aquele momento e um possível motivo para que Leo tivesse vindo até ele, mas não achando nada naquele milésimo de segundo, respondeu quase gaguejando:
- N-NÃO, eu estou bem, - risos - só estou um pouco nervoso mesmo com esse dia, afinal, que dia hein! Escola nova, pessoas novas e tudo o mais, isso me deixa bem agitado.
- Ufa, pensei ter assustado você – nessa hora, os dois riem – mas ainda bem que não. Eu queria saber se você quer ir a uma sorveteria comigo, assim poderíamos ir conversando e eu também mostraria mais da cidade para você. Que tal? Você não estaria ocupado essa tarde, estaria? Hein, hein, hein??  Disse Leo com um ar brincalhão e extrovertido.


Fale que sim e adie isso para outra hora, dizia a preguiça de Gabriel. Mas sua mente?! Sua mente gritava: É claro que você não está ocupado! Só faz dormir e ouvir músicas naquele seu quarto! Vá e conheça melhor ele! Aproveite!
- Não, não estou não, mas antes preciso só passar em casa para deixar a mochila e avisar a minha mãe que vou sair, tudo bem? (Isso não passava de um pretexto para que ele pudesse pensar melhor no que estava fazendo e colocar os pensamentos em ordem)
- Sem problemas, e quer que eu te acompanhe? Assim da sua casa passaríamos na minha e depois iríamos direto para a sorveteria.
- É... Certo então.

Foram então cada um empurrando sua bicicleta enquanto caminhavam em silencio até metade do caminho da casa de Gabriel, sem ninguém saber o que dizer ou como sequer começar um diálogo, mas algo precisava ser dito, e Gabriel sabendo disso disse:
- Você parece tão mais velho para ter 18 anos. Eu diria que você tem 20 se não soubesse. 

Mas ondeeee eu estou com a cabeça de dizer isso?!? Que coisa mais sem noção e desnecessária para se dizer, pensou ele naquele instante, mas sem ter mais o que fazer se não esperar uma resposta de Leo.
- Ah, obrigado, eu acho. Nunca comentaram isso, apesar de parecer mesmo que as pessoas levam um susto quando tomam ciência da minha idade. Poderia se virar para mim?

Mesmo sem Gabriel entender o motivo, de um modo instintivo fez o que Leo pedia e se virou, e naquele instante viu, e até de certa forma sentiu, que os olhos de Leo estudavam cada parte dele, analisando seu corpo até que
- É, eu diria que você tem 17 mesmo. Não parece nem mais velho e nem mais novo que isso. E a propósito, faz aniversario quando?
- Dia 17 desse mês, por quê?
- Só mesmo para saber quando eu poderia levar você junto comigo em algumas festas. É que lá rolam coisas que bom, para menores não seria muito legal. Sabe, bebida e algumas outras coisas.

 Ual, me levar para festas, pensou Gabriel, e nesse momento o rosto dele ficou ruborizado, mas salvo pelo momento, tinham chegado até sua casa.
- Vou entrar e resolver as coisas e já volto, só um minuto.
- Tudo bem então.

O QUE EU ESTOU FAZENDO DA MINHA VIDA??! ISSO É UMA LOUCURA!  Pensou ele enquanto entrava correndo para avisar a mãe que passaria a tarde fora. Apesar dos conflitos internos, ele não conseguiria de maneira alguma recusar aquele convite que Leo fez. Correu então e avisou a mãe que só voltaria mais tarde e quando estava guardando a mochila em seu quarto pensou... Porque não, me arrumar para isso não é? Sendo assim trocou de roupa, colocando sua melhor camisa e calça e passando seu perfume preferido – o qual só usava em ocasiões especiais – e saiu.

- Olha só! Parece que entrou um Gabriel e saiu outro, não é mesmo? Disse Leo com um tom de surpresa evidente na voz.
- Eu meio que não poderia perder a oportunidade de me arrumar para uma ocasião especial como essa. – putz, mas que merda que eu disse mesmo?  Pensou ele –
- Agora fez eu me sentir importante. Vamos até minha casa e de lá te levo á sorveteria que eu falei, ok?
- Ok então.

O caminho até a casa de Leo foi mais objetivo, sendo assim não falaram muito, pois estavam numa velocidade alta em suas bicicletas, sendo Leo quem ia à frente para mostrar o caminho a Gabriel, que seguia logo atrás acompanhando o ritmo.
Chegando lá, Leo mais objetivo do que nunca, entrou, trocou de roupa, pegou o dinheiro que usaria para o dia e foi para fora ao encontro de Gabriel que o esperava.
Gabriel seguiu Leo em silencio por mais quinze minutos, se perguntando que parte era aquela da cidade e como faria para voltar, caso precisasse voltar sozinho – aquilo era mais um jogo mental de tortura que ele fazia consigo mesmo, onde arruma algo que sabia que não conseguira fazer, e então se desafiava a tentar resolver –
- Bom, chegamos, disse Leo, e vendo a expressão de dúvida no rosto de Gabriel, logo deduziu o porque e acrescentou: não precisa ficar assim não, logo você aprende a andar mais pela cidade e pega o costume.
Sentindo-se mais aliviado, Gabriel acompanhou Leo para guardar sua bicicleta e assim então entrar na sorveteria.

Ao entrar na sorveteria, Leo perguntou então, qual sabor mais agradava a Gabriel, e não tendo nada em mente, se não um emaranhado de pensamentos, disse que iria querer igual ao de Leo. Sendo assim, Leo pediu dois sorvetes de flocos, e voltou ao lugar, entregando um a Gabriel.
- Eu sempre gostei de flocos, pois tem um sabor tão bom de chocolate com creme, disse Leo.
- Eu nunca tinha provado nada igual, e é muito bom! Exclamou Gabriel com um sorriso que não conseguia controlar no rosto.
- Me diz, o que foi que motivou sua família a vir para cá?
- Foi mais uma oportunidade que meu pai teve... As coisas eram difíceis na antiga cidade, e quando meu pai viu que poderia se estabilizar em uma nova cidade, tendo uma casa própria e tudo o mais, não pensou duas vezes, e por conseqüência também tive que me adaptar a isso. Mas e você? O que aconteceu que você repetiu o segundo ano do ensino médio?
- Foram várias coisas que aconteceram. Algum dia eu vou contar a você, mas não hoje, pois não quero pensar muito nesses momentos ruins.

Assim foram por mais um tempo, olhando a rua, enquanto carros passavam. No fim, quando terminaram o sorvete, ficaram sem ter muito que conversar, e então Leo disse:
- Você já quer ir para a casa?
- Sinceramente, não, pois esse está sendo um dia muito bom, mas tudo bem, afinal logo meu pai está chegando do trabalho e é melhor que por hoje ele nem saiba que passei a tarde fora.
- Tranqüilo então, te levo até La e chegaremos num instante, ok?
- Vamos lá então

Assim foram o caminho de volta sem dizer nada, mas sentindo tudo. Agora, Gabriel não mais estava atrás de Leo, mas sim ao seu lado, e a sensação de estar lado a lado com Leo enquanto corriam numa alta velocidade já dizia tudo por si só, ao ponto que se pudesse, Gabriel viveria aquele momento eternamente. Ao chegarem à frente da casa de Gabriel, Leo disse:
- Espero que tenha gostado desse dia... No geral não sou muito bom em fazer algo especial de ultima hora, mas esse foi o melhor que consegui.
- Eu amei esse dia! Foi perfeito – nessa hora ele tomou cuidado para não se empolgar e deixar coisas a mais escaparem numa conversa como essa – Então nos vemos amanhã na escola?
-Claro que sim! Até amanhã então Gabriel.
- Até, Leo.

Claro, ele mais uma vez não precisava nem se olhar no espelho pra saber que estava corado, mas dessa vez ele não estava nem aí para isso. Não ligava tanto para isso, e sendo assim, entrou para sua casa e foi para seu quarto ouvir músicas. A única diferença era que dessa vez as musicas não eram para distraí-lo ou algo assim, mas sim para fixar todo aquele momento que ele passou ao lado de Leo naquele dia. U-A-L, pensou ele, afinal, que dia foi aquele?! Ele não tinha expectativas nenhuma de nada e aconteceram muitas coisas legais.

Naquele dia ele foi deitar com um sorriso no rosto, e mesmo confuso, mesmo não sabendo exatamente como lidar com essa nova fase de descobertas da vida dele, ele estava feliz. Confuso, mas feliz. E ansioso para saber o que o próximo dia poderia reservar a ele, adormeceu.

 


Notas Finais


Até a próxima. ^^


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